Type

Data source

Date

Thumbnail

Search results

4 records were found.

Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Zootécnica
A raça Limousine é originária da França e está presente em Portugal desde meados do século XX. Atualmente, encontra-se perfeitamente estabelecida em Portugal e conta com um efetivo de mais de 4 000 fêmeas reprodutoras em controlo de performance. É explorada por todo o território continental e ilhas, tanto em linha pura como para cruzamentos com outras raças (autóctones e exóticas). Este trabalho teve como objetivo avaliar a depressão consanguínea em carateres produtivos nos bovinos da raça Limousine em Portugal. A análise realizou-se a partir de uma base de dados com 134 549 registos de genealogias, que incluem registos de morfologia, produção, reprodução e comportamento. Foram estimados os valores genéticos e efeitos fixos para os carateres incluídos anualmente na avaliação genética e, para além destes, foram ainda estimados os parâmetros genéticos, valores genéticos e efeitos fixos para a idade ao 1º parto (ID1P), a longevidade produtiva (LP) e o peso aos 120 dias de idade (P120). As estimativas efetuaram-se por máxima verosimilhança restrita, com recurso ao software MTDFREML e por BLUP – Modelo Animal. As performances produtivas estudadas, foram afetadas pelos efeitos fixos, nomeadamente exploração*ano, idade da vaca no momento do parto, sexo do vitelo e mês de nascimento do vitelo. A consanguinidade média estimada para os bovinos da raça Limousine em Portugal nascidos entre 2013 - 2018 foi de 1,5%. O peso aos nascimento (PN), o P120 e o peso aos 210 dias (P210) mostraram ser afetados negativamente pela consanguinidade. O PN sofreu um decréscimo de 0,013 Kg e 0,009 Kg por cada 1% de consanguinidade individual e materna, respetivamente. Para o P120 verificou-se um decréscimo, por cada 1% de consanguinidade individual e materna, de 0,432 Kg e 0,289 Kg, respetivamente. Para o P210 verificou-se um decréscimo por cada 1 % de consanguinidade individual e materna de 0,684 Kg e 0,390 Kg, respetivamente. Os carateres de conformação também são afetados negativamente pela consanguinidade, tendo sido o Desenvolvimento Muscular (DM) o carater mais afetado (-0,93 pontos por 1% de consanguinidade). A Aptidão Funcional (AF), por cada 1% de consanguinidade, sofreu um decréscimo de 0,045 pontos e o Desenvolvimento Esquelético uma redução de 0,008 pontos. Para a Condição de Nascimento (CondNasc) verificou-se um antagonismo, ainda que pouco significativo, entre os efeitos da consanguinidade individual e materna. O intervalo entre partos (IntP) foi afetado desfavoravelmente pela consanguinidade, em média, +1,02 dias. A LP foi comprometida em -0,23 dias por cada 1% de consanguinidade e a ID1P é atrasada em 0,07 dias. O temperamento (TE) não é significativamente influenciado pela consanguinidade. Em suma, com este trabalho, foi possível concluir que, mesmo com valores de consanguinidade reduzidos, os seus efeitos nos carateres estudados foram evidentes.