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A pesca recreativa de águas interiores é uma importante actividade de lazer em Portugal Continental. O achigã (Micropterus salmoides), espécie dulciaquícola originária dos EUA e introduzida nos Açores em 1898, é um dos peixes com maior interesse para a pesca desportiva. Hoje, o achigã pode ser pescado em quase todas as albufeiras e rios de águas calmas de Portugal tendo contribuído para a redução das populações autóctones de ciprinídeos. O repovoamento com achigãs de cultura, o uso de isco artificial, a pesca sem morte e o reajustamento do tamanho mínimo de captura têm sido utilizados como medidas de manutenção das populações. Neste trabalho de revisão descreve-se o habitat, a morfologia e os hábitos alimentares e reprodutivos desta espécie piscícola.
Com o objectivo de avaliar a população de achigãs presente na charca grande da ESACB (39º49’27,89’’N; 07º26’57,92’’O) foram capturados 132 achigãs (Micropterus salmoides) utilizando cana de pesca com linha em movimento e amostras artificiais; 72 peixes foram pesados, medidos e foi-lhes retirada uma escama da região dorsal para determinação da idade. Determinou-se, também o factor K. A charca grande da ESACB também é utilizada para pesca desportiva durante curtos períodos do ano. Os resultados obtidos foram os seguintes (idade, % de peixes capturados, comprimento médio, peso médio, factor K): 1+ anos, 56,1%, 15,65 cm, 50,43 g, 1,29; 2+ anos, 28,0%, 22,95 cm, 159,04 g, 1,27; 3+ anos, 13,6%, 27,09 cm, 280,78 g, 1,39; 4+ ano, 2,3%, 32,93 cm, 602,33g, 1,66. Relativamente às preferências alimentares, verificou-se que os peixes com pesos compreendidos entre 40 - 200 g e 201 - 400 g alimentam-se de larvas aquáticas de insectos e insectos aéreos (odonatas, heminópteros, aracnídeos) e que os peixes com pesos compreendidos entre os 400 - 800 g alimentam-se de juvenis da mesma espécie e insectos aéreos (odonatas). Os resultados obtidos sugerem que estamos em presença de uma população de achigãs estável.