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A população mundial está a aumentar prevendo-se que ultrapasse os 9 mil milhões de pessoas em 2050. Por outro lado, espera-se um acréscimo de 70% na procura mundial por alimentos e fibras na primeira metade do século XXI (FAO, 2009). Apesar desse aumento da população ocorrer sobretudo nos países em desenvolvimento, a agricultura nos países desenvolvidos estará também sob uma grande pressão, não só devido à necessidade de produzir alimentos com uma elevada qualidade, mas também em quantidade suficiente e garantindo a sustentabilidade ambiental, social e económica. Neste contexto, a água é um recurso essencial, embora a sua previsível escassez obrigue a repensar os termos da sua utilização. Para justificar este facto basta considerar que os regadios correspondem apenas a 5% da superfície agrícola mundial e contribuem com 35% do total da produção (FAO, 2010). Sendo a água um recurso simultaneamente essencial e escasso, a sua adequada gestão adquire uma especial pertinência, tanto mais que o regadio envolve diversos fatores, não só técnicos e ambientais, como também políticos, sociais e económicos, que interagem entre si, por vezes de forma bastante complexa (Malano e Burton, 2001). A ação da rega, integrada no projeto +Pêssego, teve como principais objetivos: (1) caracterizar as práticas de rega em dois pomares de pessegueiro localizados na Beira Interior, a sul da Serra da Gardunha; (2) avaliar a adequação de dois métodos utilizados para a determinação do teor de água no solo (a sonda capacitiva – DIVINER 2000 – e o balanço de água no solo considerando as entradas e saídas); (3) avaliar o efeito de diferentes dotações de rega na produção e qualidade dos frutos.
Em condições limitantes de disponibilidade hídrica, a figueira-da-índia (Opuntia ficus-indica) é utilizada como forragem alternativa podendo produzir mais de 10 t/MS/ha. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito que três suplementos alimentares (cladódios de figueira-da-índia (OFI), alimento composto comercial (CP) e farinha forrageira de milho (FM)) tiveram sobre o crescimento e o consumo de alimentos e de água de pequenos ruminantes alimentados com feno de consociação (F) como alimento forrageiro base (regime ad libitum controlado). Formularam-se regimes alimentares isoenergéticos. Utilizaram-se 24 borregas Merino Branco organizadas em grupos de 8 animais cada um, homogéneos em relação ao peso vivo e à idade. Cada grupo foi repartido em quatro subgrupos de 2 borregas cada um. O controlo da ingestão alimentar foi feito diariamente para cada um destes subgrupos e o controlo de peso vivo foi semanal e individual. Durante os 63 dias de ensaio, verificou-se que as borregas alimentadas com CP+F apresentaram maior GPD (p≤0,05) e maiores ingestões diárias de água, MS, MS/kgPV0,75, cinzas, NDF, ADF, PB, GB, TDN, EM e H2O (p≤0,05) e menor ingestão de NFC (p≤0,05). No regime alimentar OFI+FM+F verificou-se menor ingestão diária de MS, GB e H2O (p≤0,05). Não se encontraram diferenças entre os regimes FM+F e OFI+FM+F relativamente ao GPD, à ingestão de MS, NDF, ADF, PB, TDN e EM (p>0,05). Considera-se que a baixa concentração proteica dos regimes alimentares OFI+FM+F (85,54 gPB/kgMS) e FM+F (84,76 gPB/kgMS) (p>0,05) terá afetado o crescimento das borregas relativamente aos animais alimentados com CP+F (148,62 gPB/kgMS).
A produção de leite em Portugal atravessa momentos difíceis. O preço pago aos produtores é um dos mais baixos da UE tendo atingido em julho de 2018 0,3007 €/kg, menos 2,77 cêntimos do que o valor médio pago aos produtores europeus no mesmo mês (0,3284 €/kg) (MMO, 2018). Os custos de alimentação da vaca leiteira têm um peso importante na formação do preço do leite. Representam 50% e 78,4% do custo total da produção de leite (Alqaisi et al., 2011; Baptista et al., 2012; Sottomayor et al., 2012). Isto significa que para aumentar a rentabilidade da exploração é fundamental reduzir os custos com a alimentação satisfazendo as necessidades nutricionais dos animais utilizando mais forragens produzidas na exploração. Regimes alimentares baseados no pastoreio ou na utilização de forragens produzidas na própria exploração são economicamente mais interessantes do que regimes baseados na utilização de concentrados cujo preço o produtor não controla (Alqaisi et al., 2011). O azevém tem sido uma das forragens mais utilizadas na alimentação de vacas leiteiras (Wilson e McDowall, 1966; Tas, 2006; Cooke et al, 2008; Cooke et al, 2009). Esta forragem pode ser fornecida em pastoreio direto, em feno, feno-silagem, silagem ou em regimes mistos com pastoreio e conservação. Também em Portugal, o azevém anual é muito utilizado na formulação de regimes alimentares para vacas leiteiras e a influência favorável que esta forragem tem sobre a composição do leite em ácidos gordos (CLA, ácido linoleico e ácido α-linolénico) é demostrada num artigo de revisão (Kalač e Samková, 2010). Assumindo a importância que o azevém tem na produção leiteira em Portugal pretendeu-se avaliar a produção e a composição nutricional de duas variedades cultivadas em monocultura ou em mistura binária em condições características de um clima Termomediterrânico.
The feed cost represents the major cost in milk production. Direct grazing and forage produced on the dairy farm could allow the farmer to a better feed production cost control. Ryegrass have been extensively used for grazing and forage production. This study evaluates the production and nutritional composition of two ryegrass cultivars diploid and tetraploid alone or in a binary mixture (50:50). The results showed that the binary mixture is a good option because of its higher production of DM/ha, higher ME and NFC and lower content of NDF, ADF and ADL.
O azevém anual (Lolium multiflorum L.) é uma das forragens mais utilizadas na alimentação de ruminantes. Pode ser fornecida em pastoreio direto, feno, feno-silagem, silagem ou em regimes mistos com pastoreio e conservação. Contribui para reduzir os custos com a alimentação da vaca leiteira e tem influência favorável sobre a quantidade de CLA, C18:2 e C18:3 do leite. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de um fertilizante de digestato de chorume de bovinos na produção e na composição nutricional de forragem de azevém anual tetraploide. O digestato foi obtido numa unidade de produção de biogás. Os tratamentos foram: fertilização mineral (35 kg N ha-1 em fundo e 55 kg N ha-1 em cobertura); digestato (90 kg N ha-1 em fundo). O fertilizante mineral permitiu obter 2,5 vezes mais forragem (kg MS/ha). A utilização do digestato na fertilização da cultura permitiu obter forragem com valores mais elevados de TDN, EM, cinzas e NFC (p≤0,05) e valores mais baixos de MS, PB, NDF, ADF e celulose (p≤0,05). No entanto, nenhum dos fertilizantes utilizados influenciou os teores de GB, hemicelulose e ADL da forragem de azevém (p>0,05). Conclui-se que os dois fertilizantes podem ser utilizados na produção de azevém, embora a utilização de digestato tenha permitido obter uma forragem de gramínea com melhor valor nutricional para a alimentação de ruminantes.
Peach production is an important agricultural activity in the center of Portugal, which is the main region of stone fruit production. This region is characterized by hot and dry summers, that can actively accelerate the organic matter degradation and, thus, increase the susceptibility to erosion and decrease the soil capacity to retain nutrients. To evaluate the relationship of peach production activity and soil characteristics, a long-term project was installed based on 31 peach orchards covering the main peach production area. The main objective was to find out the influence of peach production activity on soil characteristics with special reference on organic matter content. Orchards were monitored since establishment, collecting soil samples at establishment time and after 4 years. Plant development was monitored annually by the evaluation of trunk cross-sectional area and nutrition status by foliar analysis at 100 to 120 days after blooming. Simultaneously, weed development in the row and inter-row was evaluated. Results indicated that peach orchards are very heterogeneous over the first years after planting. After 4 years from the initial 31 orchards, only 23 remained, corresponding to 26% of uprooting orchards, mainly related with Pseudomonas syringae complex incidence. In90% of the orchards the soil content in potassium was classified as high (100-200 mg kg-1; LQARS, 2006) and very high (>200mgkg1; LQARS, 2006). Nevertheless, according to nutritional analysis, the leaf potassium content was classified as low in 35% of the orchards, considering the reference interval of 2to 3% for this nutrient. Nitrogen leaf content was below reference interval in17% of the orchards, and in 22% was above this interval. All orchards use weed cover at inter-rows, mowed regularly. Weeds were controlled in rows using herbicides. Considering the 23 orchards, Organic Matter content increased 0.68% in the row and 0.18% in the interrow, after 4 years.