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Proveniente do fundo do ex-CDE existente no IPCB
Descrição baseada em: Vol. 8, nº 1 (Mar. 2003)-
Dissertação apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo, para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade física.
O objetivo deste estudo consiste em analisar qual a relação entre as variáveis de composição corporal e as habilidades motoras de coordenação. Estudo transversal com 204 crianças (7.83 ±1.4 anos), de ambos os sexos. Foram avaliados o IMC, o Perímetro Cintura, o Mineral Ósseo e %Massa Gorda (Tanita BC-568.) e foi aplicada a bateria Körperkoordinationstest Für Kinder(1) para avaliar a coordenação motora. Para a análise da correlação, procedeu-se à utilização do teste de correlação de Spearman. Os resultados obtidos demonstram uma relação positiva entre todas as variáveis de composição corporal e a idade. Quanto às variáveis de habilidades motoras de coordenação constata-se uma relação negativa entre algumas dessas mesmas variáveis e a idade (transferência de plataformas (p=-0.383), saltos monopedais (p=-0.231) e score total (p=-0.296)). As variáveis de composição corporal apresentam uma relação positiva entre si e uma relação negativa com as habilidades motoras de equilíbrio.
A nossa sociedade evidencia uma tendência preocupante para a inatividade física, associados aos graves problemas de saúde pública que proliferam na sociedade (Mota & Salis, 2002). A importância da atividade física (AF) para a população infanto-juvenil é hoje inquestionável, proporcionando a prática regular destas atividades efeitos positivos sobre o organismo. A preocupação com a questão da AF e saúde, para todas as faixas etárias, tem sido constante, prova disso são as investigações realizadas nesta área, e o próprio interesse e preocupação das pessoas sobre esta temática (Paulo, 2014). O objetivo geral deste estudo passa por verificar quais as diferenças, ao nível da composição corporal e das habilidades motoras, comparando crianças com níveis de prática de AF diferenciados, de ambos os sexos e idades distintas, correlacionando ainda as variáveis composição corporal, habilidades motoras e idade. Estudo transversal com amostra constituída por 204 crianças com uma idade média de 7.83 ±1.4 anos, de ambos os géneros, divididos em dois grupos: Grupo AFEXTRA- 62 crianças que praticam algum tipo de AF, supervisionada e periodizada, complementando a prática letiva; Grupo AFESCOLA- 142 crianças que apenas praticam AF na escola. Para dividir os grupos foi feito um pequeno questionário que foi inserido no Termo de Consentimento Informado. Foram avaliados os valores de composição corporal (IMC, Perímetro Cintura (PC), Massa Muscular (MM), Massa Óssea (MO) e % Massa Gorga (MG)), recorrendo aos respetivos protocolos de avaliação, e foi aplicada a bateria de testes Körperkoordinationstest Für Kinder (KTK) (Kiphard & Schilling, 1974), que foi usada para avaliar a coordenação motora das crianças. Os dados obtidos foram tratados no S.P.S.S. 21.0 recorrendo numa primeira fase à estatística descritiva, posteriormente procedeu-se à verificação da normalidade da amostra através do Kolmogorov-Smirnov test. Para as variáveis analisadas, que não apresentaram distribuição normal, procedeu-se à utilização do teste U de Mann-Whitney, adotando-se um nível de significância de 0.05. Os resultados obtidos parecem demonstrar indiferença entre os grupos com níveis de prática diferenciada, em muitos dos indicadores estudados. O grupo AFEXTRA apresenta resultados estatisticamente diferentes (p≤0,05), ao nível de %MG, quando comparado com o grupo oposto (p=0.000). Nas restantes variáveis de composição corporal não se apresentam diferenças entres os grupos de estudo. Nas variáveis referentes às habilidades motoras, não se encontram diferenças quando comparados grupos com níveis de prática diferenciada em nenhuma das variáveis estudadas, contudo, verificam-se diferenças (p≤0,05), entre as crianças com idades distintas nas variáveis Saltos Monopedais (p=0.000), Transferência de Plataformas (p=0.011) e Score Total (p=0.001). Nas restantes variáveis de avaliação de habilidades motoras não se encontraram diferenças estatisticamente significativas (Trave (p=0.317) e Saltos Laterais (p=0.592). A prática de exercício extraescolar, supervisionado e periodizado, parece contribuir para valores de %MG mais reduzidos. A adoção de hábitos de vida sedentários reflete-se nas habilidades motoras, nomeadamente na coordenação motora, à medida que as crianças vão envelhecendo, influenciando a sua prestação motora, diminuindo a prestação da mesma.