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Em 1833 foi instituído, no Porto, o Museu de Pinturas e Estampas e a João Baptista Ribeiro, figura proeminente na época (Viana, 1991), atribuída a função de organizar o respectivo Museu. Na execução das suas tarefas, Baptista Ribeiro projecta uma Casa d’ estudo no Museu, no intuito de proporcionar uma aprendizagem no campo das belas artes. Em Portugal, procurava-se, nesse período, organizar o sistema de ensino artístico, o que efectivamente acontece com a fundação das Academias de Belas Artes, em 1836. Nesse sentido, a proposta de Baptista Ribeiro parece enquadrar uma situação emergente e fundamental, nesse campo. Neste texto propomos uma reflexão sobre práticas e estratégias de estudo concebidas para uma formação artística, no período anterior à constituição das Academias. Deste modo, pretendemos analisar a proposta Baptista Ribeiro para o Museu e confrontá-la com outras iniciativas ocorridas na época, perscrutando possíveis influências na constituição do ensino académico.
A função do desenho na metodologia projectual do designer tem merecido o interesse de vários autores. Nessas abordagens, está presente a afirmação de que o desenho é essencial no processo de investigação do design para o registo de diversas variantes e de várias soluções ao longo da metodologia projectual (Cross, 2007). As profundas alterações da natureza do Design provocadas pelo contexto histórico actual (Norman, 2011) justificam a pertinência de uma reflexão alargada em torno do papel do desenho nos cursos de design, adaptado a esta nova realidade. Este é um desafio colocado hoje às instituições de ensino e seus intervenientes, na organização de estruturas curriculares e métodos pedagógicos. Conceitos como colaboração ou design multidisciplinar, entre outros, têm sido debatidos como estratégias para o ensino do design (Heller and Talarico, 2011, pp. 82-85). Neste contexto, e enquanto docentes nas áreas do Desenho e do Design, importa-nos abordar as seguintes questões: - de que forma é possível enquadrar métodos do desenho ao ensino do design actual? - de que forma poderá o Desenho ser pensado enquanto prática interdisciplinar? - que contributos podem essas práticas trazer para o processo de ensino/aprendizagem? Com base nestas preocupações, desenvolveu-se um projecto interdisciplinar entre as unidades curriculares de Desenho e de Estética e Teoria do Design no Curso de Design Gráfico, na Instituição onde leccionamos. Neste artigo, apresentaremos os objectivos e o processo desenvolvido, assim como a análise e conclusões desta experiência pedagógica.
Mediterranean evergreen oak woodlands of southern Portugal (montados) are savannah-type ecosystems with a widely sparse tree cover, over extensive grassland. Therefore, ecosystem water fluxes derive from two quite differentiated sources: the trees and the pasture. Partitioning of fluxes according to these dif- ferent sources is necessary to quantify overall ecosystem water losses as well as to improve knowledge on its functional behaviour. In southern Iberia, these woodlands are subjected to recurrent droughts. Therefore, reaction/resilience to water stress becomes an essential feature of vegetation on these ecosys- tems. Long-term tree transpiration was recorded for 6 years from a sample of holm oak (Quercus ilex ssp. rotundifolia) trees, using the Granier sap flow method. Ecosystem transpiration was measured by the eddy covariance technique for an 11-month period (February to December 2005), partly coincident with a drought year. Pasture transpiration was estimated as the difference between ecosystem (eddy covari- ance) and tree (sap flow) transpiration. Pasture transpiration stopped during the summer, when the sur- face soil dried up. In the other seasons, pasture transpiration showed a strong dependence on rainfall occurrence and on top soil water. Conversely, trees were able to maintain transpiration throughout the summer due to the deep root access to groundwater. Q. ilex trees showed a high resilience to both sea- sonal and annual drought. Tree transpiration represented more than half of ecosystem transpiration, in spite of the low tree density (30 trees ha􏰀1) and crown cover fraction (21%). Tree evapotranspiration was dominated by transpiration (76%), and interception loss represented only 24% of overall tree evaporation.