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Perante uma leitura contextual da sociedade contemporânea e dos seus acontecimentos estruturantes, o ensino do design necessita de contributos reflexivos e especulativos (consequentemente livres), que se adequem ao “novo mundo do real”. A situação compele-nos ousar a transgressão e apelar ao papel da reflexão pura, ao ascendente conceptual para a construção de um novo quadro pedagógico do ensino do design. Um que permita obter resultados não imediatos (muito menos imediatistas), ou seja, de um modo consolidado, sustentado e numa atitude realmente crítica à la longue. Pensar, pensar, pensar para fazer. Apelamos ao ensaio e comprovação de novas estratégias pedagógicas para o ensino do design que recuperem a investigação pura, não engajada com “os mercados”, nem com a espuma do tempo, cada vez mais voláteis, desenvolvendo valências holísticas para a formação do novo “Hermeneuta do Design”
Diversas áreas específicas do design tentam superar a artificialidade da vida a bordo de um avião, mimetizando facetas do quotidiano ao nível do solo. A recepção (e despedida) dos passageiros, coreografada à porta da cabina, ou os objectos que a povoam, são exemplos dessa tentativa de humanização de um es-paço culturalmente impessoal e asséptico. A refeição é um dos momentos que ultrapassa a mera necessidade alimentar, constituin-do um momento simultaneamente lúdico e disciplinador. O serviço e os objectos que dela fazem parte revestem-se de caracterís-ticas técnicas, funcionais e simbólicas, que permitem diferencia-los. Observamos como esta “encenação” viveu a realidade fechada e incipiente das décadas de quarenta e cin-quenta do Século XX, a mentalidade aberta pela revolução de 1974 e a maturidade do design português na década de oitenta.
As instruções de segurança obrigatoriamente presentes nas bolsas dos assentos de todos os aviões comerciais, pelo seu caracter gráfico, assumiram um estatuto icónico associado à viagem aérea. Desenvolvemos a hipótese de que as suas ilustrações, expectavelmente instrutivas e precisas, construíram um discurso visual que extravasou a mera cultura aeronáutica tomando um lugar na Cultura do Design e na Cultura Popular. Desenvolveu-se uma investigação que permanecera tangencial no âmbito da nossa tese de doutoramento na qual visitámos estas (e outras) áreas muito específicas do Design para a companhia nacional TAP Air Portugal. Analisa-se agora esse espólio e reflecte-se sobre ele como um fenómeno transversal e abrangente