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A doninha (Mustela nivalis) é um pequeno carnívoro, de espécie autóctone e protegida1, cuja entrada em Centros de Recuperação de Animais Selvagens não é frequente. Desta forma, torna-se pertinente a descrição dos cuidados de enfermagem veterinária aplicados na recuperação de uma cria desta espécie, que deu entrada no CERAS – Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens – com cerca de 10 dias de idade e 20 gramas de peso. O acompanhamento do desenvolvimento da cria é um dos papéis a desempenhar pelo Enfermeiro Veterinário, sobretudo ao nível da alimentação (desde as refeições com leite de substituição, o desmame, a introdução gradual de novos alimentos e o treino de caça), higiene e desenvolvimento comportamental (prevenção de imprinting e estímulo sociocognitivo). A monitorização do crescimento da cria foi feita através de ferramentas como controlo do peso e da temperatura corporal, exame visual e exame coprológico. A evolução do peso corporal foi positiva, com um ganho médio diário de 1,21g e um peso final de 95g. O exame coprológico detetou a presença de oocistos de Eimeria spp. (1800 opg), ovos (1150 Opg) e formas larvares (50 Lpg) de Strongyloides spp. Uma das maiores exigências na prestação destes cuidados foi corresponder às elevadas necessidades energéticas características desta espécie2. Ainda assim, a recuperação foi bem-sucedida e culminou com a libertação da doninha, fisicamente saudável e exibindo os comportamentos naturais da espécie, apenas 2 meses após a entrada no CERAS.
Contém referências bibliográficas