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The maturation of wine brandies in wooden barrels cause many sensory and
physicochemical changes in these alcoholic beverages, namely its flavour modification.
Previous work (Caldeira et al. 2008) pointed out the most potent odourant compounds of
the wine aged brandies. Some of these compounds proceed from the distillate and others
are extracted from the wood.
In this study it was quantified, some odourless compounds, such as methanol and higher
alcohols and several odorant compounds in brandies aged in presence of two types of
wood fragments (staves and tablets), from two different kinds of woods (Limousin oak
wood and Portuguese chestnut wood), and compared with those found in the same with
brandy aged in wooden barrels. A taster panel have also profiled these brandies and
evaluated their overall quality.
The methanol and higher alcohols were quantified by GC-FID equipped with a fused silica
capillary column of polyethylene glycol according to the official method [NP 3263, 1990].
The odorant compounds were quantified by GC-FID and identified by GC-MS.
The results showed that the ageing system is the most discriminant factor, having a
significant effect on the level of several odourant compounds. The wood botanical species
affected few odourant compounds. The importance of odorant compounds was also
demonstrated by the high linear correlations between their contents and the intensity of
several sensory attributes.
The results show the possibility of using the chromatographic results as a tool to
discriminate brandies produced with different ageing technologies.
A tecnologia de envelhecimento tradicional, que consiste na colocação da aguardente vínica
em vasilhas de madeira durante vários anos, é uma técnica morosa e onerosa. Assim, têm vindo a ser
introduzidas e desenvolvidas novas técnicas, com o intuito de optimizar o processo e reduzir os custos.
Uma dessas novas técnicas consiste em introduzir pedaços de madeira (aparas, toros ou outras formas)
na bebida a envelhecer, condicionada em depósitos de inox. Têm sido realizados muitos estudos em
vinhos, mas em aguardentes a experimentação é escassa [1, 2].
Assim, este trabalho teve como objectivo avaliar a influência da utilização de alternativas ao
envelhecimento de aguardentes em vasilhas de madeira, na composição química das aguardentes
obtidas, dando particular atenção aos compostos odorantes provenientes da madeira.
Para tal, uma mesma aguardente vínica da Lourinhã foi submetida a um processo de envelhecimento,
com três formas de madeira: aguardente colocada em vasilha de madeira (V), aguardente colocada em
vasilha de inox com introdução de madeira sob a forma de dominós (D) e aguardente colocada em
vasilha de inox com introdução de madeira sob a forma de tábuas (T), tendo sido colhidas amostras de
aguardente, ao fim de 180 dias de envelhecimento, para análise e quantificação dos compostos
odorantes.
Os resultados obtidos mostram que a forma da madeira teve um efeito altamente significativo na
maioria dos compostos analisados. No caso dos compostos odorantes derivados da lenhina da madeira
(fenois voláteis e vanilina), os teores mais elevados foram encontrados nas aguardentes envelhecidas
na presença de fragmentos (dominós ou tábuas), enquanto para os compostos odorantes derivados das
hemiceluloses da madeira (ácido acético e aldeídos furânicos) os teores mais elevados foram
determinados nas aguardentes envelhecidas em vasilha de madeira.
Os resultados deste trabalho sugerem a possibilidade de diferenciação química das aguardentes, em
função da tecnologia de envelhecimento.
This work evaluated the sensorial and chemical modifications in
brandy aged in presence of two types of wood fragments in comparison with a brandy aged in
wooden barrels.