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Neste espaço de opinião "Tem a palavra ..." foco a abordagem da grandeza massa preconizada nas atuais Aprendizagens Essenciais de Matemática para o 3.º ano do ensino básico, abrindo à discussão uma proposta de alteração das ações estratégicas de ensino do professor.
A geometria é um domínio curricular genuinamente presente em situações quotidianas, sociais e culturais e que tem um papel central no desenvolvimento de processos cognitivos característicos da atividade matemática. Não obstante, as práticas de ensino tendem a seguir uma abordagem tradicional, pouco exploratória e pobre em conexões, intra e extra-matemáticas, que relegam, com frequência, a geometria e o raciocínio espacial para segundo plano, dando prioridade aos números e operações aritméticas. A investigação destaca que a educação em contextos não formais, quando articulada com o trabalho em sala de aula, pode favorecer a diversificação das metodologias de ensino, potenciando aprendizagens ativas, significativas, integradas e socializadoras, e, simultaneamente, conduzindo a uma maior motivação e cooperação na realização de atividades. Os resultados da investigação nesta temática têm vindo a evidenciar a relevância educativa de contextos do meio próximo da escola/cidade, nos quais se enquadram, por exemplo, museus, exposições ou elementos do património natural e edificado. Partindo de orientações curriculares atuais para o ensino da matemática/geometria e ancorados nos princípios da Educação Matemática Realista e no modelo de pensamento geométrico de van Hiele, propomo-nos, com base numa revisão de literatura sobre as problemáticas acima referidas: discutir o papel e o valor da interação da escola com contextos do meio local para o ensino- aprendizagem da matemática; apresentar e analisar experiências didáticas desenvolvidas na interação entre contextos formais e não-formais propiciadas pela participação em visitas de estudo ou em trilhos matemáticos levados a efeito em espaços exteriores à escola.
Amato Lusitano, célebre médico e homem de ciência, é uma figura incontornável do renascimento europeu, nascida em Castelo Branco em 1511. No espaço envolvente da Escola Superior de Educação foi criado em 1998 um HORTO no âmbito de um Projeto Ciência Viva com vista a homenagear a sua vida, obra e espírito científico e dá-lo a conhecer à comunidade. Nele se podiam encontrar algumas das plantas que usava nas curas. Tendo decaído rapidamente o seu uso como espaço educativo aproveitou-se a comemoração dos 500 anos do nascimento de Amato Lusitano para a sua renovação transformando-o num espaço de educação não formal com potencialidades para o desenvolvimento de atividades de ensino e aprendizagem, tanto para futuros professores como para crianças das escolas da cidade e para investigação da relação entre espaços de educação formal e não formal. Apresenta-se o atual projeto de renovação do espaço salientando o seu relevo educativo na formação em ciências de professores para o ensino básico.
This article presents some contributions for teachers at all levels of education and for researchers in the history of science and in science education. It presents relevant contributions to support and illustrate the teaching and to encourage further investigations in a central domain of science and societies as is the measure and the systems of measure units
A educação em espaços não formais, tais como espaços urbanos ou outros, em que as atividades sejam desenvolvidas com objetivos bem definidos e numa perspetiva de articulação com o trabalho desenvolvido em sala de aula, pode favorecer um maior envolvimento, motivação e cooperação das crianças na realização de atividades e, concomitantemente, obter aprendizagens de âmbito curricular mais consistentes. Entende-se, assim, que, na sua formação, os futuros professores para o ensino básico devem ter a oportunidade de compreender as potencialidades dos espaços não formais no sentido de valorizar o contributo da interação entre as aprendizagens aí realizadas e as realizadas nos espaços formais. Foi com esse propósito que estimulámos a realização de trabalhos de iniciação à investigação incidindo sobre esta problemática e estreitamente ligados à ação pedagógico-didática no âmbito da Prática Supervisionada do 1º Ciclo do Ensino Básico. Os resultados têm vindo a apontar que se trata de uma estratégia adequada, ao nível da formação.
O Jardim de Paço Episcopal de Castelo Branco, ex-líbris da cidade, interliga espaços e objetos de grande dimensão estética. O traçado geométrico e a profusão de formas e elementos decorativos, aliados à vegetação e à estatuária em granito, conferem a este espaço um potencial de interdisciplinaridade passível de promover aprendizagens integradoras das várias áreas do currículo do 1º Ciclo do Ensino Básico. Trata-se, por isso, de um espaço de educação não formal cujo valor didático pretendemos evidenciar. No âmbito do mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, desenvolveram-se trabalhos de investigação centrados na questão do potencial educativo que assenta na inter-relação entre as aprendizagens realizadas no Jardim do Paço e as realizadas em sala de aula. Os estudos enquadraram-se na Prática de Ensino Supervisionada no 1º Ciclo do Ensino Básico e envolveram, de modo ativo e direto, uma turma de 24 alunos de 4º ano e a sua Professora Titular. Ainda que um dos trabalhos estivesse focado na aprendizagem das ciências e outro na aprendizagem da matemática, em ambos se fixaram como objetivos do estudo: (i) Construir e avaliar recursos didáticos para a aprendizagem não formal no Jardim do Paço que relevem as atividades de natureza prática como experiências de aprendizagem em Ciências e Matemática; (ii) Evidenciar o contributo das atividades realizadas para a aquisição de competências na área das Ciências e Matemática de alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico. Decorrente da problemática e das questões de investigação, em termos metodológicos, optou-se por uma investigação qualitativa. Tratando-se de alunos que pretendem contribuir para o incremento do conhecimento e melhoria das práticas pedagógicas, adotou-se um design de investigação-ação. Nesse sentido, foi seguido um faseamento de planificação, ação, observação e reflexão sobre a ação, no sentido da melhoria de competências profissionais e contribuir para o incremento do conhecimento e melhoria das práticas pedagógicas, adotou-se um design de investigação-ação. Nesse sentido, foi seguido um faseamento de planificação, ação, observação e reflecção sobre a ação, no sentido da melhoria de competências profissionais e contribuindo para a compreensão da prática educativa.Tendo em conta a participação ativa dos alunos no decorrer das atividades realizadas no Jardim do Paço, os comentários e os registos escritos (textos e desenhos) efetuados no regresso à escola, entendemos que este espaço proporciona oportunidades únicas para realizar aprendizagens diferentes do habitual. A natureza das atividades propostas, elaboradas com base nos recursos do próprio Jardim, contribuiu para uma maior motivação da turma, relevando a dimensão afetiva da aprendizagem e permitindo melhorar a compreensão de conceitos.
O estágio ocupa um tempo privilegiado na formação dos professores. É nele que se desenvolvem as competências associadas à profissão docente, ou seja, aquelas que lhes serão indispensáveis para potenciarem a formação de cidadãos responsáveis, ativos e implicados na construção de uma sociedade sustentável e democrática. A escola é, com frequência, apontada como um espaço fechado à comunidade e desfasada da realidade social. Contudo, pouco tem sido feito no sentido de evitar essa destoante identidade daquela que se esperaria que fosse uma instituição renovadora e capaz de preparar os jovens para o futuro. Contrariamente ao que nos habituamos a afirmar, os meios urbanos oferecem um património educativo muito rico, fora da escola, do ponto de vista artístico, natural, científico, capaz de proporcionar contextos integradores para as aprendizagens (Paixão, 2006). Naturalmente que, se os estagiários não experienciarem, na prática de ensino, situações de planificação, implementação e avaliação de percursos de ensino e aprendizagem e a construção de recursos didáticos ajustados ao ensino em contextos não formais, fica dificultada a sua ação de futuros professores no sentido da abertura da escola à comunidade e ao meio envolvente. Foi com base nas premissas apresentadas que tomámos como objetivo desenvolver uma estratégia formativa que proporcionasse aos nossos estagiários a oportunidade de se iniciarem no ensino em contextos não formais. Concebemos um projeto de dinamização de um espaço exterior à ESE de Castelo Branco (Horto de Amato Lusitano, em homenagem ao ilustre médico albicastrense renascentista) que permite realizar atividades integradas, que envolvem várias áreas curriculares, e tão diferenciadas como, por exemplo, plantar e semear, preparar mezinhas com plantas da flora de Amato Lusitano ou fazer jogos ao ar livre. Os resultados, ao longo dos últimos três anos têm sido muito positivos (Jorge & Paixão, 2012).
A prática de ensino supervisionada ocupa um tempo privilegiado na formação para o ensino da matemática, promovendo o desenvolvimento de competências associadas å profissão docente, mormente aquelas que serão indispensáveis para a formação de futuros cidadãos responsáveis, ativos e implicados na construção de uma sociedade da qual a matemática é parte indissociável. Para tal, a escola deve ser uma instituição aberta å comunidade, em sintonia com a realidade, renovadora, capaz de proporcionar bem-estar pessoal, físico e social aos jovens e prepará-los harmoniosamente para o futuro. Naturalmente que, se os estagiários não experienciarem situações de planificação, implementação e avaliação de percursos de ensino e aprendizagem e a construção de recursos didáticos ajustados ao ensino de conteúdos curriculares em contextos não formais, fica dificultada a ação de futuros professores no sentido da abertura da escola comunidade e ao meio envolvente. Com o estudo aqui apresentado, sustentado nas premissas e na problemática expostas, propusemo-nos desenvolver e avaliar uma estratégia formativa que proporcionasse aos nossos estagiários a oportunidade de se iniciarem no ensino da matemática, numa perspetiva integradora com outras áreas do currículo do Iº CEB, na interação entre contextos formais e não formais. Os resultados, ao longo dos últimos três anos têm sido muito positivos.
Tese de Doutoramento apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Didáctica.
O estudo insere-se na linha da interação entre contexto formal e não formal através da exploração de conexões da exploração de conexões entre ciência e arte proporcionadas pelo património local. Tendo como finalidade contribuir para a abertura curricular da escola através da formação inicial de professores, definimos como objetivos planificar e implementar uma atividade experimental no Ensino Básico integrando aprendizagens na escola e num Museu e analisar o desenvolvimento profissional de uma futura professora. A metodologia assenta numa perspetiva qualitativa, num quadro de investigação-ação. Os resultados evidenciam que a aprendizagem dos alunos, a nível cognitivo, de capacidades e de atitudes, avaliadas por múltiplos registos, foi muito positiva. De igual modo, o contributo para o desenvolvimento profissional da futura professora revelou-se consistente.
Tendo em conta orientações atuais da educação em ciências, particularmente para a escolaridade básica, que dão relevo à integração de saberes e à contextualização das aprendizagens no meio local, a escola deve ser aberta ao quotidiano e capaz de assumir responsabilidades na formação de cidadãos implicados numa sociedade da qual a ciência é indissociável. Naturalmente que se os futuros professores não experienciarem situações de formação ajustadas a tais perspetivas as suas competências profissionais ficam limitadas. Apoiado nos pressupostos referidos, este estudo teve como objetivo compreender se a utilização de contextos não formais do meio próximo, na formação, constitui uma estratégia que inicia os futuros professores na planificação e implementação de sequências didáticas integradoras das ciências com outras áreas curriculares. A metodologia, de natureza qualitativa, centrou-se na análise da planificação e desempenho didático dos futuros professores. Os resultados da estratégia, ao longo dos últimos quatro anos, têm sido muito positivos
Os atuais documentos de orientação curricular para o Ensino Básico incluem o pensamento computacional como uma das capacidades matemáticas a desenvolver. Trata-se de uma novidade curricular em Portugal que acompanha tendências internacionais ancoradas na assunção da premência de dotar os cidadãos de ferramentas e competências cruciais para enfrentar os desafios e a complexidade que marcam o século XXI. Estes aspetos, também associados ao incremento do uso de ferramentas computacionais, estão refletidos no quadro do PISA 2022 no qual se assume que os jovens devem possuir e evidenciar capacidades de pensamento computacional na resolução de problemas em matemática. Neste trabalho apresentamos uma ação de formação desenvolvida com professores de matemática em que pretendemos evidenciar a relação entre pensamento computacional e resolução de problemas, através da apresentação, exploração e discussão de tarefas que mobilizem práticas associadas ao pensamento computacional, contemplando, se relevante, o recurso a tecnologias digitais.
Este trabalho reporta um estudo desenvolvido no âmbito da formação contínua de educadores e professores com foco no desenvolvimento de uma ação de curta duração centrada na realização de uma atividade de trabalho experimental, integrando ciências naturais, matemática e arte, tomando como contexto uma obra do artista plástico Manuel Cargaleiro. Os conteúdos da atividade focaram a pavimentação do plano com figuras poligonais e fenómenos da interação da luz com a matéria, evidenciando as cores. A ação tem vindo a ser oferecida como oficina de trabalho em diversas situações. Impôs-se, pois, analisar qual o interesse que despertava nos formandos, tendo-se estabelecido como objetivo do estudo avaliar a ação de formação através das opiniões dos participantes. Adotou-se uma metodologia de índole descritiva, tendo os dados sido recolhidos através de notas de campo e de um questionário construído para o efeito, contemplando um conjunto de questões fechadas associadas a uma escala de Likert e uma questão aberta. A análise dos dados foi orientada por duas categorias de análise: (i) perspetivas do potencial da atividade para a aprendizagem das crianças/alunos; (ii) perspetiva de ensino dos docentes. Os resultados sustentam que os participantes avaliaram positivamente a ação, nomeadamente ao nível da compreensão da natureza do trabalho experimental, do contributo da atividade para gerar motivação e desenvolver capacidades de questionamento, testagem, interpretação de dados e experimentação. Na perspetiva do ensino dos docentes, as opiniões convergem para o reconhecimento da relevância da ação para a formação contínua, para a interação entre contextos de educação formal e não formal e a integração de áreas curriculares.
O recurso ao património artístico local proporciona um novo foco de atenção para o desenvolvimento de tarefas em que o questionamento constitua o ponto de partida para a atividade do aluno e cuja resolução envolva desafio mental, físico e afetivo, favorecendo a compreensão concetual e a integração das áreas curriculares. Neste pressuposto, a exploração de tarefas de investigação através da metodologia de trabalho experimental permite desenvolver conhecimentos e mobilizar capacidades processuais básicas como prever, planear, testar as previsões, observar, registar, argumentar, elaborar conclusões.... Tal impõe a identificação prévia de um contexto a explorar que favoreça a formulação de questões-problema. A oficina de formação contínua que aqui se apresenta desenvolve-se a partir da análise de um dos quadros de Manuel Cargaleiro marcado pela geometrização da tela e pela profusão de cores que a luz transforma. Da chuva de ideias desencadeada pela apreciação da obra e seus efeitos estéticos resultam várias questões-problema. Apresentam-se duas, uma centrada na pavimentação do plano com quadriláteros e a outra na relação da cor dos objetos com a luz. A obtenção de resposta às duas questões, percorrendo as várias etapas do trabalho experimental, culmina com a obtenção de uma composição plástica que releva as conexões da matemática com as ciências e a arte.
O estudo apresentado tem como objetivo analisar a perceção de futuros professores sobre o seu desenvolvimento profissional e inovação didática. Recorremos à análise documental de catorze relatórios finais de estágio produzidos no âmbito de um curso de formação de professores para o 1.º Ciclo do Ensino Básico (6-10 anos), com especial enfoque na análise das reflexões produzidas sobre o potencial da interação entre a sala de aula e contextos não-formais. A análise de conteúdo das reflexões foi realizada com base na definição prévia de subcategorias para as duas categorias estabelecidas - desenvolvimento profissional e inovação didática. Os resultados apontam que proporcionar aos futuros professores a oportunidade de desenvolverem um trabalho de iniciação à investigação, estabelecendo a ligação entre a escola e um contexto não formal do meio próximo, se reflete de forma muito positiva no seu desenvolvimento profissional, particularmente, ao nível da assunção de uma perspetiva reflexiva sobre a prática e da descentração do foco de atenção de si próprios para as crianças. Igualmente, no que se refere à inovação didática, há evidências da valorização da aprendizagem dos alunos na interação entre contextos formais e não-formais bem como da apropriação de uma perspetiva de integração curricular.
A prática de ensino supervisionada ocupa um tempo privilegiado na formação para o ensino da matemática, promovendo o desenvolvimento de competências associadas à profissão docente, mormente aquelas que serão indispensáveis para a formação de futuros cidadãos responsáveis, ativos e implicados na construção de uma sociedade da qual a matemática é parte indissociável. Para tal, a escola deve ser uma instituição aberta à comunidade, em sintonia com a realidade, renovadora, capaz de proporcionar bem-estar pessoal, físico e social aos jovens e prepará-los harmoniosamente para o futuro. Naturalmente que, se os estagiários não experienciarem situações de planificação, implementação e avaliação de percursos de ensino e aprendizagem e a construção de recursos didáticos ajustados ao ensino de conteúdos curriculares em contextos não-formais, fica dificultada a sua ação de futuros professores no sentido da abertura da escola à comunidade e ao meio envolvente. Com o estudo aqui apresentado, sustentado nas premissas e na problemática expostas, propusemo-nos desenvolver e avaliar uma estratégia formativa que proporcionasse aos nossos estagiários a oportunidade de se iniciarem no ensino da matemática, numa perspetiva integradora com outras áreas do currículo do 1.º CEB, na interação entre contextos formais e não-formais. Os resultados, suportados na análise das reflexões das futuras professoras e das opiniões das professoras cooperantes, sustentam uma avaliação muito positiva.
No âmbito da Didática da Matemática e das Ciências de futuros educadores, temos vindo a desenvolver uma estratégia formativa que implica parcerias com instituições de prática, proporcionando o envolvimento numa tarefa de planificação seguida de intervenção com crianças. A estratégia valoriza a interação entre contextos formais e não formais, dando relevo ao património local, e a perspetiva integradora das duas áreas. O estudo visa analisar a relevância da estratégia para o desenvolvimento profissional de 15 futuras educadoras, tendo-se colocado a questão: Quais as perceções de futuras educadoras sobre o contributo para a sua formação da experiência vivenciada? Adotou-se uma metodologia descritiva e interpretativa em que os dados foram recolhidos por inquérito e reflexões escritas sobre a experiência de planificação e incursão na prática. A análise de dados baseou-se em três categorias previamente definidas. Os resultados revelam que a experiência se repercutiu de forma positiva, permitindo evidenciar o valor da estratégia formativa para despertar para a interação entre contextos formais e não-formais e para a integração curricular.
Toma-se como ponto de partida que o património artístico local apresenta um elevado potencial como recurso didático promotor de integração e transversalidade curricular. Paralelamente, assume-se que a educação em contextos não formais articulada com o trabalho na sala de aula pode favorecer a aprendizagem e, simultaneamente, incutir maior motivação e cooperação na realização de atividades. É, também, fortemente reconhecido que o trabalho experimental é uma metodologia ativa geradora de aprendizagens, simultaneamente, cognitivas, procedimentais e afetivas. Contudo, é consensual que tanto a interação entre contextos formais e não-formais como o trabalho experimental de cariz investigativo são, ainda, fracamente explorados no préescolar e no ensino básico, sendo, por isso, amplamente recomendado o incremento de formação contínua que possa colmatar dificuldades enfrentadas pelos profissionais. No âmbito da formação contínua de educadores e professores desenvolvemos uma ação de curta duração centrada na realização de uma atividade de trabalho experimental, integrando ciências naturais e matemática, tomando como contexto uma obra do artista plástico Manuel Cargaleiro. Os conteúdos da atividade focaram a pavimentação do plano com figuras poligonais e fenómenos da interação da luz com a matéria, evidenciando as cores. A ação tem vindo a ser oferecida como oficina de trabalho em diversas situações. Impôs-se, pois, analisar qual a o interesse que despertava nos formandos, tendo-se estabelecido como objetivo do nosso estudo avaliar a ação de formação através das opiniões dos participantes. A metodologia, de índole descritiva, consistiu na aplicação e análise de um questionário construído para o efeito, contemplando um conjunto de questões fechadas associadas a uma escala de 1 a 7 (1 - totalmente em desacordo; 7 - totalmente de acordo). A análise dos dados foi sustentada em duas categorias de análise: (i) perspetivas do potencial da atividade para a aprendizagem das crianças/alunos; (ii) perspetiva do ensino dos docentes. Para cada item procedeu-se à contabilização do número de respostas por nível de concordância e á construção de representações gráficas A análise global dos dados revela a predominância em todos os itens dos níveis 6 e 7, algumas respostas associadas ao nível 5, a inexistência de respostas associadas aos níveis 1, 2 ou 3 e um número residual de situações em que o formando assinalou o nível 4. Estes resultados sustentam que os participantes avaliaram positivamente a ação em termos do seu potencial para a aprendizagem dos alunos e em termos didáticos. Na perspetiva da aprendizagem dos alunos, a compreensão da natureza do trabalho experimental é o aspeto com maior homogeneidade de opiniões. Ao nível do desenvolvimento de competências, destaca-se a elevada concordância no contributo da atividade para gerar motivação e no desenvolvimento de capacidades de questionamento, testagem, interpretação de dados e experimentação. No que concerne à construção de conhecimentos cognitivos, sobressai a valorização da matemática e das ciências. Na perspetiva do ensino dos docentes, as opiniões convergem de forma mais notória para o reconhecimento da relevância da ação para a formação contínua e para a promoção da integração de áreas curriculares.
As atuais orientações curriculares para o ensino da estatística na educação básica preconizam estratégias de ensino e aprendizagem que promovam a análise exploratória de dados através de tarefas de índole investigativa, bem como do recurso a tecnologias digitais que apoiem o tratamento de informação estatística e a análise da situação em estudo. Destaca-se, em particular, o valor de uma abordagem que enfatize as relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, nomeadamente através da escolha de temáticas centradas em questões sociais e científicas relevantes, relacionadas com a vida pessoal e escolar dos alunos, que apoiem abordagens interdisciplinares e, especialmente, uma aprendizagem matemática com significado. O workshop que aqui se apresenta tem como objetivos: desenvolver um ciclo de investigação estatística (tomando como ponto de partida a formulação de um problema a ser resolvido através de procedimentos estatísticos e com recurso a tecnologia); e refletir sobre o valor e limitações do uso de tecnologias. Pela importância da água para a vida humana e pelo caráter interdisciplinar do tema no Ensino Básico, a água é a temática da qual emergirá a questão a partir da qual a sessão se organiza. Em termos de tecnologias digitais, privilegia-se o uso de folha de cálculo e de Applets (App) de uso livre, disponíveis on-line.
Apresenta-se um estudo desenvolvido na modalidade de ensino a distância, envolvendo alunos do 1.º ano de escolaridade. Ao longo de cinco semanas foram criados instrumentos de avaliação formativa na forma de questionários com elementos característicos de jogos digitais, envolvendo tarefas relacionadas com os conteúdos matemáticos lecionados (Quizzes matemáticos). Foram objetivos do estudo: (i) conhecer as emoções experienciadas por alunos do 1.º ano de escolaridade (6-7 anos) na realização de Quizzes matemáticos; (ii) analisar o valor de Quizzes matemáticos na avaliação formativa em matemática. O estudo, de índole qualitativo, seguiu um desenho de investigação-ação. As conclusões apontam a prevalência de emoções positivas e, pontualmente, emoções negativas e que os Quizzes favoreceram a integração de estratégias de avaliação em atividades de aprendizagem e a autorregulação das aprendizagens, cumprindo os propósitos da avaliação formativa.
Tese apresentada à Universidade do Minho como requisito parcial para a obtençao do título de Mestre em Educação
Propõe-se uma reflexão sobre o contributo da história da matemática, na formação inicial de professores da escolaridade básica, para o desenvolvimento de perspectivas sobre o valor social e cultural da matemática e para a promoção de práticas de ensino inovadoras. Defende-se que o envolvimento de futuros professores na resolução e exploração didáctica de problemas históricos viabiliza a implementação de estratégias de ensino que favorecem o estabelecimento de ligações com outras disciplinas do currículo e realçam as inter-relações entre a matemática e a sociedade.
Propõe-se uma reflexão sobre a integração da história da matemática em aulas de matemática da escolaridade básica através de problemas matemáticos de carácter recreativo ou de aplicação a situações do quotidiano social passado. Discute-se, em particular, o contributo que tais problemas podem representar para a concretização de um ensino da matemática que atenda à necessidade de promover o “desenvolvimento de atitudes positivas face à matemática e a capacidade de apreciar esta ciência”, nomeadamente desenvolvendo nos alunos a “compreensão da Matemática como elemento da cultura humana” e a “capacidade de reconhecer e valorizar o papel da Matemática nos vários sectores da vida social” (ME, 2007, p. 3). Toma-se como ponto de partida a descrição de um estudo desenvolvido no âmbito da formação inicial de professores para os primeiros anos de escolaridade (dos 6 aos 12 anos) e que envolveu o acompanhamento de três futuras professores em período de estágio e os seus professores cooperantes durante um período de dois anos. Após a fundamentação do estudo, apresenta-se, em linhas gerais, os objectivos do estudo, a metodologia adoptada e discute-se um exemplo concreto de exploração didáctica de um problema histórico. Por fim, salientam-se alguns dos resultados do estudo que sustentam a conclusão de que o recurso a problemas históricos favorece um ensino mais significativo da matemática, que ao mesmo tempo que aborda conceitos e processos matemáticos, viabiliza o estabelecimento de ligações com outras áreas curriculares e sobretudo permite realçar o carácter social da disciplina, tornando-a mais próxima, mais tangível, mais humana.
Este artigo insere-se num estudo desenvolvido no âmbito da formação inicial de professores da escolaridade básica (educação primária) com foco na resolução e exploração didáctica de problemas que ilustram usos da matemática em situação diversificadas do quotidiano social passado (problemas histéricos). Os resultados permitem-nos sustentar a relevância didáctica destes problemas e identificar algumas dificuldades à sua integração na aula de matemática. É esta discussão que aqui pretendemos fazer.
Apresenta-se uma experiência inovação da história da matemática na formação inicial de professores da educação básica que conduziu à sua exploração didáctica em turmas do 6ª ano de escolaridade. Das conclusões, destaca-se que o recurso a problemas matemáticos do passado, tanto de carácter aplicado como recreativo, afigura-se como uma via com muitas potencialidades para um ensino mais humanizado da disciplina.
Pretendemos discutir as oportunidades que os espaços de educação não formal oferecem para a implementação de um ensino e aprendizagem que evidencie a utilização da matemática em contextos sociais e culturais. A discussão apoia-se num estudo desenvolvido no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada no 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico e em que se planeou, implementou e avaliou uma visita ao Jardim do paço de Castelo Branco. Para apoiar a visita foi criado um conjunto de tarefas que, a par de visarem uma aprendizagem ativa da matemática, pretendiam despertar os alunos para a presença desta no mundo que nos rodeia. Apresentamos uma das tarefas propostas aos alunos no Jardim do Paço e analisam-se e discutem-se os resultados da atividade, bem como os textos e os desenhos livres realizados, após a visita, em sala de aula. A resolução da tarefa requereu dos alunos a mobilização e aplicação de conhecimentos matemáticos em contextos reais, contribuindo para aprendizagens contextualizadas. O empenho, a alegria e a motivação manifestada pelos alunos na realização das atividades apontam para uma forte interação entre os dois contextos, formal (escola) e não formal (Jardim do Paço de Castelo Branco).
Evidenciando a relevância do papel da inter-relação entre a escola e espaços de educação não formais, associada a experiências criativas e inovadoras de aprendizagem, apresenta-se um estudo desenvolvido com alunos de 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico, tomando como problemática de investigação compreender em que medida a realização de atividades práticas no Jardim do Paço de Castelo Branco estimula a aprendizagem das ciências/matemática e se repercute nas aprendizagens de âmbito curricular. Nessa perspetiva, construímos e validámos recursos didáticos cujo objetivo é promover aprendizagens em ciências/matemática, realizadas num ambiente de educação não formal, complementando os espaços formais com aspetos decorrentes da relação com o meio social e cultural. Apresenta-se e analisa-se uma das atividades propostas numa visita de estudo ao Jardim do Paço desenvolvida com base na observação e medição das sombras dos alunos. Em termos de envolvimento afetivo e de atitudes, os resultados foram muito positivos e relevantes, tendo, igualmente, ocorrido aprendizagens significativas e contextualizadas, ao nível de conhecimentos e de capacidades.
Apresenta-se um Programa de Formação de Professores centrado na história da Ciência/Matemática, utilizando problemas históricos para o desenvolvimento do conhecimento didáctico dos futuros professores.
Para além da escassez de materiais didácticos adequados, destaca-se a falta de conhecimentos históricos dos professores para a utilização de História da matemática no seu ensino. Aponta-se assim, a necessidade de formação dos professores neste domínio devendo perseguir três grandes objectivos complementares (1) conhecer e apreciar o passado da matemática (função informativa); (2) aprofundar a própria compreensão da forma como se constrói o conhecimento matemático (função epistemológica); (3) incorporar, reflectida e adequadamente, material histórico no seu ensino (função didáctica). O estudo que se apresenta aponta para a necessidade de criação, organização e validação de bons materiais de ensino
Aumentam os desafios que se colocam à escola para formar uma sociedade mais informada e com maior capacidade para resolver problemas. A complementaridade entre os espaços formais, associados à escola, e os espaços não formais, pelo seu potencial de criatividade e motivação cria oportunidades diversificadas de aprendizagem. Nestes pressupostos, o Jardim do Paço Episcopal de Castelo branco, ex-líbrís da cidade, com todo o seu peso cultural, revelou-se um espaço privilegiado para o desenvolvimento de atividades integradoras das várias áreas do currículo do 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB), com particular destaque para o estudo do meio e da matemática. Através de uma estratégia associada a experiencias criativas e inovadoras de aprendizagem, em que se evidencia o papel da inter-relação entre a escola e os espaços de educação não formal, desenvolveu-se um estudo envolvendo alunos de 4ª ano do 1º ano do 1º CEB, com o objectivo de avaliar o contributo de atividades práticas realizadas no Jardim do Paço e a sua repercussão nas aprendizagens de âmbito curricular. Neste estudo apresenta-se uma das actividades desenvolvidas durante uma visita ao jardim baseada na previsão, na observação e na medição das sombras dos próprios alunos. Neste sentido, construímos recursos didáticos integrando situações que proporcionaram a compreensão do fenómeno da intersecção da luz com os objectos opacos – formação da sombra. Apresentam-se e analisam-se os resultados obtidos referentes às representações dos alunos sobre a relação do comprimento da sombra com a sua altura e à aplicação de conceitos e procedimentos matemáticos e reflecte-se sobre as suas dificuldades. Os resultados foram positivos e relevantes, no que se refere à promoção de aprendizagens matemáticas e ao desenvolvimento de atitudes positivas face à disciplina, por parte dos alunos. Salienta-se, contudo, a necessidade de aprofundar o tema, continuando a explorar, em sala de aula, as experiências e aprendizagens decorridas no jardim do Paço.
Reconhecendo a importância que os espaços não formais assumem na promoção de aprendizagens de âmbito curricular, desenvolveu-se um estudo com o objectivo de avaliar o contributo da interacção entre os dois contextos, um não formal (Jardim do Paço Episcopal de Castelo Branco) e outro formal (casa de aula), Nesta perspectiva, construíram-se recursos didácticos para a exploração de conteúdos na área das Ciências da Natureza, proporcionando o contacto com o património histórico e cultural, de elevado valor estético, complementando o trabalho realizado na escola e contribuindo para uma interdisciplinaridade com outras áreas do saber. Descreve-se, nesta comunicação, o desenvolvimento de actividades centradas na associação das características das estações do ano à sua representação simbólica e apresentam-se os resultados da avaliação do seu impacto, numa turma de 4ª ano do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Neste estudo questionamos as potencialidades da abordagem curricular com base em experiências de aprendizagem integradoras, tomando como objetivo planear e analisar atividades matemáticas articuladas com a literatura e as expressões plástica e musical e direcionadas para o conhecimento do meio próximo. As evidências recolhidas e analisadas permitiram concluir que as atividades desenvolvidas alargaram os conhecimentos matemáticos das crianças e estimularam o desenvolvimento de competências comunicativas e de atitudes de autonomia e responsabilidade.
O presente estudo, desenvolvido no 2º ano de escolaridade, no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada, parte da importância da interação dos contextos formais e não-formais de educação para desenvolver aprendizagens curriculares. A problemática centra-se na premissa de que atividades de natureza prática num contexto não-formal do meio próximo dos alunos - o Horto de Amato Lusitano, em Castelo Branco - estimulam a exploração criativa de ideias matemáticas, em articulação com as ciências naturais. Desenvolveram-se, implementaram-se e validaram-se atividades de ensino-aprendizagem e os respetivos recursos didáticos. Os resultados obtidos valorizam a incentivam a continuação, quer da estratégia de ensino-aprendizagem quer da estratégia de formação inicial de professores.
A educação em ciências com orientação Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS) centra-se no reconhecimento da capacidade da ciência para o desenvolvimento de uma sociedade assente nos valores da democracia. Esta orientação implica mais do que ensino de conteúdos estritamente disciplinares. O património artístico construído pode ser fonte inspiradora para o enriquecimento curricular proporcionando aprendizagens ativas e integradas. Foi nesta linha que definimos como objetivo desenvolver, implementar e validar atividades e recursos que articulam as aprendizagens na escola e no Museu Cargaleiro (Castelo Branco), na educação em ciências no 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB). A investigação, com uma metodologia qualitativa, desenvolveu-se no âmbito do Estágio, numa turma de 4.ºano, inserindo-se na problemática da interação entre contextos de educação formal e não formal para a promoção da aprendizagem através da exploração de conexões das ciências com a arte. Para tal, planificámos uma visita de estudo ao Museu que contemplou a construção de recursos mediante o planeamento das três fases articuladas – antes, durante e após a visita. Da sequência didática, evidenciamos uma atividade de trabalho experimental que decorreu na fase após a visita, a fim de articular os conhecimentos adquiridos nas duas fases anteriores reforçando a compreensão dos fenómenos da luz e da cor, através da arte, envolvendo conhecimento da realidade próxima. Os resultados evidenciam que a aprendizagem dos alunos a nível de atitudes e capacidades e a nível cognitivo, avaliadas através de múltiplos registos, foi muito positiva.
Assente no pressuposto do valor da interação da escola com o meio local, concretizado em visitas de estudo projetadas para propiciarem aprendizagens curriculares, desenvolvemos uma estratégia formativa potenciadora da oportunidade de as nossas estagiárias se iniciarem no ensino das ciências e da matemática no 1.0 Ciclo do Ensino Básico (1.0 CEB) explorando a interação entre contextos formais e não-formais, através de estudos de Investigação-ação (1-A), desenvolvidos durante o estágio. O estudo aqui apresentado teve como objetivo analisar a perspetiva de futuras professoras sobre o valor atribuído á interação entre os dois contextos na sua formação. Em termos metodológicos, optámos pela análise documental de catorze relatórios de estágio do Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.° CEB, com especial enfoque nas reflexões das futuras professoras sobre o recurso aos contextos não-formais nas práticas de ensino. Os resultados permitem concluir que vários espaços da cidade têm vindo a evidenciar um elevado potencial motivacional, de desenvolvimento profissional e de inovação pedagógica e didática dos futuros professores
A formação inicial de professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB) deve ter em consideração a construção de um perfil de professor capaz de proporcionar aprendizagens ativas e significativas, numa perspetiva integradora do conhecimento. Tal implica a promoção de competências profissionais reflexivas e o desenvolvimento de práticas educativas contextualizadas. Nesse sentido, toma-se como premissa que envolver os futuros professores, no decurso da formação, mas particularmente durante o tempo de Prática de Ensino Supervisionada (PES), em planeamento, implementação e avaliação de atividades diferentes das práticas tradicionais com reduzido grau de desafio, conduz ao desenvolvimento profissional e à inovação didática. Sustentadas no pressuposto anterior, concebemos uma estratégia formativa que inicia os futuros professores na exploração da interação entre contextos formais e não-formais, concretizada em sequências didáticas estruturadas em pré-visita, visita e pós-visita, através de estudos de investigação-ação conduzidos na PES. O estudo apresentado tem como objetivo analisar a perceção de futuros professores sobre o seu desenvolvimento profissional e inovação didática. Em termos metodológicos, recorremos à análise documental, sendo que o nosso corpus de análise são catorze relatórios de estágio no âmbito do Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º CEB, com especial enfoque na análise das reflexões produzidas sobre o potencial da interação entre a sala de aula e contextos não-formais. Recorremos à análise de conteúdo, com base na definição prévia de subcategorias para as duas categorias estabelecidas (desenvolvimento profissional e inovação didática). Os resultados apontam que proporcionar aos futuros professores a oportunidade de desenvolverem um trabalho de iniciação à investigação, estabelecendo a ligação entre a escola e um contexto não formal do meio próximo, se reflete de forma muito positiva no seu desenvolvimento profissional, particularmente, ao nível da assunção de uma perspetiva reflexiva sobre a prática e da descentração do foco de atenção de si próprios para as crianças. Igualmente, no que se refere à inovação didática, há evidências da valorização da aprendizagem dos alunos na interação entre contextos formais e não-formais, bem como da apropriação de uma perspetiva de integração curricular favorável ao desenvolvimento e enriquecimento do currículo do 1.º CEB.
É desejável que a formação inicial de professores do 1º Ciclo do Ensino Básico contribua para construir um perfil de profissional capaz de proporcionar aprendizagens significativas, articulando e enriquecendo as várias áreas do currículo. Tomou-se, assim, como pressuposto o valor da interação da escola com contextos não formais que, concretiza em visitas de estudo desenvolvidas intencionalmente durante o período de Prática Supervisionada, proporciona a oportunidade de planificarem, implementarem e avaliarem práticas promotoras de desenvolvimento profissional reflexivo. Assim, concebemos uma estratégia formativa que se enquadra na problemática de como contribuir para a melhoria da formação, criando oportunidade de os futuros professores usarem o património local como recurso educativo, através de estudos de Investigação-Ação. Na senda de que o desenvolvimento profissional envolve competências que vão para além do domínio cognitivo e procedimental do ensinar, o estudo aqui apresentado teve como objetivo analisar as perceções de futuras professoras relativamente à valorização da aprendizagem com recurso aos contextos não formais locais e a sua perspetiva afetiva na ação docente. Em termos metodológicos, recorremos à análise de um corpus constituído por catorze Relatórios de Estágio, com enfoque na análise de conteúdo das reflexões sobre o potencial da interação entre a escola e os contextos não formais locais. Foram previamente estabelecidas duas categorias: C1. Valorização da aprendizagem dos alunos na interação entre contextos formais e não formais, e C2.Perspectivas afetivas na prática. O entusiasmo e envolvimento das futuras professoras foram identificados nos Relatórios, como importante componente motivacional. Destaca-se, como conclusão, o empenho das futuras professoras na concretização de sequências didáticas que representam uma alternativa metodológica no ensino no 1º Ciclo, através de evidências de valorização da Investigação-Ação na Prática e da aprendizagem que o recurso aos contextos não formais locais proporciona, tendo também evidenciado uma elevada afetividade positiva relativamente à estratégia formativa.
O presente Livro de Resumos apresenta, em português e inglês, os contributos partilhados no I Encontro “Supervisão e Avaliação na Vida das Escolas” e no II Seminário Internacional de Educação em Ciências, que decorreram, em conjunto, na ESE de Castelo Branco nos dias 8 e 9 de junho de 2018. A decisão de juntar dois encontros científicos resultou do sentir que a complexidade do tempo, acelerada pelo desenvolvimento científico e tecnológico, também gere a Vida das Escolas, dando, assim, relevo e fundamento a qualquer que seja o âmbito e o grau de flexibilização e de integração de saberes. A finalidade dos eventos traduziu-se em criar oportunidades de diálogo produtivo e construtivo entre todos os participantes através do confronto de estudos e experiências diversificadas, que os Resumos traduzem. O Encontro "Supervisão e Avaliação na Vida das Escolas" teve como objetivo contribuir para o avanço e debate das teorias e para a partilha de experiências inovadoras nas práticas de supervisão, avaliação e áreas conexas, em todos níveis e áreas de educação e ensino. O II Seminário Internacional de Educação em Ciências centrou-se no objetivo de juntar a comunidade de Educação em Ciências na procura de novos desafios e novos sentidos da aprendizagem, do ensino e da formação, em todos os contextos onde se aprende, ensina e forma em e para a ciência e a tecnologia.
O estudo que se apresenta respeita a um Projeto em desenvolvimento que pretende dar resposta à seguinte questão-problema: Como potenciar aprendizagens de Matemática (dimensões cognitiva, capacidades e atitudes), numa perspetiva de conexões com outras áreas do conhecimento, através de atividades e recursos relacionados com as temáticas de um Centro de Ciências de Montanha? A metodologia de índole qualitativa assenta num estudo de caso de investigação-ação. Constitui-se como um contributo para a implementação do Centro Energia Viva na Montanha-Manteigas e espera-se que possa emergir um conjunto de atividades e recursos didáticos pedagogicamente validados, inseridos nas linhas de intervenção do Centro.
Sentindo há algum tempo a necessidade de aproximar os que se interessam pelas áreas da supervisão e avaliação, vertendo-as para a realidade das escolas, por serem fulcrais enquanto suportes do desenvolvimento orientado, apoiado e direcionado para as aprendizagens, demos início a um encontro naquelas áreas designando-o de I Encontro “Supervisão e Avaliação na Vida das Escolas” (I ESAVE). Como nos tínhamos comprometido a organizar o II International Seminar on Science Education (II ISSE) decidimos juntar os dois eventos, convictos de que se complementavam, uma vez que a complexidade do tempo, acelerada pelo desenvolvimento científico e tecnológico, também gere a vida das escolas, dando, assim, relevo e fundamento a qualquer que seja o âmbito e o grau de flexibilização e de integração de saberes. A junção convidava, pois, a dar espaço ao ensino e às didáticas específicas. A finalidade do evento, no seu conjunto, traduziu-se, então, em criar oportunidades de diálogo produtivo entre todos os participantes sobre temáticas confluentes para se atingirem os objetivos traçados: - Contribuir para o avanço e debate das teorias e para a partilha de experiências inovadoras nas práticas de supervisão, avaliação e áreas conexas. - Juntar comunidades das diversas áreas na procura de novos desafios e novos sentidos da aprendizagem, do ensino e da formação, em todos os níveis e contextos onde se aprende.
Sendo escassa a literatura sobre aprendizagens matemáticas em contextos não-formais, o Centro “Energia Viva de Montanha”, a instalar em Manteigas, na antiga fábrica do rio, apresentou-se-nos como uma oportunidade para conectar a Matemática com situações ligadas à vida e ao lazer de Montanha, de forma lúdica e amplificadora do currículo do ensino básico (6-10 anos). Neste enquadramento, e no âmbito dos temas em torno do qual se construirá o Centro - Montanha e Energia -, e das suas linhas de intervenção - Conhecer a Montanha, Expedição à Montanha, Viver a Montanha e Resgate na Montanha -, delineámos um projeto de investigação, a desenvolver no âmbito de um programa de doutoramento em Educação, que parte da seguinte questão-problema: Como potenciar aprendizagens de Matemática, numa perspetiva de conexões com outras áreas, através de atividades e recursos relacionados com as temáticas de um Centro de Ciências de Montanha? Neste artigo propomo-nos apresentar em linhas gerais o projeto de investigação, a desenvolver, apresentando, nomeadamente, os objetivos do estudo, o enquadramento teórico, as principais opções metodológicas e os principais resultados esperados.
Apresenta-se uma exposição interactiva que propõe a resolução de problemas matemáticos históricos, relativos a cinco grandezas físicas, por recurso a unidades de medida antigas. Para além dos problemas, também se apresenta um friso histórico em que se apresenta a evolução das unidades de medida, ao longo dos séculos da nacionalidade portuguesa. São indicadas propostas manipulativas e de lápis e papel de resolução dos problemas. Também para o friso histórico, é indicada uma proposta de exploração.
É actualmente bem sentida a necessidade de desenvolver competências transversais de resolução de problemas. Considerando a utilização de espaços de aprendizagem não formais como um bom complemento de aprendizagem das ciências/matemática e reconhecendo a História da Ciência como uma abordagem que proporciona, entre outros aspectos, excelente motivação, desafiamo-nos a desenvolver um Projecto de uma Exposição interactiva constituída por um conjunto de módulos de problemas matemáticos históricos com resolução manipulativa, associados a grandezas físicas abordadas no 1o e 2o CEB (massa, volume, capacidade, área e comprimento). Evidenciamos as potencialidades educativas do projecto, dando conta da avaliação por professores que a visitaram com os seus alunos.
A resolução de problemas, entendida como uma competência transversal, assume uma importância fundamental por contribuir para desenvolver conhecimento conceptual e processual e outras competências, tais como prever, planear, formular hipóteses, controlar variáveis ou comunicar. A história da ciência assume, igualmente, um elemento potenciador de aprendizagens de qualidade, entre outros aspectos, pela riqueza de contextos e situações que oferece e que são passíveis de articulação com o currículo, proporcionando uma aproximação cultural à ciência e contribuindo para uma interdisciplinaridade com diferentes áreas do saber. Tendo em conta que a resolução de problemas históricos constitui uma oportunidade ímpar para, recorrendo a contextos do passado, estabelecer novas visões sobre muitos temas actuais, em particular quando surgem associados a experiências inovadoras de aprendizagem, concebemos, organizámos e dinamizámos uma Exposição Científica Interactiva. Neste trabalho, descreve-se a Exposição e apresentam-se os resultados da avaliação do seu impacto junto de professores e alunos que nela participaram e que apontam que o Projecto se apresentou como muito inovador.
Um aspeto essencial da educação no 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB) prende-se com a implementação de práticas de ensino direcionadas para o desenvolvimento integrado de atividades e áreas do saber, promotoras do desenvolvimento cognitivo dos alunos, do crescimento das capacidades relacionais e da aquisição de cultura científica. Nesse âmbito, cada vez mais se requerem oportunidades de aprendizagem diversificadas, estabelecendo a complementaridade entre os espaços formais, associados à escola, e os espaços não formais, pelo seu potencial de interdisciplinaridade, criatividade e motivação. Tomando como referência dois estudos desenvolvidos com uma turma de 4.º ano do 1.º CEB, apresentamos alguns dos recursos didáticos desenvolvidos para apoiar a exploração didática de um espaço de educação não formal – o Jardim do Paço de Castelo Branco – e implementar práticas de ensino integrando as áreas de estudo do meio e matemática. Apresentam-se evidências das atividades desenvolvidas pelos alunos, analisam-se os resultados obtidos e sustenta-se a pertinência da utilização dos espaços não formais para a promoção de aprendizagens de índole curricular.
A consideração da história da ciência/matemática contribui para evidenciar dificuldades de compreensão de conceitos e evidencia a natureza da ciência/matemática e do conhecimento científico bem como das comunidades que, em diferentes épocas ou contextos, deram passos para o avanço da ciência. É na intersecção de todos estes aspectos, tomados como valiosos do ponto de vista educativo, que se concebeu o Projecto "Problemas com Conta, Peso e Medida" que se apresenta no Poster e do qual já se obteve uma avaliação prévia por parte de professores do 1º e 2º ciclos que tomaram contacto com os módulos dos problemas históricos propostos.
Apresenta-se parte de um estudo, inserido na problemática da interação entre contextos de educação formal e não formal, desenvolvido com alunos de 2º ano de escolaridade no âmbito da prática de ensino supervisionada e que inclui como objetivo analisar em que medida envolver os alunos na realização de tarefas de natureza problemática, apresentadas de modo lúdico num contexto de educação não formal, se repercute na motivação para a realização de atividade matemática e na aprendizagem. Adotou-se uma metodologia de investigação-ação de índole qualitativa, implicando o uso de diversas técnicas de recolha de dados, a definição de categorias de análise e o recurso à triangulação metodológica como técnica de validação. A análise dos resultados evidenciou que o caráter lúdico que a tarefa assumiu contribuiu para o entusiamo e empenho com que os alunos se envolveram na sua resolução nos dois contextos. Sobressai ainda a compreensão das condições do problema, a verificação da adequação da estratégia usada e a promoção de capacidades de raciocínio e de resolução de problemas.
Neste artigo pretende-se apresentar, particularmente à comunidade espanhola, a natureza e objetivos do Encontro Nacional de Educação em Ciências (ENEC), a reunião científica em território português mais alargada da comunidade de investigação e de prática de educação e ensino na área da educação em ciências. Este encontro tem vindo a contar com a participação de investigadores e professores de muitos países da América Latina e de países de expressão portuguesa. De modo específico, aborda-se o XIII ENEC que decorreu em Castelo Branco no ano de 2009, fazendo a apresentação e a avaliação do Encontro pelos participantes.
Articular a educação com os processos de formação dos indivíduos como cidadãos, ou articular a escola com a comunidade educativa de um território é uma demanda da sociedade atual. Esta perspetiva aponta que a educação não formal, entendida como aquela que ocorrendo fora da escola tem intenção de ensinar e de desenvolver aprendizagens mais relevantes, permite enquadrar as crianças e as suas aprendizagens no meio natural e social envolvente, favorece uma abordagem mais contextualizada do processo de ensino-aprendizagem e conduz à formação de cidadãos mais despertos para o mundo. O estudo que se apresenta, inserido na problemática da interação entre educação formal e não formal, desenvolvido com alunos de 2.º ano de escolaridade no âmbito da prática de ensino supervisionada, visou dar resposta à seguinte questão: De que forma a exploração do tema “os cinco sentidos”, no Horto de Amato Lusitano, através da realização de atividades de cariz prático, contribui para a aprendizagem das Ciências? Adotou-se uma metodologia de investigação-ação de índole qualitativa, implicando o uso de diversas técnicas de recolha de dados e a definição de categorias de análise. Da análise dos resultados sobressaem como conclusões que: os alunos compreenderam as potencialidades dos seus sentidos, apercebendo-se da importância para a sua vida; as aprendizagens foram bastante ricas e abrangentes, ao nível da aquisição de conceitos, do desenvolvimento de capacidades científicas e da componente afetiva e relacional.
Com base numa exposição interativa construída no âmbito de um Projeto Ciência Viva "Problemas com conta, peso e medida", o livro apresenta uma proposta de exploração de um friso histórico relativo à evolução das medidas em Portugal (das origens à atualidade) e de problemas sobre antigas unidades de medida para cinco grandezas físicas (comprimento, área, volume, capacidade e massa) com resoluções manipulativas.
Descreve-se e analisa-se a implementação e avaliação de um projeto desenvolvido no âmbito da Didática da Matemática e das Ciências Naturais envolvendo os futuros-educadores, educadoras de Infância habitualmente cooperantes na Prática de Ensino Supervisionada e as suas crianças de quatro e de cinco anos, e docentes de Didática. “O linho - da semente ao tecido” foi a temática escolhida; indo ao encontro do património local induziu uma abordagem integradora do contexto formal (Jardim-de-Infância) e não-formal (Horto de Amato Lusitano) em três momentos: Pré-visita; Vista e Pós-vista e atividades matemáticas articuladas. A avaliação pelos intervenientes foi muito positiva.
Apresenta-se uma proposta formativa em que se proporciona aos futuros educadores a oportunidade de compreenderem e usarem o património regional como recurso didático na Educação de Infância. A ação didática foi estruturada em pré-visita, visita e pós-visita e contemplou situações de planificação, implementação e reflexão, na interação entre um contexto formal (Jardim de Infância) e não formal (viagem de comboio a Castelo Novo, aldeia histórica, e Póvoa da Atalaia, aldeia onde nasceu o poeta Eugénio de Andrade). O objetivo foi o de proporcionar experiências formativas foi inseridas no projeto educativo de uma instituição cooperante da instituição formadora e requerendo o desenvolvimento de diversas atividades relacionadas com o poeta Eugénio de Andrade, visando a promoção de aprendizagens de índole curricular, nomeadamente, em Matemática, Ciências Naturais, Português e Estudo do Meio Social. A avaliação pelos intervenientes foi muito positiva.
A formação inicial de professores é a primeira etapa do desenvolvimento para a profissionalização docente. É, pois, indispensável garantir uma formação de elevada qualidade que a par de competências da área disciplinar desenvolva competências transversais. Neste estudo pretendemos responder à seguinte questão: Que representações têm os docentes do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla sobre a formação docente e as competências transversais a adquirir pelos seus diplomados ao longo da sua licenciatura? Através de uma metodologia de tendência quantitativa, construímos, validámos e aplicámos um questionário aos docentes. Para a análise das 52 respostas, usamos estatística descritiva suportada pelo programa SPSS. Os resultados permitiram concluir que os docentes evidenciam a perceção de que os seus diplomados recebem uma formação de qualidade média e de que adquirem apenas competências transversais básicas.
O livro representa o culminar do Encontro Internacional em Património, Educação e Cultura 2022 (EIPEC’22), organizado pelo Centro de Investigação em Património, Educação e Cultura do Instituto Politécnico de Castelo Branco (CIPEC), com a finalidade de promover a discussão e reflexão sobre desafios e recomendações vertidas na Estratégia para o Património Cultural Europeu para o século XXI. Para a sua consecução, foram traçados os seguintes objetivos: -Debater processos educativos, formativos e criativos direcionados para a preservação, valorização e apropriação do património; -Motivar para a integração e dinamização do património em contextos diversificados. Os dezoito capítulos que compõem o livro oferecem uma visão abrangente e enriquecedora sobre perspetivas, desafios e práticas de salvaguarda do património cultural, veiculadas pelos participantes no EIPEC’22 que responderam favoravelmente ao desafio de escrever um texto sobre a sua intervenção no evento.
Neste texto, propomo-nos evidenciar alguma da geometria subjacente ao trabalho do canteiro tradicional, quer ao nível das ferramentas e técnicas utilizadas, quer ao nível da simetria dos padrões produzidos.
Este artigo apresenta resultados de um estudo em que foram analisadas as potencialidades da supervisão colaborativa, enquanto estratégia formativa, em contexto de formação contínua de professores de matemática dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, numa perspetiva da promoção do seu desenvolvimento profissional. O estudo desenvolveu-se segundo um paradigma de investigação qualitativo com recurso a processos quantitativos, recorrendo a uma metodologia de investigação-ação centrada na realização de uma oficina de formação de 50 horas no âmbito da qual foram estudados três casos, tendo-se analisado três categorias: o desenvolvimento da capacidade reflexiva, a abertura à mudança e o desenvolvimento da autonomia. Apresentam-se os resultados relativos às estratégias implementadas, o seu impacto, e ainda os constrangimentos detetados ao longo de todo o processo.
A formação em didática ganha relevo na interação com a prática, através da construção colaborativa de planificações, seguidas de implementação e alvo de reflexão sobre a ação. Na ação educativa privilegiam-se experiências de aprendizagem diversificadas e ativas, originadas em questões desafiadores, com sentido para as crianças e capazes de as envolver em atividades práticas e investigativas, integradoras de áreas da Educação Pré-escolar. Assentes neste pressuposto, temos como objetivos apresentar e analisar uma experiência vivida por futuras educadoras numa intervenção didática com crianças de 5 anos em termos do valor para a sua formação e para a aprendizagem das crianças. Adotou-se uma metodologia qualitativa e os dados foram recolhidos por análise documental. Os resultados evidenciam a apropriação de uma perspetiva de integração curricular e a valorização positiva da experiência didática, com destaque para o interesse, a motivação e o papel ativo das crianças.
Este livro reúne trinta artigos dos participantes no I Encontro em Património, Educação e Cultura (I EIPEC), organizado pelo Centro de Investigação em Património, Educação e Cultura (CIPEC) do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que responderam ao desafio de partilhar resultados de investigação e de práticas profissionais nas áreas temáticas do evento.
O estudo que se apresenta teve como principal finalidade identificar, caracterizar e partilhar, a nível de Instituições de Ensino Superior (lES), ações desenvolvidas nos cursos de formação de profissionais de educação, que potenciassem a promoção de competências de planificação, implementação e avaliação de práticas integradas de educação formal e não-formal em ciências (PIEC). O estudo contemplou todas as lES públicas portuguesas que ofereciam cursos de formação de professores com componente de ciências: 25 lES e 75 cursos. Como técnica de recolha de dados optou-se pelo inquérito por entrevista, dirigida aos coordenadores/diretores de curso (C/D). O retorno foi de 72%. Os dados foram analisados com recurso à técnica de análise de conteúdo através de um sistema categorial misto. Os C/D consideraram as PIEC muito importantes e afirmaram que os estudantes também lhe reconheciam importância para a sua formação, considerando contribuírem para o desenvolvimento dos seus conhecimentos, capacidades, atitudes e valores. Apesar disso, 11% dos inquiridos admite não se desenvolver PIEC em qualquer das Unidades Curriculares (UC) dos cursos dos quais são responsáveis. Em relação aos outros cursos, são identificadas as UC onde essas práticas predominam, assim como estratégias/atividades desenvolvidas. Relativamente à perceção dos C/D sobre a preparação dos estudantes para desenvolver PIEC, nas suas futuras práticas profissionais, 65% afirma ser insuficiente.