Type

Data source

Date

Thumbnail

Search results

45 records were found.

Conservação da natureza e recursos da terra
Rodrigues António de Sousa
Introdução: Na segunda metade do século XX, a esperança média de vida dos indivíduos africanos era menor que a dos indivíduos caucasianos, despertando o interesse para estudar as diferenças étnicas e raciais de modo a serem tomadas medidas de saúde. Objetivo: Verificar a existência de diferenças eletrocardiográficas entre os indivíduos de raça africana e os de raça caucasiana. Métodos: A amostra inclui um total de 122 indivíduos, recolhida no período compreendido entre outubro de 2011 e janeiro de 2012. Todos os indivíduos foram submetidos à realização de um questionário individual e um eletrocardiograma convencional de 12 derivações. Foram incluídos indivíduos de raça africana e caucasiana, de ambos os géneros, sedentários, sem hábitos etílicos acentuados, não fumadores, não obesos, com condições sociodemográficas semelhantes, sem qualquer tipo de patologia associada, com idades compreendidas entre os 19 e os 35 anos e que aceitassem participar no estudo mediante a assinatura de um consentimento informado. Resultados: Com este estudo constatámos que os indivíduos de raça africana apresentam valores médios da frequência cardíaca mais elevados, eixo elétrico mais horizontal (p=0,006), duração do complexo QRS mais elevada (p=0,012), maior prevalência de ondas T negativas e/ou bifásicas em V1 (p <0,001), V2 (p=0,014) e V3 (p=0,043), maior predomínio de supradesnivelamento do segmento ST em V1 (p <0,001), V2 (p=0,001), V3 (p=0,010) e V4 (p=0,027), valor de dispersão do intervalo QT maior (p=0,001), maior prevalência de hipertrofia ventricular esquerda, existindo relação com os índices de Sokolow-Lyon (p <0,001) e de Romhilt (p=0,008). Conclusão: Verificámos que existem diferenças a nível eletrocardiográfico entre os indivíduos dos dois grupos raciais, encontrando-se dentro dos valores da normalidade, apesar de termos encontrado diferenças estatisticamente significativas nos valores e nas prevalências, estas não têm valor patológico, sendo consideradas como variantes da normalidade.