Epidemiologia e susceptibilidade aos antibióticos em isolados clínicos humanos de Acinetobacter spp.
Type
conferenceObject
Creator
Identifier
BRITO, Tânia [et al.] (2012) - Epidemiologia e susceptibilidade aos antibióticos em isolados clínicos humanos de Acinetobacter spp. In Congresso de Análises Clínicas e de Saúde Pública, 10, Porto, 23-24 de Novembro. Viseu: Sociedade Portuguesa de Bioanalistas Clínicos. p. 1-2
Title
Epidemiologia e susceptibilidade aos antibióticos em isolados clínicos humanos de Acinetobacter spp.
Subject
Acinetobacter spp.
multireistência
multireistência
Date
2015-05-08T10:34:10Z
2015-05-08T10:34:10Z
2012-11-23
2015-05-08T10:34:10Z
2012-11-23
Description
As bactérias do género Acinetobacter são importantes
agentes de infeções nosocomiais, revelando
frequentemente elevadas taxas de resistência aos
principais grupos de antibióticos. Avaliar a evolução do número de isolados de
Acinetobacter spp. assim como o tipo ou local
de infeção. Analisar a evolução dos perfis de
suscetibilidade aos antibióticos testados, comparando-os ao longo do tempo e entre diferentes serviços
hospitalares. Efetuou-se um estudo observacional, descritivo transversal
e retrospetivo da epidemiologia e suscetibilidade
aos antibióticos em isolados clínicos humanos de
A. baumannii e do complexo A. baumannii-A. calcoaceticus
(ABC). Estudou-se apenas o primeiro isolado
obtido de cada paciente internado nos diversos serviços
do Hospital de S. Teotónio em 3 períodos (P1 –
Julho 2007 a Junho 2008; P2 – Julho 2008 a Junho
2009; P3 – Julho 2009 a Março 2010). A identificação
e os testes de suscetibilidade aos antibióticos foram realizados
através de metodologia convencional usando
critérios CLSI, excetuando a tigeciclina (BSAC). Os
isolados com suscetibilidade intermédia foram considerados
como resistentes. Para avaliar as diferenças
entre variáveis foi utilizado o teste X2. Foram identificados 85 isolados (P1 – n=30; P2 – n=36;
P3 – n=19) de Acinetobacter spp., sendo 71,8% A.
baumannii e 28,2% do complexo ABC. A idade média dos pacientes foi de 69.35 ±17.37 anos, dos quais 64%
(n=54) eram do sexo masculino, verificando-se 40% dos
casos entre os 73-84 anos. O mês de Agosto apresentou
o maior número de casos (n=15, 18%), enquanto o
menor se verificou em Junho (n=1, 1.2%). Os isolados
foram obtidos maioritariamente a partir dos doentes
internados nos serviços de Medicina (33,0%) e UCIP
(14,1%) e de amostras das vias respiratórias (44,7%),
urina (23,5%) e exsudados purulentos (21,2%). Não se
observaram diferenças significativas na suscetibilidade
entre os isolados de A. baumannii e do complexo ABC.
Em Acinetobacter spp. as taxas de suscetibilidade para
amicacina, tobramicina, gentamicina, imipenemo,
merepenemo, ceftazidima e ciprofloxacina foram
respetivamente de 85,9%, 60,2%, 34,7%, 25,3%,
24,7%, 24,7% e 21,2%. Não se verificaram alterações
significativas na suscetibilidade em Acinetobacter spp., com exceção da amicacina em A. baumannii cuja
diminuição foi de 95.2% para 64.3% (p=0,039) e da
gentamicina, onde ouve um aumento de 14,3% para
36,1% (p=0,007). Nos serviços de Cirurgia e Hospital
de Tondela observaram-se taxas de resistência de
100% para os carbapenemos, ceftriaxona, piperacilina/
tazobactam e ciprofloxacina. Dos 85 isolados 80%
(n=68) apresentaram perfil de multirresistência. Não ocorreu aumento significativo do número de
isolados em termos anuais. Com exceção da amicacina
as taxas de resistência observadas para a maioria dos
antibióticos são elevadas, destacando-se o significativo
número de isolados multirresistentes, o que está de
acordo com a literatura.
Access restrictions
openAccess
Language
por
Comments