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Dissertação apresentada à Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do grau de Mestre em Ensino da Música, Instrumento e Música de Conjunto.
No presente trabalho pretendemos analisar o papel do pensamento abstrato na aprendizagem de um instrumento musical. Sendo a música uma arte e técnica que envolve conhecimentos e destrezas que apelam à abstração e tendo em conta que esta é uma capacidade que segundo Piaget só se adquire no estádio operatório formal, pareceu-me importante analisar esta problemática no âmbito da minha prática pedagógica. Nesse sentido, percorri um caminho que me levou a perceber a estruturação do pensamento nos meus alunos que têm idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos. Neste estudo tentei identificar os estádios de desenvolvimento cognitivo em que os meus alunos se situam e enquadrar os seus comportamentos e estratégias de aprendizagem nas perspetivas teóricas de Piaget e Bruner. Para isso tentei perceber a relação entre competências musicais e competências formais ou abstratas recolhendo notas de campo e propondo atividades para que eles desenvolvessem a sua capacidade de abstração. Neste processo de intervenção e análise pude compreender que o pensamento abstrato envolve a construção de estruturas complexas que se apoia em experiências contextuais morosas e diversificadas, pelo que é difícil operar acelerações no desenvolvimento cognitivo. Os resultados encontrados evidenciam, contudo, que foi possível promover e consolidar aprendizagens significativas, levando os alunos a consciencializar o seu desempenho, as suas dificuldades e a utilizar estratégias mais adequadas aos objetivos da aprendizagem de um instrumento musical.