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Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Animal.
Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Animal.
No âmbito do Programa de cooperação transfronteiriça INTERREG VA España –Portugal (POCTEP) 2014-2020, encontra-se em desenvolvimento o projeto INNOACE, que tem como um dos objetivos a avaliação de um novo sistema de fertilização que permita uma redução da utilização de adubos minerais. Na Escola Superior Agrária de Castelo Branco decorre um ensaio em vasos com azevém anual (Lolium multiflorum Lam.), com o objetivo de avaliar a eficácia de um sistema de fertilização com aplicação ao solo de compostado de resíduo de lagar de azeite e/ou adubos minerais, mas também incluindo microrganismos formadores de micorrizas. O solo utilizado é arenoso, pobre em MO e fósforo, ácido, e apresenta um teor médio em potássio assimilável. As 14 modalidades estabelecidas, com 4 repetições, compreendem o estudo da aplicação de 2 níveis de N (85N e 170N) através de compostado e/ou formas minerais e 3 de fósforo mineral (0P, 40P e 80P), com e sem a presença de fungos micorrízicos. Considerou-se ainda a não aplicação de qualquer fertilizante (Controlo) e a prática de uma adubação mineral convencional (170N + 80P). Os fungos micorrízicos foram aplicados ao solo na primeira rega, logo após a sementeira. Ao 1º corte do azevém observou-se que a aplicação de fungos micorrízicos resultou, globalmente, num aumento de produção (de 3% a 26% mais de MS). A modalidade com aplicação de 170 kg N ha-1 através do compostado mais 80 kg P ha-1 na forma mineral, com presença de fungos micorrízicos, originou a produção significativamente mais elevada.
O papel do solo no ciclo do carbono tem ganho crescente relevância no atual contexto de alterações climáticas. Globalmente, o solo armazena mais carbono do que a atmosfera e a biomassa terreste. A gestão do solo pode determinar a sua ação como sumidouro ou como emissor de gases com efeito de estufa. Os solos agrícolas e pastagens em Portugal têm registado uma diminuição das emissões de gases com efeito de estufa ao longo nas últimas décadas. Torna-se necessário continuar e ampliar este efeito e transformar o solo num sumidouro de carbono, sendo esta função do solo esperada e necessária para atingir a planeada neutralidade carbónica em 2050. Se o aumento de matéria orgânica dos solos agrícolas em Portugal se evidencia cada vez mais como fundamental em termos de regulação do clima, este tem vindo a ser um desafio de gestão de longa data. No entanto, os solos em Portugal continuam a apresentar valores médios de matéria orgânica baixos, situação que se tende a acentuar com o processo de desertificação. Numa época em que o regadio tem sofrido forte impulso, quer como forma de suprir as necessidades alimentares de uma população mundial em permanente crescimento, quer como forma de resposta às alterações climáticas que colocam o Sul da Europa como uma região em elevado risco de desertificação, convém analisar os impactos edáficos desta prática, nomeadamente no que respeita ao teor de matéria orgânica bem como no que respeita aos riscos de salinização e de outras formas de degradação do solo. Propõe-se o EACS 2021 como um fórum privilegiado de apresentação e discussão de formas de gestão integradas do solo e água em sistemas agrícolas, florestais e agroflorestais que contribuam para prevenir a degradação do solo, diminuir os impactos das alterações climáticas e assegurar a sustentabilidade dos sistemas.