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A Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE) dotada de impares condições paisagísticas, de recursos naturais únicos, repleta de cultura e historia, tornou-se uma região de lazer e de recreio muito apetecida. Observando o papel estratégico crucial que a actividade hoteleira detém na região e verificada a escassez de estudos de acompanhamento do desenvolvimento da actividade, visa a presente investigação contribuir para conhecer a realidade dos estabelecimentos hoteleiros de interesse para o turismo da RTSE. Deste modo pretende-se analisar os tipos de estratégias que estão a ser adoptadas nesta região, por este tipo de empresas, e identificar a existência (ou não) de grupos de empresas que prosseguem estratégias similares – grupos estratégicos. Para alcançar tais objectivos desenvolveu-se um estudo empírico, tendo por base as informações obtidas das análises estatísticas dos questionários realizados aos directores dos estabelecimentos hoteleiros de interesse para o turismo da RTSE. A análise dos componentes principais e a análise de clusters foram utilizadas na identificação dos grupos estratégicos. Os resultados das análises efectuadas permitiram concluir que os estabelecimentos hoteleiros seguem estratégias combinadas, em vez de uma estratégia específica. Foi possível detectar ainda a existência de diferentes grupos estratégicos, no qual utilizam estratégias competitivas similares. Deste processo resultou também, que as empresas pertencentes ao sector hoteleiro à semelhança das empresas de outros sectores, consideram que a estratégia assume um papel determinante para o sucesso da sua actividade.
O empreendedorismo tendo sido objeto de diversa literatura, bem como alvo de vários projetos na área, no sentido de promover o empreendedorismo enquanto pilar essencial para o desenvolvimento económico. Exemplo é o projeto GEM (Global Entrepreneurship Monitor), referência a nível mundial na monitorização das dinâmicas de Empreendedorismo no mundo, o qual estuda o papel do empreendedorismo enquanto fator de crescimento económico de países e nações e sugere políticas adequadas para que possam aumentar o seu nível da actividade de empreendedorismo. Recentemente, a literacia financeira tem vindo a preocupar as entidades públicas e privadas a nível internacional e nacional. No lado americano, a agência governamental GAO (Government Accountability Office) aponta vários estudos que convergem no facto de que a grande maioria dos adultos e estudantes desconhece conceitos básicos sobre economia, incluindo os riscos associados a cada opção de investimento, e sublinha que a pobre literacia financeira pode reduzir o bem-estar económico. Semelhantemente, a Comissão Europeia reconhece os benefícios da oferta de um nível adequado de educação financeira aos cidadãos de todas as idades e classes. Por seu turno, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) define que a “Literacia financeira é ter cidadãos instruídos e informados (…) para que possam tomar decisões económicas e financeiras fundamentadas (…) que contribuam para a sua qualidade de vida e para a estabilidade macroeconómica”. Destaca-se ainda, o estudo PISA (Programme of International Student Assessment) pela OCDE que testará a literacia financeira dos alunos de países, dando como exemplo que entre os 15 e os 18 anos a maioria dos jovens toma uma decisão financeira importante: investir ou não na educação em termos de ensino superior. Não será esta a primeira atitude empreendedora relevante para a maioria dos estudantes que optam por este investimento? O objectivo deste trabalho é, identificar factores que contribuam para a melhoria da eficácia das políticas/atividades públicas e privadas de incentivo às práticas de empreendedorismo, sendo dado especial ênfase ao papel da literacia financeira. Além de exemplos/exercícios, será apresentado um jogo de simulação que pretende desenvolver, em simultâneo, as duas competências: desenvolvimento de uma atitude criativa/empreendedora e aumento da literacia financeira do público-alvo.
Entendido, atualmente, como um quarto pilar da esfera de atuação da academia, a promoção do empreendedorismo tem sido prosseguida, em diferentes contextos institucionais, de modos também diversos, havendo já uma vasta literatura da especialidade sobre esta matéria. O artigo parte da abordagem que os desafios da moderna sociedade e economia do conhecimento colocam às instituições de ensino superior, apoiando se no conceito de universidade empreendedora como quadro de referência analítico para o estudo de caso que é apresentado. A análise empírica centra se nas respostas que, a diversos níveis, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), vem dando, desde há cerca de uma década, a este novo desafio que é colocado às instituições de ensino superior. Uma particular atenção é prestada ao Poliempreende, um concurso de projetos de vocação empresarial que teve génese, precisamente, no IPCB e que, atualmente, adquiriu uma expressão nacional. A esse propósito são analisadas algumas das principais questões que essa aposta originou no seio da academia, nomeadamente em termos organizacionais e de participação docente e discente. Face a esse trajeto e à experiência adquirida, o artigo conclui com uma série de sugestões relativas a possíveis linhas de intervenção de maior nível de eficácia na promoção do empreendedorismo de génese académica.
O presente artigo analisa as dimensões territoriais dos processos de inovação no quadro do sector têxtil-confecções do Arco Urbano do Centro Interior. A primeira parte do artigo sustenta que o papel dos mecanismos territoriais de aprendizagem é de importância estratégica na promoção do potencial regional de inovação. As investigação no âmbito das políticas regionais contemporâneas permitem argumentar que a competitividade empresarial e territorial de longo-prazo tem menos a ver com a tradicional optimização na alocação dos factores e a eficiência de custos, e mais com o alargamento da respectiva base cognitiva. Os resultados empíricos são demonstrativos da incipiente base interactiva entre os actores que corporizam o sistema regional de inovação, uma situação que se traduz na debilidade dos laços de territorialização das dinâmicas de inovação prevalecentes nas empresas têxteis e de confecções inquiridas. Os empresários confundem estratégias de modernização com estratégias de inovação e, neste quadro, o perfil inovador prevalecente é de padrão imitativo, incremental e estimulado exogenamente.
Nesta comunicação pretendemos realizar uma abordagem sobre a evolução das políticas consagradas ao fomento da inovação, enquadrando-as historicamente no contexto de uma progressiva maturação e transformação quer das políticas científicas, quer das políticas tecnológicas precedentes. O nosso quadro argumentativo vai no sentido de sustentar que a actual política de inovação se projecta numa cada vez mais importante dimensão regional e, convergentemente, a moderna política regional envolve, também, vectores associados ao fomento das dinâmicas de inovação, de tal modo que, no plano operacional, e mesmo ao nível do respectivo enquadramento conceptual, existe uma clara tendência de aproximação e, até, por vezes, de fusão, entre estas duas políticas de animação económica que valorizam, sobretudo, o chamado software do desenvolvimento.