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Introdução e Objetivos: Referências angulares do posicionamento em repouso da escápula em sujeitos saudáveis são importantes para a definição do que se pode entender por normalidade relativamente à orientação da omoplata no corpo humano. Pretendeu-se com este estudo avaliar as medidas angulares da escápula encontradas nos planos sagital, frontal e transversal em sujeitos saudáveis. Material e Métodos: Estudo observacional analítico transversal, com amostra de conveniência de 53 indivíduos saudáveis com IMC<28, sedentários, sem deformações físicas nem historial de dor na coluna ou ombro há pelo menos 3 meses. Recorreu-se ao IPAQ para garantir que os indivíduos se encontravam em níveis sedentários. O alinhamento da escápula nos 3 planos em estudo foi analisado através da medição de ângulos de acordo com a interseção com cada plano e com referências anatómicas encontradas na literatura. O instrumento de medição utilizado foi o Software para Avaliação Postural (SAPo). Foram calculadas as médias e desvios padrão do posicionamento angular da omoplata em cada plano. Para calcular os limites considerados normais foram incluídos o percentil mais próximo de 2,5% (valor mínimo) e 97,5% (valor máximo). Resultados: Neste estudo foram encontrados valores médios angulares de 12,52°±4,73 [com amplitude de 4,7° a 22,8°] no plano sagital, 1,82°±5,62 [-8,4° a 12°] no plano frontal e de 38,38°±7,48 [24,5° a 54,2°] para o plano transversal em relação aos eixos dos planos relativos e de 25,85°±6,51 [13,5° a 38,1°] no plano sagital, 1,5°±5,7 [-9,1° a 12,4°] no plano frontal e de 37,31°±5,73 [26,1° a 47°] no plano transversal, relativamente a retas estabelecidas entre determinadas referências anatómicas apontadas na literatura. Conclusões: Os intervalos encontrados diferem substancialmente da informação disponível na literatura, sugerindo que os valores de referência atuais poderão ser díspares daqueles que têm vindo a servir para esse efeito. Alterações da orientação escapular em repouso podem ser indicadores de disfunção do complexo escápulo-umeral ou escápulo-torácico, contudo estudos com mais amostra são necessários para encontrar os intervalos de referência na população saudável.
Introdução e Objetivos: Pouco se sabe sobre o perfil clínico dos fisioterapeutas em Portugal. Este estudo teve como principal objetivo encontrar características dos fisioterapeutas que trabalham na reabilitação de utentes pós-AVC em Portugal que possam estar relacionadas com os fundamentos utilizados na tomada de decisão clínica. Material e Métodos: Foi distribuído um questionário online original em 237 instituições com serviço de reabilitação neurológica, entre Agosto e Dezembro de 2014. O outcome primário foi a percentagem dada aos fundamentos utilizados na decisão clínica para a intervenção em fisioterapia (%Experiência Clínica (Ex), %Evidência Científica (Ev), %Teoria (T) e %Preferência do Utente (Pu)) e secundário as características pessoais e profissionais dos fisioterapeutas inquiridos. Resultados: Um total de 179 fisioterapeutas de 64 instituições devolveram o questionário (taxa de resposta ≈38,7%). A Ex pesou 34,7 % na decisão clínica para a intervenção terapêutica, tendo sido o fator mais importante. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na T (p<0,008) entre fisioterapeutas que trabalham no sector público e sector privado, na Pu (p<0,028) e na Ex (p<0,015) entre o sector público e sector social, na Ev entre o sector social e sector público e privado (p<0,017) e entre o sector privado e o sector privado e público (p<0,035). Entre fisioterapeutas que leem 5- 10artigos/ano e os que leem +15artigos/ano encontraram-se diferenças estatísticas na Ev (p<0,012) e Pu (p<0,011), bem como entre os que leem entre 10-15artigos/ano e os que leem +15artigos/ano na Pu (p<0,012). Também existiram diferenças estatísticas na Pu entre aqueles que responderam 3 e 5 (p<0,003) e 4 e 5 (p<0,019) na adequação da sua prática clínica. Conclusões: A Ex parece ser o principal fator para a tomada de decisão clínica dos fisioterapeutas portugueses que trabalham na reabilitação pós-AVC. O sector de trabalho, quantidade de artigos lidos por ano e perceção da adequação da sua prática clínica parecem estar relacionados com os fundamentos utilizados para a decisão clínica na intervenção dos fisioterapeutas nos utentes pós-AVC.
Introdução: O exercício terapêutico é descrito como uma intervenção benéfica no tratamento de Insuficiência Venosa Crónica (IVC). Os seus objectivos relacionam-se com a otimização da bomba muscular venosa, contudo é dada pouca relevância ao tipo de exercício e aos seus efeitos a curto/médio prazo. Objectivos: Avaliar os efeitos do exercício estruturado em água e no solo em sujeitos com IVC. Métodos/Desenho: Trata-se de um estudo longitudinal controlado, cuja amostra será constituída por pessoas entre os 18-65 anos diagnosticadas com IVC categorizada entre C3_5 na classificação Clínica Etiológica Anatómica e Patológica (CEAP), que preencham os critérios de seleção e assinem o consentimento informado. Após participação numa sessão educacional, a amostra será dividida em 3 grupos: intervenção com exercício aquático; intervenção com exercício no solo; sem intervenção. Os grupos sujeitos ao exercício seguirão um protocolo estruturado (2 vezes por semana durante 8 semanas) focado no treino de força, resistência e flexibilidade dos membros inferiores, orientado por um fisioterapeuta. Os outcomes em estudo serão a força e amplitude activa de flexão dorsal/plantar do tornozelo, qualidade de vida, funcionalidade e sintomas, sendo mensurados através de dinamometria isocinética, questionários Qualidade de Vida na Insuficiência Venosa (CIVIQ-20) e Estado de Saúde Funcional (FSQ) e Escala Visual Analógica (EVA), respectivamente. Todas as avaliações serão realizadas antes e depois da intervenção e 6 meses após o início dos tratamentos. Discussão: Pretende-se obter informações acerca da efectividade do exercício estruturado no tratamento da IVC, assim como o papel das propriedades da água durante a prática do exercício nesta população.
Atualmente, a fisioterapia no meio aquático é considerada uma ferramenta importante na promoção da saúde e no tratamento de múltiplas condições de saúde. A avaliação em fisioterapia em meio aquática é composta por várias componentes de forma a garantir segurança e eficácia da intervenção, assim como a correta partilha nas tomadas de decisão terapêuticas com os utentes. A presente revisão da literatura tem como objetivo descrever a importância da adaptação e do controlo motor no meio aquático e na intervenção da fisioterapia neste meio. Para o efeito será realizada uma síntese da história da fisioterapia em meio aquático e o seu contexto atual, as propriedades físicas da água e os efeitos fisiológicos da imersão, as estratégias de avaliação da fisioterapia e contraindicações a serem despistadas para uma prática segura, o papel da adaptação e controlo motor em água de modo a garantir uma intervenção em fisioterapia correta, explorando algumas estratégias atualmente utilizadas na prática clínica