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Dissertação apresentada à Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do grau de Mestre em Ensino de Música – Instrumento (Violino) e Música de Conjunto
Dissertação apresentada à Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do grau de Mestre em Ensino de Música – Instrumento (Violino) e Música de Conjunto
O presente relatório de estágio inclui, em primeiro lugar, uma descrição da Prática de Ensino Supervisionada realizada no ano letivo de 2019-2020, na Academia de Música de Lisboa. Numa segunda parte é estudada a temática da coesão no naipe orquestral, com vista à identificação de competências individuais a desenvolver, no contexto da aula de Violino, para que seja possível a coesão no naipe. A coesão de grupo é considerada uma característica marcante de grupos funcionais e eficazes, estando associada a uma série de benefícios para o grupo e seus elementos (Severt & Estrada, 2015). A prática orquestral pressupõe a coordenação técnica e musical da execução de vários músicos, pelo que se torna essencial um certo nível de coesão de grupo e de coesão sonora. Em cada um dos naipes de cordas ocorre, em regra, a execução de uma mesma parte musical, em simultâneo e em uníssono, por um grupo de instrumentistas. Assim, assume-se a coesão sonora como sendo fundamental para a criação de um som de naipe de qualidade. Nesta investigação, parte-se da convicção de que é importante o violinista possuir certas competências individuais que lhe permitam o ajuste do seu desempenho às necessidades do grupo. A hipótese defendida é de que essas competências poderão ser preparadas na aula de Violino, uma vez que a relação dual que se estabelece entre professor e aluno dotará o professor de uma capacidade privilegiada para orientar o aluno e aferir a sua evolução no que diz respeito à aquisição das competências essenciais para a inserção deste num naipe orquestral. Definem-se os conceitos de coesão de grupo e de coesão sonora, assumindo-se como vertentes da coesão de grupo aquelas indicadas por Severt e Estrada (2015) (vertentes interpessoal, do orgulho de grupo, social e da tarefa), e propondo-se como dimensões da coesão sonora o sincronismo, a afinação, a fusão e o equilíbrio. Através de um inquérito por questionário realizado a 124 violinistas e maestros com experiência em orquestra ao nível profissional ou académico em Portugal, foi possível perceber quais as dimensões da coesão de grupo apresentadas por Severt e Estrada (2015) que os músicos consideram relevantes no naipe orquestral e esclarecer a opinião dos músicos relativamente a certos aspetos da coesão sonora. Concluiu-se que todas as vertentes são relevantes, e que coexistem, no universo profissional e académico português, várias linhas de pensamento sobre certos aspetos da coesão sonora. Os resultados sugerem, também, que a coesão não estará a ser abordada de uma forma sistematizada e uniforme no contexto formativo. Por fim, apresenta-se uma série de competências individuais que o violinista deverá desenvolver para que seja possível a coesão no naipe e defende-se que a abordagem destas competências seria feita, idealmente, segundo uma perspetiva multidisciplinar que combine as aulas de Instrumento, Música de Câmara e Orquestra.