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Trabalho elaborado pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (CEDER) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Coordenado pelo Prof. Celestino Morais de Almeida, sendo consultor o Prof. Domingos Santos, ambos docentes do IPCB
O objectivo do estudo foi testar métodos de análise ambiental que permitam analisar o efeito de tipologias específicas de perturbação de modo a permitir a sua utilização prospectiva no processo de planeamento e gestão do território. Para tal procedeu-se à análise em termos de usos e funções ecológicas a evolução de uma área de características sub-regionais, localizada na Península de Setúbal. Trata-se de uma faixa com orientação W-E, abrangida pelas folhas n.º 453 e 454 da Carta Militar de Portugal à escala 1:25 000, tendo sido esta a escala adoptada. Para o momento inicial e para o momento actual, assim como para um momento intermédio, procedeu-se a uma caracterização e análise estrutural dos principais elementos constituintes da estrutura ecológica, de forma a poder-se analisar a transformação da área do ponto de vista das estruturas biológicas. Para cada um dos momentos referidos testou-se a validade e utilidade de um conjunto de índices funcionais e estruturais desenvolvidos por vários autores, designadamente por Forman et al. (1986); Shannon et al. (1962); Romme et al. (1982), Hoover et al. (1991); Short (1988) em termos da representação dos sistemas ecológicos e da sua resposta a perturbações. A análise diacrónica dos valores dos índices de avaliação e caracterização estrutural e ecológica permitiu assim caracterizar os impactes provocados pelas alterações de uso. Com base nesta análise estabeleceu-se uma comparação entre os resultados obtidos pelos vários métodos de avaliação dos impactes das alterações de uso e a evolução dos usos realmente verificada.
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Município de Vila Velha de Ródão foi elaborado com o intuito de servir de suporte ao planeamento de acções de intervenção no território, conforme as indicações da Portaria n.º 1037/2009 de 11 de Setembro. Em territórios com as características biofísicas e socioeconómicas como as do Concelho em apreço, as orientações aceites para desenvolvimento e promoção da competitividade, passam por uma actuação conducente ao reforço da capacidade de competição do sector agrícola. Neste contexto, as infra-estruturas disponíveis assumem um papel crucial. Como tal, e com base no diagnóstico efectuado, as acessibilidades emergiram como área crítica a que urge atender no sentido de corrigir a situação. Por isso a proposta de intervenção que apresentamos é essencialmente focada na melhoria das acessibilidades às explorações agrícolas. Com esta infra-estruturação pretende-se potenciar a pequena e média empresarialidade agro-industrial, que constitui um sector preponderante na economia local, promovendo a sua modernização, diversificação e viabilização das actividades produtivas, com vista à melhoria do seu rendimento e prestação ambiental. Em função do diagnóstico formulado pela equipa técnica envolvida no estudo, com base em observação directa, auscultação de interlocutores de referência e análise de dados documentais e estatísticos, o desenho global da intervenção consubstancia-se num conjunto de beneficiações de caminhos que ao verificarem-se em muito potenciarão o desenvolvimento do território, assegurando as condições básicas necessárias à viabilização de investimentos relevantes do ponto de vista económico.
A área OTALEX C – Alentejo-Extremadura-Centro, está a ser caracterizada e monitorizada através de indicadores que se encontram enquadrados sistematicamente através de vetores e temas. Os indicadores permitem ilustrar e comunicar fenómenos complexos de forma mais simples e explicar tendências e evoluções desses mesmos fenómenos ao longo do tempo, possibilitando assim a monitorização de determinada área.
A Universidade de Évora, no quadro dos estudos de aplicação e desenvolvimento desenvolvidos em torno do modelo ILA (Fernandes, 2002), tem vindo a desenvolver instrumentos topológicos específicos, com recursos a instrumentos de GIS disponíveis no sentido de caracterizar importantes funções ocorrentes nas paisagens. Nesse quadro, foram já desenvolvidos e implementados modelos de caracterização da continuidade de um território heterogéneo para diferentes espécies animais (aplicado posteriormente a modelos de dispersão e de impactos sobre os habitats) e modelos de caracterização da complementaridade funcional relativamente às exigências simultâneas de tipologias de habitat por parte de uma espécie animal. Estes modelos, aplicáveis a qualquer dos planos de caracterização atrás referidos permitem, no primeiro caso, simular, para quadros concretos de uso do território e redes de continuidade ou de barreiras perfeitamente definidas, a movimentação potencial de uma espécie, quer em dispersão, quer em utilização normal do seu habitat.
Este livro aborda, de forma transversal, todas as múltiplas áreas relacionadas com a modalidade desportiva Orientação. O capítulo “Orientação: Desporto Para Toda a Vida”, embora utilizando como base alguns textos já existentes, foi todo reescrito para dar uma introdução generalista ao mundo da Orientação. O segundo capítulo aborda a base da Orientação: o mapa. Assim, “Mapas de Orientação” fala sobre todo o universo dos mapas utilizados nas suas diversas disciplinas. De seguida surgem os capítulos “Orientação Pedestre - Traçado de Percursos” e “Orientação em BTT - Traçado de Percursos”, que se debruçam de forma aprofundada sobre o mais importante aspecto técnico para o sucesso de uma prova de Orientação, o trabalho do Traçador de Percursos. O capítulo “Corridas Aventura” trata de forma separada esta disciplina, devido às diferenças substanciais face às restantes disciplinas da Orientação. Também a “Orientação de Precisão”, designada, na língua inglesa, por Trail-O, tem o seu capítulo próprio. Nele se apresentam as virtudes desta disciplina e se faz uma descrição em pormenor do funcionamento de um percurso de Ori-Precisão. Alguns dos conteúdos deste capítulo são transversais à aprendizagem de diversas questões técnicas da Orientação. Os três capítulos seguintes surgem numa ideia de crescendo ao nível da preparação de actividades de aprendizagem e treino da Orientação. “Jogos Didácticos” descreve alguns jogos de abordagem às bases da Orientação, dirigidos essencialmente para crianças. “Aprendizagem da Orientação” aborda de forma detalhada as actividades a desenvolver nas diversas etapas de aprendizagem da Orientação. “Treino Técnico” explora, de forma simultaneamente teórica e prática, o desenvolvimento das diversas capacidades técnicas e tácticas essenciais para um bom orientista. “Desenvolvimento das Competências Psicológicas” analisa de forma superficial os diversos processos psicológicos que contribuem para a performance do praticante de Orientação. Com o capítulo “Organização de um Evento”, faz-se uma resenha das tarefas inerentes ao planeamento e organização de uma prova de Orientação, analisando os recursos técnicos, logísticos e humanos necessários. Sendo a Orientação uma modalidade intimamente ligada ao meio natural, este livro não podia deixar de ter o capítulo “A Orientação e o Ambiente” que aborda as questões ambientais ligadas a esta modalidade. A terminar este livro, três anexos que incluem um glossário de termos de Orientação.
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Município de Idanha-a-Nova foi elaborado com o intuito de servir de suporte ao planeamento de acções de intervenção no território, conforme as indicações da Portaria n.º 1037/2009 de 11 de Setembro. Em territórios com as características biofísicas e socioeconómicas como as do Concelho em apreço, as orientações aceites para desenvolvimento e promoção da competitividade, passam por uma actuação conducente ao reforço da capacidade de competição do sector agrícola. Neste contexto, as infra-estruturas disponíveis assumem um papel crucial. Como tal, e com base no diagnóstico efectuado, as acessibilidades emergiram como área crítica a que urge atender no sentido de corrigir a situação. Por isso a proposta de intervenção que apresentamos é essencialmente focada na melhoria das acessibilidades às explorações agrícolas, ampliação da rede eléctrica, construção de saneamento básico e de pontões. Com esta infra-estruturação pretende-se potenciar a pequena e média empresarialidade agroindustrial, que constitui um sector preponderante na economia local, promovendo a sua modernização, diversificação e viabilização das actividades produtivas, com vista à melhoria do seu rendimento e prestação ambiental.
Segundo os dados do último Inventário Florestal Nacional (IFN6 – 2010), a floresta representa 35% da ocupação do solo de Portugal Continental. O eucalipto é a principal ocupação florestal do Continente seguindo-se o sobreiro e o pinheiro bravo. A área total de pinheiro bravo tem vindo a diminuir por contraste ao aumento da área de eucalipto, uma espécie exótica. A ocorrência dos incêndios florestais tem tido uma influência muito importante na dinâmica anterior. Daí a análise dos padrões da paisagem e dos vetores de mudança serem essenciais para efeitos da conservação/promoção da biodiversidade e da mitigação do perigo de incêndio os quais devem ser incorporados nos programas de gestão florestal. Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm vindo a ser extensivamente usados em Silvicultura para apoiar a gestão florestal, quer ao nível do inventário e monitorização de recursos mas também na análise, modelação e simulação para o apoio à tomada de decisão. Visto que os SIG têm a possibilidade de incorporar a componente espacial no planeamento do uso do solo e nos modelos de simulação, o desenvolvimento de ligações entre os modelos florestais e o SIG proporciona aos gestores florestais uma maior flexibilidade na determinação da produtividade das espécies e das suas exigências, e permite aos decisores políticos uma oportunidade acrescida para avaliar os efeitos de critérios de gestão alternativos da floresta. Pretende-se com este trabalho apresentar dois estudos de caso de aplicações SIG desenvolvidas respetivamente, no âmbito dos cursos de mestrado em SIG e em Tecnologias da Sustentabilidade dos Sistemas Florestais do IPCB, cujos resultados constituem elementos de suporte fundamentais para a gestão sustentável dos espaços florestais. Assim, apresentam-se as cartas de aptidão para quatro espécies e a carta de potencialidade produtiva para o pinheiro bravo desenvolvidas em ambiente SIG para uma área de estudo dominantemente ocupada por florestas e de elevado perigo de incêndio. A cartografia de aptidão das espécies recomendadas para a área de estudo em conjugação com a cartografia da potencialidade produtiva do pinheiro bravo permite suportar a planificação do uso do solo segundo as funções identificadas nos Planos Regionais de Ordenamento Florestal: produção; proteção; conservação dos habitats, de espécies de fauna e da flora e de geomonumentos; silvopastorícia, caça e pesca em águas interiores; e recreio, enquadramento e estética paisagem. Nas áreas com função produção permitirá implementar um plano de gestão florestal sustentável por forma a aumentar a produtividade da floresta de pinheiro bravo. Em projetos futuros pretende-se desenvolver aplicações SIG para a simulação ou o processamento de modelos, sabendo porém que esta é uma das áreas mais desafiadoras em SIG. Perspetiva-se porém, que se venham a observar futuros desenvolvimentos nesta área à medida que a investigação e as ferramentas para apoiar este tipo de aplicação se tornem mais frequentes.
The strawberry tree (Arbutus unedo L.) is a native species, water stress and low fertility soils tolerant, actively resistant to wildfires and widely distributed in Portugal. The fruit is used in the spirit production, the main source of income. Red fruits, with antioxidant potential, represent, also, a new market opportunity. The geographical isolation and extinction-recolonization dynamics are two factors causing strong genetic structure in metapopulations. We investigated how history, geography, and geoclimatic factors have affected population genetic structure, local adaptation, and, ultimately, its phylogeography. We examined patterns and levels of genetic diversity with nuclear microsatellites and cpDNA haplotypes in populations from across the species range. Under the project ARBUTUS (PTDC/AGR-FOR/3746/2012, Arbutus unedo plants and products quality improvement for the agro-forestry sector) 30 trees were selected, georeferenced, and leaves sampled, in 15 natural populations distributed throughout the country. With GIS tools, the stands were ecologically characterized, at a local scale, using lithology, topography, soil type, vegetation and wildfires records. This data was further used to distinguish Local Landscape Units (LLU) associated with each population. The populations were further clustered using large scale biogeographic and vegetation successions information and, this a priori hierarchy, together with the genetic structure information, was used to explain the species phytogeography. We aimed at finding the historical population demographic scenarios to explain the current patterns of genetic structure and diversity unfold for the species. The obtained information will be used in the species improvement, management and design of conservation programs.
É consensual que a escolha dos usos mais adequados às aptidões edafo-climáticas, complementada com critérios socioeconómicos, promove uma utilização sustentável dos espaços rurais. Existem, no entanto, diferentes metodologias utilizadas para a definição da capacidade e potencialidade do solo para a implementação de usos agroflorestais ou manutenção de ecossistemas naturais e seminaturais, nomeadamente culturas agrícolas, povoamentos florestais, territórios agro-silvo-pastoris, áreas prioritárias para a conservação da natureza. Muitas dessas metodologias recorrem a sistemas de apoio à decisão, baseados na análise espacial multicritério. Neste estudo pretendeu-se determinar os diferentes níveis de aptidão para a utilização agroflorestal no território transfronteiriço OTALEX C (Alentejo-Extremadura-Centro), para o efeito recorreu-se a um conjunto de variáveis edáficas e topográficas. Foram igualmente incorporadas as condicionantes legais e a ocupação do solo. A avaliação da aptidão foi efetuada com recurso ao método de análise espacial multicritério Analytic Hierarchy Process (AHP). O resultado obtido com esta metodologia, confrontado com a matriz de uso existente, permite identificar as áreas onde a ocupação e gestão está de acordo com a aptidão do espaço, bem como as áreas onde o uso deverá ser alvo de uma reconversão ou apenas a uma alteração de modo de gestão.
Encuadrado dentro del ámbito de los proyectos INTERREG España-Portugal, y financiado con fondos FEDER del programa POCTEP, el proyecto OTALEX C (Observatorio Territorial y Ambiental Alentejo Extremadura Centro) aborda del estudio de diversos indicadores territoriales, socioeconómicos y ambientales. Siendo el objetivo fundamental, de dicho proyecto, desarrollar un geoportal accesible, a través de internet, para cualquier persona de forma que la información contenida en él sea útil en la toma de decisiones relacionadas con los usos del suelo y, por tanto, con el desarrollo sostenible del medio. Bajo este marco general a lo largo de los últimos quince años se han vendido desarrollando distintos proyectos que han ido abordando desde la estandarización de datos entre Portugal y España, pasando por diseños de sistemas SIG, continuando con desarrollo de modelos territoriales y sistemas de indicadores, para culminar en lo que hoy es la Infraestructura de Datos Espaciales IDE-OTALEXC. Palabras clave: SIG, teledetección, IDE, indicadores territoriales, indicadores socioeconómicos, indicadores ambientales, cooperación transfronteriza.
Na área de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva foram verificadas alterações ao nível da paisagem agrícola resultantes da implementação de um sistema de regadio em 3 blocos de rega: Alvito-Pisão, Pisão e Monte Novo. Estas consistem essencialmente no incremento das culturas arvenses de regadio, olival intensivo e vinhas. Este estudo avaliou as consequências das modificações dos padrões de uso do solo nas aves de meios agrícolas (aves estepárias e nas comunidades de outras aves existentes), em dois períodos (2007/2008 e 2010/2011) e em duas épocas do ano, Primavera e Inverno. Para analisar os possíveis efeitos das alterações do uso do solo foi realizada uma análise espacial (ArcGIS Desktop 10.0) e cálculo de métricas da paisagem (FRAGSTATS). Identificaram-se as relações existentes entre as aves de meios agrícolas e os usos de solo utilizando-se a Análise Canónica de Correspondência. Os resultados demonstraram que, no caso concreto das aves estepárias nestes blocos de rega, estas seleccionam preferencialmente áreas extensas e pouco fragmentadas de habitat de sequeiro (culturas arvenses de sequeiro, áreas de pousio e pastagem). Foram usados Modelos Lineares Generalizados para identificar os factores que influenciam a riqueza específica total de aves e a riqueza específica de aves estepárias nos períodos em estudo e nas épocas de Inverno e Primavera. Demonstrou-se que a diversidade total de aves foi influenciada positivamente pelo incremento de água, pela densidade de orla (Inverno), e por áreas pequenas a médias de habitat de sequeiro (Primavera). Verificou-se que, no Inverno, a presença de áreas arbustivas e arbóreas e densidades de orla superiores a 10.000 m/ha influenciam negativamente as aves estepárias. Na época de Primavera, constatou-se que quanto mais extensos forem os habitats de sequeiro maior é a sua importância para a diversidade de aves estepárias. Para conservar os valores naturais da região e assegurar o seu crescimento sócio-económico, é importante a criação de um plano de gestão do território que garanta que as áreas agrícolas preenchem os requisitos ecológicos para as aves estepárias e que favorecem as comunidades de aves existentes.
É consensual que a escolha dos usos mais adequados às aptidões edafo-climáticas, complementada com critérios socioeconómicos, promove uma utilização sustentável dos espaços rurais. Existem, no entanto, diferentes metodologias utilizadas para a definição da capacidade e potencialidade do solo para a implementação de usos agroflorestais ou manutenção de ecossistemas naturais e seminaturais, nomeadamente culturas agrícolas, povoamentos florestais, territórios agro-silvo-pastoris e áreas prioritárias para a conservação da natureza. Muitas dessas metodologias recorrem a sistemas de apoio à decisão, baseados na análise espacial multicritério. Neste estudo pretendeu-se determinar os diferentes níveis de aptidão para a utilização agroflorestal no território transfronteiriço que abrange o Alentejo, Extremadura e o Centro (Euro-região EUROACE). Para o efeito recorreu-se a um conjunto de variáveis edáficas e topográficas. Foram igualmente incorporadas as condicionantes legais e a ocupação do solo. A avaliação da aptidão foi efetuada com recurso ao método de análise espacial multicritério Analytic Hierarchy Process (AHP). O resultado obtido com esta metodologia, confrontado com a matriz de uso existente, permite identificar as áreas onde a ocupação e gestão está de acordo com a aptidão do espaço, bem como as áreas onde o uso deverá ser alvo de uma reconversão ou apenas a uma alteração de modo de gestão.
É consensual que a escolha dos usos mais adequados às aptidões edafo-climáticas, complementada com critérios socioeconómicos, promove uma utilização sustentável dos espaços rurais. Existem, no entanto, diferentes metodologias utilizadas para a definição da capacidade e potencialidade do solo para a implementação de usos agroflorestais ou para a manutenção de ecossistemas naturais e seminaturais, nomeadamente culturas agrícolas, povoamentos florestais, territórios agro-silvo-pastoris e áreas prioritárias para a conservação da natureza. Muitas dessas metodologias recorrem a sistemas de apoio à decisão, baseados na análise espacial multicritério. Neste estudo pretendeu-se determinar os diferentes níveis de aptidão para as espécies florestais mais representativas da região centro de Portugal. Para o efeito recorreu-se a um conjunto de variáveis climáticas, edáficas e topográficas, tendo como base um modelo digital do terreno, cartografia de solos e cartografia fitossociológica e biogeográfica. Paralelamente, foram recolhidos dados das normais climatológicas de várias estações meteorológicas para o cálculo de índices bioclimáticos. Foi, ainda, utilizada uma abordagem estocástica, na estimativa dos valores dos índices bioclimáticos ensaiados, e discutidos os resultados no contexto da incerteza espacial associada. Por fim, a avaliação da aptidão das espécies florestais consideradas foi efetuada com recurso ao método de análise espacial multicritério Analytic Hierarchy Process (AHP) metodologia que permite a exploração da aptidão natural do território, contribuindo para uma reflexão sobre a adequação das ocupações atuais e futuras face à capacidade de carga do meio. Do ponto de vista instrumental, a exploração da metodologia pode assumir um interesse como auxiliar para os agentes da administração pública com funções na área do planeamento e gestão do território.
The  integration  of  cartographic  and  territorial  data  in  mapping  is  each  time  more  exigent.  The collaboration in policies, practices and processes between local, autonomics governmental partners and authorities are one way to reach the people and citizens. The news paradigms of the “open data" ​and “smart  cities"​ open  a  new  universe  of  applications  and  “open  services"​ for  the  world  and  theses inhabitants. This paper offers the experience of collaborative trans­border Iberia project in development and integration of open data and open services in an SDI. The standards defined in the OGC are integrated to public thematic and environmental map data in one web support through the definition of SOS v2.0).  New challenges and advances are provided in 2015 by integrating urban open data in RDF format and linked data model and considering the Spanish standard defined by the AENOR Spanish Work Group CTN 178 “Smart City" (UNE178301:“Open Data"​). The territorial scope of this Iberia project is the Portuguese regions of Alentejo and Centro and the Spanish Extremadura region. There are many important cities in these territories. World Heritage Cities (Caceres, Marida, Evora) have to approach the paradigm of "Smart City" and be managed under this umbrella. Urban and environmental data must be incorporated much higher resolution and detail in this OTALEXC territorial observatory. Thus were considered  urban  sensing  and  mapping  of  historical  detail  provided  by  each  entity  in  Spanish  or Portuguese populations. The goal is to be a leader in cross­border cooperation and collaboration in SDI, in the implementation of national and international standardization, processes and policies, defined by the OGC, W3C or AENOR (Asociacion Espanola de Normalizacion), putting it at the disposal of everyone by services open interoperable and open data following a model of good practice and getting closer to the linked data model. All this we can see on the website www.otalex.eu.
In 2006, among the cross border project Territorial and Environmental Observatory of Alentejo and Extremadura (OTALEX), Alentejo (Portugal) and Extremadura (Spain) regions decided to use SDI as the geographical information platform to exchange cartography and socioeconomic, environmental and territorial harmonized data between the two regions. Such decision was possible due to previous and successful collaboration between these regions and also with Centro Region of Portugal who join the team in 2011, adding 18 years of common work. During many years we assisted to many problems of data harmonization due to the different data sources and collecting and representing methodologies. In 2007, INSPIRE Directive permitted the simplification of methodologies by introducing a common reference system, data and web services standards that allowed interoperability, interchange and data analysis in a more systematic way. Actually SDI OTALEX C is a modular platform with: (1) Private WEB Portal ­ where partners can manage their own data, services and metadata, defining print templates and geoprocessing models (2) Public WEB Portal (www.ideotalex.eu) with Information about the different cross border cooperation projects, partners and publications INSPIRE standard services view and discover OTALEX C service OTALEX C Indicator System (SIO) ­ with environmental, economic, social territorial and sustainability indicators and OTALEXC ID OTALEX C linked data.
O presente trabalho tem como objetivo identificar a relação existente entre as comunidades de passeriformes que nidificam na região Centro de Portugal e a composição e estrutura da paisagem desse território. Procurou-se, igualmente, verificar a importância da rugosidade do terreno na distribuição destas comunidades. Identificaram-se um conjunto de indicadores espaciais (métricas da paisagem e variáveis morfométricas) que, no seu conjunto, caracterizam a estrutura da paisagem, bem como as tipologias fisionómicas de habitat passíveis de determinar a distribuição das comunidades de passeriformes nidificantes. A informação referente ao uso e ocupação do solo foi processada no programa QGIS, com recurso ao plug-in LecoS. Os dados produzidos, juntamente com a informação referente à presença/ausência das espécies de aves, foram posteriormente submetidos a uma análise estatística multivariada com o intuito de correlacionar a ocorrência das espécies com a estrutura da paisagem e topografia. O desenvolvimento deste trabalho permitiu verificar que, embora seja possível obter resultados para as métricas da paisagem por classes de uso, existem no entanto limitações na obtenção de valores referentes às métricas para a matriz de uso na sua totalidade.
O medronheiro (Arbutus unedo L.) é uma espécie autóctone, com distribuição ubíqua em Portugal, tolerante ao stress hídrico, a solos de baixa fertilidade e com uma resistência ativa a incêndios florestais. O fruto é utilizado na produção de aguardente, a principal fonte de rendimento, e o seu consumo em fresco (medronho), com potencial antioxidante, representa uma nova oportunidade. Verifica-se, atualmente, um forte incremento na procura de plantas melhoradas. No âmbito do Projecto ARBUTUS (PTDC/AGR-FOR/3746/2012: Melhoramento das plantas e da qualidade dos produtos de Arbutus unedo L. para o sector agro-florestal) foram seleccionadas 30 árvores em 15 populações naturais distribuídas pelo País para avaliar a estrutura genética da espécie. As árvores foram georreferenciadas e genotipadas com marcadores moleculares nucleares e do cloroplasto. Como não existem estudos que relacionam os factores ecológicos com os padrões de diversidade genética desta espécie, fizemos a caracterização biofísica e ecológica dos povoamentos em estudo. Foram criados núcleos agregando as árvores selecionadas em cada povoamento, com recurso a ArcGIS 10.2 e usando ferramentas de geoprocessamento. Estimaram-se para os 15 núcleos descritores biogeofísicos baseados no relevo, solo, histórico de incêndios, coberto vegetal actual e potencial, tendo como informação de base o modelo digital do terreno, cartografia de solos, perímetros de áreas ardidas e a cartografia fitossociológica e biogeográfica. Paralelamente foram recolhidos dados das normais climatológicas (1981-2010) de várias estações climatológicas, para o cálculo dos índices bioclimáticos. Foram utilizadas ferramentas de geostatística para interpolar com maior precisão os valores dos índices bioclimáticos para os núcleos em estudo. Efetuou-se uma abordagem estatística multivariada exploratória com a informação recolhida: uma análise de componentes principais e de agrupamentos hierárquica. Os agrupamentos de povoamentos baseados nas características biogeofísicas serão utilizados para verificar se existe uma hierarquia a nível da estrutura genética da espécie, utilizando estimativas de diversidade molecular. Esta análise permitirá explicar a estrutura genética da espécie e lançar as bases para a compreensão dos padrões genéticos em relação aos processos ecológicos e evolutivos desta espécie. Poderemos, então, elaborar uma carta de distribuição da variabilidade genética e do fluxo genético entre povoamentos nos agrupamentos e dentro dos povoamentos. Esta informação irá ser fundamental para o planeamento e gestão de programas de melhoramento e de conservação da espécie.
A utilização do focusgroup tem vindo a alargar o seu campo de aplicação a diferentes áreas do conhecimento, como é o caso da prevenção de riscos naturais. No presente artigo começa-se por descrever o que se entende por este instrumento metodológico e qual as suas principais aplicações, especialmente ao nível de projetos de investigação. Posteriormente enquadra-se este exercício no âmbito do projeto ClimRisk-“Medidas de adaptação às alterações climáticas na gestão dos riscos naturais e Ambientais”, onde se pretende sensibilizar a comunidade para as problemáticas das alterações climáticas, envolvendo-a, no sentido de compreenderem melhor os fenómenos, e simultaneamente, contribuírem na identificação de medidas de adaptação. A metodologia consistiu na realização de duas sessões focusgroupem Leiria e Ferreira do Zêzere, que consistiram na realização de duas atividades onde se pretendeu recolher informação sobre a perceção dos participantes relativamente a aspetos referentes à prevenção dos riscos naturais.Para efetuar a análise das respostas recorremos ao software de análise de dados qualitativos webQDA.
Portugal é um país com forte vocação florestal, sendo que a floresta tem um papel primordial quer do ponto de vista social quer económico. Dada a sua importância é necessário uma gestão sustentável da mesma através de administração e uso a um ritmo que mantenham a sua biodiversidade, produtividade, capacidade de regeneração, vitalidade e potencialidades para satisfazer funções ecológicas, económicas e sociais relevantes, a um nível local e nacional, sem prejuízo de outros ecossistemas. As principais tendências de mudança da ocupação do solo em Portugal continental nas últimas duas décadas resultam da ação dos incêndios florestais e ainda do crescente abandono de territórios agrícolas. Pretende-se apresentar o trabalho de investigação que tem sido desenvolvido na ESA-IPCB com o intuito de propor novos modelos de gestão dos territórios de matriz florestal, introduzindo uma maior diversidade estrutural na paisagem através da promoção de mosaicos de espécies, nomeadamente reconvertendo áreas para povoamentos mistos de resinosas e folhosas. Para o efeito, o ordenamento dos espaços de vocação florestal deve se basear numa perspetiva de multifuncionalidade que integre diferentes funções, designadamente funções de produção, de proteção, de conservação e de recreio, permitindo a definição de modelos de silvicultura sustentáveis para cada unidade espacial face à sua aptidão dominante. Estas metodologias baseadas na análise multicritério permitem produzir cartografia de suporte à decisão no planeamento integrado da paisagem, quer no âmbito dos planos de ordenamento florestal, quer à escala dos planos de gestão florestal.
Considerando que é importante mobilizar os agentes locais para um caminho que deve ser comum, formataram-se vários momentos de reunião e discussão para, em conjunto, verter para "Castelo Branco Agenda XXI" um Plano de Acção com medidas que unam e co-responsabilizem todas as entidades neste processo de crescimento, sob o padrão inovador que o caráter prático e planeado de uma Agenda Local impõe. As reuniões sectoriais e de proximidade que foram promovidas e o período de consulta do Diagnóstico para a Sustentabilidade do concelho, possibilitaram identificar os caminhos da Sustentabilidade de Castelo Branco, que são apresentados neste relatório.
A Orientação é uma atividade desportiva e de lazer popular nos países do norte da Europa, particularmente na Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia. Nestes países a prática deste desporto é generalizada e desenvolve-se ao longo da vida, fazendo parte do currículo escolar. Deste modo, existe um interesse e uma predisposição por parte de um leque muito variado de pessoas de diferentes escalões etários, incluindo com idades avançadas. Nos países nórdicos, durante o inverno mais rigoroso, existe uma procura de países com climas mais amenos, particularmente os países do sul da Europa, que oferecem condições ótimas para a prática da modalidade nesta altura do ano. Portugal é um desses países, não só pelas condições climáticas, mas igualmente por possuir áreas naturais com interesse face às exigências técnicas da modalidade, bem como a existência de um elevado número de mapas específicos para a prática da Orientação e clubes possuidores de um conhecimento que que permitem a organização de competições e campos de treino com um nível de qualidade de acordo com os padrões internacionais. Esta procura tem sido evidenciada nos últimos anos pela número cada vez mais elevado de participantes em grandes eventos de Orientação realizados em Portugal, salientando- se o Portugal O’Meeting (POM), com mais de 2300 participantes em 2017. A região da Beira Baixa, em particular, apresenta condições excecionais para a prática da modalidade, tendo em 2014, em Idanha-a-Nova, e em 2016, em Penamacor, sido palco da maior competição realizada em Portugal, o POM. Neste âmbito, a oferta estruturada de pacotes turístico-desportivos pode ser determinante na captação desses praticantes de Orientação do norte da Europa. A ideia de negócio que nos propomos desenvolver consiste na criação de uma empresa de gestão turística especializada em atividades outdoor, com particular incidência na realização de campos de treino e de apoio à participação em competições de Orientação na região da Beira Baixa. A oferta destas atividades irá apoiar-se no desenvolvimento de um site com ofertas de pacotes turístico-recreativos, colaborando com clubes, autarquias e outros agentes locais que desenvolvam competições.
There are various methodologies for defining soil uses to promote sustainable utilization of rural land. Many of these methods rely on decision support systems based on multicriteria spatial analysis. In this study, a two-step spatial approach was performed to produce forest species suitability maps. The objectives of the study were: (1) to produce bioclimatic indices maps using a geostatistical approach based on climate data; (2) to produce biogeophysical suitability maps for the main Portuguese forest species by multicriteria spatial analysis using the analytic hierarchy process (AHP) integrating three factors (terrain slope, soil diagnostic features and bioclimatic indices); and (3) to conduct a comparative analysis of the current forest species area distributions to these species biogeophysical suitability areas. With these objectives, the Centro region of Portugal was used as the study area. Our methodological approach allowed us to assess the biogeophysical suitability of Maritime pine, Eucalyptus, Cork oak and Holm oak in the Centro region of Portugal. The findings in this study emphasize the potential that the Centro region of Portugal has for expanding the spread of native oaks as recommended by the National Strategy for Forests to respond to climate changes, improve landscape biodiversity and mitigate fire hazards. The species biogeophysical suitability maps may be important tools for decision support in landscape planning to define species’ priority afforestation areas. From an instrumental point of view, the use of this methodology may interest stakeholders and others with roles in planning and land management. Further investigation is needed to integrate the impact of climate change in forest species spatial modeling to assist in supporting future national strategies for forests.
There are various methodologies for defining soil uses to promote sustainable utilization of rural land. Many of these methods rely on decision support systems based on multicriteria spatial analysis. In this study, a two-step spatial approach was performed to produce forest species suitability maps. The objectives of the study were: (1) to produce bioclimatic indices maps using a geostatistical approach based on climate data; (2) to produce biogeophysical suitability maps for the main Portuguese forest species by multicriteria spatial analysis using the analytic hierarchy process (AHP) integrating three factors (terrain slope, soil diagnostic features and bioclimatic indices); and (3) to con- duct a comparative analysis of the current forest species area distributions to these species biogeophysical suitability areas. With these objectives, the Centro region of Portugal was used as the study area. Our methodological approach allowed us to assess the biogeophysical suitability of Maritime pine, Eucalyptus, Cork oak and Holm oak in the Centro region of Portugal. The findings in this study emphasize the potential that the Centro region of Portugal has for expanding the spread of native oaks as recommended by the National Strategy for Forests to respond to climate changes, improve landscape biodiversity and mitigate fire hazards. The species biogeophysical suitability maps may be important tools for decision support in landscape planning to define species priority afforestation areas. From an instrumental point of view, the use of this methodology may interest stakeholders and others with roles in planning and land management. Further investigation is needed to integrate the impact of climate change in forest species spatial modeling to assist in supporting future national strategies for forests.
The aim of this study was to analyze the association between coaches’ experience and their perceptions on the implementation of a long-term athletic development (LTAD) model created in 2016 by the Portuguese Swimming Federation. Eighty-six swimming coaches were assembled in groups according to their experience level: “novice” (n = 24), “intermediate” (n = 26), and “experienced” (n = 36), and they answered a questionnaire with the following items: (i) awareness of the existing model (ii) acceptance (iii) usefulness for practice, and (iv) implementation of this model by their peers. Regardless of experience, ~67% of the coaches were aware of the model. Among those, a large number showed acceptance (~95%) and confidence in its usefulness (~83%) for their daily practice. Most coaches (92%) showed concerns about the fact that their peers do not respect the model frameworks, declaring the search for their swimmers’ immediate success (~58%) as the main cause for such behavior. The results also showed an association between experience and knowledge about the model’s existence [χ2 (2) = 10.223, p < 0.01, V = 0.345], and experienced coaches exhibited better knowledge than their intermediate [χ2 (2) = 9.555, p < 0.01, V = 0.393] or novice [χ2 (2) = 5.926, p = 0.02, V = 0.314] counterparts. While there was an association between the coaches’ experience and knowledge about the LTAD model’s existence, this situation does not seem to influence the way coaches accept and understand the usefulness of the model for their daily practice.
As estratégias territoriais são importantes instrumentos de apoio ao desenvolvimento local; tendo por base os recursos endógenos próprios de cada território, identificam os eixos estratégicos de intervenção e os projetos considerados prioritários no suporte ao ciclo de desenvolvimento local. Território de baixa densidade, marcado pela recessão demográfica e pela ruralidade, o município de Proença-a-Nova enfrenta o desafio de criar fatores de atração que afirmem a sua identidade e potencialidades e que ajudem a atrair e fixar novos públicos. Proença-a-Nova assume-se como um território essencialmente rural onde a expressão da atividade florestal e agrícola é preponderante, muito por força das suas características morfológicas e climatológicas. Estas concorrem, ainda, indiretamente, para o elevado valor ambiental, paisagístico e até social que se reconhece ao território. Deste modo, o modelo de desenvolvimento local proposto, definido através de uma metodologia participativa, alicerça-se nas múltiplas vertentes dos recursos naturais como fatores chave da competitividade territorial do município: a vertente económica relacionada com a floresta de produção e a agricultura orientada para o mercado; a vertente ambiental relacionada com a sustentabilidade dos ecossistemas e dos abundantes recursos hídricos existentes; a vertente desportiva e turística relacionada com os desportos em natureza, aproveitando os recursos já existentes (aeródromo das Moitas, via ferrata, percursos trail e BTT) e a vertente cultural ligada ao projeto em curso “Museu da Paisagem”. Nesta comunicação far-se-á a caracterização do território e a apresentação do modelo de desenvolvimento proposto com base nos recursos naturais do território.
The overuse of natural resources by humanity in recent decades has resulted in noticeable changes in environment quality. Global environmental research is particularly interested in the topics of land use change and land cover. The Republic of Serbia has a diverse spectrum of landforms, with agricultural use taking up the largest portions, followed by forestry, water, and building land. Significant anthropogenic pressures (such as mining, deforestation, urbanization, and uncontrolled land use, among other things) have harmed Serbia's natural resources over the past two decades. This study examines the causes of specific trends in land-use change in Serbia, utilizing the CORINE Land Cover (CLC) database to track temporal and spatial changes in the major categories of land use and land cover from 1990 to 2018. The authors explained that focusing on the rational use of natural resources is the only way to promote sustainable development, legal alignment with EU law, and prompt adoption of harmonized laws and planning documents across all sectors.
No âmbito da valorização das áreas protegidas, o tema da atividade turística surge quase como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância de se proceder a estudos que perspetivem a atuação futura nestas áreas. Daqui se partiu para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que oriente os passos a serem dados, e acolhidos por parte dos stakeholders, bem como pela Cogestão do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), com vista ao desenvolvimento do sector do turismo associado aos valores desta área protegida. Para o efeito, foi implementada uma abordagem bottom-up, partindo de uma base de trabalho que emanasse das perspetivas e interesses dos agentes locais. Nesse quadro, foram realizadas, numa primeira fase, uma série de entrevistas abertas e individuais aos diversos atores; posteriormente, foi realizado um trabalho de prospeção e auscultação com base em discussões em grupos, conforme a afinidade funcional dos agentes e, por último, as ações a propor resultaram de uma validação final por parte das entidades envolvidas no processo da cogestão do PNTI. Desta abordagem metodológica resultaram quatro domínios estratégicos de intervenção que estruturam a leitura e o campo de ação do Roteiro de Desenvolvimento Turístico do PNTI, designadamente i) infraestruturas de suporte e qualidade ambiental e paisagística; ii) oferta turística; iii) comunicação; iv) governança que se consubstanciaram num conjunto de projetos de intervenção no sentido de dar corpo ao desenvolvimento turístico que se preconiza para o PNTI.
O Plano Estratégico de Proença-a-Nova configura-se como um instrumento de apoio à decisão e comunicação, indo ao encontro do que o município pretende ser no final da década, tendo como pressuposto a afirmação do território proencense, baseado num modelo de desenvolvimento competitivo, inclusivo e sustentável. A concretização da estratégia territorial preconizada, baseia-se na transparência e numa política rigorosa de afetação e gestão de recursos, passa pelo aproveitamento do seu potencial biofísico e pela consideração das suas características socioeconómicas. O Plano Estratégico é, em muito, tributário da abertura e disponibilidade à participação, discussão e análise de pontos de vista sobre o desenvolvimento almejado para o município. Por tal, deixamos nota pública de agradecimento a todos aqueles que, junto da equipa técnica, manifestaram as suas posições e disponibilizaram informações e ideias, que, no conjunto, nos permitiram, por um lado, uma leitura mais plural e rica dos desafios de desenvolvimento que se colocam ao município e, por outro lado, em consequência, desenhar uma estratégia que ganhou em coerência e um leque de propostas de projetos que, cremos, são ajustados às especificidades socio-territoriais do concelho e às expetativas dos cidadãos.
Na análise às oportunidades identificadas com vista à valorização do PNTI, o tema da atividade turística surge quase como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância e eminência de se proceder a um estudo que aprofunde, esclareça sobre os significados, objetivos e perspetive a atuação futura nesta área de interesse. Daqui se parte para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que possa servir de orientação, ou pano de fundo, para os passos a serem dados, e acolhidos por parte dos stakeholders, bem como, naturalmente, pela Cogestão do PNTI com vista ao desenvolvimento do setor do turismo associado aos valores do Parque.
Na análise às oportunidades identificadas com vista à valorização do PNTI, o tema da atividade turística surge quase como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância e eminência de se proceder a um estudo que aprofunde, esclareça sobre os significados, objetivos e perspetive a atuação futura nesta área de interesse. Daqui se parte para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que possa servir de orientação, ou pano de fundo, para os passos a serem dados, e acolhidos por parte dos stakeholders, bem como, naturalmente, pela Cogestão do PNTI com vista ao desenvolvimento do setor do turismo associado aos valores do Parque.
No âmbito da valorização das áreas protegidas, o tema da atividade turística surge como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância de se proceder a estudos que perspetivem a atuação futura nestas áreas. Daqui se partiu para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que oriente a atuação dos stakeholders e da Cogestão do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), com vista ao desenvolvimento do sector do turismo associado aos valores desta área protegida. Para o efeito, foi implementada uma abordagem bottom-up, partindo de uma base de trabalho que emanasse das perspetivas e interesses dos agentes locais. Foram realizadas, numa primeira fase, uma série de entrevistas aos diversos atores; posteriormente, foi realizado um trabalho de prospeção e auscultação com base em discussões em grupos focais, e, por último, as ações a propor resultaram de uma validação final por parte das entidades envolvidas na cogestão do PNTI. Desta abordagem metodológica resultaram quatro domínios estratégicos de intervenção que estruturam a leitura e o campo de ação do Roteiro de Desenvolvimento Turístico do PNTI.
The Survey “Orienteering and the Environment” follows an analogous survey carried out in 2011 to understand the main issues faced by the orienteering movement in different countries. With the survey we could update the situation with a broader response. The preservation of the environment is a key pillar of the IOF sustainability ambition but the relationship between orienteering and the environment has clear implications also on the other two pillars of sustainability, social and economic. The information gathered will help to improve the performance of the IOF and its Member Federations and define the priorities for the IOF Environment and Sustainability Commission in the years to come.The areas covered by the survey were the following: • National circumstances regarding environmental issues related to orienteering. • Significance of specific environment issues related to orienteering. • Possible environmental conflicts occurred in connection with the organization of orienteering activities. • Measures taken at the national level for the management of orienteering’s environmental issues. • Needs of support from the IOF on environmental issues.
As estratégias territoriais são importantes instrumentos de apoio ao desenvolvimento local; tendo por base os recursos endógenos próprios de cada território, identificam os eixos estratégicos de intervenção e os projetos considerados prioritários no suporte ao ciclo de desenvolvimento local. Território de baixa densidade, marcado pela recessão demográfica e pela ruralidade o município de Proença-a-Nova enfrenta o desafio de criar fatores de atração que afirmem a sua identidade e potencialidades e que ajudem a atrair e fixar novos públicos. Proença-a-Nova assume-se como um território essencialmente rural onde a expressão da atividade florestal e agrícola é preponderante, muito por força das suas características morfológicas e climatológicas. Estas concorrem, ainda, indiretamente, para o elevado valor ambiental, paisagístico e até social que se reconhece ao território. Deste modo, o modelo de desenvolvimento local proposto, definido através de uma metodologia participativa, alicerça-se nas múltiplas vertentes dos recursos naturais como fatores chave da competitividade territorial do município: a vertente económica relacionada com a floresta de produção e a agricultura orientada para o mercado; a vertente ambiental relacionada com a sustentabilidade dos ecossistemas e dos abundantes recursos hídricos existentes; a vertente desportiva e turística relacionada com os desportos em natureza, aproveitando os recursos já existentes (aeródromo das Moitas, via ferrata, percursos trail e BTT) e a vertente cultural ligada ao projeto em curso “Museu da Paisagem”. Nesta comunicação far-se-á a caracterização do território e a apresentação do modelo de desenvolvimento proposto com base nos recursos naturais do território.
Comunicação apresentada no Seminário sobre Águas Subterrâneas, organizado pela Associação Portuguesa de Recursos Hídricos, que decorreu de 1 a 2 de Março de 2007 em Lisboa.
No Projecto POCI/AGR/59180/2004, concluído em 2009 (cf. Lobo-Ferreira et al., 2009), apresenta-se uma metodologia para avaliação quantitativa dos impactos dos fogos florestais na quantidade e qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Nesta metodologia procura-se avaliar as alterações que possam ter ocorrido após o fogo: (A) em volumes de recarga, (B) volumes de escoamento superficial, (C) qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Esta metodologia considera: (1) tipo e densidade de coberto vegetal à data do incêndio; (2) tipos de poluentes que podem ser libertados pelas diferentes comunidades vegetais afectadas pelo fogo; (3) extensão e volume do aquífero e sua porosidade eficaz, para aferir dos volumes de reservas de água; (4) recarga média anual; (5) tempo de permanência das águas no sistema subterrâneo. Para a avaliação do tipo e densidade de coberto vegetal e consequente biomassa combustível à data do incêndio usou-se a inventariação fitossociológica, cartografia da vegetação, análise estatística multivariada e estimativa da biomassa florestal ardida, realizada pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco-Escola Superior Agrária. Os tipos e cargas poluentes libertados calcularam-se com base nos valores de biomassa ardida e estudos (realizados por INETI – Departamento de Engenharia Energética e Controlo Ambiental) de cinzas de ensaios de combustão de espécies florestais e arbustivas representativas do coberto vegetal ardido, e ensaios de lixiviação de solos e cinzas. A avaliação das variações na recarga baseou-se na informação recolhida nos estudos quantitativos realizados na bacia de Manteigas, associada a modelos hidrológicos conceptuais e cenários de variação de escoamento e evapotranspiração quando a informação não era suficiente para colmatar as lacunas de conhecimento. Com base na biomassa ardida, características composicionais das suas cinzas e potenciais de lixiviação, calculou-se a quantidade e tipo de poluentes em fase sólida e dissolvida passíveis de entrar nas águas superficiais e subterrânea. As características hidráulicas dos meios geológicos afectados deram os volumes de armazenamento e as prováveis velocidades de circulação nestes materiais, o que serviu para prever espaços temporais de contaminação da área. Da avaliação dos volumes de carga poluente calculados e dos dados de campo de decaimento destas cargas poluentes nas águas superficiais e subterrâneas em zonas de coberto vegetal similar estabeleceram-se cenários possíveis do tempo de desaparição do poluente na área ardida. Nesta comunicação realçam-se os aspectos relacionados com a qualidade das águas subterrâneas.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Animal levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Produção Animal que antecedeu o actual curso de Engenharia em Ciências Agrárias que se avalia.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Agrícola levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Produção Agrícola que antecedeu o actual curso de Engenharia em Ciências Agrárias que se avalia.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia Florestal levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Produção Florestal que antecedeu o actual curso de Engenharia Florestal.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia de Ordenamento dos Recursos Naturais levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo Conselho Científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Ordenamento dos Recursos Naturais.
Growing forests wildfires in Portugal are an increasing concern since forests in the Mediterranean region are vulnerable to recent global warming. Long-term negative effects are expected on the vegetation with the coming increasing drought. The strawberry tree (Arbutus unedo L.) displays potential to be a successfully business-like cultured in several regions of Portugal and southern Europe, as it is well adapted to climate and soils. In Portugal, this species has been used by local populations particularly for spirit production and for fruit consumption, although it has different possible commercial uses, from processed and fresh fruit production to ornamental, pharmaceutical and chemical applications. In addition, due to its pioneer status, it is valuable for land recovery and desertification avoidance, besides being fire resistant. The available strawberry tree’s data is presence-only. For modelling purposes, a set of placements within the landscape of interest (Portugal) was applied. The species, observed in 318 plots, together with a vector of environmental covariates (7 bioclimatic attributes, slope and altitude) and a defined background were used for modeling purposes. Maxent 3.4.1 was the used software, where the estimated quantity is the probability of the presence of the species, conditioned on the environment. Maxent uses the environmental covariate data from the occurrence records and the background sample, to estimate the ratio between the conditional density of the covariates at the presence sites and the marginal (i.e., unconditional) density of covariates across the study area and so, estimating the relative suitability of one place vs. another. Three different climate scenarios (control run; 2050 and 2070) were tested for two emission scenarios (RCP 4.5 and RCP 8.5, WorldClim), besides the past, 6,000 BP (Mid-Holocene). The reduction of habitat suitable for this species is very significant in the southern regions, even for the best warming scenario (RCP 4.5) in 2050. Central and Northern mountain regions are predicted refuge for this species. Forest policies and management should consider the impact of climate change on the usable areas for forestry, seeing a case-study species particularly adapted to the Mediterranean regions and wildfires, such as strawberry tree. The distribution of the species in the Middle Holocene agrees with previous genetic and fossils studies in the region, which supported two putative refuges for the species since the Last Glacial Maximum and a cryptic refugia in the East-Central mountain region.
A região do Mediterrâneo sofrerá um elevado aumento de temperatura, cerca de 1,5 vezes superior ao período 1880-1920, por comparação com as outras regiões do mundo. Os impactos na floresta em Portugal, devido às alterações climáticas, sugerem uma tendência na migração de espécies, do sul para o norte e do interior para as áreas costeiras. Além disso, sob este cenário, as florestas podem desaparecer das áreas mais secas (a região interior do sul). O risco de incêndios florestais aumentará num clima mais quente e seco e pode ainda ser aumentado pela acumulação de biomassa de alta inflamabilidade no Verão. O impacto na economia florestal pode ser extremamente severo, a diminuição da produtividade, o aumento do risco de incêndio e o risco de pragas e doenças, e podem tornar o investimento florestal pouco atraente, resultando no aumento do abandono florestal. Neste estudo, o nosso objetivo foi modelar do ponto de vista ecológico uma espécie tipicamente mediterrânea amplamente distribuída no país e na região do Mediterrâneo, o medronheiro (Arbutus unedo L.). Através da modelação, é possível revelar o impacto dos fatores ambientais na distribuição dos habitats do medronheiro e avaliar a alteração do nicho ecológico usando cenários contrastantes de aquecimento global. Para aumentar o nosso conhecimento sobre a distribuição espacial da espécie, 318 pontos de presença da espécie, juntamente com um vetor de covariáveis ambientais (7 atributos bioclimáticos, declive e altitude) e pontos de não presença, foram utilizados para modelação. Os dados climáticos atuais e futuros foram obtidos através do WorldClim. Finalmente, a vulnerabilidade do medronheiro aos efeitos da mudança climática global foi examinada usando dois cenários de emissões (RCP 4.5 e 8.5), para prever mudanças de distribuição nos anos 2050 e 2070, utilizando um software de modelação ecológica (MaxEnt). A redução do habitat adequado para esta espécie é significativa nas regiões do sul, considerando os futuros cenários de aquecimento global. As regiões montanhosas do centro e do norte são presumíveis refúgios previstos para esta espécie. A política de gestão florestal deve refletir o impacto da mudança climática nas áreas utilizáveis para a silvicultura, considerando em particular as espécies adaptadas às regiões do Mediterrâneo e aos incêndios florestais, como o medronheiro.
Increasing forest wildfires in Portugal remain a growing concern since forests in the Mediterranean region are vulnerable to recent global warming and reduction of precipitation. Therefore, a long-term negative effect is expected on the vegetation, with increasing drought and areas burnt by fires. The strawberry tree (Arbutus unedo L.) is particularly used in Portugal to produce a spirit by processing its fruits and is the main income for forestry owners. Other applications are possible due to the fruit and leaves' anti-oxidant properties and bioactive compounds production, with a potential for clinical and food uses. It is a sclerophyllous plant, dry-adapted and fire resistant, enduring the Mediterranean climate, and recently considered as a possibility for afforestation, to intensify forest discontinuity where pines and eucalypts monoculture dominate the region. To improve our knowledge about the species' spatial distribution we used 318 plots (the centroid of a 1 km2 square grid) measuring the species presence and nine environmental attributes. The seven bioclimatic variables most impacting on the species distribution and two topographic features, slope and altitude, were used. The past, current and future climate data were obtained through WorldClim. Finally, the vulnerability of the strawberry tree to the effects of global climate change was examined in the face of two emission scenarios (RCP 4.5 and 8.5), to predict distribution changes in the years 2050 and 2070, using a species distribution models (MaxEnt). The reduction of suitable habitat for this species is significant in the southern regions, considering the future scenarios of global warming. Central and northern mountainous regions are putative predicted refuges for this species. Forest policy and management should reflect the impact of climate change on the usable areas for forestry, particularly considering species adapted to the Mediterranean regions and wildfires, such as the strawberry tree. The distribution of the species in the Last Glacial Maximum (LGM) and Mid-Holocene (MH) agrees with previous genetic and paleontological studies in the region, which support putative refuges for the species. Two in the southern and coastal-central regions, since the LGM, and one in the east-central mountainous region, considered as cryptic refugia.
O Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI) existe há 19 anos, sobrepondo-se parcialmente à Zona de Proteção Especial do Tejo Internacional, Erges e Ponsul, classificada ao abrigo da Diretiva Aves, integra o Parque Internacional Tejo-Tajo, desde 2013, e foi classificado como Reserva da Biosfera da UNESCO, em 2016. Entre outras iniciativas, que, no seu conjunto, dão corpo a uma gestão ativa e de proximidade, em abril de 2017, foi lançado o Projeto Piloto para a Gestão Colaborativa do PNTI, envolvendo sete entidades: os três Municípios (Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Quercus, o Instituto Politécnico de Castelo Branco e a Associação Empresarial da Beira Baixa. Pretendeu-se constituir uma dinâmica de colaboração e partilha, em que as diferentes entidades colocaram ao serviço do PNTI os seus saberes e competências. Este Projeto Piloto permitiu evoluir para a conceção de um novo modelo de cogestão para as áreas protegidas. Trata-se de um instrumento que marcará o futuro da valorização do nosso capital natural, baseado na proximidade aos territórios e às pessoas que nele habitam, exercem as suas atividades económicas e os visitam, mas também baseado em mais conhecimento, comunicação e reforço identitário. E este livro, que ilustra os atributos desta parcela do território, como é valiosa, singular e pode catalisar o seu desenvolvimento, é já uma evidência dos bons resultados que é possível alcançar quanto se trabalha em rede. É compilada informação disponível sobre o PNTI que se disponibiliza, de modo muito acessível a quem a lê. Informação que contribuirá para a promoção dos valores presentes nesta área protegida, dos seus habitats, espécies e paisagens que lhe conferem uma identidade tão própria. Reforçará ainda os comportamentos que reconhecem o valor dos serviços que os ecossistemas prestam que, não valorizados pelo mercado, são indispensáveis para o bem-estar da sociedade, tais como o controlo da erosão, o sequestro de carbono, a regulação do ciclo hidrológico, a conservação da biodiversidade, a redução da suscetibilidade ao fogo, os espaços de lazer e fruição, entre outros.
Em sintonia com os objetivos fixados aquando da criação do Parque Natural do Tejo Inernacional, em agosto de 2000, assume-se como propósito deste guia a apresentação de um instrumento de informação e orientação que potencie o respeito pelos valores intrínsecos do PNTI, bem como o usufruto e fruição equilibrada dos mesmos. Neste contexto procede-se a uma breve descrição caracterizadora do Território do Parque, informação relativa ao apoio à visitação, é ainda apresentado um elenco de espécies de fauna e flora.
Este Manual pretende ser um veículo de informação útil para tornar as populações mais resilientes aos riscos climáticos e aumentar a consciência ambiental coletiva. Tem como objetivo numa primeira leitura, despertar em cada um dos leitores a importância da autoproteção e posteriormente desencadear conversas com familiares e amigos sobre boas práticas quer de prevenção, quer de atuação em situação de emergência. Neste manual consideram-se pessoas de risco: idosos ou dependentes, recém-nascidos e crianças pequenas e pessoas com doença crónica. O Manual deve estar na sua casa ou local de trabalho, em local acessível, e deve ser lido por todos.
Relatório Final do Projeto “Promover e Valorizar o PNTI”, onde são descritas as atividades desenvolvidas no período de 1 de abril a 31 de agosto de 2019. Para além da descrição das atividades desenvolvidas no período em apreço, este último relatório procura sintetizar todo o Projeto, configurando-se assim como Relatório Global do Projeto. Neste sentido, complementa-se informação apresentada no primeiro e segundo Relatórios, tendo em consideração a duração total do Projeto, desde 1 de outubro de 2018, a 31 agosto de 2019. O Projeto consistiu na proposta e desenvolvimento de ações com vista à manutenção e melhoria da sinalética, bem como a instalação de painéis informativos que contribuam para a fruição, atratividade e condições de visitação do Parque Natural do Tejo Internacional através de soluções de comunicação e promoção.
A brochura apresenta os principais conceitos relacionados com os riscos naturais e ambientais, bem como sobre as alterações climáticas, ao público em geral.
O Diagnóstico para a Sustentabilidade do Concelho de Castelo Branco tem dois grandes objectivos: - Apresentar um diagnóstico do Concelho, simples e acessível; - Apontar para as Áreas Estratégicas, em que assentará Castelo Branco Agenda XXI, posteriormente validadas pela comunidade/actores locais. Tem como propósito abranger e integrar num mesmo documento uma descrição actual e representativa dos sistemas ambientais, sociais, económicos e institucionais do concelho de Castelo Branco, resultando na identificação das suas potencialidades e fragilidades. Deste modo, obtém-se a definição das oportunidades e ameaças do concelho, de forma a assentar as grandes opções estratégicas do Desenvolvimento Sustentável, através de um modelo – Castelo Branco Agenda XXI. Assim, o Diagnóstico para a Sustentabilidade permite avaliar a realidade concelhia e efectuar uma análise prospectiva, nomeadamente no que respeita à identificação de problemas e oportunidades, em consonância com o já planeado pela CMCB, no sentido do Desenvolvimento Sustentável e da melhoria da qualidade de vida.
O relatório apresenta os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Projeto POCI/AGR/59180/2004 entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2007. O relatório organiza-se pela descrição das seguintes tarefas: T1 – Selecção das áreas de estudo; T2 – Caracterização agro-florestal; T3 – Caracterização de cinzas e testes laboratoriais de combustão; T4 – Modelação do ciclo hidrológico e caracterização da qualidade da água; T5 – Coordenação e integração.
O relatório apresenta os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Projecto desde a data do seu início, em 1 de Maio de 2005, até 31 de Dezembro de 2005, num total de 8 meses de decurso do Projecto. O relatório organiza-se pela descrição das seguintes tarefas a desenvolver: T1 – Selecção das áreas de estudo; T2 – Caracterização agro-florestal; T3 – Caracterização de cinzas e testes laboratoriais de combustão; T4 – Modelação do ciclo hidrológico e caracterização da qualidade da água; T5 – Coordenação e integração.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.
O presente relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia das Ciências Agrárias opção Engenharia Rural levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Conforme o curso que se está a avaliar juntam-se à equipa o respectivo coordenador de curso e colaboradores na compilação do relatório. Além destes elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento mais ou menos fiel do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas (por telefone) às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente na Escola.
São apresentados indicadores desenvolvidos no âmbito do projeto OTALEX C, relativos à Sustentabilidade Territorial, mais concretamente com a acessibilidade espacial, designadamente indicadores de acesso em tempos mínimos a serviços básicos sanitários (centros de saúde, hospitais, residências de idosos e centros de dia) e educativos (escolas, estabelecimentos de ensino secundário e superior), bem como a núcleos de população de hierarquia superior (cidades com mais de 20000, 50000 e 200000 habitantes). Estes indicadores serão incorporados à bateria de indicadores de sustentabilidade do projeto OTALEX C.
Natural hazards and correlated risks fill worldwide headlines raising both public and governmental concern. Though only major impacts reach the national headlines, locally many regions are already experiencing hands-on the effects of climate change by means of droughts, heatwaves, floods, forest fires, among others. The loss of lives and the considerable cost to the public revenue led to the decree of new representative offices and branches of crisis and civil protection. Facing a new public and scientific information demand for new data and above all solutions for such pertinent issues, the Polytechnic of Tomar proposes CLIMRisk ’Climate change adaptation measures in the management of natural and environmental risks’ as a starting point to a new integrated line of research where all variables alike will be addressed, studied and interpreted in a geographical database (geodatabase). The consortium encompasses both in scientific research relevance and geographical coverage the institutions: Polytechnics of Tomar, Leiria and Castelo Branco; the Municipalities of Our´em and Ferreira do Zˆezere; and the Civil Protection and Forestry bureaus. The CLIMRisk project focuses on a specific transitional area (NUTS II), strategically located between the southern plains and the northern mountainous area, which intrinsically experiences the influence of the complete set of risks characteristic to both regions. Building upon the published research and the technical ability of the created consortium, CLIMRisk proposes the integrated study of climate, coastal areas, rivers, forestry, and biological variables, associated risks, thus building upon the created knowledgebase to propose useable tailor made adaptation measures. The outputs of the project clearly benefit the scientific community and inherent educational mainstreaming, whereas directly targeting organizations dealing with the general public, and environmental education. Furthermore, is of utmost relevance for policymakers, decision-makers, and stakeholders, as a valuable tool in developing suitable adaptation measures, which hopefully will reduce their harmful effects at a regional scale.
EUROACE is the name given to the Euro-region covering Alentejo and Centro in Portugal and Extremadura in Spain, since the biophysical perspective, it is mainly characterized by the topography and climate of the southwest of the Iberian Peninsula. The evolution of these two variables have allowed developing a wide variety of soils and a considerable amount of their typologies diversity, as well. The OTALEX C Project team, a cooperation formed by the direct collaboration of Portuguese and Spanish entities creating an active cross-border cooperation (CBC) strategy, belonging to the three levels of administration: national, regional and local. Sharing common problems was enable to develop common solutions for the territories as the example of the OTALEX C Spatial Data Infrastructure (IDE OTALEX C) - a set of indicators that may contribute to the sustainability of the mentioned territory. Those indicators cover a lot of biophysical variables: hydrology, climate, soil, vegetation, and fauna, among many others. The criteria selection of such indicators was carried out taking into account the possibility of a constant updating on the EUROACE territory, as well as they adapting to the Sustainable Development Indicators (SDIs), which are used by the EU Sustainable Development Strategy (EUSDS). With the data collection procedure has been possible to relate soil, weather and vegetation, enabling to analyze issues regarding with the ecosystems functioning as well as their biodiversity and vegetal distribution on the soil, which along, with their structure shape the landscape, where the arboreal stratum constitutes one of they principal components. Major results show that those indicators are helpful tools for territorial management which favoring the conservation and sustainable development of the territories.
A publicação contém os resumos das comunicações apresentadas no Seminário "“Paisagens Fire-Smart. Criando Territórios Resilientes ao Fogo”
“A Paisagem como modelo e infraestrutura para a adaptação das sociedades às alterações globais” deu o mote à IV Conferência Ibérica de Ecologia da Paisagem, que decorreu entre 8 e 9 de Novembro de 2018 em Faro, na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade do Algarve (UAlg), em colaboração com o Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (CEABN-InBIO) da Universidade de Lisboa (UL), a Associação Portuguesa de Ecologia da Paisagem (APEP), a Asociación Española de Ecologia del Paisaje (AEEP) e o apoio da IALE Europe. Do programa constam nomes sonantes da Ecologia da Paisagem dos dois países ibéricos, como António Gómez-Sal, presidente da AEEP, Francisco Castro Rego, vice-presidente do Laboratório Associado InBio, Isabel Loupa Ramos, representante de Portugal na IALE Europe e a presidente da IALE Europe, Veerle van Eetvelde.
A harmozanização de dados entre dois países é sempre uma tarefa complicada por diversas razões. Quer seja pelas diferentes fontes, sistemas de coordenadas, linguagens ou modelos de dados utilizados, a concertação da informação existente entre três regiões como são o Alentejo e Centro, de Portugal, e a Extremadura de Espanha, tem sido um dos objetivos principais da parceria constituída no projeto OTALEX C. Esta harmonização é essencial para uma planificação conjunta dos territórios que se encontram junto à fronteira. Apresentam-se assim as bases metodológicas para a harmonização de dados gráficos e alfanuméricos entre o Alentejo, a Extremadura e o Centro, desenvolvida ao longo dos projetos GEOALEX, OTALEX, OTALEX II e OTALEX C, as quais permitiram a criação de bases cartográficas contínuas e de indicadores ambientais e socio-económicos para a totalidade da área e disponíveis na IDE-OTALEX. Identificam-se ainda as dificuldades e constrangimentos na compatibilização e atualização da informação.
Asphodelus bento-rainhae P. Silva é uma espécie de Liliaceae, endémica da serra da Gardunha (Fundão). A sua área de distribuição ocupa cerca de 700 ha, exclusivamente na vertente norte, entre 530 a 810 m de altitude, em solos profundos resultantes de depósitos de vertente de corneanas e xistos mosqueados derivados de metaformismo de contacto dos xisto-grauvaque, repartindo-se por sete freguesias do concelho do Fundão: Souto da Casa, Aldeia Nova do Cabo, Aldeia de Joanes, Fundão, Alcongosta, Donas e Alcaide. É uma espécie associada a habitats florestais, encontrando-se no sub-bosque de carvalhais de Quercus robur e/ou Quercus pyrenaica, ou mesmo de castinçais bem conservados, mais ou menos abertos. Encontra-se, igualmente, em pinhais de Pinus pinaster, bosques mistos e taludes de cerejais, onde não sejam aplicados herbicidas. A abundância da espécie aumenta de leste para oeste onde se verifica uma maior concentração de habitats florestais. A identificação do habitat mais favorável foi efetuada com base na integração de um conjunto de fatores biofísicos com recurso ao programa ArcGIS 9.3.1, tendo por base a ficha do Plano Sectorial da Rede Natura 2000, bem como outra bibliografia respeitante à espécie em causa, tendo sido utilizada a seguinte cartografia de base: altimetria, litologia, vegetação/ ocupação do solo e solos. Com base nos dados altimétricos foi ainda elaborado o tema exposições. Os diferentes temas foram classificados em três níveis de aptidão para a espécie: desfavorável (0), pouco favorável (1) e favorável (2). Com base nos temas resultantes da reclassificação em níveis de aptidão, calculou-se o índice de adequabilidade de habitat (HSI) para o Asphodelus bento-rainhae. Finalmente, comparou-se os resultados obtidos com a distribuição real da espécie, resultante da prospeção realizada no âmbito do projeto LIFE- -Natureza - Asphodelus bento-rainhae - medidas de conservação e gestão, tendo-se verificado uma elevada relação entre os valores de HSI obtidos e a distribuição da espécie.
Mapa Base da Euroregião Alentejo-Centro_Extremadura (EUROACE). Escala 1:500.000. Sistema geodésico de referência ETRS-89. Sistema cartográfico de representação: Projeção UTM, fuso 29.
Em zonas transfronteiriças a informação disponível, sobre indicadores de desenvolvimento, embora exista e até se encontre acessível não é, muitas vezes comparável e compatível, verificando-se assim um hiato nas áreas raianas que urge corrigir. Neste sentido, é imprescindível desenvolver o processo de harmonização onde é fundamental a recolha sistematizada de informação oficial fidedigna, a harmonização semântica, de conceitos e mesmo de metodologias de cálculo, a harmonização geométrica, cartográfica e de escalas espacial e temporal. Esta apresentação pretende destacar o trabalho de harmonização de dados desenvolvido, pelo Grupo de Trabalho dos Indicadores constituído no âmbito dos projetos de cooperação transfronteiriça na EUROACE, ao longo dos últimos 18 anos, do qual resulta a informação publicada nos ATLAS Alentejo e Extremadura (2011) e ATLAS Alentejo Extremadura Centro (2013) e do SIOTALEX (www.ideotalex.eu).
Las regiones de Alentejo y Centro de Portugal junto a Extremadura de España, mediante la estrecha colaboración entre diversas entidades portuguesas y españolas han venido desarrollando el proyecto OTALEX C (Observatorio Territorial y Ambiental de las regiones Alentejo, Extremadura y Centro), cofinanciado por el Programa Operativo de Cooperación Transfronteriza España-Portugal (POCTEP). Tiene como objetivo la caracterización y el análisis territorial y ambiental del área de estas tres regiones y la monitorización de las alteraciones y presiones en ambos lados de la frontera Hispano-Portuguesa en este ámbito, cubriendo entorno a unos 92.000 km2. Es el resultado de más de diez años de cooperación transfronteriza a lo largo de diferentes proyectos. Los trabajos que se han ido desarrollando en estos proyectos se han adaptado a las novedades que iban llegando desde las directivas Europeas y a los avances tecnológicos, girando en torno a temática tales como los SIG, cartografía y sostenibilidad. Entre los numerosos resultados alcanzados se puede destacar la creación de la primera Infraestructura de Datos Espaciales (IDE), no piloto, cuyo ámbito territorial traspasa las fronteras de una nación (IDEOTALEX http://www.ideotalex.eu). Desarrollado en su totalidad con software open source, el geoportal ha ido adaptándose y evolucionando, a lo largo de los años, para conseguir que su manejo sea más cómodo y fácil, a la vez que funcional. La IDE OTALEX C ha desarrollado un sistema de indicadores territoriales y ambientales que incorpora sistemas de coordenadas, escalas espaciales y temporales, junto a geometrías unificadas. Se caracteriza por ser un sistema abierto y flexible que integra la información homogeneizada y actualizada proveniente de los diversos socios a través de sus nodos locales. Entre la información que proporciona se encuentran variables tales como relieve, orientación, hidrología, clima, suelos, vegetación y fauna entre otras. El uso de la IDE permitirá a los técnicos e investigadores en estudios entomológicos disponer de una herramienta que les proporcione variables ambientales que contribuyan al conocimiento y la conservación de las especies que pueblan este territorio.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.
Encontrar indicadores comunes a una región tan grande como el Alentejo, Centro (Portugal) y Extremadura (España) no es una tarea sencilla. Este es el objetivo del grupo de trabajo del proyecto OTALEX C, una asociación constituida para la colaboración directa de entidades portuguesas y españolas, pertenecientes a los tres niveles de administración: nacional, regional y local, que comparten problemas comunes. Esta región rural transfronteriza con baja densidad poblacional está cambiando y la presión a la que está sometida requiere una monitorización detallada.En el proyecto anterior (OTALEX II) se ha desarrollado una estructura con 61 indicadores básicos a partir de distintas fuentes de información, con datos, escalas, definiciones y criterios pertenecientes a cada uno de ellos. Hasta entonces,sólo había dos regiones: Alentejo y Extremadura, pero ahora, con la inclusión de una nueva región en OTALEX C, la metodología desarrollada se está actualizando para mejorar el conjunto de indicadores. Uno de los objetivos principales de OTALEX C es generar indicadores de sostenibilidad para la región transfronteriza Alentejo-Centro-Extremadura, no solo con el fin de dar una visión de la situación real del territorio, sino también con vistas a proporcionar los instrumentos adecuados para que las políticas de acción contribuyan a apoyar la planificación y gestión del territorio con el fin de lograr un desarrollo sostenible.
Em 2007 criou-se a primeira Infraestrutura de Dados Espaciais transfronteiriça entre Portugal e Espanha (IDE-OTALEX - www.ideotalex.eu), que constituiu o Observatório Territorial e Ambiental Alentejo e Extremadura, ao qual se incorporou, em 2011, a região Centro de Portugal, que no total abrange uma superfície de 92.500 km2. Assim, surgiu o Observatório Territorial Alentejo-Extremadura-Centro (OTALEX C), possibilitando a integração da informação produzida pelas diversas instituições que desenvolvem as suas competências de planeamento e gestão territorial, nestas três regiões. Tem como objetivo a monitorização e análise de alterações decorrentes de fenómenos naturais e da atividade humana sobre o território, bem como a disponibilização de dados e indicadores aos agentes que atuam neste território, foi desenvolvido um sistema de indicadores comuns, distribuídos por cinco vetores (territorial, ambiental, social, económico e de sustentabilidade). Os dados sofreram trabalhos de homogeneização e estandardização antes de serem integrados tendo em vista facilitar a visualização de mapas, consulta de topónimos e de catálogo, no âmbito da diretiva INSPIRE. A IDE-OTALEX C é o resultado do esforço, do compromisso e da colaboração entre instituições da fronteira, com implicação aos três níveis administrativos: Nacional, Regional e Local. Concede uma visão sobre a situação real do território, ao mesmo tempo que faculta instrumentos adequados para as políticas de ação, que contribuem para apoiar o planeamento e ordenamento do território, a fim de alcançar um desenvolvimento sustentável.
Relatório de execução física do Projeto ClimRisk - Relatório intermédio do Projeto ClimRisk - Climate change adaptation measures in the management of natural and environmental risks, entre 18/09/2017 e 18/06/2018.
Em 2007 criou ‑se a primeira Infraestrutura de Dados Espaciais transfronteiriça entre Portugal e Espanha (IDE ‑OTALEX – www.ideotalex.eu), que constituiu o Observatório Territorial e Ambiental Alentejo e Extremadura, ao qual se incorporou, em 2011, a região Centro de Portugal, que no total abrange uma superfície de 92.500 km2. Assim, surgiu o Observatório Territorial Alentejo ‑Extremadura ‑Centro (OTALEX C), possibilitando a integração da informação produzida pelas diversas instituições que desenvolvem as suas competências de planeamento e gestão territorial, nestas três regiões. Tendo como objetivo a monitorização e análise de alterações decorrentes de fenómenos naturais e da atividade humana sobre o território, bem como a disponibilização de dados e indicadores aos agentes que atuam neste território, foi desenvolvido um sistema de indicadores comuns, distribuídos por cinco vetores (territorial, ambiental, social, económico e de sustentabilidade). Os dados sofreram trabalhos de homogeneização e estandardização antes de serem integrados tendo em vista facilitar a visualização de mapas, consulta de topónimos e de catálogo, no âmbito da Diretiva INSPIRE. A IDE ‑OTALEX C é o resultado do esforço, do compromisso e da colaboração entre instituições da fronteira, com implicação aos três níveis administrativos: Nacional, Regional e Local. Concede uma visão sobre a situação real do território, ao mesmo tempo que faculta instrumentos adequados para as políticas de ação, que contribuem para apoiar o planeamento e ordenamento do território, a fim de alcançar um desenvolvimento sustentável.
O presente trabalho corresponde ao relatório final do Projecto POCI/AGR/59180/2004 “Avaliação do Impacte de Fogos Florestais nos Recursos Hídricos Subterrâneos” e nele se avalia o impacto dos fogos no meio hídrico superficial e subterrâneo, considerando as alterações quantitativas no meio hídrico – escoamento superficial, recarga, evapotranspiração – e de qualidade. Na avaliação da alteração da qualidade das águas consideraram-se como fontes de contaminação os solos ardidos e as cinzas da matéria vegetal ardida, cuja caracterização foi realizada em ensaios de queima e de lixiviação. Os poluentes avaliados foram os elementos inorgânicos, os metais pesados e os hidrocarbonetos. Os trabalhos de campo visaram a caracterização das unidades florísticas das áreas ardidas, recolha de amostras para os ensaios de queima e lixiviação assim como a amostragem das águas superficiais e subterrâneas para a avaliação das alterações na sua qualidade e a evolução da poluição ao longo do tempo.
O 1.º Seminário Raiano de Combate à Desertificação, realizado em Castelo Branco, em 20 e 21 de Janeiro de 2011, com o patrocínio dos Ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas de Portugal, do Ministério do Ambiente e do Meio Rural e Marinho de Espanha e do Conselheiro de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Junta da Extremadura, focalizou-se nas problemáticas do Despovoamento e do Abandono Rural. Relevou-se neste Seminário a necessidade de encontrar e construir soluções para combate à desertificação e síndromas associados nas zonas raianas, que tenham em conta as pessoas e os valores naturais e culturais presentes nestes territórios e que, atendendo às novas realidades emergentes, recorram a soluções criativas e pragmáticas. Destacou-se também a necessidade de se envolverem e terem em conta as vontades expressas das populações locais e das imprescindíveis convergências para a ação de todas as instituições e agentes implicados, com fortalecimento das redes representativas. Assim, em termos de compromissos para o futuro, o 1.º Seminário integrou nas principais propostas de linhas de ação para a Raia, que passam antes do mais pela consolidação de processos existentes e/ou o desenvolvimento de novas intervenções complementares conjuntas que se refletem no combate à desertificação e ao despovoamento, designadamente os referentes aos programas comuns transfronteiriços de (i) combate aos incêndios florestais, (ii) prevenção e combate à degradação dos montados, (iii) gestão sustentável das redes de regadios públicos e (iv) intervenções coordenadas das Redes Rurais e ADLs/ GALs de um e outro lado da fronteira, questões que no global devem ser objecto de acompanhamento prioritário e concertado das redes de investigação científica ibéricas. O 2.º Seminário Raiano de Combate à Desertificação, que agora se promove, conta de novo com o apoio e empenho das instituições públicas dos dois países Ibéricos. Embora aconteça num tempo particular de crise e do aprofundar de mudanças, também do emergir de novas oportunidades no Mundo Rural, em particular da Raia, procura-se retomar e reavaliar as condicionantes à realização das frentes de trabalho conjuntas antes acordadas. Neste Seminário, contudo, o foco centra-se no Papel do Planeamento para dar resposta às questões candentes, incluindo-se nas intervenções e debates a promover temas como o Estado da Populações, os Serviços do Ecossistema a reconsiderar, as Boas Práticas Rurais a promover, os desafios das Áreas Protegidas Transfronteiriças e as Redes de Agentes de Desenvolvimento, de Informação para Apoio à Decisão Regional e Local e de Investigação e Desenvolvimento, bem como a questão chave do Papel e das Intervenções das Autarquias. Matérias e propostas decorrentes que, em conjunto com as do 1.º Seminário, devem ser agora particularmente consideradas na preparação e na negociação dos novos Programas de Desenvolvimento Regional e Rural (2014/2020) em preparação, e não podem deixar de ser inscritas naqueles num coerente quadro comum de intervenções raianas. Quadro comum que deve também ser considerado e integrado no âmbito de um possível e mais alargado Programa Ibérico de Combate à Desertificação, iniciativa sub-regional que tem enquadramento no âmbito do Anexo IV (Região Mediterrânica) da respetiva Convenção.
Apresentam-se os resultado do Grupo de Trabalho de Tecnologias Avançadas IDE do projeto OTALEX-C, sendo estes: a geração de dados interligados de elementos geográficos do território OTALEX-C para a publicação de uma Web Semântica, e a captura e publicação de dados ambientais através de serviços padronizados de registo de observações com recurso a sensores, aplicando a standard SOS definida pela OGC.
Pela sua natureza transfronteiriça, o projeto OTALEX-C representa uma oportunidade para o aproveitamento das sinergias de um espaço diverso, mas com muitos pontos em comum. O relatório de indicadores de sustentabilidade pretende ser uma ferramenta para tal, proporcionando os conhecimentos e servindo de apoio para dar a conhecer tanto as fraquezas como as forças deste território e facilitar a sua aposta no desenvolvimento sustentável. Para tal, é necessário efetuar um diagnóstico da realidade atual da área em termos de sustentabilidade, a partir da análise e interpretação dos resultados dos indicadores de sustentabilidade obtidos na área OTALEX C. Estes indicadores foram selecionados e interpretados ao longo deste trabalho, relacionando-os com os valores de referência obtidos para os territórios espanhol, português e europeu.
O Projecto OTALEX foi financiado pelo programa europeu INTERREG IIIA e teve como objectivos estudar e dar a conhecer a realidade de um território, composto pelas regiões do Alentejo em Portugal e da Extremadura em Espanha, separadas convencionalmente pela fronteira administrativa mas unidas pelas suas características físicas, ambientais, sociais e económicas. Tratam-se de espaços rurais de baixa densidade demográfica onde os recursos naturais, culturais e a qualidade do ambiente constituem os seus atractivos fundamentais. A IDE OTALEX é o resultado do esforço, do compromisso e da colaboração entre instituições da fronteira, com implicação aos três níveis administrativos: Nacional, Regional e Local. Apresentam-se os trabalhos de homogeneização e estandartização de dados territoriais do Alentejo e da Extremadura, através de clientes de visualização de mapas, consulta de topónimos e de catálogo, no âmbito da directiva INSPIRE.
Extremadura, in Spain, and Alentejo and Centro, in Portugal, are tree regions belonging to different countries but with several common interests. They are continuous border areas that share similar ecological, socioeconomic and environmental characteristics. The cooperation between these territories which promotes the collaboration and exchange of information between both sides of the Spanish-Portuguese frontier, has important references in several crossborder projects, such as: COORDSIG “Coordination of Geographical Information Systems and Instruments of Territorial Observation in Low Density Rural Areas”, co-financed by EFRD, program Interreg II C, developed between 1997 and 2001; PLANEXAL “Territorial Recognition for the approach of common urban-territorial management and planning strategies in Extremadura and Alentejo”, co-financed by Interreg III A Spain Portugal Program, between 2003 and 2005; GEOALEX “Geographical model for environmental and territorial management of rural low density areas”, co-financed by Interreg III A (Sub-program Alentejo-Extremadura) from 2004 to 2006; OTALEX “Territorial Observatory Alentejo Extremadura”, co-financed by Interreg III A Spain-Portugal Program, developed from 2006 to 2009; and OTALEX II “Territorial and Environmental Observatory Alentejo Extremadura”, co-financed also by Interreg III A Spain-Portugal Program and developed between 2008 and 2011. Starting in 2009 as the ongoing project of OTALEX II, OTALEX C “Territorial and Environmental Observatory Alentejo Extremadura Centro”, co-financed by the Cross Border Cooperation Operational Program of Spain-Portugal 2007-2013 (POCTEP), has as main purpose the creation of a management and environmental monitoring system thought the SDI – IDE OTALEX (Spatial data infrastructure of the Territorial and Environmental Observatory Alentejo-Extremadura-Centro - www.ideotalex.eu) as an information and institutional sharing platform between Alentejo-Extremadura-Centro administrations. The project is integrated by different spanish and portuguese entities that belong to three levels of administration. At national level the spanish Nacional Centro of Geographical Information / Nacional Geographical Institute (CNIG-IGN) and portuguese General Territory Direction (DGT); at the regional level, the General Direction for Transports, Territorial Management and Urbanism (Consejería of Fomento, Vivienda, Territorial Management and Tourism – Government of Extremadura) and Coordination and Regional Development Commission of Alentejo (CCDR-A); at local level, Intermunicipal Community of Central Alentejo (CIMAC), Intermunicipal Community of Alto Alentejo (CIMAA), O. A. Equality and Local Development Area (Diputación of Badajoz) and Diputación of Cáceres; in the high education, the University of Extremadura, the University of Évora and the Polytechnic Institute of Castelo Branco; and as public enterprise, the Enterprise of Development and Infra-structures of Alqueva Dam, S.A. (EDIA). The publication of this crossborder atlas of Alentejo-Extremadura-Centro regions, the ATLAS OTALEX C, integrates the results of an extensive series of crossborder projects overcoming the fruitful cohesion of territories in the defence of their common interests. The present publication collects and synthetizes the harmonization effort made in bringing in common the information of the distinct partners of OTALEX C project, and aims to contribute in an effective way to the sustainable development of these crossborder regions through the definition of common strategies and of the implementation of crossborder of territorial and environmental observation instruments.