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Cynara cardunculus
Contém referências bibliográficas
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-26844TFCEBA.
Os biocombustíveis são todos aqueles em que a
produção parte de matéria-prima e, portanto, de
fontes renováveis, tais como compostos vegetais
e/ou de origem animal. A primeira etapa do
processamento da matéria-prima lenhocelulósica
deve ser o pré-tratamento, que permite solubilizar
açúcares da hemicelulose aumentando a
acessibilidade à celulose por parte das enzimas
hidrolíticas. O pré-tratamento catalisado por ácidos
consiste em quebrar as macromoléculas presentes
na celulose e/ou hemicelulose, por adição de um
ácido à biomassa; ou enzimas no caso da hidrólise
enzimática; já naqueles em que são utilizadas bases,
uma parte da lenhina é removida e a hemicelulose
tem de ser depois hidrolisada pelo uso de enzimas
—hemicelulases. Numa fase final deve ser realizada
uma fermentação do hidrolisado obtido após prétratamento utilizando para o efeito microrganismos
geneticamente selecionados com as melhores
características que proporcionem a bioconversão da
matéria-lenhocelulósica em bioetanol.
Neste trabalho pretendeu-se avaliar a utilização da
espécie Cynara cardunculus (planta do cardo) como
fonte de biomassa lenhocelulósica e como potencial
matéria-prima para a produção de bioetanol por
intervenção microbiana no processo fermentativo
da matéria-prima.
Vários investigadores tentaram proceder a
esta bioconversão realizando, em primeiro
lugar, um pré-tratamento à biomassa obtendo
rendimentos de xilose e/ou glicose entre os 64 e
os 90%. Posteriormente, aquando da realização da
sacarificação enzimática, podendo esta ser realizada
simultaneamente à fermentação, foram reportados
rendimentos entre os 60 e os 70%. Concluíram uma
maior eficácia com rendimentos de etanol superiores
aquando da realização da sacarificação enzimática
simultaneamente com a fermentação. A partir da
obtenção de bioetanol, este pode ser aplicado em
diversas áreas com diferentes finalidades.
Um dos principais entraves para a globalização
e expansão destes processos de bioconversão
de material lenhocelulósico por fermentação a
bioprodutos é o custo que os processos envolvidos
apresentam. No entanto, é de ressalvar que esta
situação é verificada apenas em situações que se
pretende uma bioconversão de biomassa rica em
amido, dado que, necessita de uma conversão a
açúcares passíveis de fermentação; o que evidencia
a vantagem clara na utilização de biomassa que
apresente na sua constituição a glicose no seu estado
nato e que possa ser diretamente fermentada a
etanol.