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A regurgitação tricúspide (RT) é uma patologia valvular caraterizada pelo refluxo de sangue do ventrículo direito para a aurícula direita. O tratamento da regurgitação tricúspide depende do estádio presente. Em situações de RT ligeira/ moderada, o tratamento farmacológico poderá ser a melhor solução, porém em casos de RT grave, a cirurgia cardíaca é recomendada afim de prevenir a disfunção ventricular direita, evitando o agravamento da sintomatologia. O presente artigo refere-se a um doente de 28 anos, do sexo feminino em lista de espera para transplante renal, em terapia de hemodiálise, recorre a cirúrgica cardíaca para anuloplastia da válvula tricúspide, por regurgitação tricúspide grave, originada por fístula arteriovenosa (FAV) para acesso arterial e venoso. De acordo com a literatura, a regurgitação tricúspide após a criação cirúrgica de uma fístula arteriovenosa para acesso vascular é comum. A existência de alterações na função cardíaca pode excluir o candidato da lista para transplante renal, pelo que é necessário corrigir a FAV ou proceder à reparação da válvula.
Introdução A fibrilhação auricular (FA) é uma complicação frequente no pós-operatório, estando associada a um maior risco de morbilidade, mortalidade e dificuldade de recuperação. Algumas técnicas cirúrgicas estão associadas ao desenvolvimento desta arritmia, sendo o alvo de estudo deste artigo de revisão. Objetivos Determinar quais os fatores intraoperatórios preditivos para o desenvolvimento de FA após cirurgia cardíaca, de que modo as diferentes técnicas cirúrgicas influenciam a ocorrência de FA e analisar entre os fatores de risco intraoperatórios qual(is) apresentam maior correlação com o desenvolvimento de FA e a razão do mesmo. Métodos de pesquisa Foram pesquisados artigos científicos nos motores de pesquisa Google Académico, PubMed®, SciELO® e Mendeley®, com a utilização de diversas palavraschave, sendo incluídos artigos entre os anos 2010 e 2020, dos quais três escolhidos para exposição de dados. Dados Hashemzadeh et al. avaliaram 1254 doentes, sendo a incidência de FA 13.6%. O tipo de cirurgia mais realizado foi CABG, as variáveis intraoperatórias associadas a FA foram cirurgia valvular, cirurgia de correção de defeito septal auricular (ASD), canulação bicava, ventilação na raiz da artéria aorta e veia pulmonar, tempo de clampagem da artéria aorta e tempo de bypass . Shen et al. avaliaram 10390 doentes, sendo a incidência de FA 30%. Os procedimentos cirúrgicos associados a FA foram procedimentos da válvula mitral/aórtica, CABG e reparação de aneurisma ventrículo esquerdo. Rostagno et al. avaliaram 725 doentes, sendo a incidência de FA 29.7% (39 doentes apresentaram episódios de FA no período pré-operatório), tendo sido frequente em doentes que foram submetidos a CABG conjuntamente com procedimentos valvulares. Discussão Foi determinado pelos autores que a realização de procedimentos combinados, nomeadamente, CABG e cirurgia valvular, estão associados a um alto risco de desenvolvimento de FA, de acordo com os autores Helgadottir et al. e Dave et al., podendo dever-se às alterações estruturais inerentes, entre outras. O tempo de clampagem da aorta e bypass, utilização de cardioplegia e balão intra-aórtico, estão também associados à FA, possivelmente devido à resposta inflamatória que causa. A longa estadia hospitalar e o desenvolvimento de comorbilidades é comum aos três artigos e a similares. Conclusão Conclui-se que as variáveis intraoperatórias CABG combinado com cirurgia valvular, uso de bypass e clampagem da artéria aorta estão fortemente associadas ao desenvolvimento de FA. É por isso, imperativo o estudo das mesmas, pois apesar da evolução das técnicas cirúrgicas a incidência arrítmica mantém-se.
A oxigenação por membrana extracorporal é um dispositivo de assistência circulatória mecânica de curta duração utilizado em doentes com disfunção cardíaca e/ou pulmonar grave refratários à terapêutica convencional. O seu funcionamento implica a canulação de dois grandes vasos (inflow e outflow), uma bomba centrífuga e um oxigenador. Existem duas modalidades de oxigenação por membrana extracorporal, no ECMO VenoVenoso o sangue é drenado e entregue apenas por veias, permitindo apenas o suporte pulmonar, enquanto no ECMO VenoArterial a drenagem sanguínea é efetuada através de uma veia e entregue numa artéria, garantindo assim o suporte cardiopulmonar. O presente estudo apresenta o relato de um caso clínico de um paciente do sexo masculino com 56 anos que foi transportado para uma unidade hospitalar por um episódio de dor torácica intensa há 24h e sensação de dispneia súbita. O doente foi transferido para uma Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiotorácica, afim da colocação de ECMO VenoArterial por choque cardiogénico pós enfarte agudo do miocárdio como ponte para decisão terapêutica. A oxigenação por membrana extracorporal pode ser utilizada em vários contextos clínicos desde a estabilização e recuperação do órgão alvo, até como ponte de decisão para transplante cardíaco ou colocação de um dispositivo de assistência circulatória mecânica de longa duração.