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O cânhamo, uma das plantas utilizadas na produção de fibras celulósicas para a indústria têxtil e papeleira é originário da Ásia central e repartiu-se por todo o mundo devido à sua facilidade de adaptação climática. Apesar da Itália ser o país produtor de fibras de melhor qualidade, Portugal também se destacou neste domínio sobretudo nas regiões de Moncorvo e Ribatejo. Neste trabalho pretendemos caracterizar as fibras de cânhamo, começando por definir a sua localização na planta e os seus aspectos morfológico, biométrico e químico. Estabelecemos comparações entre estas fibras não lenhosas e as fibras de madeira utilizadas hoje em dia no fabrico de papel. Deste modo, foi possível sistematizar as suas propriedades e compreender as aplicações papeleiras relevantes.
A fraca disponibilidade de recursos energéticos não renováveis reflecte-se na crescente procura e na maior relevância dos biocombustíveis, em particular do biodiesel, no panorama nacional. Esta fonte de energia de carácter biológico pode ser obtida a partir de várias matérias-primas de onde se destacam as oleaginosas e as microalgas. Embora sendo de etiologia diferente ambas possibilitam a utilização dos seus óleos que, após sofrerem transesterificação, originam a mistura de ésteres alquílicos designada por biodiesel. Com o objectivo de produzir biodiesel a partir de microalgas foram realizados seis crescimentos da microalga Chlorella protothecoides em reactores batch, em modo fotoautotrófico. A biomassa algal foi utilizada para a extracção dos lípidos e para a produção e análise do biodiesel. Realizou-se o controlo do crescimento da biomassa através de análises diárias. A alga foi colhida durante a fase estacionária de crescimento. A biomassa colhida foi sujeita a tratamentos de centrifugação, ultracongelação, liofilização e moagem, após os quais se procedeu à extracção dos lípidos. Obteve-se um rendimento de lípidos de 12,05%. Os lípidos extraídos foram transesterificados pelo método de Lepage e Roy com o objectivo de produzir biodiesel e simultaneamente derivatizar os ácidos gordos constituintes dos triglicéridos algais de modo a poderem ser analisados por cromatografia gasosa. Pela análise cromatográfica verificou-se que o biodiesel contém uma quantidade exagerada do ácido gordo linolénico 18:3Ω3 (≈ 56% relativamente ao total de ésteres metílicos) o que potencia uma estabilidade oxidativa baixa, incompatível com as exigências requeridas para o biodiesel comercial. No entanto, se o óleo das microalgas for misturado com outros óleos bastante saturados, o biodiesel final produzido a partir desta mistura tornar-se-á viável.