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Na sociedade do presente e do futuro, novos são os desafios no diálogo idoso-tecnologia. O idoso assume uma consciência reflexiva que propicia a adaptação e desempenho de novos papéis e a (re)definição da sua atitude, na lógica da compreensão dos mecanismos que lhe permitirão assegurar “uma caminhada” mais saudável e feliz. O envelhecimento da população e a difusão das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) fazem parte da realidade de diversas regiões do mundo. Neste contexto, surge a presente investigação, que teve como objetivo geral identificar os fatores socioculturais que influenciam a opção pela aprendizagem das TIC, em populações 50+, e conhecer os impactos desta aprendizagem no Bem-estar, ao longo do processo de envelhecimento. Foi realizado um estudo misto de carácter quantitativo/qualitativo, envolvendo uma amostra de 374 participantes que responderam a um questionário e 5 diretores de 5 universidades seniores do distrito de Castelo Branco, Portugal, que foram entrevistados através de entrevista semiestruturada. Os resultados vieram demonstrar que os fatores que explicam a escolha da aprendizagem das TIC incluem a necessidade de atualização de conhecimentos, estar ativo intelectualmente e utilizar com mais facilidade o computador. Os impactos no Bem-estar mental incidem no estímulo da memória, nas aptidões intelectuais e no raciocínio; no Bem-estar social incidem na comunicação, na participação na sociedade digital e na relação entre inclusão digital e social. Em termos conclusivos, as pessoas idosas têm uma visão maioritariamente positiva sobre o uso das TIC, porque contribui para uma participação mais consistente e com efeitos globalmente benéficos sobre o seu Bem-estar, havendo, no entanto, algumas dificuldades na utilização das ferramentas digitais por parte deste segmento populacional. O contexto social influencia a forma como a pessoa idosa lida com as TIC, podendo suprir a ausência física de pessoas mais próximas e aumentar a comunicação dentro e/ou fora do ambiente familiar, reforçando relações intergeracionais.
As tecnologias digitais têm vindo a tornar-se omnipresentes nas mais variadas áreas e atividades. As aplicações digitais ou Apps têm-se revelado muito acessíveis e polivalentes. No entanto, as redes sociais digitais continuam a ser muito populares por permitirem promover espaços de diálogo onde se fomentam as relações interpessoais e se reduz o isolamento. A literatura tem evidenciado as potencialidades das tecnologias digitais na promoção de melhorias no processo de envelhecimento. Este artigo pretende mostrar os resultados de investigações realizadas com idosos com 50+ anos, que frequentam a Universidade Sénior Albicastrense, onde se tem utilizado as tecnologias digitais nos domínios cognitivo, motor e socio-afetivo. As investigações foram de caráter qualitativo no âmbito de um estudo exploratório. Uma das investigações realizadas utilizou o Facebook com o objetivo de averiguar o impacto ao nível do isolamento e relações interpessoais. Outra investigação fez uso das AppsNeuronation e Peak, tendo em vista a promoção de estímulos e treino cognitivo. Os resultados indiciam que os idosos que utilizam o Facebook podem ter um melhor envelhecimento ativo, pelo incremento nas relações interpessoais e redução do isolamento. Também ficou demonstrado que o uso de Apps pode constituir uma boa opção para a estimulação e o treino cognitivo, contribuindo para a prevenção de potenciais demências.
Uma sociedade digital, inclusiva e orientada para o cidadão com oportunidades para todos tem que oferecer as competências para enfrentar os desafios da transição digital. Esta mudança exige políticas específicas de base territorial que privilegiem a diversidade e especificidade geográfica dos seus contextos e populações. É neste sentido que o projeto PerSoParAge pretendeu contribuir apresentando propostas, tendo em vista a definição de políticas territoriais para a inclusão e literacia digital dos territórios envelhecidos do interior do país. A análise do território do interior de Portugal foi realizada com base em métodos quantitativos e qualitativos, através de inquérito por questionário acerca da utilização das TIC aplicado à população com mais de 55 anos dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Portalegre. A amostra compreendeu 408 indivíduos e os dados foram alvo de análise estatística descritiva e análise de conteúdo. Os resultados indicam que as populações mais envelhecidas, com baixo nível de escolaridade e residentes em zonas rurais, têm dificuldades de acesso às redes digitais, reduzida utilização de dispositivos tecnológicos e da internet, bem como níveis significativos de exclusão e iliteracia digital. Urge investir a nível digital nos territórios do interior do país, desenvolvendo-os, e nas pessoas mais envelhecidas, capacitando-as e incluindo-as digitalmente.