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O leite, substância obtida a partir da ordenha de fêmeas bovinas, tem características perfeitamente definidas, estando desde há muitos séculos intimamente relacionado com a alimentação humana. Excluem-se todas as substâncias segregadas pela a glândula mamária que, por qualquer motivo, não apresentem as características físico-químicas, bromatológicas e higiénicas que se exigem para o leite. Estas, serão consideradas por nós como subprodutos da ordenha. Podemos incluir neste grupo o colostro e o leite colostral, o leite de vacas mamíticas e/ou tratadas com antibióticos, substâncias que se diferenciam do verdadeiro leite pelas suas características e pelo seu significado biológico. Se é importante o valor económico destes subprodutos da ordenha, muito maior é o seu valor biológico. Esta afirmação leva-nos a pensar no enorme, desperdício que rejeitar estes subprodutos, pois há vantagens na sua utilização como alimento líquido. Estas substâncias dão um valor marginal ao negócio do leite, uma vez que incidem directamente na produção de gado bovino leiteiro. Há alguns anos que os investigadores se vêm debruçando sobre sistemas de aleitamento que possam diminuir as despesas com a mão de obra. Citam-se como exemplos o desmamar mais cedo, fornecer leite de substituição uma vez por dia e suprimir a refeição líquida aos domingos. A utilização dos subprodutos da ordenha, nomeadamente o excesso de colostro, como alimento líquido substituto do leite materno, aliado ao desmame precoce aos 28 dias de vida, são duas técnicas que poderão tornar mais económica esta fase da vida de um vitelo.
Foi realizado um estudo sobre a brucelose em suínos no distrito de Castelo Branco. De 1920 sangues colhidos no matadouro, 4,3 % dos soros foram positivos no teste do Rosa Bengala, enquanto apenas 0,68 % apresentaram títulos positivos (1+ ou mais na diluição 1:8) ao teste da Fixação do Complemento. Nenhum soro foi classificado como positivo no teste de Aglutinação Lenta em Tubo. Foram colhidos amostras de orgãos em 202 animais, 122 reprodutores e 80 suínos de engorda, não tendo sido isolada Brucella em nenhuma das amostras. Num inquérito às suiniculturas, foi possível estabelecer alguns indicadores necessários a estudos futuros sobre os diferentes agentes etiológicos que perturbam o normal funcionamento das explorações da região em causa. Igualmente se reconhece a existência de alguns factores que podem tornar possível o estabelecimento da infecção brucélica nos suínos, sobretudo em explorações de carácter caseiro.
A presente investigação, sobre a brucelose nos pequenos ruminantes, decorreu na área de intervenção da Organização de Produtores Pecuários do distrito de Castelo Branco (OVIBEIRA). Foi construída uma base de dados acoplada a um sistema de informação geográfico para avaliar o Programa de Erradicação da Brucelose nos Pequenos Ruminantes, no quinquénio 1994 - 1999. A análise preliminar, detectou deficiências no registo e na comunicação de dados, nomeadamente na identificação de Produtores e de animais. A análise espaço-temporal, identificou um agregado-mais provável de casos de brucelose, que engloba o concelho de Idanha-a-Nova - exceptuando as freguesias de Penha Garcia e de Monfortinho - e as freguesias do concelho de Castelo Branco adjacentes ao concelho de Idanha-a-Nova. Foi avaliada a estratégia de utilização dos testes serológicos e a metodologia de certificação do estatuto sanitário dos rebanhos. Um estudo observacional retrospectivo, identificou os principais factores de risco que contribuem para a ocorrência e/ou a perpetuação da infecção brucélica: compra de fêmeas; partos em Março; separação de fêmeas no parto e presença de cães. A obtenção do estatuto de zona geográfica indemne de brucelose, dependerá da melhoria dos sistemas informativos, dos critérios que fundamentam a certificação sanitária, do maneio dos rebanhos e da dinâmica futura de educação sanitária dos Produtores