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As situações de indisciplina escolar constituem um desafio pedagógico atual para a prática pedagógica do professor, não só pelos sentimentos que geram (stresse, inquietação, ansiedade, angústia, impotência), mas também porque coloca no desempenho das funções docentes a procura de respostas e estratégias para as atenuar. Este texto consiste num estudo de caso, na perspetiva da investigação-ação do paradigma educacional (aplicação do Plano de Intervenção), no âmbito da metodologia qualitativa. Analisámos dois alunos considerados indisciplinados (aluno A – Carlos e aluno B – Rafael) no contexto escolar (turma do 4.º ano do 1.º CEB) de uma escola da cidade de Castelo Branco, durante o ano letivo 2012/13. Pretendemos identificar as causas/motivos que levam esses alunos a cometerem atos de indisciplina, além de analisarmos a influência que têm esses atos no seu rendimento escolar. Estabelecemos observações a situações concretas, visando possíveis linhas orientadoras de ação para prevenir ou resolver situações de indisciplina, desrespeito, desobediência ou incumprimento de normas na sala de aula, com os seguintes objetivos: compreender a indisciplina escolar em dois alunos do 1.º CEB; verificar as condutas mais frequentes de indisciplina ou incumprimento das normas; analisar os comportamentos de indisciplina desses dois alunos.
O estudo integra-se no ‘Projeto de Inteligência Emocional em alunos do 1.º CEB na região de Castelo Branco ’ da prática de um programa sobre a educação das emoções. Nessa aplicação detetamos casos de indisciplina, agressões (físicas, verbais) e desrespeito pelas normas disciplinares nos alunos nos espaços escolares e quisemos desenvolver numa escola urbana de Castelo Branco (2012- 13), um programa de intervenção de animação no recreio (atividades lúdicas organizadas). Fizemos inicialmente registos observacionais que demonstraram, que é no recreio que ocorre maior número de situações de indisciplina entre os alunos. Numa perspetiva de paradigma interpretativo, utilizamos questionários (alunos, professores, assistentes operacionais), observações (naturais, sistemáticas e participantes), notas de campo e a triangulação de dados e metodologias. A intervenção de um programa de animação no recreio durante o semestre foi muito positiva (avaliação das atividades), na organização em grupos e na diversidade das atividades/jogos realizadas, que implicaram uma melhoria nas relações e convivência escolar, evitando-se situações de indisciplina ou incumprimento de regras. Os motivos que levaram os alunos a ter alguns comportamentos agressivos foram devidos a conflitos relacionados com a ordem de jogar e o incumprimento das regras. A gestão e conhecimento das emoções e a compreensão dos outros permitiram aos alunos compreenderem as suas reações e a dos outros, quando brincam e jogam na escola.