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No início de Maio de 2010, efectuou-se um ensaio de germinação de pinheiro manso, no viveiro da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB). Utilizou-se semente recolhida no Parque Botânico. Pretendeu-se comparar a produção de plantas em contentor em dois substratos, na proporção de 2:1 v/v, de turfa com areia e turfa com superlite. A percentagem de germinação foi anotada no final de Maio, após o que se efectuaram mais quatro observações, com intervalos de uma semana entre cada uma. No final, em meados de Julho, foi anotada a altura de cada planta germinada. A percentagem de germinação foi melhor no substrato com turfa e areia. A germinação de pinheiro manso no substrato com turfa e superlite foi mais irregular. Relativamente à altura média por planta, o melhor resultado foi o obtido com o substrato com turfa e superlite.
Efectuou-se um ensaio sobre o efeito da aplicação de uma citocinina benziladenina (BAP), nas concentrações de 200,100,50 e 0mg/l e ainda uma testemunha sem tratamento, para estimular o desenvolvimento de gomos interfasciculares em plantas de Pinus pinaster Ait. com um ano e meio de idade. No delineamento experimental utilizaram-se blocos casualizados completos com 5 repetições por tratamento. Um mês após o término do ensaio o tratamento com maior concentração de BAP revelou-se mais eficaz (P<0,001) com 47,5+-3,96 gomos formados em média por planta, relativamente à testemunha que formou 2,3+-0,67 gomos em média por planta. Os tratamentos com a BAP não foram tóxicos para as plantas mas foram inibitórios do alongamento dos rebentos.
Documento apresentado no I Congresso Florestal Hispano-Luso que decorreu de 21 a 27 de Junho de 1997, em Pamplona.
Neste artigo pretende-se revisitar a Beira Interior com a ajuda de alguns números, que possam situá-la do ponto de vista da sua estrutura sócio-económica e ainda relativamente à floresta, nas suas potencialidades e actuais restrições. Conclui-se com uma breve referência a essa nova estrutura, que é a ESACB, especialmente o Curso de Produção Florestal.
A Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB) compreende nos seus limites um espaço que foi usado como lixeira durante muitos anos. Depois de uma avaliação do local, a Direcção, na pessoa do Prof. Vergílio A. Pinto de Andrade, decidiu reunir uma equipa técnica e levar a cabo um projecto de implementação de um Jardim Botânico naquele espaço. Segundo o projecto inicial (ESACB, 1988), foram plantadas cerca de 70 espécies diferentes, entre as quais árvores e arbustos. Todavia, num trabalho recente foram contabilizadas 97 espécies diferentes (Pereira, 2004). Foi também criado um Viveiro florestal para dar apoio aos trabalhos de implementação do Parque. Passados 24 anos após os primeiros trabalhos, o Parque e o viveiro são uma realidade e constituem instrumentos pedagógicos utilizados habitualmente nos cursos leccionados pela ESACB. Verificou-se que, apesar de haver muitas árvores no Parque e em outros locais da ESACB que já produzem semente, o viveiro não tinha por habito usá-las. Por este motivo, procedeu-se ao estudo da viabilidade dessas sementes para posterior utilização no viveiro. Pretende-se da conta desse estudo efectuado e apresentar os resultados obtidos. Serão descritos os procedimentos usados e que se consideraram ser os mais adequados em função das limitações de tempo e recursos. Contudo, não é objectivo deste artigo fazer uma descrição exaustiva de todos os procedimentos a ter quando se procede à recolha, processamento e conservação de sementes. Tais procedimentos são importantes e devem ser tidos em conta quando se pretende usar as sementes para comercialização, investigação ou conservação. Para o leitor interessado em saber mais, sugere-se a leitura da bibliografia consultada.
Cherry laurel is very common as an ornamental plant, due to the large glossy leaves, fast growth, and shade and hedging tolerance. The influence of different indol-3- butiric acid (IBA) concentrations (1,000, 2,500, 5,000 and 7,500 ppm) was evaluated in early spring 2007. The data was gathered one month after bench cutting plantation. The parameters measured and analyzed were the number of rooted cuttings, the number of cuttings with callus formation and mortality, the mean number of roots (NR) and the mean main root length (MRL), per rooted cutting. The IBA application influenced the rooting percentage, the NR and the MRL, but the results were IBA concentration independent. In P. laurocerasus rooting ranged from 67% and 80%, when IBA was applied, values significantly superior to 37% of rooted cuttings in the control. The highest NR and MRL values were found in the treatment with 7,500 ppm IBA (27.2 of roots per cutting) and with 1,000 ppm IBA (MRL was 24.76 mm), respectively. Significantly lower values were obtained in the control: 5.56 NR and 9.4 mm of MRL. The IBA application significantly increased rooting, the NR and the MRL, with cuttings planted early in Spring, but the parameters were IBA concentration independent.
No ano de 2001, efectuaram-se ensaios com estacas terminais provenientes de uma cameleira de origem seminal, em duas épocas diferentes do ano (Abril e Junho). Os tratamentos incluíram a realização de uma ferida longitudinal (FP) e a aplicação de AIB (ácido indol-3-butírico) em solução à base das estacas durante um segundo, em três concentrações diferentes: 5 000, 10 000 e 15 000 ppm. Após 2 meses do início dos ensaios anotou-se o número de estacas enraizadas (NR), mortas (M) e com callus (C), para além, do número médio de raízes e do comprimento médio da maior raiz. Os tratamentos que incluíram AIB e ferida provocaram as percentagens de enraizamento mais elevadas em ambas as épocas. A época mais propícia para se obterem as melhores percentagens de enraizamento foi a de Abril, para os tratamentos com concentrações mais baixa e mais elevada de AIB (5 000 e 15 000 ppm), com 70 e 73% de estacas enraizadas ao fim de 2 meses e 77 e 87% ao fim de 3 meses. A maior percentagem de estacas mortas verificou-se na época de Junho. Em Abril e Junho, os tratamentos que conduziram a uma maior percentagem de callus corresponderam aqueles onde não se aplicou auxina.
Comunicação apresentada no Simpósio de Propagação Vegetativa de Espécies Lenhosas que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 18 a 20 de Outubro de 1996.
Este trabalho constitui um extracto de uma comunicação apresentada nos "III Encuentros sobre propagación de espécies autóctonas y restauración del paisage" que decorreram em Madrid em Dezembro de 1995.
No início de junho de 2014, efetuou-se um ensaio de estacaria de medronheiro (Arbutus unedo L.) na estufa do viveiro florestal da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESA/IPCB). Selecionou-se um medronheiro no Parque Botânico da ESA/IPCB, de origem seminal (com cerca de 30 anos), com bom vigor vegetativo, onde foram recolhidas 150 estacas. Utilizaram-se, também, 150 estacas terminais provenientes de plantas jovens com um ano, provenientes de sementes de plantas de medronheiro do campus da ESA/IPCB. Pretendeu-se comparar a capacidade de enraizamento de estacas obtidas a partir de plantas jovens com estacas retiradas de uma planta adulta, sujeitas a diferentes tratamentos: a aplicação de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB) (0, 2000, 5000 e 8000 ppm) após realização de uma ferida longitudinal na base da estaca. Os parâmetros analisados foram a taxa de enraizamento e o número de estacas com callus, mortas e vivas. Contou-se o número de raízes (NR) e mediu-se o comprimento da maior raiz (CMR), em cada estaca enraizada. A recolha de dados teve lugar três meses após o estabelecimento do ensaio. Nas estacas ”jovens” e adultas os tratamentos não tiveram efeitos significativos nos diferentes parâmetros analisados, exceto no parâmetro formação de callus em estacas adultas e no NR e CMR das estacas jovens. Nas estacas provenientes de plantas jovens obtiveram-se valores entre 80% e 90% de enraizamento com a aplicação de AIB, valores não significativamente diferentes dos tratamentos testemunha (73%) e só ferida (80%). Nas estacas provenientes da planta adulta obteve-se 10% de enraizamento nos tratamentos com 2000 e 5000 ppm de AIB e no tratamento com 8000 apenas enraizaram 3% das estacas. Nos tratamentos testemunha e apenas ferida não enraizou nenhuma estaca. Nas estacas jovens, os valores mais elevados para o NR e o CMR foram obtidos no tratamento de 8000 ppm de AIB, com 13,3 raízes e 9,6 cm, em média, respetivamente. Pudemos comprovar que esta espécie é recalcitrante ao enraizamento no estado adulto, embora só tenha sido testado um genótipo e, em estado jovem, a aplicação de auxina (juntamente com a realização de ferida) aumenta a qualidade do enraizamento, mas não a quantidade.
O medronheiro (Arbutus unedo L.) é uma espécie autóctone, com distribuição ubíqua em Portugal, tolerante ao stress hídrico, a solos de baixa fertilidade e com uma resistência ativa a incêndios florestais. O fruto é utilizado na produção de aguardente, a principal fonte de rendimento, e o seu consumo em fresco (medronho), com potencial antioxidante, representa uma nova oportunidade. Verifica-se, atualmente, um forte incremento na procura de plantas melhoradas. No âmbito do Projecto ARBUTUS (PTDC/AGR-FOR/3746/2012: Melhoramento das plantas e da qualidade dos produtos de Arbutus unedo L. para o sector agro-florestal) foram seleccionadas 30 árvores em 15 populações naturais distribuídas pelo País para avaliar a estrutura genética da espécie. As árvores foram georreferenciadas e genotipadas com marcadores moleculares nucleares e do cloroplasto. Como não existem estudos que relacionam os factores ecológicos com os padrões de diversidade genética desta espécie, fizemos a caracterização biofísica e ecológica dos povoamentos em estudo. Foram criados núcleos agregando as árvores selecionadas em cada povoamento, com recurso a ArcGIS 10.2 e usando ferramentas de geoprocessamento. Estimaram-se para os 15 núcleos descritores biogeofísicos baseados no relevo, solo, histórico de incêndios, coberto vegetal actual e potencial, tendo como informação de base o modelo digital do terreno, cartografia de solos, perímetros de áreas ardidas e a cartografia fitossociológica e biogeográfica. Paralelamente foram recolhidos dados das normais climatológicas (1981-2010) de várias estações climatológicas, para o cálculo dos índices bioclimáticos. Foram utilizadas ferramentas de geostatística para interpolar com maior precisão os valores dos índices bioclimáticos para os núcleos em estudo. Efetuou-se uma abordagem estatística multivariada exploratória com a informação recolhida: uma análise de componentes principais e de agrupamentos hierárquica. Os agrupamentos de povoamentos baseados nas características biogeofísicas serão utilizados para verificar se existe uma hierarquia a nível da estrutura genética da espécie, utilizando estimativas de diversidade molecular. Esta análise permitirá explicar a estrutura genética da espécie e lançar as bases para a compreensão dos padrões genéticos em relação aos processos ecológicos e evolutivos desta espécie. Poderemos, então, elaborar uma carta de distribuição da variabilidade genética e do fluxo genético entre povoamentos nos agrupamentos e dentro dos povoamentos. Esta informação irá ser fundamental para o planeamento e gestão de programas de melhoramento e de conservação da espécie.