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Introdução: Atualmente as terapêuticas não farmacológicas e o conceito de bem-estar ganham cada vez mais popularidade. O recurso à terapêutica termal representa uma alternativa de tratamento eficaz e segura face às modalidades terapêuticas convencionais, uma vez que é menos agressiva e amplamente utilizada na população portuguesa, com aumento sobretudo nos indivíduos com idade avançada (1). O termalismo consiste numa aplicação externa de águas minerais, geralmente através da imersão de todo o corpo ou parte dele (2) em condições de temperatura e pressões variáveis (3), pela utilização de água quente (sob o estado líquido ou gasoso), para que assim proporcione um alívio do mal-estar. Nos dias de hoje, o recurso às águas termais constitui um elemento terapêutico não farmacológico de primeira linha (1), dado o acréscimo do uso desta terapêutica não só para o tratamento de patologias, mas também para sua prevenção, recuperação e reabilitação. Objetivo: Este estudo visou analisar a resposta cardiovascular, nomeadamente da frequência cardíaca e da pressão arterial, num período de 14 dias de tratamento, em indivíduos que se submeteram a terapias de relaxamento termal. Métodos: Foi realizado nas Termas de Vizela, com uma amostra constituída por 50 indivíduos de ambos os géneros, 14 homens e 36 mulheres e uma idade média de 71,10 anos ± 1,376. Os dados da pressão arterial e da frequência foram recolhidos em indivíduos que fizeram programas de terapia termal durante 14 dias de tratamento, em três momentos distintos. Estes foram recolhidos no início, ao sétimo dia e ao décimo quarto dia. Foi ainda aplicado o questionário EQ-5D para quantificar o ganho de saúde nos três momentos de avaliação. Resultados: Não se encontraram alterações estatisticamente significativas em todos os momentos de avaliação em relação à análise da frequência cardíaca. Já em relação à pressão arterial verificaram-se diferenças estatisticamente significativas em diferentes momentos quer para a pressão arterial sistólica quer para a diastólica. Para a pressão arterial sistólica esta significância apenas se verificou no momento entre o início (T0) e o sétimo dia de tratamento (T1) (p=0,008), quanto à pressão arterial diastólica verificou-se que existiram estas diferenças estatísticas em dois momentos, entre T0 a T1 (p=0,001) e entre T1 e o décimo quarto dia de tratamento (T2) (p=0,003). Relativamente aos indivíduos que apresentavam na primeira avaliação valores de pressão arterial acima dos considerados dentro da normalidade, verificámos que a pressão arterial sistólica diminuiu de forma estatisticamente significativa entre T0 a T1 (p=0,002) e entre T0 a T2 (p=0,002), do mesmo modo, a pressão arterial diastólica também apresentou diminuição significativa entre T0 a T1 (p=0,006) e entre T0 a T2 (p=0,011). No que se refere ao questionário aplicado, referente ao estado de saúde, ocorreu um aumento significativo do bem-estar em todos os momentos avaliados, T0 a T1 (p=0,0001), T1 a T2 (p=0,001) e T0 a T2 (p=0,0001). Conclusões: Existem benefícios significativos na pressão arterial em todos os grupos estudados, verificámos ainda que nos indivíduos hipertensos estes benefícios foram mais evidenciados. Constatamos também, através do questionário EQ-5D, que houve benefícios no bem-estar de saúde dos indivíduos que recorreram à terapia termal nos vários momentos avaliados.
Objetivo Análise das variações induzidas pela terapêutica de relaxamento termal na variação da pressão arterial e na perceção do estado de saúde e qualidade de vida. Métodos Estudo prospetivo do tipo observacional transversal. Do total da amostra 20 indivíduos realizaram 7 dias de tratamentos termais, e 50 fizeram um programa de 14 dias. A pressão arterial foi avaliada, respetivamente, em 2 e 3 momentos distintos em cada grupo (no momento zero - T0, ao sétimo dia - T1 e ao décimo quarto dia - T2). Todos os indivíduos preencheram o questionário EQ-5D para avaliação da perceção da qualidade de vida e do estado de saúde. Resultados Amostra constituída por 70 indivíduos, 21 homens e 49 mulheres, com idade média de 72,15 ± 9,38 anos. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas na descida da pressão arterial sistólica entre T0 e T1 (p=0,008) bem como na pressão arterial diastólica, entre T0 e T1 (p=0,001) e T1 e T2 (p=0,003). No grupo de indivíduos hipertensos verificaram-se diferenças estatisticamente significativas na descida da pressão arterial sistólica entre T0 e T1 (p=0,002) e T0 e T2 (p=0,002), bem como da pressão arterial diastólica entre T0 e T1 (p=0,006) e T0 e T2 (p=0,011). Na aplicação do questionário EQ-5D verificou-se um aumento significativo do bem-estar dos termalistas entre todos os momentos avaliados, T0 a T1 (p=0,0001), T1 a T2 (p=0,001) e T0 a T2 (p=0,0001). Conclusões Existem efeitos benéficos dos tratamentos termais na pressão arterial e no bem-estar, em todos os grupos estudados.