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O fluxo é um estado de profunda concentração e desfrute com a tarefa que se está a realizar, que influi no rendimento académico e no compromisso com a atividade que o produz. Este facto, conjugado com a relação existente entre as experiências de fluxo de estudantes e professores conduziu à decisão de estudar o fluxo em estudantes futuros professores de educação básica (6 – 12 anos). Os objetivos do estudo foram criar um modelo que sintetizasse os principais facilitadores e componentes das experiências de fluxo, testar a influência das variáveis descritas no modelo no que respeita ao aparecimento de fluxo em futuros professores de educação básica e explorar como contribuem outros aspetos como o nível de autoconfiança, o rendimento e as interações com o grupo. O modelo mostrou-se útil na formação de professores de 1º ciclo do ensino básico, em educação matemática.
A prática de ensino supervisionada ocupa um tempo privilegiado na formação para o ensino da matemática, promovendo o desenvolvimento de competências associadas å profissão docente, mormente aquelas que serão indispensáveis para a formação de futuros cidadãos responsáveis, ativos e implicados na construção de uma sociedade da qual a matemática é parte indissociável. Para tal, a escola deve ser uma instituição aberta å comunidade, em sintonia com a realidade, renovadora, capaz de proporcionar bem-estar pessoal, físico e social aos jovens e prepará-los harmoniosamente para o futuro. Naturalmente que, se os estagiários não experienciarem situações de planificação, implementação e avaliação de percursos de ensino e aprendizagem e a construção de recursos didáticos ajustados ao ensino de conteúdos curriculares em contextos não formais, fica dificultada a ação de futuros professores no sentido da abertura da escola comunidade e ao meio envolvente. Com o estudo aqui apresentado, sustentado nas premissas e na problemática expostas, propusemo-nos desenvolver e avaliar uma estratégia formativa que proporcionasse aos nossos estagiários a oportunidade de se iniciarem no ensino da matemática, numa perspetiva integradora com outras áreas do currículo do Iº CEB, na interação entre contextos formais e não formais. Os resultados, ao longo dos últimos três anos têm sido muito positivos.
As experiências de fluxo, estados de máxima concentração e desfrute, relacionam-se positivamente com o desempenho académico e com o compromisso com a matéria com a qual se produz. O presente trabalho explora as características das tarefas matemáticas que têm influência nas experiências de fluxo de estudantes futuros Professores do Ensino Básico (6-12 anos) ao trabalharem em grupo. Administrou-se um questionário fechado logo a seguir å conclusão da tarefa para identificar se os 230 estudantes da disciplina de "Ensino e Aprendizagem de Geometria e Medida " experimentaram fluxo. Além disso, gravaram-se alguns grupos de estudantes durante a realização das tarefas e recolheu-se informação sobre a sua experiência prévia em matemática. Os resultados sugerem que estabelecer metas claras, proporcionar feedback imediato, sentir-se capaz de resolver a tarefa, considerá-la interessante e útil são aspetos que favorecem a aparição de fluxo.