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A presente reflexão centra-se nas décadas em que se deu a transição do design baseado na composição tipográfica em metal para o design baseado nos processos digitais (1950 a 1980). Sustentado em investigação bibliográfica, em testemunhos privilegiados e na observação directa de objectos impressos da época, este estudo revela que se tratou de um período tecnologicamente bastante rico, em que os processos não estavam completamente estabilizados (porque em constante mudança). Tal facto reflectia-se, por vezes, em oscilações na qualidade dos impressos e em condicionantes para o trabalho do designer. Não obstante tais condicionantes, esta foi a época em que a profissão de designer gráfico se afirmou e adquiriu os contornos actuais. Para se perceber melhor alguns aspectos, o trabalho de Sebastião Rodrigues serviu para ilustrar o processo de design deste período.
Várias têm sido as tentativas levadas a cabo no sentido de encontrar uma definição global de design gráfico, e de estabelecer uma metodologia, que quando seguida, garanta a obtenção de bons resultados. No entanto, e não obstante a utilidade e importância das metodologias criadas, estas não garantem por si só o sucesso do resultado final. Um projecto de design gráfico é sempre dependente, em maior ou menor grau, de um factor difícil de materializar e explicar, que é a criatividade. Vários têm sido os estudos acerca da criatividade, desenvolvidos, sobretudo, pelas ciências humanas, como a psicologia. Aqui, tentamos perceber a importância da criatividade no processo de concepção em design gráfico. Para melhor entendermos este aspecto, ilustramos o artigo com o método de trabalho de Sebastião Rodrigues, designer gráfico de referência no panorama português, cuja obra constitui exemplo superior de conjugação entre rigor e criatividade.