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O projecto Agro 940: “Melhoria da Qualidade da Ginja de Óbidos e Alcobaça” foi aprovado em 2006, na sequência do convite à apresentação de candidaturas da Medida 8 – Desenvolvimento Tecnológico, Acção 8.1 – Desenvolvimento Experimental e Demonstração, para “Valorização dos Produtos Tradicionais no Âmbito da Fruticultura”. A produção de licores e aguardentes a partir dos frutos da ginjeira, existe em todas as regiões onde haja ginjeiras, seja em Portugal, seja no resto do mundo (Moreiras, 2006). No entanto, a projecção nacional e internacional que os licores de ginja produzidos e vendidos no entorno histórico e patrimonial do Castelo de Óbidos e do Mosteiro de Alcobaça, a sua antiguidade e o carácter artesanal da sua produção justificam a inclusão da Ginja de Óbidos e Alcobaça como um produto tradicional no âmbito da fruticultura. O prazo de realização do projecto, 18 meses, foi muito curto para os problemas técnicos da cultura e da implementação da IGP (Indicação Geográfica Protegida), tendo começado em Junho de 2006, já no final da época de colheita, e terminado em Dezembro de 2007, o que, na prática, deu oportunidade ao acompanhamento de apenas um ciclo cultural. Espera-se que este trabalho possa dar um contributo positivo para caracterizar a situação, fazer o levantamento dos estrangulamentos ao desenvolvimento da produção do fruto e do licor e lançar algumas pistas para a solução dos problemas mais prementes. Espera-se também que o projecto possa ter continuidade na prática e no espírito dos produtores do fruto e do licor, de forma a congregar esforços na obtenção de apoios oficiais para a resolução desses problemas. Para além dos aspectos técnicos que serão abordados neste trabalho, a ginja (fruto, árvore ou licor) está presente na história, na cultura, na literatura e na arte, como recentemente foi publicado por Paulo Moreiras no seu “Elogio da Ginja” (Moreiras, 2006), cuja leitura se recomenda vivamente, como complemento a este manual. Outra leitura fácil e acessível foi publicada pelo COTHN (Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional), o “Guia da Ginja” (Sobreiro e Lopes, 2003).
A escassez de matéria-prima sentida pelos actuais produtores de licor de ginja pode levar à perda deste produto tradicional ou, pelo menos, à perda da sua tipicidade, caso se generalize o recurso à importação de frutos de outras origens nacionais ou internacionais. Isto poderá constituir um rude golpe no desenvolvimento integrado e harmonioso do binómio agricultura/turismo, a base da sustentação económica da região, razão pela qual várias entidades locais propuseram a criação de uma IGP (Indicação Geográfica Protegida) para a “Ginja de Óbidos e Alcobaça”, no sentido de incentivar novas plantações.
Nos últimos anos tem-se assitido, felizmente, a um renovado interesse pela oliveira e pelo azeite, tanto a nível nacional como internacional. (...) A dinâmica do mercado global, alguns incentivos da EU aos produtores e, certamente, o interesse demonstrado por algumas empresas estrangeiras na plantação de vastas áreas de olival, especialmente na área de influência da barragem de Alqueva, têm sido o motivo da atenção que a oliveira tem despertado nos últimos anos. Em alguns casos,com novas plantações, em outros, com a recuperação de olivais semiabandonados. A par deste interesse pelo olival, tem-se assistido também a uma maior preocupação com as condições tecnológicas e higiénicas da extracção e comercialização do azeite, muitas vezes resultado de obrigações impostas pela legislação europeia.
Nesta conferência enquadra-se a oportunidade de inovação ao nível da eficiência dos pomares como forma de garantir a sua sustentabilidade num quadro de estreitamento das margens de lucro, de escassez de recursos e de dependência das energias não renováveis. Neste contexto, dá-se relevo à carga como factor de gestão e de avaliação da eficiência do sistema produtivo e mostram-se alguns resultados/exemplos que ilustram a importância da optimização dos recursos na produção vegetal, nomeadamente ao nível da intercepção da radiação solar (densidade, altura da sebe) e da fixação do dióxido de carbono atmosférico (rega), respectivamente, fonte de energia e matéria-prima do processo fotossintético.
Apresenta um conjunto de informação sobre a poda e os sistemas de condução do olival.
O presente trabalho procura apresentar o levantamento da situação da fruticultura na região da Beira Interior.
Este artigo resulta de uma comunicação apresentada ao Colóquio de Viticultura realizado na Covilhã em 25 de julho de 1989.
Os modelos empíricos como ferramentas úteis na experimentação e análise de resultados em fruticultura.
Apresentam-se vários aspectos da cultura da oliveira, com particular incidência para Portugal.
Nas últimas décadas têm vindo a aumentar as preocupações e as exigências com a qualidade e a segurança alimentares, associadas a uma maior consciência ambiental. Tais circunstâncias deram origem a uma série de certificações de qualidade gerais, tais como a Produção Integrada, as Denominações de Origem ou as Boas Práticas Agrícolas, que se traduzem no cumprimento de certas regras ou normas de qualidade, segurança e rastreabilidade aos produtos, quer ao nível dos locais de produção, quer ao nível dos centros de processamento e embalamento dos produtos. (…) É neste contexto que surge o conceito de “Agricultura Sustentável”.
A nogueira e uma espécie lenhosa produtora de frutos e, como tal, o sucesso de um pomar de nogueiras dependera, entre outros fatores, do sucesso da função reprodutora. Deste modo, o conhecimento sobre os seus órgãos e hábitos de frutificação será imprescindível a quem pretenda dedicar-se à nucicultura, em particular nas decisões a tomar na fase de implantação, ao nível da polinização (dicogamia e escolha de polinizadoras), das cultivares (vigor, tipo de frutificação), dos sistemas de plantação (nível de intensificação, ocupação do terreno, colonização do espaço aéreo) e da poda de formação. Todas essas decisões irão ter reflexo na capacidade produtiva dos pomares, na longevidade e desenvolvimento harmonioso das árvores e, consequentemente, no rendimento dos produtores.
Um dos maiores problemas na propagação seminal é o facto das sementes de algumas plantas apre-sentarem dormência, impedindo-as de germinar. Para que estas germinem, é necessário fazer os tratamentos adequados a cada tipo de dormência, que as sementes possam apresentar. Os tratamentos, que se fizeram neste estudo, foram à base de frio e de lavagens regulares com água. As sementes estudadas foram de 3 espécies fruteiras, oriundas de climas tropicais ou subtropicais. Essas espécies são a actinidia (Actinidia chinensis Planch), a feijoeira (Feijoa seilowiana Berg.) e o araçaleiro (Psidium cattleyanum Sabine). Pretende-se, com este estudo, conhecer o melhor método para quebrar a dormência das sementes destas espécies.
In this work, the "yield potential" is proposed as a new methodology to relate production with quality, which allows us to achieve the optimal bearing status of the tree for each orchard and season. The "yield potential" is defined as the maximum production that can be obtained in each orchard ecosystem as a function of a commercial and qualitative target such as fruit size or sugar content. The presented methodology is based on the differentiation of the bearing status of the trees by hand thinning, and grouping them, after harvest, according to the number of fruits per tree for nonlinear regression analysis. Estimating thinning needs or effectiveness to obtain the desired commercial fruit size and relating average fruit weight per tree with commercial fruit size are the most important achievements of this methodology.
Estaquinhas sub-apicais com três nós, obtidas a partir de ramos do ano, foram forçadas, com e sem folhas, em câmaras de crescimento a 20°C, ou armazenadas a 5°C antes do período de forçagem, com o objectivo de determinar o papel das folhas na entrada e quebra da dormência dos gomos da oliveira. Os resultados dos ensaios realizados com estaquinhas forçadas imediatamente após a sua colheita no campo mostram um efeito inibidor das folhas no abrolhamento dos gomos localizados nas respectivas axilas (paradormência) até meados de Fevereiro, com algumas diferenças entre as árvores com (safra) e sem (contra-safra) frutos. Nas árvores sem frutos, o abrolhamento dos gomos axilares das estacas sem folhas vai diminuindo progressivamente ao longo do período outonal, enquanto nas árvores com frutos o abrolhamento é irregular, mas mais uniforme durante todo o período de observação. Em meados de Fevereiro, nas estacas colhidas nas árvores sem frutos no ano anterior, as folhas perdem o seu efeito inibidor, justamente no momento em que todos os gomos abrolhados passam a dar origem a inflorescências. Os resultados dos ensaios com armazenamento prévio a 5°C das estacas colhidas em árvores sem frutos confinam o papel inibidor das folhas sobre o abrolhamento, quer o momento da desfoliacao tenha sido antes ou depois do armazenamento. Contudo, apenas nas estacas armazenadas com folhas se notou uma redução no abrolhamento dos gomos axilares e a produção de inflorescências. Estes resultados sugerem um importante papel das folhas na imposição progressiva de um certo estado de dormência dos gomos reprodutivos da oliveira e que esse papel se mantém até à completa satisfação das necessidades em frio.
Comunicação apresentada no 1.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Alcobaça de 12 a 13 de Outubro de 2006 e que foi organizado pela Associação Portuguesa de Horticultura.
Se ha comparado la brotación de estaquillas de un nudo recogidas desde mitad de noviembre hasta marzo y procedentes de árboles en carga y en descarga de ‘Manzanilla de Sevilla’ cuando fueron forzadas en cámaras de crecimiento a 30°C y 100% HR. Las yemas defoliadas han brotado rápidamente y a niveles próximos al 100%, mientras que las no defoliadas han mostrado una brotación más lenta, baja e irregular a lo largo del invierno. Solo a partir de comienzos de febrero o de marzo las estacas no defoliadas procedentes respectivamente de árboles en descarga y en carga han igualado la brotación de las defoliadas. Hasta mediados de enero no se observaron diferencias significativas en brotación entre estacas (defoliadas o no) de árboles en carga y en descarga, que fue siempre de naturaleza vegetativa. A partir de esta fecha, la brotación de yemas reproductivas aumentó progresivamente hasta alcanzar un máximo próximo al 100% en los árboles en descarga a mediados de febrero. Por contra, en las estacas de los árboles en carga, el porcentaje de yemas reproductivas brotadas fue siempre bajo. Los resultados de estos ensayos sugieren la necesidad de frío invernal para completar la inducción floral del olivo. No obstante, las diferencias entre árboles en carga y en descarga indican que la naturaleza vegetativa o reproductiva de las yemas queda determinada, en primer lugar, por la presencia o ausencia de frutos el año precedente.
A população mundial está a aumentar prevendo-se que ultrapasse os 9 mil milhões de pessoas em 2050. Por outro lado, espera-se um acréscimo de 70% na procura mundial por alimentos e fibras na primeira metade do século XXI (FAO, 2009). Apesar desse aumento da população ocorrer sobretudo nos países em desenvolvimento, a agricultura nos países desenvolvidos estará também sob uma grande pressão, não só devido à necessidade de produzir alimentos com uma elevada qualidade, mas também em quantidade suficiente e garantindo a sustentabilidade ambiental, social e económica. Neste contexto, a água é um recurso essencial, embora a sua previsível escassez obrigue a repensar os termos da sua utilização. Para justificar este facto basta considerar que os regadios correspondem apenas a 5% da superfície agrícola mundial e contribuem com 35% do total da produção (FAO, 2010). Sendo a água um recurso simultaneamente essencial e escasso, a sua adequada gestão adquire uma especial pertinência, tanto mais que o regadio envolve diversos fatores, não só técnicos e ambientais, como também políticos, sociais e económicos, que interagem entre si, por vezes de forma bastante complexa (Malano e Burton, 2001). A ação da rega, integrada no projeto +Pêssego, teve como principais objetivos: (1) caracterizar as práticas de rega em dois pomares de pessegueiro localizados na Beira Interior, a sul da Serra da Gardunha; (2) avaliar a adequação de dois métodos utilizados para a determinação do teor de água no solo (a sonda capacitiva – DIVINER 2000 – e o balanço de água no solo considerando as entradas e saídas); (3) avaliar o efeito de diferentes dotações de rega na produção e qualidade dos frutos.
A oliveira atravessa hoje em dia, tal como os restantes sectores da agricultura nacional, uma gravíssima crise em resultado de um abaixamento do rendimento dos olivais, a que nem as actuais ajudas comunitárias têm obstado. Esse abaixamento dos rendimentos deve-se à conjunção de diversos factores negativos, entre os quais salientaremos os seguintes: • elevada idade dos olivais; • baixas densidades; • árvores de grande porte; • localização em zonas marginais e/ou de difícil acesso; • baixo índice de mecanização da colheita; • baixa frequência de regas, fertilizações e tratamentos fitossanitários; • concorrência com os outros óleos vegetais (que se deve apenas ao seu baixo preço e não a uma melhor qualidade do produto). Estes factores são ainda agravados por uma indústria transformadora de carácter sazonal, tradicional e, em muitos casos, com equipamento obsoleto e uma organização comercial deficiente, com pouca ou nenhuma intervenção dos produtores. Para enfrentar este desafio, ou seja, ultrapassar a crise instalada no sector, são necessárias, concerteza, medidas político-administrativas, nomeadamente de: • certificação e demarcação de zonas características de reconhecida especificidade e qualidade; • controlo qualitativo dos azeites importados; • promoção ao consumo e exportação, baseada na qualidade de um produto natural e uma das gorduras mais saudáveis na alimentação humana. Para além destas medidas, o desafio de fazer sair o sector da crise passará também pela tomada de consciência dos próprios olivicultores de que é necessária uma maior aplicação dos conhecimentos técnico-científicos disponíveis e pôr de lado certos princípios tradicionais da exploração do olival errados, pois vão contra os hábitos de frutificação e a fisiologia da oliveira. Uma das técnicas culturais em que mais se evidencia esse facto é a poda do olival. A alteração da poda tradicional para um sistema de poda que respeite os hábitos e a fisiologia da oliveira nem sequer significa um acréscimo dos custos dessa operação, muito pelo contrário. Claro que os problemas do sector não se resolverão só com a mudança do tipo de poda, dado que alguns olivais idosos, dispersos, marginais e de difícil acesso continuarão a ser úteis, mas apenas no embelezamento da paisagem e como coberto em sistemas de pastoreio. Mesmo nos olivais "recuperáveis", a mecanização da colheita. as fertilizações e, eventualmente. a rega, a reconversão varietal (por reenxertia) e os tratamentos fitossanitários serão também decisivos para alterar a tendência negativa actual. Por outro lado, as novas plantações, ainda demasiado jovens para que possam ter um papel imediato na melhoria do sector, têm já compassos mais apertados, cultivares mais adequadas, rega, fertilizações e os restantes cuidados culturais comuns a generalidade da exploração das espécies fruteiras. Contudo, mesmo após a sua entrada em plena produção serão insuficientes para que possamos descurar os olivais existentes, apesar das suas reconhecidas limitações. É nesse sentido que surge este trabalho que, baseando-se na proposta de alteração da poda tradicional para um sistema de poda mais "racional", pude dar um contributo positivo na melhoria desses olivais, permitindo aplicar neles alguns conhecimentos técnico-científicos que os ajudem na sua recuperação física e económica.
Para estudar a influência da disponibilidade de água no crescimento e qualidade do pêssego (Prunus persica L. Batch) durante a fase de rápido crescimento do fruto, foram aplicadas, na campanha de rega de 2011, diferentes dotações de rega em pessegueiros das cultivares ‘Andross’ e ‘August Orebrad’, numa exploração localizada no extremo sul do concelho do Fundão. Os tratamentos foram estabelecidos de modo a aplicar a água necessária para suprir 100% (T100), 70% (T70) e 50% (T50) da ETc, durante o período de maior crescimento do fruto (fase III). A produtividade foi muito semelhante, não se tendo registado diferenças significativas entre os tratamentos de rega. Contudo, a produtividade teve comportamento crescente à medida que a restrição hídrica diminuiu. O peso do fruto, o teor de açúcares e a dureza da polpa foram afetados pelos tratamentos de rega. O tratamento sem restrição hídrica (T100) esteve associado ao maior peso médio do fruto, ao menor teor de açúcar e à menor dureza da polpa, verificando-se o inverso no tratamento com maior restrição hídrica (T50). Um estudo económico baseado no efeito da carga no crescimento do fruto permitiu separar o efeito da carga do efeito da restrição hídrica sobre o crescimento do fruto e determinar a carga ótima correspondente ao máximo benefício para o produtor. O valor da carga ótima para as condições do modelo correspondeu a cerca de 40 t/ha na modalidade sem restrições hídricas e entre cerca de 20-25 t/ha nas modalidades de rega deficitária nas duas cultivares.
Trabalho apresentado no 2.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 4 a 5 de Fevereiro de 2010.
Trabalho apresentado no 2.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 4 a 5 de Fevereiro de 2010.
Trabalho apresentado no 2.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 4 a 5 de Fevereiro de 2010.
Trabalho apresentado no 2.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 4 a 5 de Fevereiro de 2010.
O vingamento da azeitona é o resultado dos processos vegetativo e reprodutivo que decorrem durante o ciclo bianual da oliveira. O factor genético tem uma grande importância, mas diversos trabalhos experimentais concluíram existir uma preponderância dos factores ambientais. Neste trabalho experimental, realizado durante dois anos consecutivos com árvores adultas, em safra, de `Cobrançosa', `Conserva De Elvas', `Cordovil De Castelo Branco', `Galega Vulgar' e Picual' cultivadas em sequeiro, determinou-se a qualidade da flor e o vingamento de frutos em autopolinização. Em resultado dos dois anos de observação, apreciaram-se diferenças significativas entre anos e entre cultivares. Também se confirmou ser a oliveira uma espécie vegetal com uma produção excepcionalmente elevada de grãos de pólen. A variabilidade nos resultados obtidos poderá estar associada com a rusticidade da oliveira e a sua capacidade de adaptação às oscilações típicas do clima mediterrânico.
Trabalho apresentado no 1.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Alcobaça de 12 a 13 de Outubro de 2006 e que foi organizado pela Associação Portuguesa de Horticultura.
Debatendo-se a agricultura portuguesa com graves estrangulamentos sócio-estruturais e carecendo de urgente modernização, o ensino será um dos vectores fundamentais no desenvolvimento regional e nacional. A distribuição etária e a qualificação dos empresários agrícolas são factores que constituem a base da nossa afirmação; daí a necessidade de formar jovens com capacidade de resposta às exigências do sector. Nesse sentido, a presente comunicação tem o objectivo de relacionar o ensino agrícola com a agricultura, realçando a importância do seu papel no desenvolvimento. Dado que exercemos a nossa actividade profissional como docentes da Escola Superior Agrária de castelo Branco, será lógico que restrinjamos a nossa abordagem á realidade que melhor conhecemos: a ESA de Castelo Branco e a região da Beira Interior.
The irrigation patterns in two peach orchards, located in the central eastern region of Portugal, called “Beira Interior”, and the effect of different amounts of irrigation on the total production and fruit quality were evaluated. The experiment was conducted in 2016, in two different orchards, and included three treatments correspondent to three different flow rates per tree: 8, 12 and 16 l/hour. The water balance, which included the water supplied by rain and irrigation and the crop evapotranspiration, was developed. At harvest, crop production, pulp firmness and percentage of the total soluble solids were evaluated. There were no significant differences between treatments in the average production per tree. However, in one of the orchards production increased with the volume of irrigation. In the same orchard, fruit firmness decreased with the increasing water supply. Total soluble solids had decreased with the increasing water supply in both orchards, probably as a consequence of the dilution effect due, directly, to the water incorporated in the fruits, or, indirectly, to the larger fruits produced by the trees that were irrigated more. In general, the treatments used in this study as well as in the farmers’ practices, the supplied water was in deficit, but the farmers tend empirically to follow closely the evolution of evapotranspiration.
The irrigation patterns in two peach orchards, located in the central eastern region of Portugal, called “Beira Interior”, and the effect of different amounts of irrigation on the total production and fruit quality were evaluated. The experiment was conducted in 2016, in two different orchards, and included three treatments correspondent to three different flow rates per tree: 8, 12 and 16 l/hour. The water balance, which included the water supplied by rain and irrigation and the crop evapotranspiration, was developed. At harvest, crop production, pulp firmness and percentage of the total soluble solids were evaluated. There were no significant differences between treatments in the average production per tree. However, in one of the orchards production increased with the volume of irrigation. In the same orchard, fruit firmness decreased with the increasing water supply. Total soluble solids had decreased with the increasing water supply in both orchards, probably as a consequence of the dilution effect due, directly, to the water incorporated in the fruits, or, indirectly, to the larger fruits produced by the trees that were irrigated more. In general, the treatments used in this study as well as in the farmers’ practices, the supplied water was in deficit, but the farmers tend empirically to follow closely the evolution of evapotranspiration.
Horas de frio, somatório de calor e sua relação com a fenologia do pessegueiro apresenta o total de horas de frio e graus-dia de crescimento que se observaram na região da Beira Interior, Portugal, nos ciclos 2018 a 2021, para a cultura do pessegueiro, cultivares Royal Time, Catherine e Sweet Dream.
Trabalho apresentado no 2.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 4 a 5 de Fevereiro de 2010.
O desenvolvimento fenológico da oliveira é importante para estudar a sua adaptabilidade, para a gestão e para a modelação do crescimento e produção do olival. No entanto, muitos estudos que prevêem a data de floração da oliveira não consideram as necessidades de frio, que são baixas, mas que podem não ser satisfeitas, em alguns anos, em climas mais amenos ou quando o aquecimento global se faz sentir. Em estudo anterior De Melo-Abreu et al. (2004) desenvolveu-se um modelo que permite prever a data de floração de algumas cultivares. Trata-se de um modelo em duas fases. Na primeira, acumulam-se unidades de frio segundo um modelo que tem quatro parâmetros. A segunda, simula a forçagem dos gomos florais, utilizando a soma de temperaturas acima da temperatura base. Verificou-se também que os parâmetros do modelo de acumulação de frio, excepto a soma das unidades de frio, são conservativos para todas as cultivares estudadas. Utilizou-se um algoritmo especialmente desenvolvido para determinar a soma de unidades de frio necessárias para a quebra da dormência dos gomos florais e a soma de temperatura correspondente à fase de forçagem. O modelo assim calibrado é utilizado para prever o impacto do aquecimento global nas datas de floração das oliveiras ‘Arbequina’, ‘Gordal’, ‘Hojiblanca’, ‘Manzanilla’, ‘Moraiolo’, ‘Picual’ e ‘Verdial’ para quatro localizações representativas das principais regiões olivícolas portuguesas. O tempo presente foi representado por séries de 19 a 30 anos de temperaturas máximas e mínimas diárias (Cen0). Criaram-se três cenários de alteração climática consubstanciados por aumentos da temperatura em 1°C (Cen1), 2°C (Cen2) e 3°C (Cen3), tanto nas máximas como nas mínimas. Em Vila Real, as projecções indicam avanços crescentes da data de floração, de 11 a 12 dias no Cen1 até 33 a 37 dias no Cen3. Em Castelo Branco, as projecções indicam avanços crescentes da data de floração, indo de 11 a 13 dias no Cenl até 23 a 36 dias no Cen3. Em ambas as localizações, não se prevêem florações anormais ou inexistentes devido à falta de frio. Em Beja, as projecções indicam que os avanços entre os Cen1 e Cen2 são modestos, que a ‘Moraiolo’ não tem uma floração normal no Cen2 e que todas as cultivares estudadas têm anos com florações anormais ou inexistentes no Cen3. Em Faro, existem atrasos muito grandes na floração em todos os cenários, não havendo floração normal em muitos anos. No Cen3, as projecções indicam que as florações seriam anormais ou inexistentes em quase todos os anos. Os resultados obtidos permitem assistir o olivicultor na decisão de incluir ou não algumas cultivares em novos olivais.
A incompatibilidade intraespecífica em oliveira é geralmente aceite como a incapacidade do pólen germinar sobre o próprio estigma ou do crescimento do tubo polínico poder ser detido no seu percurso até ao ovário. Neste trabalho experimental pretendeu-se verificar a compatibilidade do pólen através do acompanhamento da germinação in vivo dos grãos de pólen colhidos de ramos frutíferos em autopolinização e em polinização livre das variedades `Cobrançosa', `Conserva de Elvas' e `Picual' cultivadas em sequeiro na região de Elvas nos anos de 2002 e 2003. A aderência de grãos de pólen foi menor em autopolinização, particularmente ao 2° dia alias a ântese e as diferenças foram maiores em 2002. Nesse ano foi também maior a diferença de tubos polínicos em crescimento presentes nos dois sistemas de polinização. Os mecanismos de incompatibilidade verificaram-se em todas as variedades, mas em menor expressão na `Picual'. Na `Conserva de Elvas' um reduzido número de grãos de pólen e de tubos polínicos em crescimento foram observados tanto em autopolinização como em polinização livre.
Comunicação apresentada no III Simpósio Nacional de Olivicultura que decorreu em Castelo Branco, de 29 a 31 de Outubro, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
No presente trabalho estudaram-se três métodos de avaliação do estado de Maturação da azeitona, baseados na coloração dos frutos das cultivares ‘Cobrançosa’ e ‘Galega Vulgar’ em estados precoces de maturação, bem como a sua relação com a acumulação de gordura. Os métodos estudados foram: IM – índice de maturação de Jaén (com 8 grupos de cor); IMS – índice de maturação simplificado com apenas três classes de cor; CI – índice de cor (Colour Index) utilizando o Sistema CIE de cor L*a*b*. Os resultados obtidos revelaram que os índices de maturação baseados na cor dos frutos são úteis para caracterizar a evolução do teor em gordura durante a maturação da azeitona. O método simplificado apresentou uma elevada correlação com o índice de Jaén, sendo bastante mais rápido e de mais fácil utilização pelo olivicultor.
A robótica autónoma destinada a operações de análise e atuação nas culturas agrícolas tem vindo a evoluir, existindo exemplos de monitorização de culturas, de rega automatizada (que integra diferente informação edáfica e meteorológica), de aplicação localizada de fertilizantes e de herbicidas, de colheita automatizada e de manuseamento/transporte de cargas. Este projeto pretendeu conceber um sistema robotizado para previsão da colheita e aplicação particularizada de herbicida para controlo de infestantes. O sistema descrito neste artigo é composto por robôs autónomos, terrestre e aéreo com visão computacional por câmaras RGB e multiespectrais, que possibilitam i) deteção e reconhecimento de infestantes para aplicação precisa de produtos fitofarmacêuticos, ii) deteção e reconhecimento de frutos em árvores e copas destas, para caracterização das plantas e estimativa de produção. O reconhecimento, quer seja de infestantes como de frutos, é realizado através do método de inteligência artificial Faster R-CNN, aplicado aos datasets de imagens recolhidas em campo. No reconhecimento das infestantes é calculado o seu centróide, para onde é deslocado o bico de pulverização, anexo ao braço robótico cartesiano incorporado no robô terrestre autónomo. A função de reconhecimento dos frutos conduz à sua contagem, permitindo uma previsão da produção. Esta deteção é dificultada pela variação da iluminação natural, oclusão de frutos causada por folhas, ramos e outros frutos e múltiplas deteções da mesma fruta em imagens sequenciais. Os resultados experimentais de deteção de infestantes e de frutos em imagem de vídeo indicam uma precisão média de 85%. A estimativa da produção é complementada pela previsão do volume da copa da árvore obtido por aquisição de imagem captada via câmara montada em drone, destinada a suportar modelos empíricos de carga das árvores. A função de pulverização de infestantes é complementada com a capacidade de apanha de frutos caídos no chão. Pretende-se assim contribuir para um sistema de produção mais sustentável através da redução de utilização de produtos fitofarmacêuticos e simultaneamente apoiar o produtor na gestão da carga do pomar com reflexos na gestão da cadeia comercial.
Fruit detection is crucial for yield estimation and fruit picking system performance. Many state-of-the-art methods for fruit detection use convolutional neural networks (CNNs). This paper presents the results for peach detection by applying a faster R-CNN framework in images captured from an outdoor orchard. Although this method has been used in other studies to detect fruits, there is no research on peaches. Since the fruit colors, sizes, shapes, tree branches, fruit bunches, and distributions in trees are particular, the development of a fruit detection procedure is specific. The results show great potential in using this method to detect this type of fruit. A detection accuracy of 0.90 using the metric average precision (AP) was achieved for fruit detection. Precision agriculture applications, such as deep neural networks (DNNs), as proposed in this paper, can help to mitigate climate change, due to horticultural activities by accurate product prediction, leading to improved resource management (e.g., irrigation water, nutrients, herbicides, pesticides), and helping to reduce food loss and waste via improved agricultural activity scheduling.
Apple and pear represent 51% of fresh fruit orchards in Portugal. This paper presents a life-cycle (LC) greenhouse gas (GHG) assessment (so-called carbon footprint) of 3 apple and 1 pear Portuguese production systems. An LC model and inventory were implemented, encompassing the farm stage (cultivation of fruit trees in orchards), storage and distribution (transport to retail). The functional unit considered in this study was 1 kg of distributed fruit (at retail). Four different LC inventories for orchards were implemented based on data collected from three farms. Inventory data from two storage companies were also gathered. The main results show that the GHG emissions of apple and pear ranged between 192 and 229 gCO2eq kgfruit-1. The GHG emissions (direct and indirect) from the cultivation phase ranged from 36% to 60% of total emissions. Fruit storage, which lasted for as much as 8-10 months, was also responsible for significant emissions due to high energy requirements.
Avaliação da capacidade produtiva do pomar de pessegueiros apresenta os resultados da contagem dos frutos, com a utilização de modelos, para a previsão da produção. Apresenta o peso médio dos frutos e volume da copa das árvores para a cultura do pessegueiro, cultivares Royal Time, Catherine e Sweet Dream.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.
The main goal of this paper was to assess the greenhouse gas (GHG) intensity of olive oil production in Portugal. A life-cycle model and inventory were implemented for the entire production process, including a comprehensive analysis of olive cultivation, olive oil extraction, packaging, and distribution. Data originates from five differently-sized Portuguese olive growers and from a total of six olive oil mills, representing the three extraction processes in use: three-phase extraction, two-phase extraction, and traditional pressing. The results show that the GHG intensity lies in the range 1.8-8.2 kg CO2eq/liter and that the main contributors were fertilizers (production and field emissions). Efficient use of fertilizers thus seems to be a key factor for mitigating the GHG intensity of olive oil production.
Manutenção do solo em pomares de pessegueiro – monitorização da ocupação do solo por infestantes, apresenta os resultados da monitorização do desenvolvimento das infestantes em 4 pomares ao longo do ciclo, durante 3 ciclos vegetativos consecutivos.