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Padre Américo (1887-1956) foi uma figura sublime, “um Perdido’ pelos outros seres humanos mais débeis, ‘um revolucionário pacífico’, um ‘despertador de consciências’, um ‘apóstolo social’, um educador de rua, um educador social. Reconhecemos, logo de entrada, que nas iniciais do seu nime descobrimos o imperativo categórico das suas acções – AMA (Américo Monteiro de Aguiar), constituído como um espírito encarnado, imbuído na caridade evangélica e de humanismo social cristão. Foi um ‘ser-no-mundo’, um ser passível de amar os seres humanos em situação-limite de existência, dando-lhes carinho, amor e dignidade como ‘pessoas’
Efectivamente, há no P.e Américo uma ‘filosofia’ voltada para uma realidade existencial humana e para o individual (o pobre, o doente, o indigente, a criança) e que conflui com a sua vivência religiosa (espiritualidade activa). A Obra da Rua é essa floração do sentimento pelos’ outros’. Daí que o seu pensamento se apresenta como acção humana no contexto intracultural, em que esse filosofar assistemático e sem formalismo de linguagem é o seu modo de agir, dependente das relações que estabelece na realidade social. Bastava-lhe o Evangelho para encontrar nele a riqueza para actuar, coisa que os filósofos e os teólogos não pressentiam. Foi por esse facto que toma consciência da sua missão social, quando o Bispo de Coimbra, vendo que não servia para mais nada, o manda tratar dos pobres e doentes.