Type

Data source

Date

Thumbnail

Search results

51 records were found.

A mosca-da-cereja (Rhagoletis cerasi L.), considerado o principal fitófago da cerejeira na Europa, atinge na região da Cova da Beira (Portugal) níveis de infestação dos frutos de 7%-8%, nas cultivares semi-tardias e tardias. Neste trabalho elaboraram-se as curvas de voo de R.cerasi, de 1988 a 1990, em cinco pomares da Cova da Beira, situados a cotas de altitude entre 520 m e 725 m. Os voos mais temporões iniciaram-se no princípio de Maio, embora as primeiras larvas só fossem detectadas a 1 de Junho. A armadilha mais sensível para a captura de adultos foi a armadilha Rebell e por isso devera ser a indicada para os estudos de monitorização da mosca-da-cereja. Com a utilização do insecticida dimetoato devera ser feita só uma ou nenhuma intervenção, consoante apareçam ou não, 15 dias antes da colheita, adultos nas armadilhas Rebell. As armadilhas deverão ser colocadas nas árvores a partir de 15 de Abril. Durante três anos (1988-1990) foi realizada uma prospecção de ácaros, presentes nas folhas. Dentro do grupo de fitófagos, foi muito frequente a presença de Brevipalpus pulcher Can. & Fanz. e de eriofideos, principalmente Rhinotergum cerasifoliae Petanovic que foi reconhecido pela primeira vez para Portugal. Salienta-se, também, o número bastante elevado de ácaros predadores (Amblyseius spp.) e de indiferentes (micetófagos e saprófagos), como o Orthotydeus californicus Banks.
Bacterial canker has been severely affecting wild cherry trees (Prunus avium) and restraining the planting of this valuable hardwood for the last 13 years. The disease has been attributed to the bacterium Pseudomonas syringae pv. morsprunorum, which has caused bacterial canker in sweet cherry since at least the beginning of this century. Twenty-four wild cherry sites were investigated. From eight it was possible to isolate a total of 23 cultures. These were used to test rapid diagnostic techniques in conjunction with 52 other cultures obtained from different sources. Two of the wild cherry cultures were obtained from a nursery, which is of grave concern. The diagnostic techniques tested were based on nutritional tests (Biolog system), nucleic acids (DNA hybridisation probe and REP-PCR), and immunology (slide immunofluorescence and conjugated Staphylococcus aureus agglutination). The Biolog system could identify the bacteria at the species level and allowed a numerical taxonomy study. In this, three clusters were seen, one of P. s. pv. syringae isolates, another of P. s. pv. morsprunorum isolates, and a last one of intermediate isolates, including most of the cultures isolated from wild cherry. These cultures were also intermediate in classical nutritional tests that usually discriminate the two pathovars. It is suggested that the wild cherry cultures are an intermediate form, not yet stabilised. They should be included in the P. syringae pv. syringae rather than in P. s. pv. morsprunorum until more taxonomic work is done. A DNA hybridisation probe obtained from other workers failed to react with some P. s. pv. morsprunorum cultures, possibly because only part of the original probe could be used. Again almost none of the cultures from wild cherry hybridised. Although REP-PCR was too variable to allow identification of P. s. pv. syringae, it could be used to distinguish it from typical P. s. pv. morsprunorum. Again the wild cherry cultures had very different patterns from the ones obtained from P. s. pv. morsprunorum. The immunofluorescence did not have enough specificity to discriminate pathovars or even species but the same antiserum worked well in the conjugated S. aureus agglutination test. The spatial and temporal spread of P. s. pv. morsprunorum replicated in simulated plantations containing single inoculated trees was evaluated. The results suggest that epiphytic forms were ubiquitous and that the spacing between trees was unimportant. One year was enough for a plantation, which was initially free of the bacteria to acquire a population almost equivalent to an inoculated plantation. Single isolates of P. s. pv. morsprunorum, with REP-PCR patterns stable in culture, apparently gave rise to isolates with different patterns within one year of inoculation. The strategy of planting clonal cherry material, supposedly resistant to bacterial canker, can become very risky because of the high phenotypic and genetic variation of P. syringae isolated from wild cherry trees, which was demonstrated by the diagnostic techniques.
Comunicação oral apresentada no 6.º Encontro Nacional de Protecção Integrada que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 14 a 16 de Maio de 2003, no âmbito do painel sobre Prunóideas.
Apresentam-se os principais aspectos fitossanitários da cultura na região da Cova da Beira, focando alguns problemas considerados de difícil resolução. Analisam-se alguns aspectos da prospecção efectuada e sua influência nu¬ma previsível alteração do quadro fitiátrico.
Só está disponível um resumo do capítulo.
Só está disponível o resumo do capítulo.
A retomada de interesse pela cultura da cerejeira e o estudo de novas metodologias de combate que impõem uma luta com métodos que respondem melhor à salvaguarda do ambiente e da saúde pública foram os principais objetivos que levaram à execução deste trabalho.
As doenças do pessegueiro são apresentadas de acordo com sua classificação e são descritos os sintomas de cada doença, o agente patogénico causal e os principais meios luta. O capítulo apresenta descrições das principais doenças fúngicas, bacterianas e virais. Assim, os principais sintomas podem ser interpretados pelos produtores que têm experiência e conhecimentos nas doenças de plantas. As doenças fúngicas, bacterianas e virais descritas são: lepra (Taphrina deformans); oídio (Podosphaera pannosa); crivado (Stigmina carpophila); moniliose (Monilinia fructigena e M. laxa); cancro (Diaporthe amygdali); chumbado parasitário (Chondrostereum purpureum); cancro bacteriano (Pseudomonas syringae) e doença-da-sharka. O trabalho é apoiado por figuras selecionadas para ilustrar as doenças ou os recursos descritos e pode ser um trabalho de referência para profissionais de horticultura, académicos, estudantes, agricultores e horticultores amadores.
Comunicação da qual só está disponível o resumo.
A forma de controlar o pedrado da macieira assenta, essencialmente, na aplicação repetida de fungicidas. A utilização sucessiva das mesmas famílias de fungicidas, levanta a preocupação do risco de desenvolvimento de resistências. Realizaram-se ensaios de campo em dois pomares que representam diferentes pressões de desenvolvimento da doença e ensaios in vitro com conídios provenientes destes pomares. No pomar de alto risco, os resultados demonstram a existência de resistência in vitro comprovada pela falta de eficácia das estrobilurinas no ensaio de campo. Por seu lado, no “pomar de baixo risco”, cerca de 1/3 dos conídios germinaram, contudo, este facto não se reproduziu no ensaio de campo.
O Fogo Bacteriano é uma doença muito contagiosa e de rápida difusão. Na presença de condições climáticas favoráveis e de variedades muito sensíveis, a doença progride rapidamente, provocando quebra na produção das árvores e consequentemente uma diminuição da rentabilidade do pomar.
O Fogo Bacteriano é uma doença altamente contagiosa e de rápida disseminação. Uma vez que não existem meios de luta totalmente eficazes para o seu combate, o controlo deve ser efetuado com base numa estratégia integrada que assenta em medidas que visam a redução do inóculo, evitam o estabelecimento da bactéria no hospedeiro e diminuem a suscetibilidade deste à infeção. O recurso a meios de diagnóstico para evitar a entrada do organismo em zonas isentas da doença ou a sua deteção precoce, são fundamentais para o seu combate e erradicação.
Trabalho apresentado no 2.º Simpósio Nacional de Fruticultura que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, de 4 a 5 de Fevereiro de 2010.
A procura de bens alimentares que garantam ao consumidor segurança alimentar tem sido um dos grandes pilares da expansão da área de produção agrícola seguindo os princípios e objectivos da Produção Integrada. Em Abril de 2003, foi instalado um ensaio de pessegueiros em vasos, da cultivar Springcrest uma cultivar temporã e medianamente susceptível ao cancro causado por Phomopsis amygdali. Foi realizado um plano de fertilização que compreendeu 4 modalidades de fertilização azotada, N0 sem fertilização, NI com nível insuficiente, N2 com nível considerado suficiente e N3 com nível excessivo. Em Novembro de 2003 procedeu-se à inoculação das plantas com P. amygdali. A avaliação da susceptibilidade foi quantificada através da medição da área de cancro desenvolvido nos locais da infecção, realizada entre Janeiro e Março de 2004. Os resultados alcançados permitem concluir que há um efeito da fertilização azotada quer ao nível do vigor das plantas, quer ao nível da produção e da susceptibilidade ao cancro, verificando-se maior susceptibilidade na testemunha que não difere significativamente da modalidade N3.
A implementação de culturas perenes, em Portugal, sofreu nas últimas décadas grandes alterações quer na instalação da cultura quer nas técnicas de gestão. Este artigo revê a gestão das infestantes nas principais culturas perenes em Portugal, o que se julga pertinente dado que se tem verificado a implementação de sistemas de modo de produção biológica (MPB) e de produção integrada (MProdi). Por infestante, os autores, consideram as populações de uma dada espécie vegetal que acima de determinados níveis e sob condicionalismos ecológicos particulares sejam responsáveis por prejuízos “líquidos” (balanço benefícios prejuízos negativo) inaceitáveis em termos económicos e/ou ecológicos ou sociais. Primeiramente, apresentam-se os dados de 2015 relativamente às áreas e produções das culturas perenes mais importantes em Portugal – vinha, olival, pomares de macieira, pereira e citrinos. De seguida, referem-se os principais prejuízos e benefícios das infestantes, salientando-se os estudos relativos aos prejuízos na vinha e os meios de controlo disponíveis mais adotados–mobilização do solo, controlo químico e enrelvamento, as vantagens e inconvenientes de cada método. Por último, refere-se a conveniência da integração das técnicas de gestão, de modo a potenciar os benefícios de cada uma e evitar as suas limitações.
Comunicação apresentada no VII Symposium of Temperate Zone Fruits in the Tropics and Subtropics, que decorreu de 21 a 25 de Outubro em Florianópolis, Brasil. Foi organizado pela International Society of Horticultural Science.
The effect of different levels of nitrogen fertilisation on the susceptibility to peach constriction canker, caused by Phompsis amygdali, was studied in two potted experiments, established in April 2003 and February 2005. The `Sprincrest’ cultivar was used because of its medium susceptibility. Four different nitrogen levels were used: N0 — without nitrogen, N1 — insufficient level, N2 — level considered sufficient, and N3 — excessive level. Plant inoculations with P. amygdali were carried out in November. The canker area around the inoculation sites was measured between January and March of the following year and used as susceptibility assessment. In 2003, the average canker size was much higher than in 2005, which probably shows the effects of temperature and precipitation on canker size. The results show that there is an effect of nitrogen fertilisation on plant vigour and therefore on constriction canker susceptibility. Both N0 and N3 increased the canker area.
A survey of 179 vineyards in eight municipalities of North Ribatejo, Portugal, namely Abrantes, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Golegã, Santarém, Tomar, and Torres Novas was conducted in 2002 to identify pathogenic wood fungi. Grapevines showing esca and decline symptoms were examined for the presence of pathogenic fungi. Slightly less than half of the vineyards (46.4%) showed symptoms of grapevine decline. Eighteen phytopathogenic fungi were isolated from the wood of the grapevines with decline symptoms. The isolates were identified according to their morphological characteristics on PDA. The fungi isolated and the percentage of the vineyards affected were: Phaeoacremonium spp. (22.9%), Phaeomoniella chlamydospora (20.5%), Phomopsis viticola (18.1%), Phoma sp. (14.5%), Penicillium sp. (10.8%), Sphaeropsis sp. (8.4%), Seimatosporium sp. (7.2%), Alternaria sp. (6.0%), Acremonium sp. (4.8%), Conyothyrium sp. (4.8%), Truncatella sp. (4.8%), Cladosporium sp. (3.6%), Aureobasidium sp. (2.4%), Fusarium sp. (2.4%), Arthrinium sp. (1.2%), Fomitiporia punctata (1.2%), Pestalotiopsis sp. (1.2%), and Phytophthora sp. (1.2%). The spatial distribution of the fungi in North Ribatejo is presented and discussed.
Um dos principais objectivos da criação da Reserva Natural da Serra da Malcata foi a protecção ao lince ibérico (Lynx pardina Temminck) numa área onde se podem encontrar e preservar as fitocenoses mais favoráveis para o seu desenvolvimento, devido ao grande avanço dos povoamentos florestais intensivos. A Reserva Natural da Serra da Malcata está localizada entre a parte setentrional do concelho de Penamacor (distrito de Castelo Branco) e o extremo sueste do concelho de Sabugal (distrito da Guarda), estendendo-se para leste em direcção à fronteira espanhola. A serra da Malcata está incluída, sob o ponto de vista geológico, no complexo xisto-grauváquico, na transição do Pré-Câmbrico para o Câmbrico, existindo um filão de quartzo que atravessa a serra e que tem vários afloramentos rochosos. Do ponto de vista geomorfológico apresenta uma série de cumes arredondados orientados essencialmente na direcção NE-SW. Tem o seu ponto culminante na Machoca à altitude de 1078 m e a cota mais baixa no rio Bazágueda, a 425 m. A rede de linhas de água separa-se em três conjuntos hidrográficos, assim distribuídos de Norte para Sul: rio Côa, ribeira da Meimoa e rio Bazágueda, pertencendo à primeira à bacia hidrográfica do rio Douro e os últimos à do rio Tejo. Os solos são litólicos de origem xistosa e textura mediana, associados por vezes, nas baixas, a aluviossolos modernos, com um enclave de cambissolos a Norte. A pluviosidade média anual, nos postos udométricos do Sabugal (790 m de altitude) e de Penamacor (500 m de altitude), é de 858,5 mm e de 834,2 mm, respectivamente. Estes valores foram calculados para o período de 1932 a 1960. A precipitação estival é de 39,3 mm no Sabugal e de 34,4 mm em Penamacor. Segundo Albuquerque (1978) a temperatura média anual deve oscilar entre os 10ºC no ponto culminante e os 14ºC na base. O piso bioclimático de Emberger é húmido com variantes de Inverno frio nos cumes e vertentes norte, de Inverno fresco nas médias e altas altitudes das vertentes meridionais e de Inverno temperado na base sul da serra (Alcoforado et al., 1982).
Identificação e incidência de doenças de conservação, em cereja da cv. Satin, de acordo com diferentes condições de conservação, apresenta os resultados da identificação dos agentes patogénicos associados às podridões observadas nas cerejas após conservação.
Identificação e incidência de doenças de conservação, em pêssego da cv. Sweet Henry, de acordo com diferentes condições de conservação – atmosfera normal e atmosfera controlada apresenta os resultados da identificação dos agentes patogénicos associados às podridões observadas nos pêssegos após conservação.
Comunicação apresentada no VII International Symposium of Temperate Zone Fruits in the Tropics and Subtropics, que decorreu em Florianópolis, Brasil, de 21 a 25 de Outubro de 2007. Foi organizado pela International Society of Horticultural Science.
A utilização de doses elevadas de fertilização azotada é frequente em agricultura, devido ao grande efeito que exerce sobre a vegetação das culturas, não sendo, no entanto, tão conhecido o seu efeito na susceptibilidade a parasitas. Para avaliação do efeito da fertilização azotada em pessegueiro na susceptibilidade que esta cultura apresenta a Phomopsis amygdali foi estabelecido um ensaio, que decorreu de Abril de 2003 a Abril de 2007, com pessegueiros da cultivar Springcrest, instalados em vasos e sujeitos a quatro níveis de fertilização azotada – N0 (sem fertilização azotada), N1 (fertilização deficiente), N2 (fertilização considerada adequada ou suficiente) e N3 (fertilização excessiva). No final de cada ciclo vegetativo, procedeu-se à inoculação das plantas com uma cultura de P. amygdali, sendo a avaliação da susceptibilidade quantificada através da medição do comprimento de cada cancro desenvolvido nos locais da infecção. A susceptibilidade a P. amygdali de pessegueiros da cv. Springcrest foi condicionada não só pela fertilização como pelas condições climáticas, nomeadamente a precipitação. A Análise de Correspondências Múltiplas permitiu associar os cancros de grandes dimensões a condições de precipitação mais elevada e doses excessivas de azoto, enquanto os cancros de menores dimensões estiveram associados a condições de precipitação mais baixa não sendo tão marcado o efeito da fertilização azotada.
A monitorização da população de traça-verde foi efectuada, em olivais da Cova da Beira, em armadilhas com três formulações comerciais de feromona sexual: Russell (em armadilha funil tricolor) e SEDQ e Suterra (ambas em armadilha delta). As contagens, semanais, decorreram: nas armadilhas iscadas com feromona SEDQ, entre Março e Novembro de 2010; nas armadilhas com feromona Russell e Suterra, de Setembro a Novembro. As capturas variaram de 0 a 4 indivíduos/armadilha/semana. Nas armadilhas com SEDQ surgiram indivíduos de um lepidóptero, contaminante, ainda não identificado, mais pequeno, acastanhado e em número mais elevado do que o da traça-verde. Comparando as curvas de voo obtidas com as das Estações de Avisos de Castelo Branco, do Ribatejo e do Baixo Alentejo, regiões onde esta praga tem sido monitorizada com a metodologia seguida neste estudo, verifica-se a ocorrência de enorme disparidade no número de indivíduos capturados, o que levanta a hipótese da contaminação detectada poder também ocorrer em algumas destas regiões.
Os ataques de traça-verde foram monitorizados em três cultivares de oliveira, ‘Arbequina’, ‘Cobrançosa’ e ‘Galega Vulgar’,numolival de cincoanos de idade e na ‘Galega Vulgar’ também numaparcela com um ano de idade, na zona de Belmonte. As observações decorreram de 5 de Abril a 7 de Novembro de 2010, tendo sido observados os primeiros sintomas em 7 de Julho. ‘Cobrançosa’ foi significativamente menos atacada ao longo de todo o períodode observações, não tendo sido detectadas diferenças significativas entre as restantes. Com o objectivo de procurar explicar o maior ataque à ‘Cobrançosa’, compararam-se as espessuras de folhas das diferentes cultivares em corte histológico, não se tendo verificado diferenças significativas. A nível histológico também não se observaram diferenças relativamente à presença e abundância de tricomas.
Neste trabalho avalia-se a eficácia e aplicabilidade de garrafas mosqueiras Olipe na captura em massa de mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae) em olivais em agricultura biológica na Beira Interior. Em 2004, foi instalado um ensaio em dois olivais, com a duração de três anos (2004-2006). Em cada olival instalou-se uma parcela com uma armadilha Olipe por árvore e uma parcela sem armadilhas Olipe (testemunha). Em todas as parcelas foram instaladas armadilhas alimentares McPhail e armadilhas cromotrópicas amarelas com feromona, para monitorização da população da mosca-da-azeitona. Semanalmente foram contadas as capturas de B. oleae nos três tipos de armadilhas. Para a avaliação da incidência do ataque foram colhidas amostras de azeitonas em dois momentos, durante o período de maturação. Neste trabalho são apresentados resultados relativos aos 3 anos em que decorreu o ensaio (2004-2006) quanto à eficácia das garrafas mosqueiras Olipe, avaliada através da incidência dos ataques de mosca-da-azeitona e do número de moscas capturadas nas armadilhas.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.
Fire blight is a major pome fruit trees disease that is caused by the quarantine phytopathogenic Erwinia amylovora, leading to major losses, namely, in pear and apple productions. Nevertheless, no effective sustainable control treatments and measures have yet been disclosed. In that regard, antimicrobial peptides (AMPs) have been proposed as an alternative biomolecule against pathogens but some of those AMPs have yet to be tested against E. amylovora. In this study, the potential of five AMPs (RW-BP100, CA-M, 3.1, D4E1, and Dhvar-5) together with BP100, were assessed to control E. amylovora. Antibiograms, minimal inhibitory, and bactericidal concentrations (minimal inhibitory concentration (MIC) and minimal bactericidal concentration (MBC), growth and IC50 were determined and membrane permeabilization capacity was evaluated by flow cytometry analysis and colony-forming units (CFUs) plate counting. For the tested AMPs, the higher inhibitory and bactericidal capacity was observed for RW-BP100 and CA-M (5 and 5–8 M, respectively for both MIC and MBC), whilst for IC50 RW-BP100 presented higher efficiency (2.8 to 3.5 M). Growth curves for the first concentrations bellow MIC showed that these AMPs delayed E. amylovora growth. Flow cytometry disclosed faster membrane permeabilization for CA-M. These results highlight the potential of RW-BP100 and CA-M AMPs as sustainable control measures against E. amylovora.
Fire blight is a destructive plant disease caused by Erwinia amylovora affecting pome fruit trees, and responsible for large yield declines, long phytosanitary confinements, and high economic losses. In Portugal, the first major fire blight outbreaks occurred in 2010 and 2011, and although later considered eradicated, the emergence of other outbreaks in recent years stressed the need to characterize the E. amylovora populations associated with these outbreaks. In this regard, CRISPR genotyping, assessment of three virulence markers, and semi-quantitative virulence bioassays, were carried out to determine the genotype, and assess the virulence of thirty-six E. amylovora isolates associated with outbreaks occurring between 2010 and 2017 and affecting apple and pear orchards located in the country central-west, known as the main producing region of pome fruits in Portugal. The data gathered reveal that 35 E. amylovora isolates belong to one of the widely-distributed CRISPR genotypes (5-24-38 / D-a-α) regardless the host species, year and region. Ea 680 was the single isolate revealing a new CRISPR genotype due to a novel CR2 spacer located closer to the leader sequence and therefore thought to be recently acquired. Regarding pathogenicity, although dot-blot hybridization assays showed the presence of key virulence factors, namely hrpL (T3SS), hrpN (T3E) and amsG from the amylovoran biosynthesis operon in all E. amylovora isolates studied, pathogenicity bioassays on immature pear slices allowed to distinguish four virulence levels, with most of the isolates revealing an intermediate to severe virulence phenotype. Regardless the clonal population structure of the E. amylovora associated to the outbreaks occurring in Portugal between 2010 and 2017, the different virulence phenotypes, suggests that E. amylovora may have been introduced at different instances into the country. This is the first study regarding E. amylovora in Portugal, and it discloses a novel CRISPR genotype for this bacterium.
Background Fire blight is a destructive disease of pome trees, caused by Erwinia amylovora, leading to high losses of chain-of-values fruits. Major outbreaks were registered between 2010 and 2017 in Portugal, and the first molecular epidemiological characterization of those isolates disclosed a clonal population with different levels of virulence and susceptibility to antimicrobial peptides. Methods This work aimed to further disclose the genetic characterization and unveil the phenotypic diversity of this E. amylovora population, resorting to MLSA, growth kinetics, biochemical characterization, and antibiotic susceptibility. Results While MLSA further confirmed the genetic clonality of those isolates, several phenotypic differences were recorded regarding their growth, carbon sources preferences, and chemical susceptibility to several antibiotics, disclosing a heterogeneous population. Principal component analysis regarding the phenotypic traits allows to separate the strains Ea 630 and Ea 680 from the remaining. Discussion Regardless the genetic clonality of these E. amylovora strains isolated from fire blight outbreaks, the phenotypic characterization evidenced a population diversity beyond the genotype clonality inferred by MLSA and CRISPR, suggesting that distinct sources or environmental adaptations of this pathogen may have occurred. Conclusion Attending the characteristic clonality of E. amylovora species, the data gathered here emphasizes the importance of phenotypic assessment of E. amylovora isolates to better understand their epidemiological behavior, namely by improving source tracking, make risk assessment analysis, and determine strain-specific environmental adaptations, that might ultimately lead to prevent new outbreaks.
Comunicação oral apresentada no 6.º Encontro Nacional de Protecção Integrada que decorreu em Castelo Branco, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito do painel sobre o Olival
A cultura do pessegueiro na região da Beira Interior representa 23% da área total de pessegueiro de Portugal continental e 16% da área de culturas permanentes da região. Para a caracterização do potencial edáfico onde se desenvolve a cultura, foi efectuado um trabalho de sistematização dos dados referentes às análises de terra, através das Organizações de Agricultores reconhecidas para a prática da Protecção Integrada e Produção Integrada de Prunóideas (AAPIM, APPIZÊZERE e Cooperativa dos Fruticultores da Cova da Beira). O total das 117 análises disponíveis diz respeito ao conjunto de agricultores que exploram uma área de pessegueiros de 463 ha, o que corresponde a um terço da área total ocupada pela cultura na região (1500 ha). O conjunto dos dados analisados permitiu concluir que os solos são maioritariamente ácidos, apresentando textura grosseira, baixo teor de matéria orgânica e elevados teores de fósforo e potássio assimiláveis na camada superficial.
A cultura do pessegueiro na região da Beira Interior representa 23% da área total de pessegueiro de Portugal continental e 16% da área de culturas permanentes da região. Para a caracterização do potencial edáfico onde se desenvolve a cultura, foi efectuado um trabalho de sistematização dos dados referentes às análises de terra, através das Organizações de Agricultores reconhecidas para a prática da Protecção Integrada e Produção Integrada de Prunóideas (AAPIM, APPIZÊZERE e Cooperativa dos Fruticultores da Cova da Beira). O total das 117 análises disponíveis diz respeito ao conjunto de agricultores que exploram uma área de pessegueiros de 463 ha, o que corresponde a um terço da área total ocupada pela cultura na região (1500 ha). O conjunto dos dados analisados permitiu concluir que os solos são maioritariamente ácidos, apresentando textura grosseira, baixo teor de matéria orgânica e elevados teores de fósforo e potássio assimiláveis na camada superficial.
O relatório resulta do trabalho de avaliação ao curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Agrícola levado a cabo pela equipa de Auto-Avaliação da Escola Superior Agrária. Esta equipa, designada pelo conselho científico com a finalidade de proceder a todas as solicitações de avaliação tanto dos cursos como da instituição, é basicamente composta por um coordenador e um elemento de cada unidade departamental. Decorrente do tipo de curso que se está a avaliar juntam-se à equipa os respectivos coordenadores do curso e um relator. Além deste elementos participaram também neste trabalho um representante dos alunos (designado pela associação de estudantes) e dois funcionários representantes do pessoal administrativo e do pessoal não docente. Em termos metodológicos optou-se pelo seguimento do guião proposto pelo CNAVES, tendo-se recolhido informação de diversos modos: pesquisa documental e bases de dados nos serviços administrativos, inquéritos auto administrados a alunos, docentes e funcionários, inquérito postal aos diplomados e entrevistas directas às entidades empregadoras. Uma vez recolhida e tratada a informação procedeu-se à sua análise crítica tendo como referência os trabalhos de avaliação que até então decorreram relativamente à Escola e ao curso de Produção Agrícola que antecedeu o actual curso de Engenharia em Ciências Agrárias que se avalia.
Incidência e severidade do cancro bacteriano em pessegueiros na região da Beira Interior, apresenta os resultados do inquérito realizado aos produtores de pêssego da região da Beira Interior, conjugado com a informação existentes dos pomares alvo de inquérito, para avaliar a incidência do cancro bacteriano nos pessegueiros e procurar possíveis relações com diversos parâmetros associados aos pomares.
Fire blight is a severe bacterial plant disease that affects important chain-of-value fruit trees such as pear and apple trees. This disease is caused by Erwinia amylovora, a quarantine phytopathogenic bacterium, which, although highly distributed worldwide, still lacks efficient control measures. The green revolution paradigm demands sustainable agriculture practices, for which antimicrobial peptides (AMPs) have recently caught much attention. The goal of this work was to disclose the bioactivity of three peptides mixtures (BP100:RW-BP100, BP100:CA-M, and RWBP100: CA-M), against three strains of E. amylovora representing distinct genotypes and virulence (LMG 2024, Ea 630 and Ea 680). The three AMPs’ mixtures were assayed at eight different equimolar concentrations ranging from 0.25 to 6 M (1:1). Results showed MIC and MBC values between 2.5 and 4 M for every AMP mixture and strain. Regarding cell viability, flow cytometry and alamarBlue reduction, showed high reduction (>25%) of viable cells after 30 min of AMP exposure, depending on the peptide mixture and strain assayed. Hypersensitive response in tobacco plants showed that the most efficient AMPs mixtures and concentrations caused low to no reaction of the plant. Altogether, the AMPs mixtures studied are better treatment solutions to control fire blight disease than the same AMPs applied individually.
IOBC / WPRS Working group “Integrated Protection of Olive Crops” OILB / SROP Groupe de travail “Protection Intégrée des Olivaies ” Proceedings of the meeting Comptes rendus de la réunion at / à Bragança (Portugal) 10-12 October 2007
O artigo foi apresentado como comunicação no IV Simpósio Nacional de Olivicultura que decorreu em Elvas de 22 a 24 de Setembro de 2006.
A obra é constituída pelos resumos das comunicações apresentadas pelos docentes da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e são referentes aos projetos de investigação nos quais estão envolvidos.
O G.O. PrunusFITO surgiu pela necessidade de conhecer melhor as dinâmicas populacionais de alguns dos inimigos mais relevantes em pessegueiro e cerejeira na Beira Interior, estabelecendo-se como prioritários o cancro, a mosca do mediterrâneo, a cigarrinha verde e ratos em pessegueiros, e a mosca de asa manchada em cerejeira. Relativamente ao cancro foram realizadas observações em plantas sintomáticas de 2018 a 2020 e foi recolhido material vegetal do qual foi isolado presuntivamente, Pseudomonas syringae e os isolados bacterianos foram processados através do sistema de identificação Biolog. Todas as bactérias, com identificação presuntiva de Pseudomonas syringae se confirmaram pertencer ao complexo P. syringae. O sistema de identificação Biolog não se mostrou apto para a identificação ao nível infraespecífico e consequentemente será posteriormente realizado um estudo taxonómico com base no perfil bioquímico gerado pelo Biolog. No que respeita à mosca do mediterrâneo, os trabalhos desenvolvidos de 2018 a 2020 consistiram no acompanhamento dos voos da praga em 2 locais da Beira Interior, a sul e a norte da Gardunha, respetivamente. Foram instalados e acompanhados 2 ensaios de captura em massa com utilização das armadilhas com atrativo seco da Bayer (DecisTrap) e armadilhas com atrativo líquido da empresa Bioibérica (CeraTrap), em parcelas distintas. Os resultados indicam níveis populacionais com valores mais elevados na zona a sul da Gardunha. A captura em massa na parcela a norte da Gardunha revelou-se suficiente por si só, enquanto a sul, todos os anos houve necessidade de complementar com luta química. As cigarrinhas verdes foram sinalizadas como emergentes nos pessegueiros na região, onde têm aparecido com frequência e causado estragos em plantas jovens. A monitorização decorreu em 2 pomares na zona a sul da Gardunha. Em 2018 foram colocadas e recolhidas semanalmente 4 armadilhas cromotrópicas amarelas/pomar, de abril a setembro. Em 2019 e 2020 aumentou-se para 6 armadilhas/pomar e alargou-se o período até novembro. Os resultados indicam níveis populacionais elevados de Empoasca solani, na primavera e início do verão, muito elevados de Asymmetrasca decedens no verão e outono e que a poda em verde pode potenciar os ataques, pois em 2018 e 2019, após esta operação, os novos rebentos não se desenvolveram e apresentaram sintomas intensos dos ataques destes insetos. No que diz respeito ao rato-cego (Microtus lusitanicus) foram realizados censos de densidade relativa da espécie, em pomares de pessegueiro, nos períodos de primavera e de outono, com o objetivo de relacionar a densidade relativa com os indicadores de presença e com os estragos causados. Os resultados indicam diferentes densidades relativas e diferentes níveis de estragos em diferentes pomares. Os trabalhos sobre Drosophila suzukii, de 2018 a 2020, consistiram na monitorização da espécie em 3 pomares de cerejeira (Soalheira, Alcongosta e Vale Formoso) e um pomar de mirtilo (Ferro). Complementarmente foi feita a monitorização em mais 2 pomares de medronheiro (Pampilhosa-da-Serra e Castelo Branco). De abril a julho foram colocadas 3 armadilhas/local com diferentes atrativos alimentares – vinagre de cidra, atrativo “composto de vinagre” da empresa Mendes Gonçalves SA e atrativo “Suzukii Trap”, da empresa Bioibérica. Em 2019 e 2020 fez-se a monitorização durante todo o ano, para estudar a flutuação populacional e instalou-se um ensaio de cinco atrativos alimentares, em cerejeira. Os resultados indicam um comportamento diferencial dos atrativos alimentares usados. Estes trabalhos permitem conhecer melhor o comportamento da espécie na cultura da cerejeira na Beira Interior, aspeto essencial para a definição de melhores estratégias de proteção.
A study has been carried out to evaluate the influence of integrated olive production on the quality of Galega virgin olive oil. On three consecutive years, olive samples from two different groves in integrated production were taken, and submitted to extraction in industrial mills. The analytical determinations in olive oil were acidity, peroxide index, K232 and K270, sensory analysis, fatty acid composition, total phenol compounds, tocopherols, oxidation stability and organophosphate pesticides. Quality criteria were within the European Union limits for extra virgin olive oil, and the organophosphate pesticides residues were always undetectable.