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Contém referências bibliográficas
A paisagem actual da Bacia do Mediterrâneo não se assemelha minimamente à sua identidade primitiva. Durante o Mioceno, o clima da região era mais temperado e húmido, e a transição entre estações mais suave, favorecendo a vegetação Laurisilva. Após as glaciações, grande parte das espécies são forçadas a procurar refúgio ao abrigo das copas de formações arbóreas caducifólias (Antunes & Ribeiro, 2007), encontrando aí uma maior afinidade climática. Após esta evolução, os estados mais desenvolvidos das sucessões ecológicas da paisagem mediterrânica passam a ser dominados pelas espécies esclerófilas. Até à Revolução Neolítica, a floresta então dominada por quercíneas permaneceu mais ou menos indiferente à acanhada alteração humana. Com a sedentarização das populações, inicia-se a progressão das práticas agrícolas e pecuárias e do irretornável processo de desflorestação. O crescendo populacional, decorrente da maior disponibilidade de alimento, e o constante esgotamento da fertilidade do solo, conduzem à procura de novos espaços que respondam às necessidades de cultivo, pastagens, e lenha (Récio, 1989). Surge um sistema de exploração baseado na roça e no pousio, com uso recorrente do fogo, através do qual se faz regressar o bosque a uma etapa anterior da sucessão ecológica, o maquis, composto por formações arbustivas altas e fechadas. A continuidade da intervenção humana leva a um novo estádio de degradação, a garrigue, caracterizada por vegetação esparsa e baixa. São estas duas formações vegetais que dominam hoje a paisagem mediterrânica, completadas por espaços mais ou menos humanizados e resquícios de bosques primitivos, que apenas por obra do acaso lograram chegar às etapas clímax (Massoud, 1992). Neste contexto de paisagem mediterrânica profundamente alterada pelas actividades humanas, onde os ecossistemas nativos estão já consideravelmente fragilizados, importa relacioná-la com os cenários de mudança global previstos. A intenção deste artigo é, pois, reflectir sobre estes temas, procurando ainda contribuir para a divulgação da temática das invasões biológicas e realçar a importância da biodiversidade na bacia do Mediterrâneo.
O azereiro é uma espécie autóctone e rara em Portugal, sujeita a legislação de protecção por ser vulnerável devido à degradação crescente do seu habitat natural. Neste trabalho compilou-se um conjunto de informações ao nível da morfologia, corologia e ecologia do azereiro, para além da utilização e processos de produção em viveiro. Por fim inclui-se uma carta de potencial de ocorrência de azereiro.