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A aprovação da nova Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 115/97 de 19/09/1997 do DR nº 217 — 1ª série A), levou a que as Escolas Superiores Agrárias, propusessem ao Ministério da Educação a criação, nas mesmas, de Licenciaturas bi-etápicas inicialmente com a criação de um segundo ciclo de formação assente sobre os cursos de Bacharelato já existentes. Posteriormente, foram-se propondo reestruturações, visando melhorar a articulação inter-disciplinar e garantir a maior coerência dos cursos, havendo também casos de Licenciaturas novas, designadas correntemente por licenciaturas de raiz. Das escolas em análise (ESABeja, ESACastelo Branco, ESAElvas e ESASantarém) far-se-á uma abordagem desta reformulação educativa, na perspectiva de avaliar a evolução das mesmas relativamente ao tipo de cursos minis¬trados, a importância do ensino da Horticultura (sentido lato) nos mesmos e o tipo de evolução que cada Escola está a encetar.
1 – Contexto e objetivos 2 - Lavandula luisieri Nomenclatura, classificação. Caracterização fitossociológica, morfológica, genética e química. Bioactividade e germinação 3 - Perspectivas futuras
A utilização intensiva, em agricultura, de produtos químicos, principalmente fertilizantes e pesticidas, foi até há pouco tempo a melhor solução à necessidade constante do aumento da produção agrícola. Foi, porém, só a partir dos finais do séc. XIX que se intensificou a aplicação de produtos químicos na luta contra pragas e doenças (HEITZ, 1987). Durante a Segunda Guerra Mundial verifica-se uma grande evolução da síntese química, incrementando¬-se, a partir daí, a produção de pesticidas sintéticos (hidrocarbonetos clorados, compostos organofosforados e carbamatos, para citar os mais importantes). O uso continuado e crescente destes produtos tem originado sérios problemas de toxicidade, contaminação de águas, persistência no meio ambiente, resíduos em alimentos, acumulação nos tecidos adiposos dos animais e do homem e resistência dos parasitas aos próprios pesticidas, originando sérios desequilíbrios ecológicos. O panorama actual não é, ainda, promissor para o total abandono da utilização de compostos químicos nas práticas agrícolas, nomeadamente no controlo de infestantes ou no combate a pragas e doenças. A tentativa de controlo destes agentes patogénicos com base em técnicas biológicas, como a agricultura biológica, a proteção integrada ou a biotecnologia, tem levado ao desenvolvimento de linhas de investigação dentro destas áreas, interrelacionando-as ou associando¬-as à utilização de compostos naturais ou dos seus análogos de síntese biologicamente activos (WHITEHEAD et al., 1988). Surgem assim, como promissores, os pesticidas naturais pelo facto de serem compostos por substâncias que apresentam acção selectiva, sendo, em geral, tóxicos somente para os organismos-alvo, actuando em quantidades muito reduzidas e sendo facilmente degradáveis. São exemplos já em utilização corrente os pesticidas a base de piretrinas e alcalóides. BAJAJ (1989) apurou que ocorrem frequentemente nas plantas superiores compostos naturais, biologicamente activos, que podem vir a ser utilizados como novos agentes de protecção das culturas (Tabelas 1 e 2). O conhecimento do metabolismo, processos biossintéticos, mecanismos de acção e regulação e outros aspectos da bioquímica das plantas, dos insectos e microrganismos, são fundamentais para a compreensão do modo de acção deste tipo de pesticidas. Recentemente, tem sido objecto de investigação substâncias bioactivas, em alguns casos fazendo parte dos mecanismos de defesa dessas plantas contra organismos indesejáveis, substâncias estas, cuja acção pesticida decorre da absorção da luz solar, designadas por fotopesticidas (DELGADO,1993). Os fotopesticidas possuem uma acção específica, são eficazes a concentrações muito baixas, muito inferiores as usadas nos pesticidas tradicionais, são pouco persistentes no meio ambiente e são degradados pela própria luz (HEITZ,1987). O seu modo de acção baseia-se na captação de fotões tendo como intermediário o oxigénio, originando na maior parte dos casos radicais de oxigénio altamente energéticos e perigosos para as células dos agentes patogénicos. Foi a partir de estudos efectuados nos Estados Unidos (REBEIZ,1988) em herbicidas fotodinâmicos, também conhecidos por herbicidas laser, tendo como base de actuação a inibição da síntese da clorofila nas plantas a destruir, que estes trabalhos tiveram sequência em termos de investigação, levando o estudo a campos que envolvem acções insecticida, fungicida, bactericida, antiviral, anti-leveduras e nematodicida. No nosso País existem algumas equipas interligadas, que estudam compostos desta natureza, efectuando-se, a posteriori, modificações das estruturas dos compostos naturais de forma a optimizar o seu modo de acção. Um dos compostos com interesse como fotofungicida foi obtido por nós do extracto de folhas de coentro. Foi identificado como sendo uma isocumarina e é designado por coriandrina. Possui uma acção fotodinâmica ao nível de 0,35g/mm2 de gota aplicada em placa de sílica gel onde se pulverizaram os esporos dos fungos a testar. A sua acção foi evidenciada em Cladosporium cucumerinum, fungo polivalente mas característico da família Cucurbitaceae e em Fusarium culmorum fungo característico da família Graminae (Fig.1). A diversidade de compostos fotoactivos isolados de plantas, fungos e bactérias leva-nos a admitir que são frequentes na natureza. Porém, é muito provável que mais de uma centena destes constituintes se encontrem ainda por identificar. Muito trabalho terá ainda de ser realizado, de modo a conhecer melhor estes compostos e os seus mecanismos de acção, uma vez que estudos sobre a sua importância em termos ecológicos se encontram também em fase inicial de investigação (DELGAD0,1993).
Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martinez (Rivas-Martinez,1979), uma espécie endémica do sudoeste da Península Ibérica está incluída na família Lamiaceae (=Labiatae). E uma espécie característica da classe Cisto-Lavanduletae. Esta classe compreende espécies produtoras de compostos aromáticos, as quais caracterizam os matos do oeste mediterrâneo nos andares termo a supramediterrâneo seco e semiárido a sub-húmido (Rivas-Martinez et al. 2002). É uma espécie pioneira em áreas recentemente ardidas, reproduzindo-se, essencialmente, por semente (Upson & Andrews, 2004). As designações referidas por diferentes autores, para L. luisieri, são: Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira (Guinea in Tutin et al., 1981); Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez (Franco, 1984); Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira (Valdés et al. 1987) Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira (Morales, 2010). Franco (1984) considerou a inexistência de L. stoechas para Portugal pelo que menciona 5 espécies portuguesas de Lavandula: Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez; L. pedunculata (Miller) Cav.; L. viridis L’Hér.; L. latifólia Medicus e L. multifida L. A espécie Lavandula luisieri é referida por Upson & Andrews (2004) como sendo utilizada medicinalmente em áreas rurais. Na região da Beira Interior é valorizada como espécie melífera, condimentar e medicinal, sendo mencionada em estudos etnobotânicos, com indicações para constipações, tosse, digestões difíceis, urticária e dores de cabeça (Silva, 2003). A espécie não é, no entanto, atualmente, valorizada economicamente. Neste trabalho apresenta-se a inventariação da espécie na Beira Interior. Após definida a área de ocorrência da espécie, selecionaram-se 4 locais distintos, em que dois integram Sítios de Importância Comunitária (Parque do Tejo Internacional e Reserva Natural da Serra da Malcata), efectuando a sua localização e caracterização geoclimatológica e ecológica. Na ausência de bibliografia para L. luisieri desenvolveu-se uma ficha de caracterização morfológica baseada nas normas internacionais do International Plant Genetic Resources Institute (IPGRI) para L. angustifolia. A referida ficha, foi testada e os resultados de análise de plantas in situ e ex situ apresentados em Delgado (2010), assim como estudos preliminares de caracterização genética de indivíduos das 4 populações, baseadas na técnica de AFLP (Amplified Fragment Length Polymorphism). Os parâmetros morfológicos, genéticos e ecológicos que contribuem para a melhor caracterização da espécie foram avaliados e quantificados em quatro populações da Beira Interior, permitindo a sua caracterização através dos parâmetros distintivos das mesmas.
Since the end of the 20th century, the European ma¬rkets and particularly the one of the North of Europe have a growing demand of medicinal and aromatic plants (MAP). The consumers' interest for polifontional species has been a reality in growth. A same species or genera of this group of plants can possess a series of uses: to feed, perfume, ornamental, cosmetics and pharmaceutical. The growing search of products of natural origin as al¬ternative to the use of synthesis products easy to obtain but with a semi craft labour, it has constituted a hard incentive for the development of larger produced volumes and ma¬rketed of aromatic and medicinal plants as well as a de¬mand in new ways vegetables of bioactive products. These last ones they are used so much in the domain of the health as in other sectors where are used that respect the ambient like phytopharmaceutical products. There are literally hundreds of medicinal and aromatic plants used in European herbal industry. The French pharma¬copoeia, for example, lists 421 plants that it considers as va¬lued sources of herbal medicine. As a consequence, the safety and quality of herbal medicines have become increasingly im¬portant concerns for health authorities and public alike. One in each five patients consume medicinal plants, 60-70% of the patients don't reveal to the doctor / pharmacist because: consider natural product as innocuous and have fear. The figure 1 shows the increasing in the world market of products to the base of Plants. The largest market is Europe, being responsible for 38% of the world market. The European country with the largest consumption sli¬ce is Germany, being responsible for 50% of the European market, following for France, England and Italy. The trade is above all driven through Germany, where they are most of the great companies importers. In Europe more than 2000 species are used with com¬mercial ends; The species more cultivated are: lavender, pity-opium and fennel. The larger cultivations in CE: are in France, Hungary, Germany and Spain. In no CE countries the greater cultivations are in Bulgaria and Albania. European German companies, dominate the global medicinal and aromatic plant sector. There are about 20 major wholesalers of MAPs and seven agents. There is an increasing interest in organic certified MAPs and about half of the importers and wholesalers also deal in organic plant material *although the quantities are small compa¬red to conventional products. Only very few importers and processors deal only in organic MAPs and spices.
Apresentar-se-ão dados referentes à comercialização das Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM) a nível internacional comparando-os em simultâneo com o que se passa a nível nacional. Relativamente aos mercados, existem fundamentalmente dois tipos de mercados e indústrias que utilizam as PAM, por um lado, temos circuitos de comercialização muito curtos com utilização dos produtos no mínimo da sua transformação. For outro lado, temos indústrias e mercados que utilizam compostos muito específicos implicando extracções e técnicas muito complicadas. Assim serão apresentadas sugestões para uma maior implantação deste sector no nosso País. Por fim analisar-se-ão os resultados provenientes de um inquérito Nacional levado a cabo no âmbito do Projecto PAMAF IED "Plantas aromáticas e condimentares. Selecção e avaliação de usos tradicionais e aplicações alternativas em agroindústrias", para a definição dos circuitos internos de comercialização.
A produção de Primula vulgaris envasada foi acompanhada desde a semen-teira até à fase de comercialização com o objectivo principal de seleccionar a modalidade fertilização x substrato mais apropriada a maximização da produção desta espécie. O ensaio consistiu na utilização de três níveis de fertilização (sem fertilização, fertirrigação e adubação de fundo); e quatro tipos de substratos (substrato I — mistura comercializada de turfas; substrato 2 — constituído 75% do substrato 1 e 25% de perlite; substrato 3 — constituído 45% de turfa e 55% de casca de pinheiro; substrato 4 — constituído 60% de turfa, 10% de fibra de coco e 30% de casca de pinheiro). Após a análise dos parâmetros produtivos: diâmetro foliar, diâmetro floral, número de flores, desenvolvimento vegetativo, cor da folhagem, enraiza¬mento e peso húmido, a maximização produtiva foi atingida na modalidade adubação de fundo x substrato 1.
A espécie Melia azedarach L. tem sido cultivada tanto como ornamental, como para aproveitamento da sua madeira para diversos fins. Mas, estudos recentes revelaram que esta espécie contém em vários órgãos (folhas, frutos, sementes e casca) substâncias com potencial utilização no controlo de algumas pragas, compostos estes, que podem obviar alguns dos problemas ambientais causados pelos insecticidas à base de petróleo.
As espécies em estudo Coriandrum sativum L. (coentro) e Cominum cyminum L (cominho), surgem no âmbito nacional como duas das mais importantes, quando pensamos na utilização de plantas como condimento. O coentro é fundamentalmente utilizado na cozinha regional como erva (em verde), enquanto o cominho se utiliza como especiaria (sementes secas trituradas ou não). Muitas outras potencialidades têm surgido para estas plantas contribuindo para aumentar a importância das mesmas, tendo por isso, neste trabalho, sido realizada uma compilação exaustiva e actual dos fins utilitários mais importantes. O panorama nacional destas espécies em termos de comercialização, será analisado, tendo em conta que neste âmbito, o comércio internacional se efectua fundamentalmente sob forma de frutos secos triturados ou não. O cominho apresenta-se como uma das espécies com maior relevância nas importações nacionais, podendo desde já admitir-se a importância que o aumento das superfícies cultivadas desta espécie teriam no decréscimo dos valores importados. As sementes de coentro têm sofrido um acréscimo em termos de importação e exportação nacionais, não se encontrando porem, entre as espécies de maior importância para a balança comercial.
Com o objectivo de avaliar a possibilidade de utilização na rega de águas residuais depuradas (AR), realizou-se um primeiro ensaio, em estufa, com a cultura do crisântemo (Chrysanthemum hortorum L.) para flor de corte. O delineamento experimental constou de quatro modalidades quanto ao tipo de rega: I água residual resultante de tratamento secundário (AR); II-água residual desinfectada com hipoclorito de sódio (ARD); III-água da rede (A) e IV- água da rede desinfectada com hipoclorito de sódio (AD). Cada modalidade foi efectuada com três repetições. Na preparação do solo foi incorporado estrume de bovino em todas as modalidades e, a rega foi controlada agraves de um medidor de bouyoucos, até o solo atingir 80% da capacidade de campo. Durante e após o ensaio foram avaliados vários parâmetros relativos à qualidade da produção, bem como algumas características químicas do solo. Como aspecto mais relevante, salienta-se o facto das plantas regadas com ARD, apresentarem uma altura manifestamente inferior a das plantas das outras modalidades, nomeadamente as regadas com A. A rega com A.R. mostrou ser neste primeiro ano de ensaio uma opção possível na rega desta cultura pois conduziu a obtenção de plantas de igual categoria comercial às regadas com água da rede.
Corn o principal objectivo de estudar o efeito da rega corn água residual tratada sobre a produção e qualidade de flores e corte, produzidas em estufa de polietileno térmico e sobre algumas características da fertilidade do solo, efectuaram-se ensaios de rega corn água residual (1997-200), utilizando como flores de corte o crisântemo, o gladíolo e o nar-ciso. Como resultados, verificou-se que nem a água residual nem a cloragem, diminuíram os aspectos qualitativos das flores de corte. Quanto às características do solo avaliadas no final do ensaio, realça-se um aumento dos valores de pH, condutividade eléctrica e sódio de troca.
A solarização do solo tem-se mostrado uma técnica eficaz no controlo de agentes patogénicos do solo de protecção das culturas, promovendo com frequência um incremento na produção das culturas que lhe sucedem. O principal objectivo deste ensaio foi tentar incrementar a produção de tomate em estufa, sendo esta uma segunda cultura da sucessão, apenas se ter realizado a técnica da solarização. Os factores analisados foram: precocidade, produção, níveis de infestação e sua identificação. Ressalta a melhoria na qualidade da produção para categoria extra e categoria I, incrementada pela técnica em causa. Relativamente a flora adventícia, verificou-se que a espécie mais resistente foi a Portulaca oleracea.
Trabalho apresentado nas II Jornadas Ibéricas de Plantas Ornamentais que decorreram de 16 a 18 de Setembro de 2004 em Vairão-Vila do Conde.
Numa cultura de gerbera (Gerbera x jamesonii) em vaso, em estufa, para produção de flor cortada, foram comparadas três intensidades de desfolha: A – sem desfolha; B – remoção das folhas senescentes; C – remoção de 40% das folhas. As três modalidades de desfolha foram aplicadas nas cultivares Alesia (pouco folhosa): Lady (número de folhas médio) e Venice (número de folhas elevado), durante 27 semanas no período de Março a Setembro de 2001. A desfolha não influenciou a produtividade da cultivar Alesia, mas nas cultivares Lady e Venice a desfolha ligeira conduziu a um aumento do número de flores. A desfolha não influenciou o diâmetro floral da cultivar Alesia, mas nas cultivares Lady e Venice a desfolha intensa conduziu a uma ligeira redução do diâmetro floral. O comprimento da haste floral não foi influenciado pelas modalidades de desfolha, nas três cultivares. Após a análise das variáveis produtivas: número de flores, diâmetro floral e comprimento da haste floral, as três cultivares apresentaram uma maximização produtiva, um diâmetro floral e um comprimento da haste floral dentro dos parâmetros produtivos, quando se efectuou a desfolha ligeira.
Sendo o crisântemo (Chrysanthemum hortorum L.) considerado como a espécie de maior importância na altura dos finados, na região de Castelo Branco, a te¬cnologia de produção ligada a esta espécie já vem sendo aperfeiçoada há largos anos na Escola Superior Agrária de Castelo Branco. A cultivar Snowdon foi a que melhores resultados deu nesta região e, foi com esta cultivar que se procederam aos ensaios. O custo das flores é elevado, fundamentalmente porque a oferta é pequena e re¬gista-se ausência de técnicas eficientes de conservação a longo prazo para redução das quebras por deterioração ocorridas após a colheita. Para estudar alguns destes métodos utilizaram-se quatro medidas de conservação, através de utilização de soluções de preservação e de factores como a tempera¬tura e a humidade. As modalidades utilizadas foram: I - solução a 2% de sacarose; II - solução de 1,2 g/L de Nitrato de Prata, com imersão do caule a 5 s.; III - água destilada; IV - Câmara de frio a 20ºC com Humidade relativa de 90%. Em cada modalidade foram observadas 10 flores no mesmo estado de desenvolvimento e, os registos foram diários até 60 dias após o corte. Dados referentes a estas observações serão referidos no trabalho.
Vegetação autóctone aplicada a painéis de cobertura e fachadas ajardinadas de edifícios urbanos.
O ensino, a formação profissional e a informação são essenciais para qualquer sector económico. Em Portugal, a Horticultura Ornamental, englobando os sectores da floricultura (flor e folhagem de corte, órgãos de propagação), plantas ornamentais envasadas (de interior e de exterior) e jardinagem, exibe fraca competitividade nas áreas de produção e dificuldade de inovar e criar nichos produtivos concorrenciais a nível nacional e europeu. Hoje as áreas com maiores expectativas de inovação, competitividade e empregabilidade têm sido a jardinagem e os espaços verdes, dando origem, à nova geração de emprego verde, em que se impõe a formação ambiental e a conservação da natureza. Daí que a denominação utilizada pela Associação Portuguesa de Horticultura (APH) para designar o sector a nível nacional, tenha sido alterada de forma a acompanhar esta evolução, razão pela qual o mesmo já foi apelidado de Floricultura, Plantas Ornamentais e, já neste ano, aprovada a designação de Horticultura Ornamental (Ambiental). O ensino em Portugal, nesta área, teve fugazes tentativas de implementação a nível da formação de professores do ensino básico e secundário pela reforma educativa implementada na Primeira República em 1911, em que constaram matérias diferenciadas para o sexo feminino de jardinagem e de horticultura e para o sexo masculino de trabalhos agrícolas. Esta reforma, teve início a 30 de Março de 1911 e foi suspensa a 16 de Dezembro do mesmo ano, não tendo com certeza tido grande impacte a nível do ensino destas matérias. As reformas seguintes ainda na Primeira República (1910 a 1926) englobaram sempre uma formação ao nível agrícola, mas nada específico sobre a floricultura e jardinagem. A escola no Estado Novo (1926 a 1974) foi considerada a instituição para a formação do Homem “submisso” e, a formação dos professores fora do âmbito dos assuntos ligados a “Deus, Pátria, Família” sofre uma enorme recessão tendo as taxas de analfabetismo subido para níveis superiores aos 50%. Após os anos 70 as reformas educativas criam para os professores necessidades de progressão através de cursos e especializações, o que leva a que se iniciem pequenos cursos de 40 horas com áreas específicas ligadas à Jardinagem e Hortas Pedagógicas implementando também nas disciplinas de Ciências Naturais, cada vez mais, o contacto dos alunos com a natureza. Esta corrente, teve início com o despertar de consciências para as questões ambientais, tendo gerado alguma motivação para o desenvolvimento desta área a partir dos anos 80 do século passado. Desde a instituição do ensino agrícola em Portugal, em 1852 (reinado de D. Maria II) que à parte de se ter criado, a partir de 1855, o Instituto Agrícola, as Escolas Regionais de Agricultura e o ensino técnico agrícola, só em 1911 é criado o Instituto Superior de Agronomia (ISA) e o curso de Engenharia Agronómica, que para além do arranjo de espaços verdes da Tapada Real, tinha agregado para instrução de alunos, técnicos e agricultores o Jardim Botânico da Ajuda. O ensino da Arquitectura Paisagista só teve início, como curso livre, no mesmo Instituto em 1943, abordando aspectos de paisagismo e de espécies ornamentais a integrar nos espaços verdes. Em 1966, pelo DR 26/66, Série I, o Ministério do Ultramar - Direcção Geral do Ensino, aprovou os programas dos cursos secundários agrícolas nas províncias ultramarinas onde foram incluídas as primeiras disciplinas de Jardinagem. O curso de Regentes Agrícolas foi só aprovado em 1931 e são os seus diplomados que em 1977 e em 1979 adquirem equivalência formativa nas então criadas Escolas Superiores Agrárias. O ensino iniciou-se nesta altura, nestas escolas, com uma disciplina nos curricula dos cursos de Produção Agrícola denominada por Floricultura e Jardinagem. É ao nível da formação profissional que o sistema educativo e formativo público inicia a formação específica nestas áreas de cursos profissionais, tendo iniciado a formação em 1997 com o Curso Profissional de Técnico de Gestão e Recuperação dos Espaços Verdes, sendo substituído pelo Curso Profissional de Técnico de Jardinagem de Espaços Verdes (Dec. Lei nº74/2004 de 26 de Maio). São cursos que podem ser frequentados por jovens a partir dos 18 anos ao nível do ensino secundário com formação ao nível do 10º, 11º e 12º anos. Ao nível do sector agrícola, a necessidade de formação é tanto mais importante se atendermos ao baixo nível de habilitações literárias e de qualificação profissional dos nossos activos agrícolas, condições que são totalmente desfavoráveis para a competitividade do sector. Esta formação não tem sido relevante ao nível da Horticultura Ornamental, destacando-se algumas intervenções ao nível da Beira Litoral, Ribatejo e Oeste e Algarve, notando-se que os floricultores e viveiristas nacionais procuram formação na Europa, Estados Unidos, África do Sul e até Austrália (para sectores de produção mais específicos). A investigação também não acompanha as crescentes solicitações dos nossos produtores e os alicerces para a criação de novas empresas nestas áreas não tem crescido da ligação Investigação-Produção, tão necessária para a inovação de produtos num país. Terá que partir das Instituições de ensino, investigação e desenvolvimento experimental, as medidas de instrução, formação e divulgação das tecnologias de produção, alternativas produtivas e de integração ambiental, quer seja ao nível do ensino académico como ao nível da formação profissional. Iremos agora abordar as áreas do Ensino, Formação e Investigação das Plantas Ornamentais para se tecerem depois algumas considerações sobre a melhoria da dinâmica do sector.
Uma das técnicas culturais imprescindíveis na cultura do morangueiro é a cobertura de solo ou "paillage". O polietileno preto (PEP) foi nos últimos anos o mais utilizado, tendo sido mais recentemente introduzido o polietileno castanho (PEC), colocados no solo antes, durante ou após a plantação. Os estudos efectuados incidiram ao nível da caracterização da cv. Oso Grande em termos de fenologia, precocidade, qualidade e homogeneidade produtiva, com a utilização de PEP e PEC em cobertura do solo, de forma a encontrar aquele que originava melhores condições em termos de temperaturas óptimas de produção. Os ensaios foram efectuados em estufa, no concelho de Odemira, na época de Outono/Inverno. O PEC mostrou-se vantajoso na maioria dos aspectos observados: precocidade de produção, n° de frutos colhidos, produção total e produção comercial.
Artigo de revisão sobre a espécie Urtica dioica L. (Urtiga, Urtiga-maior), abordando os seus constituintes ativos e as formas de utilização pelo ser humano, nomeadamente as suas ações farmacológicas, fitocosméticas, alimentares, agrícolas e veterinárias.
A planta aromática e medicinal Origanum vulgare pertence à família Lamiaceae. Esta erva aromática é vulgarmente chamada de orégão vulgar ou manjerona selvagem e são utilizadas várias partes da sua estrutura física para diversos fins, pois os seus metabolitos secundários conferem-lhe algumas propriedades tanto condimentares como medicinais. Trata-se de um artigo de revisão abordando diversos aspetos das possíveis utilizações desta planta espontânea no nosso país.
Na perspetiva de encontrar culturas alternativas e com valorização económica para os terrenos das zonas abrangidas pelo Regadio da Cova da Beira, e por solicitação empresarial e dos agricultores da associação de Regantes (ARCB), desenvolveu-se um projeto-piloto, conjunto, para a produção de plantas e frutos de pimento (Capsicum annuum L.) com o objetivo de obtenção de pimentão doce, vulgo colorau, cujos intervenientes foram sete agricultores da ARCB, a Escola Superior Agrária do IPCB, a CM de Penamacor e a empresa Ibersaco.
O crisântemo (Chrysanthemum spp.), planta da família das Compostas, originária do Extremo Oriente, é considerada a flor nacional do Japão (Gancia, 1981). Chrysanthemum hortorum é a denominação científica criada para denominarmos vários híbridos resultantes de cruzamentos entre o C. indimus, o C. morifolium (= C. sinensis) e o C. articum, ou seja, representa todos os crisântemos vivazes de Outono (Onis, 1975). Na região de Castelo Branco, à semelhança do que acontece na generalidade do país, esta planta assume particular importância no Outono, por altura do dia de Finados, sendo porventura a flor mais utilizada nos nossos cemitérios para ornamentação das sepulturas. Daí que seja depreciada no resto do ano, no que respeita fundamentalmente ao tipo de flor grande (Veloso et al., s/d). Dado o carácter vincadamente sazonal desta produção, com elevada procura durante poucos dias, e a programação da produção tem, nesta cultura, um papel fundamental na valorização do produto. Segundo Tesi (1985), na base desta programação cultural deve existir um perfeito conhecimento das exigências climáticas e culturais da espécie ou cultivares, o domínio perfeito das tecnologias de forçagem e das possibilidades de mercado. Sendo a plantação de crisântemos para floração no dia de Finados feita no início do Verão, o principal objectivo deste trabalho foi a comparação de 3 datas distintas de plantação, com a finalidade de estabelecer a época de plantação mais favorável e, também, o estudo de alguns métodos de conservação.
Apresentam-se os resultados de estudos desenvolvidos em propagação vegetativa sobre algumas espécies do género Thymus, com interesse ornamental para a Beira Interior ou para regiões com problemas de deficiência de água. Como espécies mais utilizadas e com maiores possibilidades para serem aproveitadas como ornamentais em zonas de escassos recursos hídricos salientam-se: Thymus vulgaris L., Thymus pulegioides L., Thymus x citriodorus (Pres.) Schweigger & Koerte, Thymus variegatum e Thymus prostatum. Destas espécies apresentam-se ainda resultados de variabilidade fenotípica e evolução fenológica em condições de cultura.
Com o presente trabalho pretendeu-se estudar a possibilidade de utilização do composto urbano na formulação de substratos agrícolas, para avaliar o seu efeito nas suas características físico-químicas e testar a acção dos mesmos sobre o crescimento e a produção de uma planta da espécie Pelagornium peltatum, procurando identificar potenciais factores que possam condicionar essa utilização.
A espécie Asphodelus bento rainhae P. Silva é um endemismo lusitano considerado “Em Perigo Crítico de Extinção” de acordo com os critérios de ameaça da IUCN. É também uma espécie prioritária para conservação e incluída na Convenção de Berna (IUC N, 2010).
O coentro, Coriandrum sativum L., pertence à família Umbelliferae e, é uma planta, anual aromática, com centro de origem no Norte de África e Ásia ocidental, sendo espontânea em vários países mediterrânicos. É cultivado em Portugal pelo aroma e sabor característico das suas folhas jovens. Estas são caracterizadas par serem ternapinadas e, pela sua utilização quando verdes, em diverso pratos da cozinha regional, principalmente da cozinha alentejana e algarvia. As suas folhas são também conhecidas como salsa chinesa, sendo também muito utilizadas na cozinha chinesa, indiana e mexicana. É porém, pelos seus autos que esta aromática é cultivada na maior parte dos países. O fruto é um cremocarpo globoso, com aroma muito aromático e doce, sendo o principal ingrediente do pó de caril e, fazendo parte de licores e aromas de cobertura de bolos. O fruto, é também utilizado em infusões, possuindo propriedades carminativas antiespasmódicas, espectorantes e tratando problemas intestinais. Externamente, pode ser empregue para tratamentos de artrites e reumatismo. Do fruto, extrai-se em cerca de 0,5 a 1% do seu conteúdo, um óleo essencial usado nas indústrias alimentar, farmacêutica e perfumaria. As raízes fibrosas, não são normalmente utilizadas. Recentemente e, em estudos sobre a acção de compostos de origem vegetal, com actividade biológica e fotobiológica, foram encontrados em folhas e raízes de coentro substâncias com actividade fungicida activada ou não pela luz. Este trabalho pretende, para além de comparar resultados de adaptação ecológica durante quatro anos em terrenos pertencentes a Escola Superior Agrária de Castelo Branco mostrar a acção biológica dos compostos isolados e identificados.
Contém as comunicações apresentadas durante o Simpósio Nacional Biodiversidade e Apicultura, que decorreu em Castelo Branco em 17 de maio de 2013.
A melancia sem semente é uma alternativa cultural e um fruto a incentivar para os consumidores portugueses, mas a sua produção terá que ser de elevada qualidade e rentável para os produtores. A campina de Idanha-a-Nova apresenta excelentes características para a produção de culturas regadas em particular a melancia com semente, sendo já conhecida como uma região de excelência pela qualidade da produção neste fruto. Este trabalho resulta de um ensaio de produção de melancia sem semente ao ar livre, em camalhões, com cobertura de solo e rega gota a gota, utilizando a cultivar Romalinda (cv. sem semente, triplóide) consociada em dois distintos compassos de plantação com a cultivar Augusta (cv. polinizadora, diplóide). As modalidades consistiram de 2 repetições para camalhões de 4 linhas em que na Mod. I. a cv Romalinda e a cv Augusta se encontravam na proporção de 2:1 na linha (50 plantas da cv. Romalinda e 25 plantas da cv. Augusta) e na Mod II. cada camalhão era constituído por uma linha da cv. Augusta intercalada com 2 linhas da cv. Romalinda (50 plantas da cv. Romalinda e 50 plantas da cv. Augusta) por camalhão. A análise da produção foi realizada escalonadamente, em três datas de colheita de julho a agosto, com 15 dias de intervalo. O ensaio foi realizado desde a sementeira à colheita e foram analisados os seguintes parâmetros produtivos: número de frutos; produtividade; peso dos frutos; espessura da casca; perímetro do fruto; altura e largura do fruto e grau brix;. A adaptação da cv. sem semente foi excelente. Não se registaram diferenças significativas entre os parâmetros analisados e os compassos de plantação das modalidades ensaiadas. As plantas tiveram uma produção média de 3-4 frutos por planta; pesos médios entre 3,70kg e 4,20kg. O teor em açúcar foi aumentando da primeira para a última colheita atingindo valores médios de 11,53. Conclui-se que a cv. Romalinda exibiu melhores características de produção quantitativa e qualitativa do que a cv. Augusta sendo promissora como uma alternativa de produção tardia na região.
No âmbito de um levantamento sobre a flora da Serra do Moradal, no intuito de se publicar um Guia Botânico da mesma, foram efetuadas diversas saídas de campo - durante o ano de 2015 - para caracterização, identificação e localização de espécies. No sítio da Fraga da Água de Alto, freguesia do Orvalho, considerada uma das maiores quedas de água da Beira Baixa, identificou-se uma significativa comunidade de azereiros, vestígios da Laurissilva. Dado o interesse conservacionista destas formações a nível europeu, efetuamos a sua caracterização. Para além disso, efetuamos algumas abordagens históricas, taxonómicas e morfológicas do Prunus lusitanica, bem como de alguns aspetos da sua propagação e utilizações mais comuns.
Sendo Portugal um país extremamente rico em espécies espontâneas de carácter aromático, medicinal e condimentício, evidencia-se esta riqueza indicando os trabalhos em curso nos domínios da avaliação, da adaptação ecológica (edafo¬climática e vegetal) técnicas culturais, determinação dos rendimentos e qualidade dos óleos essenciais para eleição dos ecotipos mais adequados. As acções primordiais para tal desenvolvidas consistiram na instalação de campos de ensaio em diversas regiões do país para testagem de várias espécies a saber: salva comum, salva esclarea, tomilho, segurelha, erva cidreira, orégão e coentro. Os primeiros resultados obtidos referem-se à evolução fenológica nos vários locais em estudo. Estas observações permitem inferir as disparidades das fenofases para os referidos locais. Como objectivo último, visa-se uma sensibilização junto dos agricultores para tais culturas, como alternativa para uma melhor rentabilização das suas explorações.
Os géneros Thymus, Origanum e Mentha existem espontaneamente e/ou em cultura na região da Beira Interior. Ecótipos regionais estão a ser estudados de forma a constituir alternativas culturais e contribuir para a biodiversidade agrícola da região. Serão divulgados resultados de ensaios de propagação sexuada e assexuada, realizados na Escola Superior Agrária de Castelo Branco das espécies Origanum vulgare, Mentha pulegium, Mentha cervina, Mentha rotundifolia x spicata, Thymus pulegioides no âmbito dos trabalhos efectuados no Programa Agro n.° 34 - "Etnobotânica, o uso e a gestão das plantas aromáticas e medicinais e a sua utilização sustentável como contributo para a valorização do meio rural", em execução até 2004. A propagação vegetativa, mostrou ser um meio eficaz de propagação e produção destas espécies, o que futuramente poderá ser de primordial importância para a indústria dos sectores das plantas aromáticas e medicinais.
Comunicação apresentada no III Simpósio Nacional de Olivicultura que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 29 a 31 de Outubro de 2003.
A melancia sem semente pode vir a ser um fruto popular para os consumidores portugueses se a produção for de elevada qualidade e rentável para os produtores. A Campina de Idanha-a-Nova apresenta excelentes características para a produção de culturas regadas em particular a melancia com semente, sendo já conhecida como uma região de excelência pela qualidade da sua produção neste fruto. Este trabalho resulta de um ensaio de produção de melancia sem semente ao ar livre, em camalhões, cobertura de solo e rega gota a gota, utilizando a cultivar (cv) Romalinda (cv. sem semente, triplóide) consociada em dois distintos compassos de plantação com a cv. Augusta (cultivar polinizadora, diploide). As modalidades consistiram de 2 repetições para camalhões de 4 linhas em que na Mod. I . a cv Romalinda e a cv Augusta se encontravam na proporção de 2:1 na linha( 50 plantas da cv. Romalinda e 25 plantas da cv. Augusta) e na Mod II. cada camalhão era constituído por uma linha da cv. Augusta intercalada com 2 linhas da cv. Romalinda (50 plantas da cv. Romalinda e 50 plantas da cv. Augusta) por camalhão. A análise da produção foi realizada escalonadamente, em três datas de colheita de julho a agosto, com 15 dias de intervalo. O ensaio foi realizado desde a sementeira à colheita e foram analisados os seguintes parâmetros produtivos: número de frutos; produtividade; peso dos frutos; espessura da casca; perímetro do fruto; altura e largura do fruto; grau brix; teores em matéria seca (MS), proteína (P), gordura (G) e matéria orgânica (MO). A adaptação da cv. sem semente foi excelente. Não se registaram diferenças significativas entre os parâmetros analisados e os compassos de plantação das modalidades ensaiadas. As plantas tiveram uma produção média de 3-4 frutos por planta; pesos médios entre 3,70kg e 4,20kg. O teor em açúcar foi aumentando da primeira para a última colheita atingindo valores médios de 11,53. Relativamente à composição química, a cultivar sem sementes apresentou valores mais elevados quanto à MS 6,23% (±1,34) (P>0,05), à G 0,29 % (±0,16) (P>0,05) e à MO de 92,47 % (±4,52) (P>0,05) e valor mais baixo de P (6,24 %MS ±1,28) (P<0,05). Conclui-se que a cv. Romalinda exibiu melhores características de produção quantitativa e qualitativamente do que a cv. Augusta sendo promissora como uma alternativa de produção tardia na região.
A utilização de coberturas e fachadas verdes nos dias de hoje, tem como base questões de poupança de energia e de redução de poluição ambiental. Porém, coberturas e fachadas verdes oferecem benefícios múltiplos: criam um ambiente moderno, uma estética única e uma envolvente de edifícios que se altera com o passar do tempo; aumentam a eficiência energética de edifícios oferecendo sombreamento natural e arrefecimento no verão e, em algumas situações isolamento térmico no inverno. Neste trabalho apresentam-se os pressupostos da investigação-alvo do projecto “GEOGREEN-Waste geopolymeric binder-based natural vegetated panels for energyefficient building green roofs and facades”, nomeadamente, no que diz respeito às associações de espécies autóctones com maiores potencialidades de utilização neste tipo de estruturas, uma vez que, as mesmas, apresentam diversas condicionantes, pelo facto de se pretenderem monitorizar e aplicar em condições extremas de clima mediterrâneo seco-subhúmido e pH de ácido a básico. A utilização e valorização de espécies da flora autóctone e endémica não tem sido alvo de estudos com vista à integração nesta recente forma de ornamentação e ajardinamento de coberturas e fachadas edificadas. O maior problema estrutural é sua integração em fachadas, pelas condicionantes que a verticalidade impõe, condicionando o tipo de painel a desenvolver e o tipo de associações de vegetação a instalar. Neste trabalho, apresenta-se uma selecção de espécies de associações herbáceas e arbustivas vivazes que ocorrem na natureza, no território mesomediterrâneo e que suportam bem a xericidade e pH distintos. Recolheu-se também informação sobre as suas características morfológicas, fenológicas, de propagação e adaptação à cultura. Propoêm-se também espécies de outras associações que contribuem para o aumento da biodiversidade ou que ornamentalmente são mais apelativas.
“BIOAROMAS À MESA” De nós para vós… O Projeto Escola BioAromas, é um Projeto para a Promoção da Transição para a Vida Pós Escolar de alunos com Necessidades Educativas Especiais, da Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca, em Proença-a-Nova. Iniciou-se no ano letivo 2007/2008 e o pressuposto inicial, de acordo com o processo de elaboração e de implementação do PIT-Plano Individual de Transição é oferecer a estes alunos experiências de iniciação pré profissional em contexto de trabalho. Atividades que, de algum modo, os preparam para uma possível via profissionalizante. Este projeto foi idealizado e ponderado, pelos professores e pelos pais. Fazem parte integrante deste “Nós” os alunos. São os especiais intervenientes. A finalidade é adquirirem conhecimentos e competências na realização das tarefas em contexto de trabalho prático, de modo a poderem ingressar, um dia, no mercado de trabalho com alguma experiência e autonomia. Ao mesmo tempo são incutidas regras de higiene e segurança, a literacia, a matemática aplicada à atividade, a sensibilização ambiental, entre outras, num contexto que lhes é muito mais favorável à aprendizagem. Pretende-se, assim, que estes jovens tenham prazer por estas atividades. Porque o projeto incide sobre a produção de plantas aromáticas e medicinais, o “Nós” alarga-se ao Município de Proença-a-Nova, Centro Ciência Viva da Floresta e Escola Superior Agrária de Castelo Branco, no sentido de tornar o projeto mais consistente na continuação dos seus objetivos. A parceria com o Município traduz-se na capacidade de proporcionar o espaço físico, logística de transporte, o saber através dos seus técnicos. É no Viveiro Municipal, que têm as atividades de sementeira, estacaria, cultivo, corte, recolha, secagem e embalamento. O modo de produção é totalmente biológico e a recolha de plantas não produzidas faz-se em locais isentos de poluição Para “Vós” porque o Projeto tem sido solicitado para vários eventos da comunidade local e não só. Porque entre várias iniciativas, e após se realizarem seis oficinas de cozinha, a primeira a 15 outubro de 2010, com o objetivo de promover o consumo de ervas aromáticas e medicinais, assinalando o Dia Mundial da Alimentação. “Vós”, os apaixonados pelos aromas, assim o pediram e nós decidimos publicar este livro a que chamamos Bioaromas à Mesa, onde vai encontrar as fotos, receitas e a informação útil para uma vida mais saudável, e com certeza mais aromática. Pensamos a estrutura apresentando as muitas receitas das várias oficinas gastronómicas. Dedicamos outro capítulo às nossas PAM-Plantas Aromáticas e Medicinais, as suas características e uso na culinária. Para terminar na hora do chá, apresentamos as infusões BioAromas e o seu acompanhamento, bolos, bolachas e doces que ao longo destes anos pais, auxiliares, professores e alunos têm confecionado nos muitos eventos em que participamos. Pretendemos que a originalidade seja uma constante, por isso as receitas, as fotografias e as ilustrações são resultado do trabalho de todos com a criatividade, a espontaneidade do registo do momento e sobretudo a expressão visual das plantas pelo olhar dos alunos. Fica o cheirinho e o gosto de um projeto que pretende autonomizar e preparar para um futuro melhor. Atreva-se igualmente e sempre, mesmo à mesa…
L. stoechas subsp. luisieri is one of the five spontaneous species of the genus Lavandula that occurs spontaneously in Portugal. The chemical profile and antifungal activity of L. stoechas subsp. luisieri essential oils were investigated. The essential oil of two phenological stages was isolated by hydrodistillation and their chemical components analyzed by GC-FID/GC-MS. The minimum inhibitory concentration (MIC) and the minimum fungicidal concentration (MFC) of both essential oils were determinate to verify antifungal activity against different strains of fungi isolated from strawberry tree. The fungi tested were Aspergillus carbonarius, Rhizopus stolonifer, Penicillium brevicompactum, Aureobasidium pullulans and Saccothecium rubi. Essential oils were characterized by a high percentage of oxygenated monoterpenes (46-64%) such as trans-α-necrodyl acetate (12.58%), fenchone (5.97%), 1,8-cineole (4.84%) and 5-methylene-2,3,4,4-tetramethylcyclopenten-2-enone (10.97%) were the major compounds in essential oil from dormancy stage, while the main compounds in flowering stage were trans-α-necrodyl acetate (26.90%), trans-α-necrodol (13.02%), lavandulyl acetate (6.53%) and linalool (5.82%). A strong antifungal activity of the essential oils was found against all strains, with MIC and MFC values ranged from 0.07-0.29 µL/mL and 0.58-9.33 µL/mL, respectively.
: Cistus ladanifer L. (Cistaceae) occupies extensive areas as a dominant species (shrublands) or is associated to other major forest typologies in the Iberian Peninsula. Cistus ladanifer shrublands are mostly present in oligotrophic lands with little valorisation and management and as they develop over the years (up to 20-years-old) they promote the ignition and perpetuation of fire. To contribute to the proper management and valorisation of such systems, a 5-year-old dense shrubland was evaluated for its labdanum resin, seeds, and biomass productivity using different non-destructive harvest periodicities (annual and biennial) and seasons (early, mid-, and late summer), in a two-year case-study. Annual harvest modality maximized labdanum resin productivity (reaching 230 ± 50 kg·ha−1 ·2 years−1 at late summer) and photosynthetic biomass productivity. In contrast, a biennial harvest yielded significant amounts of more diversified products. It maximized seeds productivity (reaching 75 ± 41 kg·ha−1 ·2 years−1 independently of the summer season) and lignified biomass. However, it also reached a labdanum resin productivity of 134 ± 20 kg·ha−1 ·2 yearrs−1 at late summer and a photosynthetic biomass productivity around two times lower than the annual harvest. In this study, we propose two modalities of periodic harvest to be considered as proper long cycle management practices of rockrose lands. It intends to minimize fire risks, break the vegetation auto-succession mechanism, and increase profit from nonproductive lands based on three direct outputs with a myriad of applications and valorisation pathways.
Relatório final desenvolvido no âmbito do Programa AGRO, Medida 8 - Desenvolvimento Técnológico e Demonstração, Acção 8.1 - Desenvolvimento Experimental e Demonstração (DE&D), 2.º Concurso Público - 2003
Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martinez is an endemic plant from the Iberian Peninsula which belongs to the Lamiaceae family. Lluisieri, Genista falcata Brot. and Lavandula pedunculata (Miller) Cay. ssp. sampaiana (Rozeira) Franco can be found together in some regions of Central Eastern Portugal where old vegetation of meso-mediterranean communities occurs. Relevant aspects of L. luisieri species such as 1 - two new important products in its essential oil; 2 - the importance of its honey; 3 — this crop improvement; 4 - the ornamental interest in its use in Mediterranean gardens; and 5 - the difficulty of its seeds germination; are the main aspects of our study on seed germination and the identification of the essential oils compounds. Seed germination of four populations collected in different locations in Central Eastern Portugal and of two different maturation dates were compared. Seed germination experiments in laboratory (40 and 75 days after the harvest) were carried out using a constant temperature (25°C) and an alternating regime (8/18°C) with a photoperiod of 8 hours and another with a photoperiod of 16 hours. The results show significant differences in the seed germination proceeding of the four populations. Some components identified in essential oils were irregular monoterpenoids with a cyclopentanic structure unique in the plant kingdom.
Calamintha bactica, Origonum vulgaris and Cuminum cyminum have been studied for their capacities as a source of antifungal compounds. One set of these plants grown under water stress. The other set of plants was submitted to different mineral nutrition. The plant material obtained after grinding, were extracted with MeOH or EtOAc, fractionated with organic solvents, and tested for their antifungal properties. Cladosporium cucumerinum and several Fusarium strains were used as biological targets. NMR was used for studying the metabolites content of C. baetica produced under either watering or mineral stress conditions.
Esta comunicação insere-se no âmbito do projecto Agro nº 800 “ Rede Nacional para a Conservação e Utilização de Plantas Aromáticas e Medicinais” e pretende analisar a fileira PAM em Portugal, com o objectivo de conhecer os agentes intervenientes, as operações técnicas realizadas, o grau de integração entre agentes, a organização interna da fileira e suas articulações com o exterior. Neste sentido foram efectuados inquéritos a produtores, transformadores e distribuidores de PAM e seus derivados. Aqui serão abordados, exclusivamente, os dados referentes à distribuição e comercialização. Os dados recolhidos mostram uma desarticulação quase total da fileira. Apesar de se verificarem alguns casos de integração vertical, de modo geral, o grau de integração entre a produção e os sectores de transformação e distribuição é muito ténue e as relações comerciais caracterizam-se por uma ausência de vínculo contratual. A produção nacional sofre uma forte concorrência externa, patente na disparidade de preços das matérias-primas de origem nacional e estrangeira. Assim sendo, verifica-se que a indústria transformadora praticamente não utiliza matéria-prima de origem nacional o que constitui um estrangulamento à produção de PAM. O sector da distribuição é o elemento mais dinâmico da fileira e o que mais contribui para a geração de valor.
The transition into the twenty-first century brought about important changes in society, including the areas of education and teaching. The establishment of the European Higher Education Area represents an effort to face these changes together in Europe. The changes in the teaching and learning models in higher education led to the institutional promotion of extensive interventions in order to alter the status quo that has prevailed for decades. The need for a cultural renewal of the teaching staff involved in higher education, attending to the centrality of student’s learning rather than knowledge per se, is also a challenge to be overcome. This study intends to highlight the central elements concerning the Bologna Process and the topics connecting the objec- tives and their intrinsic principles. This initial approach is the basis for the design of a proposal for monitoring the implementation of the Bologna Process in an institution of higher education in Portugal. The results suggest a proposal consistent with the needs in terms of monitoring the implementation of the Bologna Process. This proposal allows, in addition to static analysis relative to a specific academic year, dynamic analysis between academic years, uncovering best practices and areas for improvement.
http://issuu.com/maria_manso/docs/bess-sb13-paper-01-revised?workerAddress=ec2-23-22-93-32.compute-1.amazonaws.com
A Agência para Avaliação e Acreditação da Qualidade no Ensino Superior em Portugal, assim como a Lei da Qualidade no Ensino Superior, foram publicadas em 2007. Foi solicitado a cada Instituição de Ensino Superior (IES) a conceção de um sistema de avaliação da qualidade ajustado à sua dimensão e funcionamento, compatível com a política da qualidade existente e estratégia definida. Este trabalho apresenta a conceção do Sistema Interno de Gestão da Qualidade no Percurso Formativo definido para o Instituto Politécnico de Castelo Branco. Neste sentido são abordadas as várias fases de desenvolvimento do sistema e que consiste no desenvolvimento progressivos dos vários subprocessos identificados: Unidade Curricular; Curso; Unidade Técnico Científica; Unidade Orgânica; Instituição. A estes subprocessos estão associados os referenciais definidos, considerando-se os European Standard and Guidelines, e a lógica organizacional existente.
O período que vivem atualmente as Instituições de Ensino Superior (IES) é considerado por todos os agentes envolvidos como um período de mudança, uma vez que se assiste a grandes alterações, quer na cultura de ensino, quer na cultura de aprendizagem. Neste sentido, não é possível deixar de refletir sobre estas transformações, tendo como pano de fundo a promoção de um nível adequado de exigência académica que deve ser uma característica das IES. A elaboração e divulgação de um relatório anual de concretização do Processo de Bolonha que, para além da exigência legal, e face às transformações verificadas no ensino superior resultantes do Processo de Bolonha, pretende mostrar o que tem sido desenvolvido pelas IES e especificamente pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) para garantir uma formação orientada para o desenvolvimento das competências específicas e transversais, para as medidas de apoio à promoção do sucesso escolar e para as medidas de estímulo à inserção na vida ativa dos estudantes e podem ser consultados em www.bolonha.ipcb.pt
O presente artigo expõe os dados relacionados com a metodologia seguida pelo IPCB para acompanhar a implementação do Processo de Bolonha na Instituição, assim como os indicadores utilizados para a realização do relatório anual. São apresentadas as estratégias adotadas por cada Unidade Orgânica para a transição entre planos curriculares, nomeadamente a metodologia para adoção de ECTS e para adaptação aos novos ciclos de estudos. Aborda-se ainda a estratégia centralizada de acompanhamento do Processo e de planificação de iniciativas que envolvem todas as Unidades Orgânicas. Posteriormente é apresentada a evolução sentida em diversas matérias como as mudanças pedagógicas, a evolução das componentes de trabalho, a adoção de medidas para a promoção do sucesso escolar, a aquisição de competências transversais e o contributo da Instituição na inserção dos diplomados na vida ativa. De todas as medidas adotadas e iniciativas promovidas, apresenta-se como fundamental a continuidade de uma estratégia institucional vocacionada para o incentivo à mudança, nomeadamente a plena adoção de um modelo de ensino e aprendizagem ativo e efetivamente centrado no estudante. Apresentam-se as iniciativas ainda em andamento para que se garanta a efetiva implementação do Processo de Bolonha no IPCB, considerando toda a sua abrangência e a necessidade de concertar esforços para a dinamização de iniciativas pedagógicas que estimulem a iniciativa e criatividade dos estudantes.
A implementação de paradigmas no Ensino Superior resultantes da introdução do Processo de Bolonha abre portas para a renovação. A qualidade passa pela revisão dos curricula, pela reorganização dos processos de ensino-aprendizagem, pela estruturação das unidades curriculares e cursos, pela qualificação e formação de docentes, pelo sucesso e resultados escolares, pela avaliação das competências atingidas e pela confiança social no ensino superior. Em 2010 foi delineado o Projeto “Construção da Aprendizagem” /ConstAp) com o objetivo principal de motivar as mudanças, nomeadamente ao nível das metodologias adotadas e da implementação do trabalho autónomo, para garantir uma carga de trabalho do estudante contínua ao longo do semestre. A questão central é a melhoria da qualidade no ensino ministrado. Este artigo analisa a execução do projeto implementado no IPCB, desde o ano letivo 2009/10, no âmbito do processo de Bolonha, contextualizando os seus objetivos, implementação e condicionantes.
Cistus ladanifer has a well-defined taxonomic identity. 2,2,6-trimethylcyclohexanone may be an authenticity and taxonomic marker. Its traits and applications make it a possible economic resource fitted for Mediterranean areas. Cistus ladanifer is a dominant shrub species endemic to the western Mediterranean region. Due to its dominant nature and its potential ecological, aromatic or pharmacological applications, C. ladanifer has been the object of numerous studies. In this review current knowledge on different aspects of this species is summarized, from its taxonomy to its chemical characterisation or its competitive traits. There are no doubts about the taxonomic entity of C. ladanifer, although the recognition of infraspecific taxa deserves more attention. Given that the fragrant exudate of C. ladanifer holds a very specific composition, one species specific carotenoid, 2,2,6-trimethylcyclohexanone, derivative is proposed as an authenticity marker for uses of C. ladanifer in pharmacological or aromatic industries. Evidence is also gathered on the extreme adaptation of C. ladanifer to stressful conditions in the Mediterranean region, such as the ability to survive in low hydric and high solar exposition conditions, presistence in poor and contaminated soils, and growth inhibition of several other plants through the release of allelochemicals. Thus, the finding of potential applications for this plant may contribute to enhance the economic dimension of derelict lands, such as mine tailings or poor agricultural Mediterranean areas.
Cistus ladanifer L. exudes a phenolic and terpenoid resin with interesting bioactive and aromatic properties. Despite its high abundance in the wild, this plant can be cultivated to advantage on oligotrophic and trace-elements contaminated soils. Plant tissue culture may be used to produce specific metabolites or for clonal propagation of specific genotypes for plantation. From a biotechnological perspective this is the second study that has attempted in vitro propagation of C. ladanifer from adult plant material. Its goal was to evaluate the potential of leaf and internodal stem explants from C. ladanifer for in vitro tissue culture. Three plant growth regulators were tested: 2,4-Dichlorophenoxyacetic acid (2,4-D), 6-Benzylaminopurine (BAP), and 1-Naphthaleneacetic acid (NAA). From both explants, shoots were regenerated under the influence of BAP (38%) and two types of compact calli were induced: dark green calli were induced under the influence of BAP (above 70%) and light green calli were induced under the influence of 2,4-D with or without BAP (100%). Light green calli grew between 558 and 708% during subsequent subcultures and showed rhizogenic capacity when the amounts of BAP were lower than of 2.4-D, but they showed low potential for shoot organogenesis. Dark green calli were associated with shoot organogenesis. The suitability of the two calli lines to produce metabolites and their transposition to liquid cultures is worth further study in comparison to organ in vitro cultures.
Globally, climate change and wildfires are disrupting natural ecosystems, thus setting several endemic species at risk. The genus Lavandula is widely present in the Mediterranean region and its species, namely, those included in the section Stoechas, are valuable resources of active compounds with several biological assets. Since ancient times lavenders have been used in traditional medicine and for domestic purposes. These species are melliferous, decorative, and essential oilproducing plants with a high economic interest in the pharmaceutical, flavor, fragrance, and food industries. The essential oils of Lavandula section Stoechas are characterized by high amounts of 1,8-cineole, camphor, fenchone, and specifically for L. stoechas subsp. luisieri one of the major compounds is trans-α-necrodyl acetate. On the other hand, the diversity of non-volatile components like phenolic compounds, such as phenolic acids and flavonoids, make these species an important source of phytochemicals with pharmacological interest. Rosmarinic, caffeic, and salvianolic B acids are the major phenolic acids, and luteolin and eriodictyol-O-glucuronide are the main reported flavonoids. However, the concentration of these secondary metabolites is strongly affected by the plant’s phenological phase and varies in Lavandula sp. from different areas of origin. Indeed, lavender extracts have shown promising antioxidant, antimicrobial, anti-inflammatory, and anticancer properties as well as several other beneficial actions with potential for commercial applications. Despite several studies on the bioactive potential of lavenders from the section Stoechas, a systematized and updated review of their chemical profile is lacking. Therefore, we carried out the present review that gathers relevant information on the different types of secondary metabolites found in these species as well as their bioactive potential.
Cistus ladanifer L. (Cistaceae) is an endemic and abundant resource in the Iberian Peninsula and North Africa. This plant exudes an aromatic resin nowadays valued in the perfumery and fragrance industry. Traditional processes for the extraction and isolation of such resin use boiling water or alkaline water followed by acidic precipitation. However, a concern arises about the effluents resulting from these extraction processes. To overcome this concern, labdanum resin was extracted with Na2CO3 solution (25 g/L) at 60 oC and precipitated with sulphuric acid (5 M). The residual water was evaluated regarding total phenolic content, suspended solids, electric conductivity, and sulphate, sodium, magnesium, and calcium content. The effluent was characterized by a total phenolic content of 1245 ± 455 mgGAeq/L, 1338 ± 101 mg/L of suspended solids, pH of approximately 2, electric conductivity of 34.8 ± 0.7 mS/cm, 22284 ± 710 mg/L of sulphate, 9696 ± 1072 mg/L of sodium, 3.97 ± 0.24 mg/L of magnesium, 3.52 ± 0.80 mg/L of calcium, and a Sodium Adsorption Ratio of 876 ± 112. Because the values were far from the limit values set by Portugal decree-law 236/98 for residual waters discharged and irrigation waters, it was concluded that efforts should be made to optimize the extraction process. In that regard, a factorial designed experiment was done to evaluate the effect of Na2CO3 concentration (0; 2.5; and 25 g/L), extraction temperature (60 and 100 oC) and acidification extent (pH 2, neutralization, and no acidification) on the residual water quality and on the yield of labdanum resin extraction. Alkalinization and acidification are important to obtain high resin extraction yields (Andalusian vs. Zamorean process), but mostly alkalinization may be reduced to meet sulphate criteria for discharge without significantly affecting resin extraction yields. Despite that, to meet salinity criteria for irrigation waters a higher reduction in alkalinization is needed for Andalusian processes. Phenolic content, although lower for extractions done at 60 oC, was far from the limit values for discharge, regardless experimental conditions. Given the high phenolic content the residual water from labdanum extraction by both traditional processes must be treated before discharge. If separated, phenolic compounds may be valorized as a by-product.
Medicinal plants have been used since the earliest documented history around the world, as an available and inexpensive therapeutic resource. Plant based bioactive elements play eminent biological roles as antioxidant, anti-inflammatory and antiproliferative agents. It is proved that naturally occurring antioxidants in ethnomedicinal plants are effective in treating various types of diseases. However, herbal medicine, without any knowledge of their toxicological profile, target organ, and safe dose, is one of the biggest problems of recent health care systems. Any drug or herbal formula which is intended to be used in humans must first be tested in suitable experimental in vitro or animal models in order to evaluate its safety. Therefore, it is of interest to evaluate the toxicity of plant extracts to enhance their value for the pharmaceutical and cosmetic industries. Six extracts of plants produced/endogenous in Portugal: Cistus ladanifer, Thymbra capitata, Helichrysum italicum, Cupressus lusitanica, Ocimum basilicum and Matricaria chamomilla were used in order to assess their reproductive toxicity by evaluating the viability of sperm when in contact with the extracts. Hydrolates for each plant were obtained by hydrodistillation of aerial parts. The chemical composition of the hydrolates was determined by GC-MS (gas chromatography mass spectrometry). Reproductive toxicity was assessed by exposing cryopreserved bovine semen to six different concentrations of each hydrolate (0.2%-0.002% v/v). Methyl methanesulfonate (MMS) was used (0.22nM) as positive control of sperm toxicity. After incubation, sperm viability was determined for each concentration by staining with eosinnigrosin and counting the number of viable and dead spermatozoa (spz) in a total of 200 spz. The results show that the hydrolates in test do not compromise sperm viability for all tested concentrations (>25%) when compared with negative control (34%) and in fact, M. chamomilla seems to promote sperm viability (39%) at the highest tested concentration. These results indicate that the extracts at the concentrations used do not seem to have a toxic effect on this evaluated target.
Chemical investigations of L. stoechas subsp. luisieri and L. pedunculata essential oils were analyzed by GC-MS, and the antimicrobial activity was performed against bacteria and fungi isolated from food sources. The cytotoxicity of the essential oil was performed in NHDF cells using the MTT method. According to the results, the main compounds of L. stoechas subsp. luisieri essential oil were trans-α-necrodyl acetate (40.2%), lavandulyl acetate (11%), and trans-α-necrodol (10.4%), while fenchone (50.5%) and camphor (30.0%) in L. pedunculata essential oil. The antifungal activity of essential oils was confirmed with MIC values ranging from 1.2 to 18.7 µL/mL; for bacteria, it ranged from 4.7 to 149.3 µL/mL. Both the Lavandula species tested showed low or equal MIC and MBC/MFC values for L. stoechas subsp. luisieri essential oil, revealing greater efficacy in antimicrobial activity. The L. stoechas subsp. luisieri essential oil revealed cytotoxic effects (30 ± 2% of cell viability) in NHDF cells at all concentrations tested.
Integrado no Programa Agro, Medida 8.1, Projecto nº 800, foram elaborados estudos de distribuição e propagação da espécie Thymus mastichina L., existentes espontaneamente na Beira Interior. Foram avaliadas seis zonas ecológicas distintas denominadas Vale do Tejo, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Beira Interior Norte, Serra da Estrela e Serra da Gardunha. Durante dois anos fez-se prospecção no campo em cada zona ecológica e recolheu-se material vegetal. Realizaram-se ensaios de germinação em laboratório em condições de temperatura alterna 10º/20ºC (dia) e temperatura constante 23ºC (dia), com fotoperíodo de 8 e 16 horas/dia, respectivamente. Testou-se ainda a capacidade germinativa em estufa, na Primavera e efectuaram-se ensaios de enraizamento, com estacas terminais, em condições de Outono/Inverno e Primavera/Verão. Na Beira Interior foram encontrados 36 locais onde se verificou a ocorrência de Thymus mastichina. Em cada zona ecológica onde foram encontrados indivíduos da espécie em estudo, foi seleccionado um local para recolha de 20 plantas-mãe, que foram posteriormente instaladas no campo de caracterização/demonstração da ESACB. Nos ensaios de germinação verificaram-se taxas entre os 80% e 94% em laboratório e entre os 76% e 84%, em viveiro. Nos ensaios de propagação vegetativa de estacas terminais obtiveram-se taxas de enraizamento entre os 20% e 100%.
Main conclusion: The combination of genotypic selection, targeted and improved cultivation, and processing techniques for specific applications gives C. ladanifer the potential to be used as a valuable resource in Mediterranean areas with poor agronomic advantages. Cistus ladanifer (rockrose) is a perennial shrub, well adapted to the Mediterranean climate and possibly to upcoming environmental changes. As a sequence to a thorough review on taxonomic, morphological, chemical and competitive aspects of C. ladanifer, the research team focuses here on the economic potential of C. ladanifer: from production to applications, highlighting also known biological activities of extracts and their compounds. The use of this natural resource may be a viable solution for poor and contaminated soils with no need for large agricultural techniques, because this species is highly resistant to pests, diseases and extreme environmental factors. In addition, this species reveals interesting aptitudes that can be applied to food, pharmaceutical, phytochemical and biofuel industries. The final synthesis highlights research lines toward the exploitation of this neglected resource, such as selection of plant lines for specific applications and development of agronomic and processing techniques.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Animal levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Produção Animal que antecedeu o actual curso de Engenharia em Ciências Agrárias que se avalia.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Agrícola levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Produção Agrícola que antecedeu o actual curso de Engenharia em Ciências Agrárias que se avalia.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia Florestal levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Produção Florestal que antecedeu o actual curso de Engenharia Florestal.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia de Ordenamento dos Recursos Naturais levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo Conselho Científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Ordenamento dos Recursos Naturais.
Labdanum resin from Cistus ladanifer L. (Cistaceae) is an abundant natural resource in the Iberian Peninsula worth being explored in a sustainable manner. It is already used in the cosmetic industry; mainly by the fragrances/perfumery sector. However, given the highest market share and traditional uses, labdanum resin also has the potential to be used and valued as a cosmetic ingredient for skincare. Aiming to evaluate this potential, labdanum methanolic absolute and fractions purified by column chromatography were characterized by UPLC-DAD-ESI-MS and then evaluated for UVprotection, antioxidant, anti-elastase, anti-inflammatory, and antimicrobial activities. Labdanum absolute represented ~70% of the resin; diterpenoid and flavonoid fractions represented ~75% and 15% of the absolute, respectively. Labdane-type diterpenoids and methylated flavonoids were the main compounds in labdanum absolute and in diterpenoid and flavonoid fractions, respectively. Labdanum absolute showed a spectrophotometric sun protection factor (SPF) near 5, which is mainly due to flavonoids, as the flavonoids’ SPF was 13. Low antioxidant activity was observed, with ABTS radical scavenging being the most significant (0.142 ± 0.017, 0.379 ± 0.039 and 0.010 ± 0.003 mgTE/mgExt, for the absolute and flavonoid and terpene fractions, respectively). Anti-aging and anti-inflammatory activity are reported here for the first time, by the inhibition of elastase activity (22% and 13%, by absolute and flavonoid extract at 1 mg/mL), and by the inhibition of nitric oxide production in LPS-induced RAW 264.7 cells (84% to 98%, at 15 µg/mL extracts, flavonoid fraction the most active), respectively. Antimicrobial activity, against relevant skin and cosmetic product microorganisms, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans, and Escherichia coli, revealed that only S. aureus was susceptible to labdanum absolute (MIC: 1.2 mg/mL) and its fractions (MIC: <0.3 mg/mL). In conclusion, labdanum resin showed potential to be used in sunscreen cosmetics, anti-inflammatory skincare cosmeceuticals or medicines but has low potential as a cosmetic product preservative given the low antioxidant and low-spectrum antimicrobial activities.
Cistus ladanifer is a persistent, abundant and widespread underexplored resource in the Iberian Peninsula. The seeds have been used as food for centuries, although their nutritional value and potential as food ingredients have not been exploited until now. In this study seeds from natural shrubland were collected three times during summer for two consecutive years. Analytical evaluation of the macronutrient content, fatty acids, and mineral composition was performed. Regarding the macronutrients, seeds showed a carbohydrate content of 46.1 ± 1.6%, a fibre content of 20.9 ± 1.4%, a protein content of 16.2 ± 0.4%, a lipid content of 13.0 ± 1.1%, and an ash content of 3.87 ± 0.16%. The fatty acids were found to be mostly unsaturated (74.05 ± 0.59%). Potassium was the most abundant mineral (975 ± 53 mg/100 g) followed by phosphorous, magnesium and calcium. In conclusion, several nutrient-related label claims may be used for C. ladanifer seeds as food ingredient. Compared to common cereals, nuts and seeds, C. ladanifer seeds are close to flax and chia seeds in relation to nutritional composition, and to pine nuts in relation to mineral composition.
São objectivos deste trabalho estudar a utilização sustentada de águas residuais na rega e de resíduos orgânicos como fertilizantes, nas condições agro-climáticas da região da Beira Interior e, em culturas alternativas às tradicionais. Tenta-se assim contribuir para aumentar a viabilidade económicas das explorações agrícolas, não só pela introdução de tais culturas, mas também pela introdução de novos factores de produção e tecnologias mais económicas. Como culturas alternativas utilizar-se-á o triticale, cultura arvense especialmente vocacionada para explorações de grande dimensão, nomeadamente em substituição do tradicional centeio e flores de corte, produzidas em estufa. Para cumprir com os objectivos atrás mencionados, avaliou-se a viabilidade de utilização de água residual na rega, quer das flores de corte, quer do milho forrageiro. A água residual utilizada era proveniente do tratamento secundário pelo processo das lamas activadas, efectuado na ETAR Sul de Castelo Branco. Esta água residual foi sujeita a um processo de desinfecção por cloragem, testando-se também o efeito deste tratamento sobre algumas características do solo e das plantas. Estudou-se também, a viabilidade de utilização como fertilizantes de alguns resíduos orgânicos (lamas de depuração, lamas celulósicas e chorumes) numa rotação triticale-milho forrageiro. Testou-se a utilização de diferentes metodologias de aplicação de lamas de depuração líquidas e chorumes (tradicional, em banda e por injecção), bem como a utilização de diferentes técnicas de sementeira (tradicional e mobilização mínima).
A capacidade germinativa de Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez, espécie endémica da Península Ibérica, pertencente à família Lamiaceae, cujos diásporos foram colhidas em quatro locais da Beira Interior-Portugal (Casal da Fraga, Mata, Penamacor e Vila Velha de Ródão), foi avaliada durante dois anos. Sementes conservadas durante diferentes tempos após colheita, foram ensaiadas em condições controladas de temperatura e luz. As modalidades seleccionadas foram: para um tempo de conservação de 40 dias a temperatura contínua de 25ºC e fotoperíodo de 16h e para a alternância de 8º/18ºC o fotoperíodo de 8h que coincidiu com a temperatura mais elevada; para um tempo de conservação de 75 dias, a temperatura contínua de 25ºC e os fotoperíodos de 8h e 16h; para um tempo de conservação de 110 dias a alternância de 8º/18ºC e fotoperíodo de 8h; para um tempo de conservação de 288 dias, a alternância de 8º/18ºC e fotoperíodo de 8h e a temperatura contínua de 25ºC e um fotoperíodo de 16h. Os resultados confirmam que as condições de Outono (temperaturas alternas de 8º/18ªC ) foram as mais adequadas para a germinação desta espécie durante os diferentes tempos de conservação.
Foram estudadas diversas populações de Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez endémicas da Península Ibérica (Beira Interior, Castilla-la-Mancha e Andaluzia; acessos de Casal da Fraga, Mata, Penamacor e Vila Velha de Ródão – Portugal; Toledo e Sevilha – Espanha), comparando as populações relativamente ao óleo essencial (quantitativamente e qualitativamente), assim como, a sua actividade insecticida sobre pragas fitófagas (Spodoptera littoralis, Mysus persicae e Leptinotarsa decemlineata). Em função dos seus componentes escolheram-se as duas populações mais interessantes em termos da sua actividade biológica (Penamacor e Toledo) e instalaram-se dois campos produtivos em Castelo Branco e Saragoça, por forma a inferir sobre a influência do local de produção na qualidade do material vegetal obtido. Será fornecida informação técnica sobre a instalação destes campos.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.