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Os atuais documentos de orientação curricular para o Ensino Básico incluem o pensamento computacional como uma das capacidades matemáticas a desenvolver. Trata-se de uma novidade curricular em Portugal que acompanha tendências internacionais ancoradas na assunção da premência de dotar os cidadãos de ferramentas e competências cruciais para enfrentar os desafios e a complexidade que marcam o século XXI. Estes aspetos, também associados ao incremento do uso de ferramentas computacionais, estão refletidos no quadro do PISA 2022 no qual se assume que os jovens devem possuir e evidenciar capacidades de pensamento computacional na resolução de problemas em matemática. Neste trabalho apresentamos uma ação de formação desenvolvida com professores de matemática em que pretendemos evidenciar a relação entre pensamento computacional e resolução de problemas, através da apresentação, exploração e discussão de tarefas que mobilizem práticas associadas ao pensamento computacional, contemplando, se relevante, o recurso a tecnologias digitais.
As atuais orientações curriculares para o ensino da estatística na educação básica preconizam estratégias de ensino e aprendizagem que promovam a análise exploratória de dados através de tarefas de índole investigativa, bem como do recurso a tecnologias digitais que apoiem o tratamento de informação estatística e a análise da situação em estudo. Destaca-se, em particular, o valor de uma abordagem que enfatize as relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, nomeadamente através da escolha de temáticas centradas em questões sociais e científicas relevantes, relacionadas com a vida pessoal e escolar dos alunos, que apoiem abordagens interdisciplinares e, especialmente, uma aprendizagem matemática com significado. O workshop que aqui se apresenta tem como objetivos: desenvolver um ciclo de investigação estatística (tomando como ponto de partida a formulação de um problema a ser resolvido através de procedimentos estatísticos e com recurso a tecnologia); e refletir sobre o valor e limitações do uso de tecnologias. Pela importância da água para a vida humana e pelo caráter interdisciplinar do tema no Ensino Básico, a água é a temática da qual emergirá a questão a partir da qual a sessão se organiza. Em termos de tecnologias digitais, privilegia-se o uso de folha de cálculo e de Applets (App) de uso livre, disponíveis on-line.
O recurso ao património artístico local proporciona um novo foco de atenção para o desenvolvimento de tarefas em que o questionamento constitua o ponto de partida para a atividade do aluno e cuja resolução envolva desafio mental, físico e afetivo, favorecendo a compreensão concetual e a integração das áreas curriculares. Neste pressuposto, a exploração de tarefas de investigação através da metodologia de trabalho experimental permite desenvolver conhecimentos e mobilizar capacidades processuais básicas como prever, planear, testar as previsões, observar, registar, argumentar, elaborar conclusões.... Tal impõe a identificação prévia de um contexto a explorar que favoreça a formulação de questões-problema. A oficina de formação contínua que aqui se apresenta desenvolve-se a partir da análise de um dos quadros de Manuel Cargaleiro marcado pela geometrização da tela e pela profusão de cores que a luz transforma. Da chuva de ideias desencadeada pela apreciação da obra e seus efeitos estéticos resultam várias questões-problema. Apresentam-se duas, uma centrada na pavimentação do plano com quadriláteros e a outra na relação da cor dos objetos com a luz. A obtenção de resposta às duas questões, percorrendo as várias etapas do trabalho experimental, culmina com a obtenção de uma composição plástica que releva as conexões da matemática com as ciências e a arte.
A geometria é um domínio curricular genuinamente presente em situações quotidianas, sociais e culturais e que tem um papel central no desenvolvimento de processos cognitivos característicos da atividade matemática. Não obstante, as práticas de ensino tendem a seguir uma abordagem tradicional, pouco exploratória e pobre em conexões, intra e extra-matemáticas, que relegam, com frequência, a geometria e o raciocínio espacial para segundo plano, dando prioridade aos números e operações aritméticas. A investigação destaca que a educação em contextos não formais, quando articulada com o trabalho em sala de aula, pode favorecer a diversificação das metodologias de ensino, potenciando aprendizagens ativas, significativas, integradas e socializadoras, e, simultaneamente, conduzindo a uma maior motivação e cooperação na realização de atividades. Os resultados da investigação nesta temática têm vindo a evidenciar a relevância educativa de contextos do meio próximo da escola/cidade, nos quais se enquadram, por exemplo, museus, exposições ou elementos do património natural e edificado. Partindo de orientações curriculares atuais para o ensino da matemática/geometria e ancorados nos princípios da Educação Matemática Realista e no modelo de pensamento geométrico de van Hiele, propomo-nos, com base numa revisão de literatura sobre as problemáticas acima referidas: discutir o papel e o valor da interação da escola com contextos do meio local para o ensino- aprendizagem da matemática; apresentar e analisar experiências didáticas desenvolvidas na interação entre contextos formais e não-formais propiciadas pela participação em visitas de estudo ou em trilhos matemáticos levados a efeito em espaços exteriores à escola.