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A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) assenta num conjunto de teorias explicativas, apresentando-se como uma perturbação global do desenvolvimento. Caracteriza-se pela presença de um desenvolvimento atípico na interação social, através de um acentuado défice no uso de comportamentos não-verbais, défices ao nível da comunicação, dos comportamentos, dos interesses e das atividades, que apresentam restrições, repetições e estereotipias. As perturbações do espetro do autismo constituem uma síndroma e, por essa razão, os indivíduos com PEA podem evidenciar uma sintomatologia diversificada, associada a um diagnóstico de deficiência mental que pode ser moderada ou severa, daí apresentarem capacidades e funcionamentos distintos, pelo que se torna imperioso a realização de um diagnóstico diferenciado. De natureza qualitativa, a investigação realizada foi desenvolvida de forma a permitir uma melhor compreensão acerca da comunicação e da interação de uma criança autista, face à inclusão da mesma numa turma do ensino regular. A criança que integra o estudo frequenta o segundo ciclo do ensino básico, embora tenha um horário adaptado e repartido entre a frequência da sala de ensino estruturado e algumas áreas curriculares do segundo ciclo. Os dados foram obtidos a partir da realização de quatro momentos distintos de observação direta, onde foram preenchidas grelhas de observação e o registo do nível de envolvimento da criança, através da Escala de Envolvimento da criança e também a partir das entrevistas realizadas. Pudemos constatar que a comunicação da criança pode ser estabelecida através do recurso a sistemas alternativos de comunicação, que lhe permitiram expressar-se a vários níveis e em contextos diferenciados. Verificou-se que a criança estabeleceu interação nos diferentes espaços e locais de aprendizagem. Os dados analisados foram ao encontro da questão principal e objetivos definidos neste trabalho. A realização deste estudo vem reforçar a importância do contacto direto com a criança com PEA, de forma a permitir uma melhor compreensão e deteção das suas principais limitações, assegurando a sua inclusão, que será uma condição essencial para a operacionalização de uma prática pedagógica promotora de um desenvolvimento cognitivo e social.