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Dissertação apresentada à Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do grau de Mestre em Design Gráfico
Pretendeu-se com este artigo reflectir na origem socio-antropologica do cuidar, salientando a afinidade do cuidar com o feminino e relacionando a necessidade de cuidados informais com o quadro legal e a cultura organizacional.
Dissertação de Mestrado em estudos sobre as mulheres, Universidade Aberta, 2005
O cuidar inscreve-se na história de todos seres vivos, desde o início da história e da Humanidade como forma de garantir a continuidade do grupo e da espécie, inserido num sistema de economia mista. Às mulheres competiam os cuidados que se realizam à volta de tudo o que crescia e se desenvolvia. Mas esta função essencial e inerente à sobrevivência dos seres humanos que é o cuidar tem sido alterada ao longo dos tempos, ao sabor das mudanças sociais, económicas e tecnológicas. Perdeu a sua inserção no sistema de trocas e ancorou definitivamente nas mulheres alicerçada na experiência vivida e interiorizada no próprio corpo. A herança de todo este passado cultural fragmentado pela perda de reconhecimento do valor da paridade na divisão sexual do trabalho, entre outros, tornam-se os responsáveis pela desvalorização das práticas de cuidados asseguradas pelas mulheres que embora mantenham o valor de uso não apresentam um valor de trabalho. Equacionar o problema do cuidar, sobretudo do cuidar informal, é considerar o número crescente de pessoas com dependência física quer seja pela idade quer seja por outra causa, que são cuidadas pelas mulheres normalmente na família, o espaço privado, sem que esse trabalho seja reconhecido e que constitui um sistema paralelo de saúde. Com este estudo pretendeu-se identificar as transformações e modos de apoio do cuidar informal, analisar a existência ou não de gratificações no cuidar, identificar as motivações de quem cuida, e valorizar o cuidar informal dando-lhe visibilidade. Para a consecução destes objectivos escolheu-se uma metodologia qualitativa, as histórias de vida cruzadas. Esta pesquisa com características exploratórias e descritivas incluiu as narrativas cruzadas de seis participantes que vivenciaram a experiência de cuidar de um familiar com grande dependência física, durante um longo período.
Enquanto estratégia de investigação empírica, os estudos de caso permitem estudar fenómenos em profundidade no seu contexto real. Os “Casos”, podem ser indivíduos, grupos, e são passíveis de estudo tanto atributos como atos, comportamentos, interações. É a compreensão dos fenómenos, enquanto singulares que lhe confere a particularidade, sobretudo quando as fronteiras entre o fenómeno e o contexto não são bem definidas, permitindo a incorporação de múltiplas fontes de evidência e de dados quantitativos e qualitativos.
Pretendeu-se com este estudo dar a conhecer a realidade dos Cuidados de Longa Duração numa determinada área geográfica do país e alertar os responsáveis e decisores políticos para a necessidade de um novo olhar sobre os cuidados de saúde prestados nestes contextos. Estudaram-se seis estruturas residenciais para idosos e os rácios de cuidados de enfermagem e os discursos dos atores foram interpretados à luz dos indicadores de qualidade disponibilizados pelo European Centre for Social Welfare Policy and Research. O número de horas de cuidados de enfermagem apresenta um défice muito elevado. O melhor rácio, de 0,17 horas por dia e por utente, é um valor muito diferente do considerado como requisito de qualidade mínima, ou 50%, que é de 0.31 horas. Os discursos dos enfermeiros e dos idosos confirmam esta desadequação e os constrangimentos que dela decorrem
Objetivo: Pretendeu-se com este trabalho obter um conhecimento profundo sobre o cuidar de enfermagem em contexto de cuidados de longa duração, na perspetiva de quem recebe cuidados. Considerados os parentes pobres dos cuidados de saúde, porque prestados fora dos hospitais, os cuidados de longa duração representam um grupo abrangente de assistências destinadas às pessoas que necessitam da ajuda de outros por grandes períodos de tempo, sobretudo idosos. Nos últimos anos, estes contextos têm requerido mais atenção reconhecendo-se que a sua especificidade exige conhecimentos e habilidades específicas que se configuram com o cuidar. Métodos: Este estudo, de desenho misto integrou 113 idosos provenientes de 10 contextos de cuidados de longa duração que incluíram lares de idosos e respostas integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados distribuídos por 7 localidades do distrito de Castelo Branco. Resultados: A análise tipológica dos discursos dos idosos revelou que as perceções relacionadas com o resultado dos cuidados estão menos presentes nos discursos do que as expressões relacionadas com os cuidados desenvolvidos e o modo como os enfermeiros se comportam nestes contextos. Conclusões: Nos contextos analisados o cuidar de enfermagem é percebido como efetivo, é transversal ao modo de ser ou estar dos enfermeiros e ao seu modo de agir e tem expressão significativa nos resultados das suas intervenções.
A transição demográfica, que continua a ocorrer por todo o mundo ocidental, tem implícita a sobrevivência das pessoas com idade avançada por muitos anos, expondo-as de um modo acrescido ao risco de acidente vascular cerebral. É reconhecido, tanto pelos profissionais de saúde como pelo público, o esforço dos decisores políticos e de saúde no sentido de dotar as unidades de saúde de recursos que permitam o encaminhamento e atendimento mais rápido destes doentes, que associado à terapêutica trombolítica, tem permitido em muitos casos evitar sequelas graves e dependência de terceiros. Contudo, um número significativo de pessoas acometidas por este problema fica fora dos critérios destas abordagens, resultando da sua doença sequelas mais ou menos graves com graus de dependência muito variados. Nestes doentes, a diminuição do tempo médio de internamento é uma realidade tanto associada à optimização do desempenho das unidades de saúde, como a algum desinteresse suscitado pela evolução lenta do seu restabelecimento e pela reserva no prognóstico. Dos 9,6 dias de demora média em 1990, passou-se para uma meta de 6 dias de internamento como estabelecia o Plano Nacional de Saúde 2004-2010. O mesmo plano, refere a insuficiência nas respostas existentes, relativamente às pessoas que se encontram em situação de perda de funcionalidade ou com níveis de dependência que as fazem necessitar de apoio para a satisfação das suas necessidades mais básicas, tanto por número insuficiente de respostas como pela frágil articulação entre as mesmas, configurando-se a família como um recurso fundamental. As famílias em Portugal continuam a ser a principal fonte de cuidados e a responsabilidade de cuidar dos dependentes, continua a ser da família, que se vê de repente confrontada com as necessidades acrescidas e exposta a desequilíbrios diversos. Com o presente artigo de revisão pretende-se reflectir sobre alguns aspectos relacionados com continuidade de cuidados, após um episódio de doença aguda, o acidente vascular cerebral salientando a importância da família neste processo, e rever, elencando, um conjunto de intervenções relacionadas com os cuidados de enfermagem de reabilitação à família na transição para o seu novo papel. Duas ideias centrais nortearam a reflexão: a família e a gestão da dependência e os cuidados de enfermagem de reabilitação no planeamento da alta.
A sociedade inclusiva leva todos os cidadãos à participação na vida comunitária, sem qual- quer discriminação mas, frequentemente, os cidadãos com mobilidade reduzida ou condi- cionada confrontam-se com barreiras de distinta natureza. A condição de pessoa com in- capacidade é árdua e desigual, mesmo salvaguardada pela legislação, mas é essencial efetividade na sua aplicação, que também envolve o Enfermeiro de Reabilitação. Objetivos: Refletir sobre os direitos das pessoas com incapacidade e sobre o papel dos pro- fissionais na ação global da reabilitação, particularmente o dos enfermeiros de reabilita- ção; mobilizar estratégias para a promoção da acessibilidade. Metodologia: Estudo descritivo com recurso à legislação específica, websites oficiais e fon- tes sobre a reabilitação, enfermagem e enfermagem de reabilitação. Resultados: A legislação orienta-se para a proteção do cidadão com mobilidade reduzida ou condicionada. Mas as barreiras existem e são precisas mudanças nas pessoas e na socie- dade, tendo o profissional papel relevante na sua efetivação. Os enfermeiros no geral e os especialistas de reabilitação em particular devem advogar pelas condições necessárias ao usufruto da acessibilidade desenvolvendo estratégias especificas. Conclusões: É preciso monitorização contínua para a igualdade de oportunidades e acessibilidade, que passa pela atitude das pessoas, das entidades responsáveis e dos profissionais. Os enfermeiros de reabilitação devem afirmar-se fazendo parte integrante desta missão.
O aumento exponencial do número de idosos das últimas décadas impõe novos desafios. O envelhecimento é um processo natural que ocorre ao longo de toda a vida e, apesar de bastante heterogéneo, acarreta uma panóplia de alterações biopsicossociais que potenciam situações de maior fragilidade e vulnerabilidade, entre elas as quedas. Mundialmente, as quedas são uma das principais causas de mortalidade e morbilidade nos idosos, decorrentes de diversas causas: biológicas, comportamentais, ambientais e socioeconómicas. A solidão e o isolamento são fatores que contribuem também para a sua ocorrência, diminuindo a qualidade de vida dos idosos. Este trabalho pretende dar a conhecer o protótipo de um dispositivo de detecção de quedas em pessoas idosas e os seus benefícios. Materiais e métodos: O protótipo foi desenvolvido em contexto académico no âmbito do projeto ZELAR@CB. Trata-se de um dispositivo de deteção de quedas de dimensões e consumo reduzidos, alimentado por uma bateria, passível de ser utilizado numa peça de vestuário ou acessório de acordo com a preferência do idoso. Usa um acelerómetro que em caso de queda, detecta o evento e classifica-o como queda através de algoritmos de inteligência artificial incorporados. Este dispositivo vem equipado com tecnologia LoRa 􀂱 rede comparável à rede WIFI, contudo com maior alcance, até cerca de 10 km. Aliado à Internet das Coisas 􀂱 IOT 􀂱 tem a capacidade de reunir e transmitir um conjunto de informações para um servidor na cloud. Esta arquitetura permite armazenar dados, e em simultâneo, emitir um alerta ao cuidador (in)formal, sob a forma de mensagem SMS ou de e-mail. O presente dispositivo permitirá reduzir o tempo decorrido entre a queda e a chegada de auxílio, seja auxílio da pessoa mais próxima do idoso ou às pessoas que mais rapidamente o podem ajudar, e consequentemente reduzir as consequências decorridas da queda. A utilização de uma rede LoRa permite um maior alcance comparativamente à rede Wi-Fi e restantes redes, pelo que o dispositivo poderá ser usado no exterior da habitação, possibilitando aos idosos manter as suas atividades diárias. Conclusão: A tecnologia atual pode ser usada na manutenção do bem-estar e qualidade de vida dos idosos, contribuindo para a sua autonomia e independência, mesmo quando estes vivem isolados. Este protótipo, ainda em fase experimental, beneficiará os idosos na medida em que diminuirá o tempo entre a ocorrência da queda e a chegada de auxílio, reduzindo as consequências e os recursos necessários ao tratamento e recuperação das quedas nesta população. Este dispositivo, permitirá a perceção de maior segurança melhorando a mobilidade e incentivando o Ageing in place.