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A educação sexual como um conjunto de acções educativas e informativas não deve nunca descurar o conceito e a compreensão dos comportamentos e das atitudes sexuais, pelo que compreender a sexualidade juvenil é antes de mais compreender a cultura e a comunidade onde se desenvolvem esses comportamentos, permitindo conhecer o normal e o desviante, elementos fundamentalmente determinados pelos espaços sociais. A presente investigação teve como objectivos: - Identificar atitudes e comportamentos de adolescentes que frequentam o ensino secundário e analisar a influência de variáveis individuais e familiares. - Analisar como as atitudes sexuais são influenciadas pelas variáveis individuais e familiares, por aspectos da personalidade, da percepção das atitudes parentais e do auto-conceito. A amostra foi constituída por 521 estudantes, 279 do sexo feminino e 242 do sexo masculino, que frequentavam o ensino secundário das escolas da cidade de Castelo Branco. Apresentavam idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos, com uma média de idades de 16,37 anos e um desvio padrão de 1,06. Realizou-se um estudo do tipo quantitativo, transversal e descritivo- -analítico. O instrumento utilizado para medir as variáveis incluía além do questionário, quatro inventários, Inventário Psicossexual de Snyder (IP), Inventário de Personalidade de Eysenck (EPI), Inventário de Percepções Juvenil ou Youth Perception Inventory (YPI), Inventário Clínico de Auto-Conceito. A avaliação das características psicométricas dos índices utilizados, revelou adequados índices de fidelidade e validade. A grande maioria dos jovens fala sobre sexualidade com os amigos, considerando- se esclarecidos, não têm namorado(a) e a opção religiosa é católica. XIII A análise da influência das Atitudes Sexuais nas variáveis sócio-demográficas e de contexto familiar, foi efectuada através do cruzamento das variáveis “sexo ocasional” e “sexo com compromisso”. Para a variável sexo existem diferenças estatisticamente significativas entre rapazes e raparigas. Quanto à idade não foram encontradas diferenças. Para a situação de ter namorado/a não se encontram diferenças para as variáveis “sexo ocasional” e “sexo com compromisso”, existe sim para ambas as variáveis e com quem teve relações sexuais, com quem teve a 1ª relação sexual e a utilização de contraceptivo. Quanto ao método anticoncepcional utilizado encontrou-se diferença para a variável “sexo ocasional”, mas não se encontrou para a variável “sexo com compromisso”. Encontrou-se relação entre as variáveis “sexo ocasional” e “sexo com compromisso” em função do tipo de religião. Ao analisarmos as atitudes sexuais e as características da personalidade, concluímos que o “sexo ocasional” surgiu positivamente correlacionado com a Extroversão e negativamente correlacionado com o Neuroticismo, enquanto o “sexo com compromisso” surgiu positivamente correlacionado com a Extroversão. O estudo da correlação entre atitudes sexuais e as relações parentais, revelou uma correlação positiva entre o “sexo ocasional” e Controlo e Hostilidade, da mesma forma o “sexo com compromisso” surgiu positivamente correlacionado com Autonomia, Controlo e Hostilidade. Entre atitudes sexuais e o auto-conceito, evidenciou-se uma correlação significativa entre “sexo ocasional” e F1 (aceitação/rejeição-agrado/desagrado social) e F3 (maturidade psicológica). Por outro lado, o “sexo com compromisso” apareceu correlacionado com F1 (aceitação/rejeição-agrado/desagrado social) e com F4 (impulsividade-actividade). Os resultados encontrados devem servir de ponto de partida para novas investigações, tendo por base o envolvimento dos profissionais de saúde em projectos educativos de orientação sexual, através de parcerias com escolas e comunidade.
A rede de ensino superior em Portugal reflecte uma preocupação política que data de 1973, com o Prof. Veiga Simão, (através da chamada reforma Veiga Simão), e recebeu um forte impulso após a revolução de 25 de Abril. Tendo como objectivos essenciais travar os movimentos de desertificação do interior do país, perigo crescente pela fuga das populações para o litoral e pelo fenómeno emigratório, possibilitou o acesso ao ensino superior de camadas importantes de jovens portugueses, nomeadamente, oriundos de extractos populacionais mais desfavorecidos e com menor capacidade para frequentar os estabelecimentos de ensino superior existentes nos grandes centros, destacando-se assim a relevância social da expansão do ensino superior, através do Ensino Superior Politécnico.
Trabalho realizado no âmbito do 2ª= 2 Curso de Pedagogia Aplicada ao Ensino de Enfermagem
Nas últimas décadas, o parto na água tem ganho importância junto da comunidade, principalmente das grávidas/casal, apesar da existência de algumas incertezas no que diz respeito à segurança do recém-nascido. Atualmente, relativamente ao nascimento na água, constata-se que existe uma grande controvérsia entre os profissionais de saúde, nomeadamente entre enfermeiros e médicos. A evidência não demarca ao certo os riscos da imersão em água durante o trabalho de parto e nascimento (Camargo, et al., 2018). Contudo, a maioria dos autores associa a imersão em água quente durante o trabalho de parto e parto a um aumento do relaxamento e diminuição da dor para a parturiente, tornando a mulher mais ativa e assim o parto mais humanizado, combatendo a vertente atual em que este é cada vez mais medicalizado. O parto humanizado requer que os cuidados prestados sejam focados nas necessidades da mulher e não nos procedimentos e normas técnicas (Porto, Costa, & Velloso, 2015). Deste modo o objetivo geral definido é compreender a relação entre o parto humanizado e o parto na água, verificando-se uma lacuna no que diz respeito ao conhecimento e compreensão relativamente às experiências das mulheres que optaram por este tipo de parto, sendo que a revisão da literatura efetuada teve por base a vigilância pré-natal, o plano de parto, o parto humanizado e o parto na água (Lewis, et al., 2018). As mulheres com gravidez de baixo risco, em muitos países, podem optar por este método não farmacológico. Muitos dos investigadores concluíram que os dados sobre o parto na água são insuficientes para concluir os benefícios e riscos desta prática, contudo as evidências acerca desta ser segura são cada vez maiores. A imersão em água durante o primeiro estadio do trabalho de parto pode estar relacionada com uma redução da dor, do uso de analgesia e da duração do trabalho de parto. Contudo, a segurança e eficácia no que diz respeito ao período expulsivo não foi bem estabelecida. Alguns autores afirmam que este tipo de parto deve ser considerado um procedimento experimental (American Academy of Pediatrics, 2014). O parto na água requer que sejam cumpridos protocolos rigorosos, que haja uma adequada seleção das gestantes, limpeza e desinfeção do material utilizado e uma monitorização da mãe e do bebé em intervalos apropriados. A principal meta no parto na água é alcançar a segurança da parturiente e recémnascido durante o parto (American Academy of Pediatrics, 2014; Pereira, 2016).