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Poucas são as investigações sobre questões relacionadas com a história da infância desvalida, delinquente, inadaptada, desamparada ou abandonada em Portugal, na perspectiva educativa ou sócio-pedagógica. Até agora os historiadores da educação não tiveram demasiado interesse por este colectivo marginalizado da sociedade. O nosso estudo insere-se na perspectiva histórico-educativa abordando, desde os finais do século XIX e durante a 1ª República Portuguesa (1910-1926), a criança em circunstâncias de abandono, de delinquência e de marginalidade por parte da família ou tutores e da própria sociedade.
O estudo, de âmbito teórico e no contexto português, aponta para a importância das relações entre a escola, a comunidade e a autarquia (parcerias e partenariado), como vetor do desenvolvimento e da inovação. Para isso, deve-se partir da construção real de práticas de cooperação entre as comunidades locais e as instituições sociais e educativas, numa partilha de iniciativas e de projetos comuns com a escola (projeto educativo). A constituição
de comunidades territoriais de educação é uma forma de desenvolver os valores e manter as tradições, o património ambiental, cultural e artístico, a promoção dos recursos e das sinergias, com o objetivo de um desenvolvimento em rede, de uma cidadania europeia e para o intercâmbio de proximidade. O autor estruturou o estudo em quatro pontos. No primeiro aborda as parcerias entre a escola e a comunidade local, destacando o signifi cado de parceria e o papel do partenariado na realidade educativa portuguesa. No segundo ponto explica-se a relação interativa entre parceria, participação e poder local. No terceiro ponto analisam se as lógicas e as dinâmicas de parceria “educação – escola” e, no último ponto a parceria “escola – autarquia”, de modo a promover a participação dos atores educativos, da escola e da comunidade.