Type

Data source

Date

Thumbnail

Search results

4 records were found.

A Modernidade apresentou o pensamento, as formas de vida, as manifestações éticas e estéticas, propostas culturais, etc. do liberalismo (económico) e sociedade burguesa, não sendo mais que uma estratégia do antigo regime para estar vigente. Neste sentido iremos refletir sobre a modernidade, desde do contexto da dita 'Pós-modernidade', relativamente à situação da filosofia (crise?) e a sua relação com as outras formas de interpretar a realidade (social, educativa) nas sociedades democráticas, em especial os problemas éticos. esta análise hermenêutica e analógica assenta em três aspetos: da 'ética da certeza e dever ser' à ética da incerteza e do relativismo, tendo em conta a 'genealogia moral' de Nietzche e a posição tomista da Enciclica de Leão XIII - Aeterni Patris; as mudanças no âmbito educativo e cultural produzidas pela globalização, mundialização e novas economias -sociedades avançadas, que ao gerarem novos fenómenos implicam novas estruturas sistémicas e uma nova cultura; o aumento do investimento científico-tecnológico e a crítica à modernidade com o aparecimento das novas tecnologias e a sua repercussão na educação e formação.
Assistimos a um momento histórico-educativo em que há necessidade de rever/reanalisar os instrumentos e os discursos pelos quais conhecemos e descrevemos/explicamos o 'educativo' ou a realidade educativa e/ou pedagógica, nos seus contextos, já que desde a ciência da complexidade existe uma conexão com a complexidade social. A teoria sociológica contemporânea analisou a realidade social desde perspetivas opostas (sistema; mundo de vida) originaram conceções, relações e argumentos (pré)predicativos. Acreditamos na educação como charneira do desenvolviemnto e da inovação para a formação do capital humano, produção de conhecimento e investimento no(s) saber(es). Hermenêuticamente assentamos os nossos argumentos (epistemológicos) nos novos referentes que surgiram e que implicam uma complexidade educativa (e social), fruto dos novos fenómenos, da identificação de novos atores e sujeitos coletivos, da diversidade cultural e étnica, da articulação do público e do privado, da irrupção do educativo fora do contexto formal, novas metodologias de análise nas ciências da educação, na mudança de paradigmas, dos impactos das novas tecnologias, etc. Asi, o nosso quadro conceptual norteia-se pela visão de N. Luhmann, das teorias dos sistemas sociais, da ciência da complexidade (E. Morin, Rosnay, Bhom) e da contingência e do enfoque sistémico da educação.
Este capítulo aborda o pensamento de J. Habermas, no contexto das Ciências Sociais e Humanas relativamente aos problemas centrais da Humanidade. A nossa análsie assenta em três ideias fundamentais sobre Habermas: A teoria da ação comunicativa - o agir comunicacional no ser humano; a defesa da exist~encia de uma esfera pública, na qual os cidadãos, livres do domínio político, podem expor e discutir as ideias - reflexão filosófica participativa; apreciação à ideia de qua as ciências naturais seguem uma lógica objetiva, enquanto as ciências humanas seguem uma lógica interpretativa. Em síntese o núcleo da nossa análise filosófica reside nos interesses do conhecimento, tendo em conta o conceito de 'interesses' do filósofo de Frankfurt.
É nossa intenção indagar sobre algumas questões educativas e pedagógicas existentes no contexto atual da globalização, da relação 'ciências-tecnologias-educação', da complexidade e incertezas sobre o educar do ser humano na base da função economicista e tecnológica em detrimento da vertente formativa humanista, axiológica e ética (convivência). Assim, o nosso argumento reflexivo norteia-se pela seguinte pergunta de partida: Que tipo de saber é o educativo? Esta questão insere-se no questionamento sobre o saber educativo 'dado' nas escolas, em que as bases teórico-prático em que construímos o conhecimento educativo e/ou pedagógico deve ser revista e/ou criticada, face às incertezes, complexidade, contingências e desordens das ideias na educação no âmbito da sociedade do conhecimento e globalização. Partimos a nossa análise hermenêutica na reconstrução (paradigma emergente) das ideias e teorias pedagógicas existentes, dando-lhe uma nova ordem adaptativa às exig~encias das situações de prática educativa/pedagógica e da formação humana (bildung).