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Na região da mina de Fonte Santa, ocorrem filões de quartzo mineralizados em W, com scheelite, que cortam os quartzitos do Ordovícico Inferior e um granito moscovítico, que se relaciona com a zona de cisalhamento esquerda de Moncorvo-Bemposta. Alguns filões com scheelite têm quartzo recristalizado e brechificado e sulfuretos, tendo sido explorados para W entre 1942 e 1982. As escombreiras associadas às explorações mineiras ocorrem dispersas pela área sem cobertura vegetal significativa, ficando expostas aos diversos agentes atmosféricos. Após o seu encerramento foram realizados trabalhos de reconversão ambiental na região, em finais de 2007, na sequência do desabamento de terras na barragem de finos da mina, que ocorreu em finais de 2006.
Os filões de quartzo com scheelite da mina da Fonte Santa atravessam a formação do Quartzito Armoricano, do Ordovícico Inferior. A mineralização é de tipo “stockwork”, ocorre associada ao leucogranito sin-F3, da Fonte Santa, que aflora a 250 m a Sul do jazigo e relaciona-se com a zona de cisalhamento Moncorvo-Bemposta (Silva e Pereira, 2001). O leucogranito é de grão médio a fino, moscovítico, com foliação N80ºW, subvertical. Possui quartzo, microclina, albite, moscovite, turmalina, silimanite, zircão, apatite, e ilmenite. As amostras alteradas com microclinização e moscovitização intensa contêm clorite, columbite-tantalite, volframite, ixiolite rica em W e óxidos de ferro. É um granito peraluminoso, do tipo S, muito evoluído e estanífero com Sn > 44ppm (Silva, 2000). Alguns filões têm quartzo parcialmente recristalizado, por vezes brechóide, impregnado de sulfuretos preenchendo microfissuras e fracturas. A paragénese dos filões é constituída por quartzo, moscovite, clorite, turmalina, scheelite, pirrotite, pirite, esfalerite, calcopirite, galena, óxidos de ferro, sulfatos de Fe e fosfatos de Pb, Fe e Al. A mina da Fonte Santa foi explorada para W entre 1942 e 1982 (Triede, 2002). As águas associadas à mina da Fonte Santa, são pouco mineralizadas, com condutividade específica < 150 μS/cm, de tipo misto, bicarbonatadas ou sulfatadas. A maioria dos valores de pH (5.0 e 9.2) indicam que não há uma drenagem ácida significativa na região, tal como encontrado noutros locais (e.g., Antunes et al., 2002). Os valores mais ácidos (pH: 3.4-3.5) foram encontrados na lagoa da mina.
A deformação Varisca está na origem da maioria das rochas granitóides da zona Centro Ibérica (ZCI). O magmatismo Ordovícico é raro na ZCI, tendo sido encontrados novos dados geocronológicospara rochas granitóides atribuindo-lhes uma implantação no Ordovício Inferior. Na área de Oledo-Castelo Branco ocorrem dois plutões, contactando lateralmente de idades e características geoquímicas distintas.