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Dissertaçäo apresentada com vista à obtençäo do grau de Mestre em Ciências do Desporto, na área de especializaçäo de desporto para crianças e jovens
Proveniente do fundo do ex-CDE existente no IPCB
Desc. baseada em: A 10, nº 119 (Set./Out. 2007)
The main objective of this study is to know motivational variables and healthy lifestyles which predict the intention to be physically active, using the Self-Determination Theory (Deci & Ryan, 1985). Several authors (Fernández-Ozcorta, Almagro, & Saenz-López, 2015) showed students who have satisfied their basic psychological needs (BPN) and more self-determined motivation will have a greater intention to remain physically assets in the future. The sample consisted of 187 Spanish students in physical education classes (87 boys and 100 girls), belonging to three schools of Secondary Education of Badajoz, aged between 13 and 23 years, average age 15.5 years (SD = 1.70). We used perceived Locus Scale Causality in Physical Education (PLOC Scale), Scale measuring basic psychological needs (BPNES), Questionnaire Healthy Lifestyles (EVS), and scale of measurement of intentionality to be physically active (MIFA). We used analysis of reliability or internal consistency of the items and a regression analysis using the method of introducing block.
In our work we will focus on correlation between variables of lifestyle related to health and motivation ones, using the theoretical psychological needs (BPN) and autonomous motivation, which contributed to an explanation of variance in healthy behaviors, such as physical activity and sport participation.
O estudo trata de arquitetura e espaços escolares, numa análise histórica-educativa, no período do séc. XIX e parte do séc. XX. O marco teórico-conceptual assenta em alguns estudos especialmente de Alegre, Barroso, Benito Escolano, Burke, Carvalho e Viñao Frago, que nos leva a utilizar uma metodologia hermenêutica ancorada ao âmbito da História da Educação ou História das Instituições Educativas. Temos como objetivos: analisar o espaço escolar como lugar; compreender o espaço escolar como elemento intrínseco ao quotidiano da escola. Temos 3 pontos de análise: espaço como elemento crucial da relação arquitetura escolar-educação; espaço escolar como lugar e território da materialidade física; organização educativa, a classe e estruturação do tempo escolar. A discussão, interpretação e releitura do espaço escolar focaliza os projetos arquitetônicos de cada época.
O artigo norteia-se pelos seguintes objetivos, na base de uma metodologia hermenêutica (analítica) que coincide com os pontos estruturais do texto: Analisar os indícios/vestígios da realidade atual e o reto da educação social; Clarificar conceptual e semanticamente a pedagogia social e educação social, no âmbito das Ciências da Educação; Compreender a (inter)relação entre a pedagogia social (âmbito teórico) e a educação social (âmbito prático), especialmente a prática da ação pedagógico-social do educador social na comunidade; Aprofundar a pedagogia social e educação social no contexto da intervenção social escolar. Servimo-nos de um quadro teórico-conceptual norteado por um conjunto de estudos de especialistas sobre a pedagogia social e educação social, que nos levaram a aprofundar estes conceitos nos novos espaços e tempos atuais da sociedade em geral. Os espaços e tempos na atualidade marcam a Pedagogia no âmbito social, seja ao nível escolar e não-escolar. Sabemos que a globalização fez proliferar ‘espaço e tempo’ no aprender e nas formas de conviver, com novas caraterísticas e áreas de ação ou intervenção. Pretendemos que a educação social inclua uma série de caraterísticas de intervenção, relacionadas com áreas específicas que são hoje fundamentais, para além daquelas que a sua evolução e identidade têm abarcado, por exemplo: educação escolar de adultos, gerontológica e intergeracional; o empreendedorismo social; a educação ambiental e ecológica; a gestão e promoção da cultura, do patrimônio e do turismo ecológico/rural; os imigrantes, os refugiados e os grupos étnicos; a promoção da mulher; a mediação (escolar, social), etc
O estudo histórico-educativo analisa conceções da criança/infância portuguesa existentes em dicionários e discursos júrídico-sociais e educativos, no período do séc. XIX e inícios do XX, com uma referência à ’outra infância’, aquela que se encontrava fora das normas ou à margem da sociedade. Norteados por uma metodologia hermenêutica analisaremos essas conceções, sabendo que não há uma só criança ou uma só infância, mas sim crianças/infâncias diferenciadas e transformadas pelas circunstâncias e imposições sociais de cada época. Os objetivos diluem-se nos três pontos do texto: compreender os significados etimológicos/conceções nos dicionários sobre a criança/infância; analisar a conceção e nomenclaturas da ‘outra infância’; aprofundar o sentido de ‘outra infância’ nos discursos jurídico-sociais e educativos sobre a sua proteção e as medidas de intervenção. A criança/infância são construções sociais pertencentes a um tempo sociohistórico e cultural e duma sociedade, que originaram enfoques e valorizações para a História (Social) da Infância ou da Educação.
A corporeidade é o elemento de visibilidade dos embates do ‘corpo’ com o mundo, produzidos pelos efeitos histórico-culturais e pelas novas articulações propiciadoras de predisposições estratégicas dos corpos e das almas, resultantes das forças do saber e do poder, que permite sedimentar esses confrontos e dinamizar campos de verdades historicamente constituídos e em constante mudança. O autor questiona, nos andaimes antropológicos, sociológicos e pedagógicos, o sentido do ‘corpo’ e da ‘corporeidade’ no processo educativo, argumentando dois pontos fulcrais: a visão histórico-filosófica da semântica dos termos, insistindo nos discursos (elementos psicológicos relacionados com a identidade e imagem) sobre o corpo; a análise hermenêutica à ‘corporeidade’ em Merleau-Ponty e Zubiri; a análise educativa da relação da corporeidade e aprendizagem, na complexidade escolar atual.
O aumento substancial dos preços dos fatores de produção associado à redução do preço pago à produção que ocorreu em 2012 tem tornado a vida dos produtores de leite portugueses ainda mais difícil. O número de explorações tem vindo a diminuir de tal forma que em 2009 eram 10.447 e atualmente são menos de 8.000. A situação verificada em 2012 levou a que Portugal adotasse as recomendações da União Europeia no âmbito do chamado “Pacote leite. No sentido de tornar mais justo o pagamento do leite aos produtores nacionais, devem ser criados mecanismos transparentes que permitam aferir dos custos de produção do kg de leite na exploração. Neste sentido, a pedido da APROLEP, um grupo de investigadores da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESA-IPCB) desenvolveu um modelo que permite estimar um preço de referenciação para o leite.
Proviniênte do ex-Centro de Documentação Europeia do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Da Galiza à Andaluzia e de Viana do Castelo a Faro, a cooperação entre províncias e distritos raianos ultrapassa a esfera institucional. Se para as populações vizinhas faz parte do quotidiano, para o cidadão afastado da fronteira concretiza-se através dos meios de comunicação cujo sinal viaja livremente entre Portugal e Espanha. Ainda que a Internet se tenha convertido na principal plataforma de distribuição de conteúdos, os media tradicionais são ainda um elo fundamental para as comunidades dos dois países com interesses e necessidades em comum, facilitando o estreitar das relações sociais, culturais e económicas. Durante décadas, a televisão espanhola destacou-se na esfera pública do interior. Hoje, a par da pouca atenção da comunicação social portuguesa ao outro lado, o hiper-segmentado audiovisual, afunilado no cabo e sem expressão de proximidade, contribui para o desinteresse pela oferta terrestre do país vizinho. Contudo, desde a década de 1990 que Portugal sobressai em Espanha ante o esforço dos media e governos autónomos em fomentarem o diálogo essencial à superação de medos e preconceitos, ao entendimento ou à criação de oportunidades de desenvolvimento. Depois das emissoras nacionais públicas, e acompanhando a crescente influência do português nas zonas fronteiriças, as pontes hertzianas concentram-se agora nas rádios e televisões locais e regionais da Estremadura, Galiza ou Castela e Leão, principais promotores da música, língua e cultura lusas.
A Modernidade apresentou o pensamento, as formas de vida, as manifestações éticas e estéticas, propostas culturais, etc. do liberalismo (económico) e sociedade burguesa, não sendo mais que uma estratégia do antigo regime para estar vigente. Neste sentido iremos refletir sobre a modernidade, desde do contexto da dita 'Pós-modernidade', relativamente à situação da filosofia (crise?) e a sua relação com as outras formas de interpretar a realidade (social, educativa) nas sociedades democráticas, em especial os problemas éticos. esta análise hermenêutica e analógica assenta em três aspetos: da 'ética da certeza e dever ser' à ética da incerteza e do relativismo, tendo em conta a 'genealogia moral' de Nietzche e a posição tomista da Enciclica de Leão XIII - Aeterni Patris; as mudanças no âmbito educativo e cultural produzidas pela globalização, mundialização e novas economias -sociedades avançadas, que ao gerarem novos fenómenos implicam novas estruturas sistémicas e uma nova cultura; o aumento do investimento científico-tecnológico e a crítica à modernidade com o aparecimento das novas tecnologias e a sua repercussão na educação e formação.
Assistimos a um momento histórico-educativo em que há necessidade de rever/reanalisar os instrumentos e os discursos pelos quais conhecemos e descrevemos/explicamos o 'educativo' ou a realidade educativa e/ou pedagógica, nos seus contextos, já que desde a ciência da complexidade existe uma conexão com a complexidade social. A teoria sociológica contemporânea analisou a realidade social desde perspetivas opostas (sistema; mundo de vida) originaram conceções, relações e argumentos (pré)predicativos. Acreditamos na educação como charneira do desenvolviemnto e da inovação para a formação do capital humano, produção de conhecimento e investimento no(s) saber(es). Hermenêuticamente assentamos os nossos argumentos (epistemológicos) nos novos referentes que surgiram e que implicam uma complexidade educativa (e social), fruto dos novos fenómenos, da identificação de novos atores e sujeitos coletivos, da diversidade cultural e étnica, da articulação do público e do privado, da irrupção do educativo fora do contexto formal, novas metodologias de análise nas ciências da educação, na mudança de paradigmas, dos impactos das novas tecnologias, etc. Asi, o nosso quadro conceptual norteia-se pela visão de N. Luhmann, das teorias dos sistemas sociais, da ciência da complexidade (E. Morin, Rosnay, Bhom) e da contingência e do enfoque sistémico da educação.
Este capítulo aborda o pensamento de J. Habermas, no contexto das Ciências Sociais e Humanas relativamente aos problemas centrais da Humanidade. A nossa análsie assenta em três ideias fundamentais sobre Habermas: A teoria da ação comunicativa - o agir comunicacional no ser humano; a defesa da exist~encia de uma esfera pública, na qual os cidadãos, livres do domínio político, podem expor e discutir as ideias - reflexão filosófica participativa; apreciação à ideia de qua as ciências naturais seguem uma lógica objetiva, enquanto as ciências humanas seguem uma lógica interpretativa. Em síntese o núcleo da nossa análise filosófica reside nos interesses do conhecimento, tendo em conta o conceito de 'interesses' do filósofo de Frankfurt.
É nossa intenção indagar sobre algumas questões educativas e pedagógicas existentes no contexto atual da globalização, da relação 'ciências-tecnologias-educação', da complexidade e incertezas sobre o educar do ser humano na base da função economicista e tecnológica em detrimento da vertente formativa humanista, axiológica e ética (convivência). Assim, o nosso argumento reflexivo norteia-se pela seguinte pergunta de partida: Que tipo de saber é o educativo? Esta questão insere-se no questionamento sobre o saber educativo 'dado' nas escolas, em que as bases teórico-prático em que construímos o conhecimento educativo e/ou pedagógico deve ser revista e/ou criticada, face às incertezes, complexidade, contingências e desordens das ideias na educação no âmbito da sociedade do conhecimento e globalização. Partimos a nossa análise hermenêutica na reconstrução (paradigma emergente) das ideias e teorias pedagógicas existentes, dando-lhe uma nova ordem adaptativa às exig~encias das situações de prática educativa/pedagógica e da formação humana (bildung).
Neste capítulo, apresentamos uma proposta didática, para o domínio da Educação Literária, desenvolvida com crianças do 3.º ano do ensino básico. Os objetivos subjacentes a esta proposta didática eram desenvolver nas crianças o gosto pelo livro de literatura para a infância e pela leitura; estimular a imaginação, a criatividade, a capacidade de reflexão e o espírito crítico das crianças e promover uma relação de afeto, de prazer entre as crianças e o livro literário. Esta proposta didática teve como pano de fundo o Modelo de Leitura centrado na Literatura. Ao longo da nossa ação, recolhemos dados através da observação participante, das notas de campo e dos registos fotográficos. Estes dados permitem-nos refletir e afirmar que as crianças se envolveram afetivamente na leitura das obras, ampliaram a sua competência de leitura, desenvolveram a sua compreensão leitora e o seu espírito crítico e alargaram as suas mundividências.
António Faria de Vasconcelos (1880-1939) frequentou a escola primária em Castelo Branco e, posteriormente o Colégio do Espírito Santo em Braga, dos missionários franceses, seguindo, posteriormente, tal como o pai (juiz), para a formação em direito na Universidade de Coimbra. É nesta Lusa Atenas onde lhe nasce uma certa atração pelas questões e preocupações do social (influência do darwinismo social), associando-o ao vetor educativo/cultural da vida quotidiana das pessoas. Enveredando pela parte pedagógica, amplia a sua formação em Bruxelas (Universidade Nova - Escola Livre Internacional de Ensino Superior, a partir de 1902), conhecendo vários pedagogos e/ou psicopedagogos europeus, acabando por ser professor no Instituto de Altos Estudos (1904 - 1914), daquela universidade belga, lecionando a disciplina ‘Psicologia e Pedagogia’. Entre 1912-14 realizou em Biérges-Lez-Wawre (Bruxelas), uma experiência escolanovista, uma das mais perfeitas ‘escola nova do mundo’, ao intentar materializar o modelo proposto pelo Bureau International dês Écoles Nouvelles, aplicando 28 dos 30 caracteres definidos por aquele organismo. Imbuído pelos ideais pedagógicos da época (Decroly, Montessori, Dewey, W. James) e influenciado por Rousseau, Pestalozzi e Fröebel (e até Herbart), empenhou-se na expansão do Movimento da Escola Nova, que tinha em Genebra o seu núcleo mais ativo (Instituto Jean-Jacques Rousseau e a ‘Maison des Petit’), onde se destacavam as figuras de E. Claparède, A. Ferrière (Diretor do Bureau International) e P. Bovet. De facto, sem ser um político, mas sim um cientista do ‘social e do cultural’, considerava que o progresso e as reformas, em qualquer país, só se podiam fazer pela educação, no sentido de uma socialização e sociabilidade, com pessoal técnico qualificado, incluindo os professores e com uma orientação (pessoal, escolar profissional) no processo educativo dos educandos. Integrou as ‘Missões belgas’ de criação e renovação dos sistemas educativos, em regimes liberais de países na América Latina e, daí ter-se deslocado para Cuba (1915-17) e, posteriormente, para a Bolívia (1917-20), nessa divulgação das experiências da Escola Nova e dos ideais da pedagogia moderna, dedicando-se à organização das escolas normais de formação de professores, nesses países.
António Faria de Vasconcelos (1880-1939) foi abordado por vários estudos psico) pedagógicos, por exemplo: em 1969,a Revista Estudos de Castelo Branco publicou um Monográfico de artigos, com vários depoimentos de conterrâneos e amigos ao seu itinerário bibliográfico e análise à sua obra e pensamento; a Homenagem efetuada em Castelo Branco, por um grupo de cidadãos albicastrenses e Câmara Municipal, em 1980, com o descerrar de uma placa alusiva ao Centenário do seu Nascimento, na casa onde nasceu; a atribuição de uma rua com o seu nome onde está instalada a Escola Superior de Educação; a designação de uma Escola Básica com o seu nome, pertencente atualmente ao Agrupamento de Escola Nuno Álvares de Castelo Branco; etc. Como acesso e, posterior cedência, ao espólio documental com escritos inéditos, concedido pela esposa D. Celsa Camacho Quiroga, coube ao professor J. Ferreira Marques da Universidade de Lisboa, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (e de Azeredo Perdigão, amigo e companheiro de Faria de Vasconcelos na Seara Nova), realizar um trabalho meritório de investigação, ao analisar e recompilar os seus escritosem7 volumes, designados por ‘Obras Completas de Faria de Vasconcelos’, desde 1986 a 2012 (ordem cronológica de sistematização dos artigos e publicações dispersas do autor), constituindo um marco referencial histórico-documental e educativo de grande valor historiográfico. Nesse processo de resgate e de recolha do espólio, teve grande preponderância a ação do Instituto de História da Educação, atualmente inserido no Arquivo da Secretaria de Estado da Educação, com destaque para o papel e esforço de António Sampaio da Nóvoa ao constituir e elaborar esse arquivo, de modo a colocá-lo à disposição de investigadores e historiadores. Em 2015 o professor Carlos Meireles Coelho, da Universidade de Aveiro, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia traduziu e analisou, a obra ‘L’École Nouvelle en Belgique’ (1915), acrescentando um leque de anotações educativas, estando essa publicação disponível, em acesso aberto (E-book) à comunidade educativa
A prática de ensino supervisionada ocupa um tempo privilegiado na formação para o ensino da matemática, promovendo o desenvolvimento de competências associadas à profissão docente, mormente aquelas que serão indispensáveis para a formação de futuros cidadãos responsáveis, ativos e implicados na construção de uma sociedade da qual a matemática é parte indissociável. Para tal, a escola deve ser uma instituição aberta à comunidade, em sintonia com a realidade, renovadora, capaz de proporcionar bem-estar pessoal, físico e social aos jovens e prepará-los harmoniosamente para o futuro. Naturalmente que, se os estagiários não experienciarem situações de planificação, implementação e avaliação de percursos de ensino e aprendizagem e a construção de recursos didáticos ajustados ao ensino de conteúdos curriculares em contextos não-formais, fica dificultada a sua ação de futuros professores no sentido da abertura da escola à comunidade e ao meio envolvente. Com o estudo aqui apresentado, sustentado nas premissas e na problemática expostas, propusemo-nos desenvolver e avaliar uma estratégia formativa que proporcionasse aos nossos estagiários a oportunidade de se iniciarem no ensino da matemática, numa perspetiva integradora com outras áreas do currículo do 1.º CEB, na interação entre contextos formais e não-formais. Os resultados, suportados na análise das reflexões das futuras professoras e das opiniões das professoras cooperantes, sustentam uma avaliação muito positiva.
Este trabalho reporta um estudo desenvolvido no âmbito da formação contínua de educadores e professores com foco no desenvolvimento de uma ação de curta duração centrada na realização de uma atividade de trabalho experimental, integrando ciências naturais, matemática e arte, tomando como contexto uma obra do artista plástico Manuel Cargaleiro. Os conteúdos da atividade focaram a pavimentação do plano com figuras poligonais e fenómenos da interação da luz com a matéria, evidenciando as cores. A ação tem vindo a ser oferecida como oficina de trabalho em diversas situações. Impôs-se, pois, analisar qual o interesse que despertava nos formandos, tendo-se estabelecido como objetivo do estudo avaliar a ação de formação através das opiniões dos participantes. Adotou-se uma metodologia de índole descritiva, tendo os dados sido recolhidos através de notas de campo e de um questionário construído para o efeito, contemplando um conjunto de questões fechadas associadas a uma escala de Likert e uma questão aberta. A análise dos dados foi orientada por duas categorias de análise: (i) perspetivas do potencial da atividade para a aprendizagem das crianças/alunos; (ii) perspetiva de ensino dos docentes. Os resultados sustentam que os participantes avaliaram positivamente a ação, nomeadamente ao nível da compreensão da natureza do trabalho experimental, do contributo da atividade para gerar motivação e desenvolver capacidades de questionamento, testagem, interpretação de dados e experimentação. Na perspetiva do ensino dos docentes, as opiniões convergem para o reconhecimento da relevância da ação para a formação contínua, para a interação entre contextos de educação formal e não formal e a integração de áreas curriculares.
O pedagogo e psicólogo Faria de Vasconcelos (1880-1939) foi considerado um dos melhores da Europa (baluarte da Escola Nova), realizando imensos estudos experimentais de psicologia escolar e pedagogia. A publicação das Obras Completas de Faria de Vasconcelos pela Fundação Calouste Gulbenkian pelo professor J. Ferreira Marques (1986, 2000, 2009) constitui um contributo de inestimável valor para a cultura e pedagogia portuguesa. O método pedagógico defendido por Faria de Vasconcelos opunha-se ao enciclopedismo e aos princípios da escola tradicional e, por isso na sua ansia de transformar a educação num processo educativo ativo, centraliza os seus ideias nos interesses do aluno, que participa no seu próprio plano de desenvolvimento pessoal, social (profissional) para a autonomia com liberdade e responsabilidade. O conhecimento do aluno provinha da observação e da experiência, de modo a criar hábitos de trabalho, pensamento crítico e de procura científica. Faria de Vasconcelos atribui importância fundamental ao ambiente em que a educação se processa, ao meio em que o educando se desenvolve. Por isso insiste que o ensino deve provir da própria vida, a partir da realidade concreta, ligar-se ao mundo da experiência e da representação da criança, da maneira de ver infantil e dos interesses do aluno, que o educador deve respeitar as leis do desenvolvimento psicológico da infância. A libertação da criança é a palavra de ordem da pedagogia nova e inscreve-se na linha da emancipação geral do homem. Neste processo, Faria de Vasconcelos deposita confiança nos educandos, na aptidão para se formarem partindo deles mesmos (vocação) e no respeito pela sua natureza. Por isso defendeu a educação baseada nas tendências, usando «métodos ativos», uma educação genética e diferenciada. A educação é o centro das suas preocupações psicopedagógicas, sempre unida a interesses e compromissos políticos, num comportamento que nunca apresenta contornos partidários. Diga-se o que se disser deste pedagogista português, das suas ideias, das suas realizações, ou dos seus discursos pedagógicos, a verdade é que, da sua rica personalidade foram deixados traços marcantes na sua extensa obra escrita. Conhecedor invulgar do que a nível internacional se passava no campo da educação, desenvolveu entre nós uma intensa obra de divulgação dos novos ideais educativos e dos novos planos de ação didática e formação de professores.
Para além das iniciativas de eventos, publicações científicas e referências em enciclopédias ou dicionários nacionais e internacionais, etc. de faria de Vasconcelos, muitos investigadores e historiadores analisaram e interpretaram o seu pensamento, no âmbito histórico-educativo, psicopedagógico e filosófico-pedagógico, publicando alguns artigos científicos, por exemplo citamos: Aires Nunes Diniz, António Nóvoa, Carlos Meireles Coelho, Ernesto C. Martins, J. Ferreira Marques, José Marques Fernandes, Joaquim Ferreira Gomes9, Manuel Ferreira Patrício, Rogério Fernandes, Teresa Machado, entre muitos outros. Também foram realizados trabalhos académicos, em diversas universidades portuguesas, não tantos como se poderia prever (6 teses de mestrado e 3 doutoramentos, até ao momento), que fizeram manter alguma chama viva de interesse por este pedagogista da História da Educação ou História das Ideias Pedagógicas. Haverá que referir de forma pontual alguns certames científicos sobre o nosso escolanovista, muitos deles não temos conhecimento, mas destacamos, por exemplo, o Colóquio de 2013 no Museu Bernardino Machado de Famalicão, onde foi analisado pela palavra especializada dos professores António Nóvoa e de José Marques Fernandes.
António faria de Vasconcelos (1880-1939) promoveu muitas iniciativas pedagógicas e educativas, para além de várias publicações, referências em enciclopédias ou dicionários nacionais e internacionais, conferências, etc., de tal modo que muitos investigadores e historiadores da educação analisaram e interpretaram o pensamento deste escolanovista, no âmbito histórico-educativo, psicopedagógico e filosófico-pedagógico, através de artigos científicos, por exemplo citamos: Joaquim Ferreira Gomes, Rogério Fernandes, Manuel Ferreira Patrício, António Nóvoa, José Marques Fernandes, J. Ferreira Marques, Carlos Meireles Coelho, Ernesto C. Martins, entre muitos outros. Também foram realizados alguns trabalhos académicos, em diversas universidades portuguesas, não tantos como se poderia prever (6 teses de mestrado e 3 doutoramentos até ao momento), que fizerem manter alguma chama viva de interesse por este (psico) pedagogista da História da Educação ou História das Ideias Pedagógicas. Haverá que referir de forma pontual alguns certames científicos sobre o nosso escolanovista, dos quais não temos conhecimento, mas destacamos, por exemplo o colóquio de 2013 no Museu Bernardino Machado de Famalicão, onde foi analisado pela palavra especializada dos professores António Nóvoa e de José Marques Fernandes. Mesmo com todos esses estudos e iniciativas a sua cidade natal pouco fez para reconhecer e enaltecer esta grande figura da História da Educação e/ou da Psicologia em Portugal com uma dimensão europeia e latino-americana, na contemporaneidade
O nosso intuito de analisar a vida, a obra, a ação e o pensamento de António Sena Faria de Vasconcelos foi o de trazê-lo até aos nossos dias para analisar e refletir esta grande figura do campo da Pedagogia e da Psicologia. O nosso pedagogo escolanovista promoveu ao longo de todo o seu percurso de vida pelo assentamento da organização social e pela organização da educação (reforma do ensino), pela orientação profisisonal, ensino dos 'anormais', pela formaçãod e professores de forma científica, praxiológica e reflexiva, ou seja nas suas ações manifestou uma atitude científico-pedagógica e psicopedagógica, incluindo a ação de práticas científicas (pedagogia de ação).