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Contém referências bibliográficas
A prática da protecção integrada em pomares de pereira Rocha, na região do Oeste, iniciou-se durante a década de oitenta. Tal como noutros países o principal motivo de adesão dos fruticultores à protecção integrada deveu-se à inviabilidade técnica e económica dos calendários de tratamentos preconizados na luta química cega, com o consequente acréscimo dos custos de protecção. Efectivamente, o uso irracional de pesticidas de largo espectro de acção e elevada toxicidade para os auxiliares existentes no ecossistema favoreceu o aumento dos ataques de determinados inimigos da cultura como é o caso da psila na pereira. Também, as preocupações com o ambiente e as exigências dos mercados externos relativamente ao teor de resíduos de pesticidas contribuiu para a crescente consciencialização do fruticultor. Na protecção integrada pretende-se promover a limitação dos inimigos das culturas através da aplicação de meios de luta cultural, genética, autocida, biológica ou quando necessária, química tendo em consideração preocupações de natureza económica, ambiental e de saúde pública. Deste modo, o agricultor para tomar uma decisão em relação a determinado inimigo da cultura, tem obrigatoriamente de efectuar a estimativa do risco para avaliar qual a intensidade de ataque do inimigo na cultura e o risco associado. Posteriormente, deverá determinar a possibilidade de ocorrência de prejuízos, através da comparação das observações efectuadas no pomar com o nível económico de ataque. Por último, caso se verifique que o custo dos tratamentos é inferior ao valor da redução da produção justifica-se a realização de um tratamento, sendo necessário efectuar a selecção do meio de luta. Toda esta metodologia de trabalho pressupõe maior conhecimento do ecossistema agrário, nomeadamente dos inimigos da cultura (pragas, doenças e infestantes), dos auxiliares, da cultura, da influência dos factores edafo-climáticos no seu desenvolvimento e dos meios de luta disponíveis. Este aumento de conhecimento do fruticultor permite a racionalização da utilização dos pesticidas com os consequentes benefícios económicos e ecológicos, traduzindo-se pela elevada adesão dos fruticultores em vários países da União Europeia (Alemanha, Holanda, Bélgica e Itália).