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Tese de Mestrado apresentada para obtençäo do grau de Mestre em Educaçäo
As bactérias do género Acinetobacter são importantes agentes de infeções nosocomiais, revelando frequentemente elevadas taxas de resistência aos principais grupos de antibióticos. Avaliar a evolução do número de isolados de Acinetobacter spp. assim como o tipo ou local de infeção. Analisar a evolução dos perfis de suscetibilidade aos antibióticos testados, comparando-os ao longo do tempo e entre diferentes serviços hospitalares. Efetuou-se um estudo observacional, descritivo transversal e retrospetivo da epidemiologia e suscetibilidade aos antibióticos em isolados clínicos humanos de A. baumannii e do complexo A. baumannii-A. calcoaceticus (ABC). Estudou-se apenas o primeiro isolado obtido de cada paciente internado nos diversos serviços do Hospital de S. Teotónio em 3 períodos (P1 – Julho 2007 a Junho 2008; P2 – Julho 2008 a Junho 2009; P3 – Julho 2009 a Março 2010). A identificação e os testes de suscetibilidade aos antibióticos foram realizados através de metodologia convencional usando critérios CLSI, excetuando a tigeciclina (BSAC). Os isolados com suscetibilidade intermédia foram considerados como resistentes. Para avaliar as diferenças entre variáveis foi utilizado o teste X2. Foram identificados 85 isolados (P1 – n=30; P2 – n=36; P3 – n=19) de Acinetobacter spp., sendo 71,8% A. baumannii e 28,2% do complexo ABC. A idade média dos pacientes foi de 69.35 ±17.37 anos, dos quais 64% (n=54) eram do sexo masculino, verificando-se 40% dos casos entre os 73-84 anos. O mês de Agosto apresentou o maior número de casos (n=15, 18%), enquanto o menor se verificou em Junho (n=1, 1.2%). Os isolados foram obtidos maioritariamente a partir dos doentes internados nos serviços de Medicina (33,0%) e UCIP (14,1%) e de amostras das vias respiratórias (44,7%), urina (23,5%) e exsudados purulentos (21,2%). Não se observaram diferenças significativas na suscetibilidade entre os isolados de A. baumannii e do complexo ABC. Em Acinetobacter spp. as taxas de suscetibilidade para amicacina, tobramicina, gentamicina, imipenemo, merepenemo, ceftazidima e ciprofloxacina foram respetivamente de 85,9%, 60,2%, 34,7%, 25,3%, 24,7%, 24,7% e 21,2%. Não se verificaram alterações significativas na suscetibilidade em Acinetobacter spp., com exceção da amicacina em A. baumannii cuja diminuição foi de 95.2% para 64.3% (p=0,039) e da gentamicina, onde ouve um aumento de 14,3% para 36,1% (p=0,007). Nos serviços de Cirurgia e Hospital de Tondela observaram-se taxas de resistência de 100% para os carbapenemos, ceftriaxona, piperacilina/ tazobactam e ciprofloxacina. Dos 85 isolados 80% (n=68) apresentaram perfil de multirresistência. Não ocorreu aumento significativo do número de isolados em termos anuais. Com exceção da amicacina as taxas de resistência observadas para a maioria dos antibióticos são elevadas, destacando-se o significativo número de isolados multirresistentes, o que está de acordo com a literatura.