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Trabalho apresentado nas II Jornadas Ibéricas de Plantas Ornamentais que decorreram de 16 a 18 de Setembro de 2004 em Vairão-Vila do Conde.
O ensino, a formação profissional e a informação são essenciais para qualquer sector económico. Em Portugal, a Horticultura Ornamental, englobando os sectores da floricultura (flor e folhagem de corte, órgãos de propagação), plantas ornamentais envasadas (de interior e de exterior) e jardinagem, exibe fraca competitividade nas áreas de produção e dificuldade de inovar e criar nichos produtivos concorrenciais a nível nacional e europeu. Hoje as áreas com maiores expectativas de inovação, competitividade e empregabilidade têm sido a jardinagem e os espaços verdes, dando origem, à nova geração de emprego verde, em que se impõe a formação ambiental e a conservação da natureza. Daí que a denominação utilizada pela Associação Portuguesa de Horticultura (APH) para designar o sector a nível nacional, tenha sido alterada de forma a acompanhar esta evolução, razão pela qual o mesmo já foi apelidado de Floricultura, Plantas Ornamentais e, já neste ano, aprovada a designação de Horticultura Ornamental (Ambiental). O ensino em Portugal, nesta área, teve fugazes tentativas de implementação a nível da formação de professores do ensino básico e secundário pela reforma educativa implementada na Primeira República em 1911, em que constaram matérias diferenciadas para o sexo feminino de jardinagem e de horticultura e para o sexo masculino de trabalhos agrícolas. Esta reforma, teve início a 30 de Março de 1911 e foi suspensa a 16 de Dezembro do mesmo ano, não tendo com certeza tido grande impacte a nível do ensino destas matérias. As reformas seguintes ainda na Primeira República (1910 a 1926) englobaram sempre uma formação ao nível agrícola, mas nada específico sobre a floricultura e jardinagem. A escola no Estado Novo (1926 a 1974) foi considerada a instituição para a formação do Homem “submisso” e, a formação dos professores fora do âmbito dos assuntos ligados a “Deus, Pátria, Família” sofre uma enorme recessão tendo as taxas de analfabetismo subido para níveis superiores aos 50%. Após os anos 70 as reformas educativas criam para os professores necessidades de progressão através de cursos e especializações, o que leva a que se iniciem pequenos cursos de 40 horas com áreas específicas ligadas à Jardinagem e Hortas Pedagógicas implementando também nas disciplinas de Ciências Naturais, cada vez mais, o contacto dos alunos com a natureza. Esta corrente, teve início com o despertar de consciências para as questões ambientais, tendo gerado alguma motivação para o desenvolvimento desta área a partir dos anos 80 do século passado. Desde a instituição do ensino agrícola em Portugal, em 1852 (reinado de D. Maria II) que à parte de se ter criado, a partir de 1855, o Instituto Agrícola, as Escolas Regionais de Agricultura e o ensino técnico agrícola, só em 1911 é criado o Instituto Superior de Agronomia (ISA) e o curso de Engenharia Agronómica, que para além do arranjo de espaços verdes da Tapada Real, tinha agregado para instrução de alunos, técnicos e agricultores o Jardim Botânico da Ajuda. O ensino da Arquitectura Paisagista só teve início, como curso livre, no mesmo Instituto em 1943, abordando aspectos de paisagismo e de espécies ornamentais a integrar nos espaços verdes. Em 1966, pelo DR 26/66, Série I, o Ministério do Ultramar - Direcção Geral do Ensino, aprovou os programas dos cursos secundários agrícolas nas províncias ultramarinas onde foram incluídas as primeiras disciplinas de Jardinagem. O curso de Regentes Agrícolas foi só aprovado em 1931 e são os seus diplomados que em 1977 e em 1979 adquirem equivalência formativa nas então criadas Escolas Superiores Agrárias. O ensino iniciou-se nesta altura, nestas escolas, com uma disciplina nos curricula dos cursos de Produção Agrícola denominada por Floricultura e Jardinagem. É ao nível da formação profissional que o sistema educativo e formativo público inicia a formação específica nestas áreas de cursos profissionais, tendo iniciado a formação em 1997 com o Curso Profissional de Técnico de Gestão e Recuperação dos Espaços Verdes, sendo substituído pelo Curso Profissional de Técnico de Jardinagem de Espaços Verdes (Dec. Lei nº74/2004 de 26 de Maio). São cursos que podem ser frequentados por jovens a partir dos 18 anos ao nível do ensino secundário com formação ao nível do 10º, 11º e 12º anos. Ao nível do sector agrícola, a necessidade de formação é tanto mais importante se atendermos ao baixo nível de habilitações literárias e de qualificação profissional dos nossos activos agrícolas, condições que são totalmente desfavoráveis para a competitividade do sector. Esta formação não tem sido relevante ao nível da Horticultura Ornamental, destacando-se algumas intervenções ao nível da Beira Litoral, Ribatejo e Oeste e Algarve, notando-se que os floricultores e viveiristas nacionais procuram formação na Europa, Estados Unidos, África do Sul e até Austrália (para sectores de produção mais específicos). A investigação também não acompanha as crescentes solicitações dos nossos produtores e os alicerces para a criação de novas empresas nestas áreas não tem crescido da ligação Investigação-Produção, tão necessária para a inovação de produtos num país. Terá que partir das Instituições de ensino, investigação e desenvolvimento experimental, as medidas de instrução, formação e divulgação das tecnologias de produção, alternativas produtivas e de integração ambiental, quer seja ao nível do ensino académico como ao nível da formação profissional. Iremos agora abordar as áreas do Ensino, Formação e Investigação das Plantas Ornamentais para se tecerem depois algumas considerações sobre a melhoria da dinâmica do sector.
Apresentam-se os resultados de estudos desenvolvidos em propagação vegetativa sobre algumas espécies do género Thymus, com interesse ornamental para a Beira Interior ou para regiões com problemas de deficiência de água. Como espécies mais utilizadas e com maiores possibilidades para serem aproveitadas como ornamentais em zonas de escassos recursos hídricos salientam-se: Thymus vulgaris L., Thymus pulegioides L., Thymus x citriodorus (Pres.) Schweigger & Koerte, Thymus variegatum e Thymus prostatum. Destas espécies apresentam-se ainda resultados de variabilidade fenotípica e evolução fenológica em condições de cultura.
Relatório final desenvolvido no âmbito do Programa AGRO, Medida 8 - Desenvolvimento Técnológico e Demonstração, Acção 8.1 - Desenvolvimento Experimental e Demonstração (DE&D), 2.º Concurso Público - 2003
Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martinez is an endemic plant from the Iberian Peninsula which belongs to the Lamiaceae family. Lluisieri, Genista falcata Brot. and Lavandula pedunculata (Miller) Cay. ssp. sampaiana (Rozeira) Franco can be found together in some regions of Central Eastern Portugal where old vegetation of meso-mediterranean communities occurs. Relevant aspects of L. luisieri species such as 1 - two new important products in its essential oil; 2 - the importance of its honey; 3 — this crop improvement; 4 - the ornamental interest in its use in Mediterranean gardens; and 5 - the difficulty of its seeds germination; are the main aspects of our study on seed germination and the identification of the essential oils compounds. Seed germination of four populations collected in different locations in Central Eastern Portugal and of two different maturation dates were compared. Seed germination experiments in laboratory (40 and 75 days after the harvest) were carried out using a constant temperature (25°C) and an alternating regime (8/18°C) with a photoperiod of 8 hours and another with a photoperiod of 16 hours. The results show significant differences in the seed germination proceeding of the four populations. Some components identified in essential oils were irregular monoterpenoids with a cyclopentanic structure unique in the plant kingdom.
Esta comunicação insere-se no âmbito do projecto Agro nº 800 “ Rede Nacional para a Conservação e Utilização de Plantas Aromáticas e Medicinais” e pretende analisar a fileira PAM em Portugal, com o objectivo de conhecer os agentes intervenientes, as operações técnicas realizadas, o grau de integração entre agentes, a organização interna da fileira e suas articulações com o exterior. Neste sentido foram efectuados inquéritos a produtores, transformadores e distribuidores de PAM e seus derivados. Aqui serão abordados, exclusivamente, os dados referentes à distribuição e comercialização. Os dados recolhidos mostram uma desarticulação quase total da fileira. Apesar de se verificarem alguns casos de integração vertical, de modo geral, o grau de integração entre a produção e os sectores de transformação e distribuição é muito ténue e as relações comerciais caracterizam-se por uma ausência de vínculo contratual. A produção nacional sofre uma forte concorrência externa, patente na disparidade de preços das matérias-primas de origem nacional e estrangeira. Assim sendo, verifica-se que a indústria transformadora praticamente não utiliza matéria-prima de origem nacional o que constitui um estrangulamento à produção de PAM. O sector da distribuição é o elemento mais dinâmico da fileira e o que mais contribui para a geração de valor.
Integrado no Programa Agro, Medida 8.1, Projecto nº 800, foram elaborados estudos de distribuição e propagação da espécie Thymus mastichina L., existentes espontaneamente na Beira Interior. Foram avaliadas seis zonas ecológicas distintas denominadas Vale do Tejo, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Beira Interior Norte, Serra da Estrela e Serra da Gardunha. Durante dois anos fez-se prospecção no campo em cada zona ecológica e recolheu-se material vegetal. Realizaram-se ensaios de germinação em laboratório em condições de temperatura alterna 10º/20ºC (dia) e temperatura constante 23ºC (dia), com fotoperíodo de 8 e 16 horas/dia, respectivamente. Testou-se ainda a capacidade germinativa em estufa, na Primavera e efectuaram-se ensaios de enraizamento, com estacas terminais, em condições de Outono/Inverno e Primavera/Verão. Na Beira Interior foram encontrados 36 locais onde se verificou a ocorrência de Thymus mastichina. Em cada zona ecológica onde foram encontrados indivíduos da espécie em estudo, foi seleccionado um local para recolha de 20 plantas-mãe, que foram posteriormente instaladas no campo de caracterização/demonstração da ESACB. Nos ensaios de germinação verificaram-se taxas entre os 80% e 94% em laboratório e entre os 76% e 84%, em viveiro. Nos ensaios de propagação vegetativa de estacas terminais obtiveram-se taxas de enraizamento entre os 20% e 100%.
A capacidade germinativa de Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez, espécie endémica da Península Ibérica, pertencente à família Lamiaceae, cujos diásporos foram colhidas em quatro locais da Beira Interior-Portugal (Casal da Fraga, Mata, Penamacor e Vila Velha de Ródão), foi avaliada durante dois anos. Sementes conservadas durante diferentes tempos após colheita, foram ensaiadas em condições controladas de temperatura e luz. As modalidades seleccionadas foram: para um tempo de conservação de 40 dias a temperatura contínua de 25ºC e fotoperíodo de 16h e para a alternância de 8º/18ºC o fotoperíodo de 8h que coincidiu com a temperatura mais elevada; para um tempo de conservação de 75 dias, a temperatura contínua de 25ºC e os fotoperíodos de 8h e 16h; para um tempo de conservação de 110 dias a alternância de 8º/18ºC e fotoperíodo de 8h; para um tempo de conservação de 288 dias, a alternância de 8º/18ºC e fotoperíodo de 8h e a temperatura contínua de 25ºC e um fotoperíodo de 16h. Os resultados confirmam que as condições de Outono (temperaturas alternas de 8º/18ªC ) foram as mais adequadas para a germinação desta espécie durante os diferentes tempos de conservação.
Foram estudadas diversas populações de Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez endémicas da Península Ibérica (Beira Interior, Castilla-la-Mancha e Andaluzia; acessos de Casal da Fraga, Mata, Penamacor e Vila Velha de Ródão – Portugal; Toledo e Sevilha – Espanha), comparando as populações relativamente ao óleo essencial (quantitativamente e qualitativamente), assim como, a sua actividade insecticida sobre pragas fitófagas (Spodoptera littoralis, Mysus persicae e Leptinotarsa decemlineata). Em função dos seus componentes escolheram-se as duas populações mais interessantes em termos da sua actividade biológica (Penamacor e Toledo) e instalaram-se dois campos produtivos em Castelo Branco e Saragoça, por forma a inferir sobre a influência do local de produção na qualidade do material vegetal obtido. Será fornecida informação técnica sobre a instalação destes campos.