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O envelhecimento do tecido empresarial agrícola é, normalmente, apontado como um estrangulamento à modernização e reconversão das explorações agrícolas. A definição e implementação de políticas de apoio à instalação de jovens agricultores é um dos vectores possíveis para contrariar esta tend6ncia de envelhecimento que se verifica na maioria dos países europeus. Em Portugal as políticas de apoio à instalação e ao investimento de jovens agricultores iniciaram-se em 1986, com a entrada na (então) Comunidade Económica Europeia e foram postas em prática através dos mecanismos previstos na PAC. Contrariamente, noutros países, nomeadamente em França sempre existiu uma política nacional que, conjugada com a PAC tem permitido uma elevada taxa de instalação de jovens agricultores e contribuído, decisivamente, para o rejuvenescimento da população agrícola com a consequente dinâmica inerente a este facto. Nesta comunicação pretendemos analisar três modelos de políticas de apoio a jovens agricultores que são os utilizados em Portugal, Espanha e França. Proceder-se-á a uma análise comparativa das políticas, evidenciando os principais instrumentos de apoio, no respeitante aos aspectos formativos, informativos, estruturais e financeiros.
Esta comunicação resulta de um estudo efectuado no ano 2000 por uma equipa constituída por técnicos da empresa “Espaço e Desenvolvimento” e do Instituto Politécnico de Castelo Branco e intitulado “Potencialidades de Desenvolvimento de Concelhos da Zona da Serra da Estrela”. Nessa equipa fomos responsáveis pela análise sectorial respeitante ao agro-alimentar. No que respeita ao âmbito geográfico, foram analisados cinco concelhos da zona da Serra da Estrela – Belmonte, Covilhã, Manteigas, Seia e Gouveia – concelhos estes que apresentam um conjunto de especificidades, onde se destaca a sua forte ligação à Serra, que lhes conferem um carácter de continuidade socio-económica o que justificou a sua análise conjunta. Relativamente ao sector agro-alimentar efectuou-se um estudo diagnóstico que permitiu a detecção das potencialidades e fragilidades que este sector apresenta na zona em estudo; posteriormente são dadas pistas no sentido de potenciar o seu desenvolvimento.
A competitividade regional refere-se à capacidade de uma região para implementar e manter um ambiente económico que permita, de modo sustentado, criar valor para as empresas e proporcionar um elevado nível de vida para a população; depende, não só da competitividade das empresas locais mas, fundamentalmente, do ambiente empresarial que a região propicia. Para a criação deste ambiente empresarial concorrem numerosos factores, como por exemplo, a dotação regional de recursos, a qualificação do capital humano, a existência de serviços de apoio às empresas, o estabelecimento de redes de cooperação entre actores regionais e, fundamentalmente, a dinâmica de inovação. Os modelos de inovação territorial permitem materializar a relação entre o território/região e a sua capacidade de criação de conhecimento, aproveitamento das oportunidades de inovação e sua consequente difusão. Nesta investigação pretendeu-se analisar o desempenho inovador da região NUT III Beira Interior Sul (constituída pelos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão) através da aplicação do modelo da Tripla Hélice. Através desta aplicação foi possível identificar e caracterizar os actores regionais que constituem o modelo, bem como as instituições de interface que resultaram do estabelecimento de redes organizacionais entre os actores regionais individuais. As actividades já desenvolvidas e os projectos que estão a ser concluídos permitem inferir sobre o impacto positivo da Tripla Hélice na competitividade regional e considerá-la como o embrião de um futuro sistema regional de inovação.
O estabelecimento de uma metodologia de avaliação de projectos pretende fazer face à necessidade de escolher, entre projectos alternativos, aquele que garante a melhor utilização dos escassos recursos produtivos, ou seja, aquele que mais contribui para a realização dos objectivos de desenvolvimento. A não existência de uma metodologia única e universalmente aceite conduziu-nos ao estudo detalhado das metodologias mais utilizadas na avaliação económica e social de projectos. A par desta análise será feita uma crítica à aplicabilidade de cada uma na avaliação de projectos integrados em programas de desenvolvimento regional. Finalmente, iremos propor alguns indicadores que nos parecem os mais relevantes na avaliação de um projecto concreto no contexto da estratégia de desenvolvimento definida para a zona onde este se insere.
A motorização da agricultura foi, em conjunto com a revolução biológica, um dos pilares do desenvolvimento agrícola. A introdução da máquina na agricultura, permitiu por um lado, a libertação de mão de obra agrícola que foi, em parte, canalizada para outros sectores produtivos, tendo os restantes activos recorrido à emigração e, por outro lado, tornou possível a realização mais rápida e mais perfeita de certas tarefas agrícolas. No entanto, a motorização da agricultura não pode ser uma simples transferência tecnológica entre as fábricas e as empresas agrícolas; para que a máquina proporcione ao agricultor acréscimos no rendimento, é necessário um critério rigoroso na escolha da máquina que melhor se adapta às características da exploração e ga¬rantir que a utilização se processe em moldes racionais.
O sector agroalimentar representa uma das fileiras estratégicas para a dinamização da economia nacional. Nos últimos anos tem-se assistido a uma alteração no perfil das empresas agroalimentares: a preocupação com a qualidade da matéria-prima, a diferenciação do produto, a aposta no design e na marca e a internacionalização, constituem, os principais elementos de diferenciação face ao perfil tradicional. Nesta comunicação, utilizando como instrumento metodológico o modelo do Diamante de Porter proceder-se-á à análise dos fatores de competitividade e serão discutidos os vetores sobre os quais deve assentar a construção das vantagens competitivas do sector agroalimentar em Portugal.
Os programas operacionais de desenvolvimento regional.
Política de qualidade e competitividade dos produtos agrícolas portugueses.
A utilização de programas de desenvolvimento regional como instrumentos de política económica acentuou-se após a data da adesão de Portugal à União Europeia, tendo-se assistido à progressiva implementação de programas específicos sectoriais e regionais. A recente reforma dos fundos estruturais e a criação do fundo de coesão, principais fontes de financiamento destes programas, veio obrigar a uma maior concentração das dotações orçamentais nas zonas mais deprimidas e à sua utilização mais racional, de modo a aumentar a eficácia da sua intervenção. A atenuação dos desiquilíbrios regionais (principal objectivo da política regional da União Europeia) vai implicar uma coordenação das políticas e instrumentos financeiros, nacionais e comunitários. Assim, os financiamentos serão canalizados, prioritariamente, para acções integradas em programas de desenvolvimento regional. A concretização de uma estratégia de desenvolvimento é feita através da implementação de projectos, que se enquadrem no referencial subjacente ao modelo de desenvolvimento adoptado. A existência de projectos alternativos visando o mesmo fim, aliada à escassez de recursos produtivos, implica a adopção de uma técnica de apoio à decisão que permita seleccionar a opção mais adequada à consecução dos objectivos de desenvolvimento pré-definidos. A multiplicidade de objectivos a atender no planeamento regional, "a natureza, por vezes conflitual das suas inter-relações" (Avillez, 1984) e as imprecisões na definição dos custos e benefícios sociais de um projecto, dificulta, senão impossibilita, o estabelecimento de uma metodologia de avaliação objectiva e de aplicação universal. "Como consequência surgiram, na prática, uma multiplicidade de métodos e critérios de avaliação, que correspondem a formas diferentes de tentar superar as insuficiências da teoria" (Barata, 1987). Seguidamente iremos abordar as principais metodologias utilizadas.
Assumindo que a localização é uma fonte de competitividade empresarial isso significa que não se pode dissociar a empresa da região onde ela se insere. Deste modo, há que perceber quais são os factores de atractividade que uma região pode oferecer para que as empresas aí se instalem e de que modo esses factores podem (ou não) ser acentuados pela actividade conjunta de todos os actores regionais. Quer isto dizer que as unidades territoriais (região, país, região supranacional) competem entre si, rivalizam na oferta de condições para captação de investimento, instalação de novas empresas e atracção de recursos humanos qualificados (entre outros factores); as regiões são distintas devido à sua localização a qual resulta em diferentes condições de acesso aos mercados; porque proporcionam diferentes condições para as actividades humanas; porque possuem recursos naturais específicos e não replicáveis. Neste contexto, levanta-se a seguinte questão de investigação: como surge e se aprofunda a capacidade ou habilidade para atrair empresas e como se garante a sua sustentabilidade? A presente comunicação tem como objectivo contribuir para a resposta desta questão.
A competitividade regional refere-se à capacidade de uma região para implementar e manter um ambiente económico que permita, de modo sustentado, criar valor para as empresas e proporcionar um elevado nível de vida para a população; depende, não só da competitividade das empresas locais mas, fundamentalmente, do ambiente empresarial que a região propicia. Os modelos de inovação territorial permitem materializar a relação entre o território/região e a sua capacidade de criação de conhecimento, aproveitamento das oportunidades de inovação e sua consequente difusão. Nesta comunicação pretendeu-se analisar o desempenho inovador da região NUT III Beira Interior Sul, através da aplicação do modelo da Tripla Hélice. Assim, mediante uma metodologia qualitativa, com recurso á entrevista e a dados secundários, foi possível identificar e caracterizar os actores regionais que constituem o modelo bem como as instituições de interface que resultaram do estabelecimento de redes organizacionais entre os actores individuais. As actividades já desenvolvidas e os projectos que estão a ser concluídos permitem inferir sobre o impacto positivo da Tripla Hélice na competitividade regional e considerá-la como o embrião de um futuro sistema regional de inovação.
Esta comunicação insere-se no âmbito do projecto Agro nº800 “ Rede Nacional para a Conservação e Utilização de Plantas Aromáticas e Medicinais “ e pretende analisar a fileira PAM em Portugal com o objectivo de conhecer os agentes intervenientes nesta fileira, as operações técnicas realizadas, o grau de integração entre agentes, a organização interna e articulação com o exterior. Neste sentido foram efectuados inquéritos a produtores, distribuidores e transformadores de PAM e seus derivados. Relativamente aos produtores interessou-nos saber que espécies produziam, qual o peso da produção PAM na produção total, preços praticados e modalidades de escoamento da produção, nomeadamente a existência de vínculos contratuais a juzante. No sector da distribuição tentou-se analisar as quantidades e preços dos produtos transaccionados bem como as operações físicas e tecnológicas desenvolvidas por este sector e, ainda, a organização dos sistemas de comercialização e distribuição. Com o inquérito aos transformadores pretendia-se obter informações sobre a facilidade de abastecimento em matéria prima, as quantidades e preços das matérias primas e dos produtos transformados e circuitos de comercialização de produtos transformados. O tratamento da informação obtida por inquérito veio corroborar algumas das ideias pré-existentes nomeadamente a fraca organização e profissionalização da fileira PAM e fornecer elementos importantes para o conhecimento e melhoria da fileira PAM em Portugal.
Nos últimos 10 anos o mercado internacional dos vinhos sofreu uma profunda alteração, motivada, em parte, pela consolidação da posição dos países emergentes neste sector e a regressão dos países tradicionalmente produtores. Num contexto de concorrência acrescida é fundamental melhorar o desempenho competitivo do sector e das empresas que nele operam. O presente trabalho tem como objectivo analisar a situação actual do cluster do vinho, a sua competitividade e apresentar algumas soluções possíveis para a melhoria do desempenho competitivo do sector. Para tal, recorreu-se como referência à teoria das vantagens competitivas e à aplicação de vários instrumentos metodológicos, tais como a cadeia de valor, as cinco forças competitivas e ao “diamante” de Porter.
Comunicação apresentada na Sessão 15 - Política Agrícola e Bens Públicos, do 17.º Congresso da APDR.
In the last years, entrepreneurship education has increased in importance and presence on the curriculums of different degrees and domains, and is gaining the attention of higher education institutions as well as secondary schools and training centers. Although the mainstream focus of entrepreneurship is new business creation, it can be argued that there can be a wider application, namely in intrapreneurship and social entrepreneurship, typical subfields of study in the entrepreneurship realm. This vast possibility requires that education institutions strategically choose the focus of their approach regarding entrepreneurship education but they can also propose a curriculum that encompasses all this. Also, this option will enable students to obtain the tools that will allow them to build their path. The present paper aims to reflect on the choices made at entrepreneurship courses that are taught at non-business schools in higher education institutions. An issue regarding the prevailing business orientation is that non-business students can feel excluded or not attracted towards entrepreneurial education and its importance because it’s not their work field. Finally, based on several years of experience in teaching entrepreneurship, we discuss some problems that are experienced.
As incubadoras de empresas são importantes instrumentos de desenvolvimento regional, uma vez que, através da oferta de um conjunto de serviços operacionais e financeiros, criam condições que facilitam e promovem o empreendedorismo, a geração de novas empresas e a transferência de conhecimentos/tecnologia. Ao reduzir os riscos inerentes ao período inicial de funcionamento da empresa, as incubadoras potenciam o crescimento e a taxa de sucesso de novas empresas contribuindo, assim, para a revitalização e crescimento económico da região onde se inserem. Situado na NUT III Beira Interior Sul, o concelho de Idanha-a-Nova é um território de baixa densidade, caracterizado por um forte decréscimo populacional e uma estrutura produtiva que assenta, fundamentalmente, no sector primário. Numa perspetiva de valorização do território e de pleno aproveitamento dos recursos endógenos, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, a Escola Superior Agrária de Castelo Branco e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro constituíram, em parceria, a Incubadora de Empresas de Base Rural de Idanha-a-Nova. Este projeto visa apoiar o estabelecimento de jovens agricultores numa área de terreno de 552 hectares que se encontrava devoluta após a desativação, por parte do Ministério da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas, da Herdade Experimental do Couto da Várzea. O funcionamento da incubadora de empresas de base rural já permitiu a constituição de 40 empresas, com uma área total de 463,73 hectares que se dedicam, fundamentalmente, à produção frutícola e hortícola, integrando uma forte componente de inovação, quer ao nível das espécies cultivadas, quer no que respeita à tecnologia de produção. Estas empresas vão revitalizar o tecido produtivo, criar novos postos de trabalho e contribuir para o aumento do VAB regional. Nesta comunicação, para além da apresentação do projeto, serão também apresentados alguns dados que permitirão inferir sobre o impacto positivo que a implementação deste projeto poderá ter no desenvolvimento do concelho de Idanha-a-Nova.
A evolução da Agricultura Portuguesa está indissociavelmente relacionada com a Política Agrícola Comum e com as regras referentes à sua aplicação no espaço nacional. A partir de indicadores relevantes (indicadores de estrutura fundiária, demográficos e sociais, de produção e económicos) e com base nos dados oficiais publicados pelo Instituto Nacional de Estatística, analisou-se a evolução da agricultura portuguesa e o impacto que a PAC tem vindo a exercer nesta actividade económica. O estudo abrangeu o período 1989 - 2010, período este que foi marcado por profundas alterações, quer ao nível dos pressupostos básicos da PAC quer dos seus instrumentos de aplicação prática. Os dados mostraram uma evolução negativa na maioria dos indicadores seleccionados o que indicia que os instrumentos disponíveis para o apoio ao sector agrícola não se adaptaram às necessidades da realidade portuguesa; resulta, igualmente, evidente a situação de fragilidade em que se encontra a agricultura portuguesa e o sua incapacidade actual de contribuir para o desenvolvimento sustentado das zonas rurais.
Trabalho apresentado no 13.º Congresso da APDR, realizado de 5 a 7 de Julho de 2007, na Universidade dos Açores, em Angra do Heroísmo-Ilha Terceira.
Comunicação apresentada no VI Coloquio Ibérico de Estudios Rurales que decorreu de 23 a 24 de Fevereiro, em Huelva (Espanha).
O empreendedorismo é um factor de criação de emprego, de aumento de competitividade e de crescimento económico dos países. Cientes deste facto, as universidades têm vindo a delinear e a oferecer programas de ensino do empreendedorismo, através dos quais que se pretende desenvolver nos alunos competências, habilidades e conhecimentos necessários à criação de novas empresas, bem como, promover o seu espírito empreendedor. Este artigo visa analisar e descrever a importância do ensino do empreendedorismo, efectuando uma abordagem teórica sobre a temática. Paralelamente pretende identificar as vertentes do ensino do empreendedorismo, bem como analisar os problemas associados ao desenvolvimento de um currículo e as especificidades do processo de ensino/aprendizagem. Posteriormente, proceder-se-á a uma análise da situação nas universidades estado-unidenses, europeias e chinesas. O contributo deste artigo consiste em efectuar uma análise comparativa de três realidades muito distintas, atendendo aos níveis de implementação e de desenvolvimento de iniciativas em torno desta temática.
O presente documento foi apresentado na 2nd International Conference of the LSIRD Network que decorreu em Bray, Dublin em Dezembro de 1998, tendo integrado os respectivos Proceedings.
After Portugal joined the ECC, in 1986, huge land use changes occurred: cereal crops área was strongly reduced; native pastures (low productive) área sharply increased (2.1 fold); sown pastures (hhigh productive legumes and grasses mixtures) area remain unchnaged. Thus, pasture production potencial is far from fulfilled.Farmers resits sowing improved cultivars, arguing their low persistency. Therefore we tested the hypothesis that the low persistence of improved cultivars reduces the profit of the sown pastures.
Na região da Beira Interior o pessegueiro constitui-se como uma cultura com alguma tradição e com possibilidade de expansão, pelas favoráveis condições edafo-climáticas e socioeconómicas existentes, pelo conhecimento técnico associado ao seu cultivo e também pela procura dos seus frutos. O projeto +pêssego, financiado pelo PRODER, pretende contribuir para a valorização global da fileira através da atuação a nível de diversas práticas culturais e valorização do seu produto – o pêssego. O projeto compreende a avaliação e adoção de novas metodologias de produção de modo a sustentar a rentabilidade e preservação ambiental, compreendendo a instalação de 12 campos de observação instalados em explorações de produtores da região. Estes campos distribuem-se por ações ao nível da Manutenção do solo (1), Monda de flores (2), Monda de frutos (3), Gestão da rega (4), Fertilização racional (5), Caracterização da qualidade dos frutos e da oferta ao longo do ciclo (6) e caracterização económica da fileira. Neste projeto participam nove instituições quer ligadas aos produtores (Qta de Lamaçais, AAPIM e APPIZÊZERE), quer ao ensino (ESA-IPCB ISA e UBI), quer à prestação de serviços (CATAA, COTHN, INIAV), mas todos ligados a atividades de investigação.
Debatendo-se a agricultura portuguesa com graves estrangulamentos sócio-estruturais e carecendo de urgente modernização, o ensino será um dos vectores fundamentais no desenvolvimento regional e nacional. A distribuição etária e a qualificação dos empresários agrícolas são factores que constituem a base da nossa afirmação; daí a necessidade de formar jovens com capacidade de resposta às exigências do sector. Nesse sentido, a presente comunicação tem o objectivo de relacionar o ensino agrícola com a agricultura, realçando a importância do seu papel no desenvolvimento. Dado que exercemos a nossa actividade profissional como docentes da Escola Superior Agrária de castelo Branco, será lógico que restrinjamos a nossa abordagem á realidade que melhor conhecemos: a ESA de Castelo Branco e a região da Beira Interior.
No decorrer da vivência da autonomia autárquica o processo de tomada de iniciativa é a base para a dinâmica evolutiva do território, pois além da implementação das políticas nacionais, cabe às autarquias a definição de soluções para responder às expectativas das respetivas populações. É neste contexto que o planeamento estratégico emerge como instrumento privilegiado para a intervenção no território. Em 2004, a autarquia de Vila Velha de Ródão lançou ao Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional do Instituto Politécnico de Castelo Branco o desafio para a elaboração de um plano estratégico para o concelho. Daqui resultou a constituição de uma equipa multidisciplinar que, com base em metodologias de auscultação direta e participativa, produziu um documento validado pela autarquia e que foi instituído como o plano das intervenções estratégicas a implementar nos anos seguintes. Passados 15 anos procedeu-se à avaliação da execução das intervenções então propostas; atendendo a esta avaliação e às novas dinâmicas experienciadas no concelho, a edilidade considerou pertinente revisitar o plano estratégico municipal. A presente comunicação descreve e discute o processo de planeamento estratégico que esteve na base da realização do primeiro “Plano Estratégico da Município de Vila Velha e Ródão”, e explora as linhas de orientação seguidas numa ótica de continuidade para um segundo plano estratégico.
O Plano Estratégico de Vila Velha de Ródão constitui um exercício de planeamento a que corresponde uma visão voluntarista de futuro, fundamentando, num quadro de intervenção convergente, as opções estruturantes e os instrumentos que melhor podem alicerçar um novo ciclo de desenvolvimento sustentável do concelho. A visão estratégica é uma representação do futuro desejado, intuitiva, inclusiva e prospetiva, mas ao mesmo tempo racional. A pertinência do planeamento estratégico a nível local radica na riqueza e na diversidade das respostas que possa formular para o universo dos atores institucionais, empresariais e associativos, bem como para as comunidades, em geral, ponderando as capacidades e o potencial endógeno, bem como as ameaças e as oportunidades que se podem abrir na trajetória de desenvolvimento. Alicerçando-se na construção de uma visão global, orientadora e socialmente referenciada dos desafios municipais, o Plano Estratégico pretende igualmente constituir-se como instrumento de apoio e estímulo ao debate sobre o concelho que se deseja legar às futuras gerações. Esta visão estratégica é a bússola orientadora do desenvolvimento concelhio a médio-longo prazo, mantendo, contudo, uma ampla margem de flexibilidade e possibilidades para reagir a oportunidades que possam surgir, eventos emergentes ou imprevistos. O conhecimento do futuro permanece necessariamente limitado e o planeamento não consegue, felizmente, antecipar todas as surpresas da descoberta. Já foi tempo em que o planeamento quase que se circunscrevia à elaboração de um documento final, o plano. Atualmente, sobretudo no quadro destes processos de mobilização de vontades e de esforços partilhados, o fundamental é dinamizar a ação estratégica no concelho, colocando em situação de protagonismo efetivo os atores locais. O concelho de Vila Velha do Ródão é, atualmente, um território com problemas estruturais de ajustamento a que interessa dar resposta eficaz, nomeadamente de despovoamento e de envelhecimento demográfico, mas, importa salientá-lo, que possui um conjunto de ativos territoriais, económicos e sociais que lhe conferem um potencial endógeno que urge mobilizar e valorizar. Nesse sentido, o planeamento estratégico assume-se como instrumento privilegiado para catalisar esse processo qualificante de desenvolvimento sustentável. Neste contexto, o grande objetivo estratégico passa por dotar o concelho de uma economia competitiva e resiliente, potenciando a exploração sustentável dos recursos endógenos, garantindo, em simultâneo, a prestação de serviços sociais de qualidade tendo em vista o reforço dos padrões de coesão social da comunidade.
Num território como o do município de Vila Velha de Ródão, que alia a sua pequena dimensão espacial à baixa densidade populacional, é natural que os autarcas experienciem uma maior proximidade com os seus munícipes e, de alguma forma, se sintam mais vinculados à perspetiva de lhes corresponder aos anseios. Obviamente que a gestão do município, e principalmente na vertente que diz respeito ao desenvolvimento sustentado do mesmo, não tem sentido ocorrer de forma casuística, deverá, portanto, ocorrer de forma organizada e sistemática, assente em planos estratégicos orientadores das intervenções numa lógica de médio, longo prazo. No âmbito e no contexto referidos, foi elaborado em 2004 um Plano Estratégico para o município de VVR, o qual foi validado pelos órgãos competentes da autarquia, que posteriormente o foi implementando, através do seu envolvimento em projetos que decorriam direta ou indiretamente do plano traçado. Assim, e passado período previsto para a implementação, e verificada uma elevada taxa de execução relativamente as propostas contidas no plano estratégico, a autarquia optou por envolver-se na elaboração de um segundo plano estratégico, dando seguimento à dinâmica então criada. Apesar de não ter sido feito qualquer estudo relativamente à eficácia da metodologia seguida pela equipa técnica que produziu o primeiro plano estratégico, temos a convicção que parte do o sucesso do mesmo se deve ao formato metodológico seguido na sua elaboração, muito centrada na auscultação e envolvimento direto dos cidadão e atores de relevo na comunidade. Daqui ter-se optado, na elaboração do segundo plano estratégico por uma abordagem metodológica semelhante. Este foi objeto de discussão e aprovação por parte da autarquia perante a equipa técnica, ficando-se na expectativa de verificar se a população se mantinha recetiva e participativa como no primeiro Plano e, ao mesmo tempo tentar, por um lado, verificar até que ponto se sentiram vinculados ao longo do tempo, por outro lado, verificar níveis de entusiasmo e convicção que alimentassem o seu envolvimento/participação o processo de elaboração do segundo Plano Estratégico. Por parte da autarquia foi assumido um papel informativo e incentivador junto dos cidadãos e atores locais no sentido de promover a participação dos mesmos em cada momento solicitado pela equipa técnica, para a realização de entrevistas individualizadas e reuniões em grupo. As linhas de orientação residiram essencialmente na disponibilidade ouvir e sentir os munícipes, numa lógica de enquadramento proactivo relativamente aos recursos e potencialidades do território, com vista à promoção do seu desenvolvimento equilibrado.
La resiliencia ha surgido como un concepto valioso en el campo del desarrollo local y regional; sin embargo, el debate rara vez se centra en pequeños territorios periféricos que enfrentan problemas estructurales de desarrollo. El estudio de caso de Vila Velha de Ródão, un pequeño municipio de la Región Centro, Portugal, tiene como objetivo traer a la discusión no solo la importancia de la resiliencia como un activo estratégico en territorios socioeconómicos frágiles, sino también el potencial que esto implica para investigar los bloqueos y oportunidades para hacer frente a los cambios estructurales y anticipar caminos de desarrollo más competitivos y sostenibles. Frente a un fenómeno de despoblación aguda, asociado a un proceso de envejecimiento, Vila Velha de Ródão ha logrado, en las últimas décadas, crear, mantener y, últimamente, expandir su tejido industrial, basado fundamentalmente en su micro clúster de la pulpa y el papel. Si solo se analiza por la capacidad de crear empleo, no hay duda en cuanto a su resiliencia, pero es necesario ser consciente de los posibles efectos del encarcelamiento y del peligro que éste representa siempre para este tipo de economía mono industrial madura. Por tanto, es fundamental que este antiguo municipio industrial evite caer en una trayectoria de una rígida especialización y sea víctima de su propio éxito relativo, anticipándose a futuros choques a través de un enfoque preventivo multidisciplinario, mediante la elaboración de un estudio de evaluación ex-ante de resiliencia de Vila Velha de Ródão.
Relatório final desenvolvido no âmbito do Programa AGRO, Medida 8 - Desenvolvimento Técnológico e Demonstração, Acção 8.1 - Desenvolvimento Experimental e Demonstração (DE&D), 2.º Concurso Público - 2003
Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martinez is an endemic plant from the Iberian Peninsula which belongs to the Lamiaceae family. Lluisieri, Genista falcata Brot. and Lavandula pedunculata (Miller) Cay. ssp. sampaiana (Rozeira) Franco can be found together in some regions of Central Eastern Portugal where old vegetation of meso-mediterranean communities occurs. Relevant aspects of L. luisieri species such as 1 - two new important products in its essential oil; 2 - the importance of its honey; 3 — this crop improvement; 4 - the ornamental interest in its use in Mediterranean gardens; and 5 - the difficulty of its seeds germination; are the main aspects of our study on seed germination and the identification of the essential oils compounds. Seed germination of four populations collected in different locations in Central Eastern Portugal and of two different maturation dates were compared. Seed germination experiments in laboratory (40 and 75 days after the harvest) were carried out using a constant temperature (25°C) and an alternating regime (8/18°C) with a photoperiod of 8 hours and another with a photoperiod of 16 hours. The results show significant differences in the seed germination proceeding of the four populations. Some components identified in essential oils were irregular monoterpenoids with a cyclopentanic structure unique in the plant kingdom.
Esta comunicação insere-se no âmbito do projecto Agro nº 800 “ Rede Nacional para a Conservação e Utilização de Plantas Aromáticas e Medicinais” e pretende analisar a fileira PAM em Portugal, com o objectivo de conhecer os agentes intervenientes, as operações técnicas realizadas, o grau de integração entre agentes, a organização interna da fileira e suas articulações com o exterior. Neste sentido foram efectuados inquéritos a produtores, transformadores e distribuidores de PAM e seus derivados. Aqui serão abordados, exclusivamente, os dados referentes à distribuição e comercialização. Os dados recolhidos mostram uma desarticulação quase total da fileira. Apesar de se verificarem alguns casos de integração vertical, de modo geral, o grau de integração entre a produção e os sectores de transformação e distribuição é muito ténue e as relações comerciais caracterizam-se por uma ausência de vínculo contratual. A produção nacional sofre uma forte concorrência externa, patente na disparidade de preços das matérias-primas de origem nacional e estrangeira. Assim sendo, verifica-se que a indústria transformadora praticamente não utiliza matéria-prima de origem nacional o que constitui um estrangulamento à produção de PAM. O sector da distribuição é o elemento mais dinâmico da fileira e o que mais contribui para a geração de valor.
The incidence and the damage done by stray dog’s attacks in sheep have economical impact in Portugal. We pretend to identify livestock management conditions that help to prevent stray dog’s attacks.
Livestock production in extensive systems (mainly with sheep) if faced with a high level of attacks/predation done by stray dogs, wolves and other carnivores. In the region, sheep predation by stray dogs is recognised; foxes and Egyptians mongooses also attack lambs. The incidente of attacks on livestock animals was evaluated in Beira Interior, Portugal, based on inquiries (n=156) with the last actualisation in 2007.
Considerando que é importante mobilizar os agentes locais para um caminho que deve ser comum, formataram-se vários momentos de reunião e discussão para, em conjunto, verter para "Castelo Branco Agenda XXI" um Plano de Acção com medidas que unam e co-responsabilizem todas as entidades neste processo de crescimento, sob o padrão inovador que o caráter prático e planeado de uma Agenda Local impõe. As reuniões sectoriais e de proximidade que foram promovidas e o período de consulta do Diagnóstico para a Sustentabilidade do concelho, possibilitaram identificar os caminhos da Sustentabilidade de Castelo Branco, que são apresentados neste relatório.
As estratégias territoriais são importantes instrumentos de apoio ao desenvolvimento local; tendo por base os recursos endógenos próprios de cada território, identificam os eixos estratégicos de intervenção e os projetos considerados prioritários no suporte ao ciclo de desenvolvimento local. Território de baixa densidade, marcado pela recessão demográfica e pela ruralidade, o município de Proença-a-Nova enfrenta o desafio de criar fatores de atração que afirmem a sua identidade e potencialidades e que ajudem a atrair e fixar novos públicos. Proença-a-Nova assume-se como um território essencialmente rural onde a expressão da atividade florestal e agrícola é preponderante, muito por força das suas características morfológicas e climatológicas. Estas concorrem, ainda, indiretamente, para o elevado valor ambiental, paisagístico e até social que se reconhece ao território. Deste modo, o modelo de desenvolvimento local proposto, definido através de uma metodologia participativa, alicerça-se nas múltiplas vertentes dos recursos naturais como fatores chave da competitividade territorial do município: a vertente económica relacionada com a floresta de produção e a agricultura orientada para o mercado; a vertente ambiental relacionada com a sustentabilidade dos ecossistemas e dos abundantes recursos hídricos existentes; a vertente desportiva e turística relacionada com os desportos em natureza, aproveitando os recursos já existentes (aeródromo das Moitas, via ferrata, percursos trail e BTT) e a vertente cultural ligada ao projeto em curso “Museu da Paisagem”. Nesta comunicação far-se-á a caracterização do território e a apresentação do modelo de desenvolvimento proposto com base nos recursos naturais do território.
No âmbito da valorização das áreas protegidas, o tema da atividade turística surge quase como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância de se proceder a estudos que perspetivem a atuação futura nestas áreas. Daqui se partiu para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que oriente os passos a serem dados, e acolhidos por parte dos stakeholders, bem como pela Cogestão do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), com vista ao desenvolvimento do sector do turismo associado aos valores desta área protegida. Para o efeito, foi implementada uma abordagem bottom-up, partindo de uma base de trabalho que emanasse das perspetivas e interesses dos agentes locais. Nesse quadro, foram realizadas, numa primeira fase, uma série de entrevistas abertas e individuais aos diversos atores; posteriormente, foi realizado um trabalho de prospeção e auscultação com base em discussões em grupos, conforme a afinidade funcional dos agentes e, por último, as ações a propor resultaram de uma validação final por parte das entidades envolvidas no processo da cogestão do PNTI. Desta abordagem metodológica resultaram quatro domínios estratégicos de intervenção que estruturam a leitura e o campo de ação do Roteiro de Desenvolvimento Turístico do PNTI, designadamente i) infraestruturas de suporte e qualidade ambiental e paisagística; ii) oferta turística; iii) comunicação; iv) governança que se consubstanciaram num conjunto de projetos de intervenção no sentido de dar corpo ao desenvolvimento turístico que se preconiza para o PNTI.
O Plano Estratégico de Proença-a-Nova configura-se como um instrumento de apoio à decisão e comunicação, indo ao encontro do que o município pretende ser no final da década, tendo como pressuposto a afirmação do território proencense, baseado num modelo de desenvolvimento competitivo, inclusivo e sustentável. A concretização da estratégia territorial preconizada, baseia-se na transparência e numa política rigorosa de afetação e gestão de recursos, passa pelo aproveitamento do seu potencial biofísico e pela consideração das suas características socioeconómicas. O Plano Estratégico é, em muito, tributário da abertura e disponibilidade à participação, discussão e análise de pontos de vista sobre o desenvolvimento almejado para o município. Por tal, deixamos nota pública de agradecimento a todos aqueles que, junto da equipa técnica, manifestaram as suas posições e disponibilizaram informações e ideias, que, no conjunto, nos permitiram, por um lado, uma leitura mais plural e rica dos desafios de desenvolvimento que se colocam ao município e, por outro lado, em consequência, desenhar uma estratégia que ganhou em coerência e um leque de propostas de projetos que, cremos, são ajustados às especificidades socio-territoriais do concelho e às expetativas dos cidadãos.
Na análise às oportunidades identificadas com vista à valorização do PNTI, o tema da atividade turística surge quase como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância e eminência de se proceder a um estudo que aprofunde, esclareça sobre os significados, objetivos e perspetive a atuação futura nesta área de interesse. Daqui se parte para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que possa servir de orientação, ou pano de fundo, para os passos a serem dados, e acolhidos por parte dos stakeholders, bem como, naturalmente, pela Cogestão do PNTI com vista ao desenvolvimento do setor do turismo associado aos valores do Parque.
Na análise às oportunidades identificadas com vista à valorização do PNTI, o tema da atividade turística surge quase como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância e eminência de se proceder a um estudo que aprofunde, esclareça sobre os significados, objetivos e perspetive a atuação futura nesta área de interesse. Daqui se parte para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que possa servir de orientação, ou pano de fundo, para os passos a serem dados, e acolhidos por parte dos stakeholders, bem como, naturalmente, pela Cogestão do PNTI com vista ao desenvolvimento do setor do turismo associado aos valores do Parque.
No âmbito da valorização das áreas protegidas, o tema da atividade turística surge como um denominador comum a um leque significativo de possibilidades de desenvolvimento, emergindo daqui a relevância de se proceder a estudos que perspetivem a atuação futura nestas áreas. Daqui se partiu para o desafio de proceder à elaboração de um documento de natureza prospetiva e estratégica que oriente a atuação dos stakeholders e da Cogestão do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), com vista ao desenvolvimento do sector do turismo associado aos valores desta área protegida. Para o efeito, foi implementada uma abordagem bottom-up, partindo de uma base de trabalho que emanasse das perspetivas e interesses dos agentes locais. Foram realizadas, numa primeira fase, uma série de entrevistas aos diversos atores; posteriormente, foi realizado um trabalho de prospeção e auscultação com base em discussões em grupos focais, e, por último, as ações a propor resultaram de uma validação final por parte das entidades envolvidas na cogestão do PNTI. Desta abordagem metodológica resultaram quatro domínios estratégicos de intervenção que estruturam a leitura e o campo de ação do Roteiro de Desenvolvimento Turístico do PNTI.
As estratégias territoriais são importantes instrumentos de apoio ao desenvolvimento local; tendo por base os recursos endógenos próprios de cada território, identificam os eixos estratégicos de intervenção e os projetos considerados prioritários no suporte ao ciclo de desenvolvimento local. Território de baixa densidade, marcado pela recessão demográfica e pela ruralidade o município de Proença-a-Nova enfrenta o desafio de criar fatores de atração que afirmem a sua identidade e potencialidades e que ajudem a atrair e fixar novos públicos. Proença-a-Nova assume-se como um território essencialmente rural onde a expressão da atividade florestal e agrícola é preponderante, muito por força das suas características morfológicas e climatológicas. Estas concorrem, ainda, indiretamente, para o elevado valor ambiental, paisagístico e até social que se reconhece ao território. Deste modo, o modelo de desenvolvimento local proposto, definido através de uma metodologia participativa, alicerça-se nas múltiplas vertentes dos recursos naturais como fatores chave da competitividade territorial do município: a vertente económica relacionada com a floresta de produção e a agricultura orientada para o mercado; a vertente ambiental relacionada com a sustentabilidade dos ecossistemas e dos abundantes recursos hídricos existentes; a vertente desportiva e turística relacionada com os desportos em natureza, aproveitando os recursos já existentes (aeródromo das Moitas, via ferrata, percursos trail e BTT) e a vertente cultural ligada ao projeto em curso “Museu da Paisagem”. Nesta comunicação far-se-á a caracterização do território e a apresentação do modelo de desenvolvimento proposto com base nos recursos naturais do território.
O Diagnóstico para a Sustentabilidade do Concelho de Castelo Branco tem dois grandes objectivos: - Apresentar um diagnóstico do Concelho, simples e acessível; - Apontar para as Áreas Estratégicas, em que assentará Castelo Branco Agenda XXI, posteriormente validadas pela comunidade/actores locais. Tem como propósito abranger e integrar num mesmo documento uma descrição actual e representativa dos sistemas ambientais, sociais, económicos e institucionais do concelho de Castelo Branco, resultando na identificação das suas potencialidades e fragilidades. Deste modo, obtém-se a definição das oportunidades e ameaças do concelho, de forma a assentar as grandes opções estratégicas do Desenvolvimento Sustentável, através de um modelo – Castelo Branco Agenda XXI. Assim, o Diagnóstico para a Sustentabilidade permite avaliar a realidade concelhia e efectuar uma análise prospectiva, nomeadamente no que respeita à identificação de problemas e oportunidades, em consonância com o já planeado pela CMCB, no sentido do Desenvolvimento Sustentável e da melhoria da qualidade de vida.
A capacidade germinativa de Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez, espécie endémica da Península Ibérica, pertencente à família Lamiaceae, cujos diásporos foram colhidas em quatro locais da Beira Interior-Portugal (Casal da Fraga, Mata, Penamacor e Vila Velha de Ródão), foi avaliada durante dois anos. Sementes conservadas durante diferentes tempos após colheita, foram ensaiadas em condições controladas de temperatura e luz. As modalidades seleccionadas foram: para um tempo de conservação de 40 dias a temperatura contínua de 25ºC e fotoperíodo de 16h e para a alternância de 8º/18ºC o fotoperíodo de 8h que coincidiu com a temperatura mais elevada; para um tempo de conservação de 75 dias, a temperatura contínua de 25ºC e os fotoperíodos de 8h e 16h; para um tempo de conservação de 110 dias a alternância de 8º/18ºC e fotoperíodo de 8h; para um tempo de conservação de 288 dias, a alternância de 8º/18ºC e fotoperíodo de 8h e a temperatura contínua de 25ºC e um fotoperíodo de 16h. Os resultados confirmam que as condições de Outono (temperaturas alternas de 8º/18ªC ) foram as mais adequadas para a germinação desta espécie durante os diferentes tempos de conservação.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.