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Contém referências bibliográficas
O desenvolvimento fenológico da oliveira é importante para estudar a sua adaptabilidade, para a gestão e para a modelação do crescimento e produção do olival. No entanto, muitos estudos que prevêem a data de floração da oliveira não consideram as necessidades de frio, que são baixas, mas que podem não ser satisfeitas, em alguns anos, em climas mais amenos ou quando o aquecimento global se faz sentir. Em estudo anterior De Melo-Abreu et al. (2004) desenvolveu-se um modelo que permite prever a data de floração de algumas cultivares. Trata-se de um modelo em duas fases. Na primeira, acumulam-se unidades de frio segundo um modelo que tem quatro parâmetros. A segunda, simula a forçagem dos gomos florais, utilizando a soma de temperaturas acima da temperatura base. Verificou-se também que os parâmetros do modelo de acumulação de frio, excepto a soma das unidades de frio, são conservativos para todas as cultivares estudadas. Utilizou-se um algoritmo especialmente desenvolvido para determinar a soma de unidades de frio necessárias para a quebra da dormência dos gomos florais e a soma de temperatura correspondente à fase de forçagem. O modelo assim calibrado é utilizado para prever o impacto do aquecimento global nas datas de floração das oliveiras ‘Arbequina’, ‘Gordal’, ‘Hojiblanca’, ‘Manzanilla’, ‘Moraiolo’, ‘Picual’ e ‘Verdial’ para quatro localizações representativas das principais regiões olivícolas portuguesas. O tempo presente foi representado por séries de 19 a 30 anos de temperaturas máximas e mínimas diárias (Cen0). Criaram-se três cenários de alteração climática consubstanciados por aumentos da temperatura em 1°C (Cen1), 2°C (Cen2) e 3°C (Cen3), tanto nas máximas como nas mínimas. Em Vila Real, as projecções indicam avanços crescentes da data de floração, de 11 a 12 dias no Cen1 até 33 a 37 dias no Cen3. Em Castelo Branco, as projecções indicam avanços crescentes da data de floração, indo de 11 a 13 dias no Cenl até 23 a 36 dias no Cen3. Em ambas as localizações, não se prevêem florações anormais ou inexistentes devido à falta de frio. Em Beja, as projecções indicam que os avanços entre os Cen1 e Cen2 são modestos, que a ‘Moraiolo’ não tem uma floração normal no Cen2 e que todas as cultivares estudadas têm anos com florações anormais ou inexistentes no Cen3. Em Faro, existem atrasos muito grandes na floração em todos os cenários, não havendo floração normal em muitos anos. No Cen3, as projecções indicam que as florações seriam anormais ou inexistentes em quase todos os anos. Os resultados obtidos permitem assistir o olivicultor na decisão de incluir ou não algumas cultivares em novos olivais.
O vingamento da azeitona é o resultado dos processos vegetativo e reprodutivo que decorrem durante o ciclo bianual da oliveira. O factor genético tem uma grande importância, mas diversos trabalhos experimentais concluíram existir uma preponderância dos factores ambientais. Neste trabalho experimental, realizado durante dois anos consecutivos com árvores adultas, em safra, de `Cobrançosa', `Conserva De Elvas', `Cordovil De Castelo Branco', `Galega Vulgar' e Picual' cultivadas em sequeiro, determinou-se a qualidade da flor e o vingamento de frutos em autopolinização. Em resultado dos dois anos de observação, apreciaram-se diferenças significativas entre anos e entre cultivares. Também se confirmou ser a oliveira uma espécie vegetal com uma produção excepcionalmente elevada de grãos de pólen. A variabilidade nos resultados obtidos poderá estar associada com a rusticidade da oliveira e a sua capacidade de adaptação às oscilações típicas do clima mediterrânico.
A aprovação da nova Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 115/97 de 19/09/1997 do DR nº 217 — 1ª série A), levou a que as Escolas Superiores Agrárias, propusessem ao Ministério da Educação a criação, nas mesmas, de Licenciaturas bi-etápicas inicialmente com a criação de um segundo ciclo de formação assente sobre os cursos de Bacharelato já existentes. Posteriormente, foram-se propondo reestruturações, visando melhorar a articulação inter-disciplinar e garantir a maior coerência dos cursos, havendo também casos de Licenciaturas novas, designadas correntemente por licenciaturas de raiz. Das escolas em análise (ESABeja, ESACastelo Branco, ESAElvas e ESASantarém) far-se-á uma abordagem desta reformulação educativa, na perspectiva de avaliar a evolução das mesmas relativamente ao tipo de cursos minis¬trados, a importância do ensino da Horticultura (sentido lato) nos mesmos e o tipo de evolução que cada Escola está a encetar.
Após alguns anos de acompanhamento e estudo das principais características físicas e químicas, que permitiram determinar os índices de maturação das principais variedades de cereja da Cova da Beira, pretende-se avaliar o efeito da cobertura do pomar sobre os referidos Índices. A grande variabilidade climática que tem caracterizado os últimos anos, com ocorrência de precipitação num elevado número de dias na Primavera, leva à crescente necessidade de salvaguardar a colheita da cereja, nomeadamente das variedades temporãs. Assim, a cobertura dos pomares com rede apresenta-se como uma alternativa viável, embora onerosa, que simultaneamente com a protecção da colheita, parece ainda promover alguma antecipação na maturação da cereja. Com o objectivo de avaliar o efeito da cobertura sobre a maturação e sua antecipação, foram realizadas amostragens durante quatro anos (2001-2004), e determinadas, laboratorialmente, as características físicas (cor, dureza, peso e classe de calibre) e químicas (índice refractométrico, acidez e pH) da cereja durante a evolução da maturação, em situação de sem e com cobertura do pomar com rede, para as cultivares Burlat, Brooks, Arcina. Sunburst c Early Van Compact, na Quinta de Lamaçais, em Caria (Cova da Beira). Os resultados apontam para uma grande influência da cobertura sobre estes índices, embora haja grande variação em função da época de maturação das cultivares. O maior efeito faz-se sentir a nível da dureza do fruto, principal parâmetro responsável pela qualidade pós-colheita da cereja, o que obrigará a uma readaptação do produtor face à decisão da data de colheita.
A procura de bens alimentares que garantam ao consumidor segurança alimentar tem sido um dos grandes pilares da expansão da área de produção agrícola seguindo os princípios e objectivos da Produção Integrada. Em Abril de 2003, foi instalado um ensaio de pessegueiros em vasos, da cultivar Springcrest uma cultivar temporã e medianamente susceptível ao cancro causado por Phomopsis amygdali. Foi realizado um plano de fertilização que compreendeu 4 modalidades de fertilização azotada, N0 sem fertilização, NI com nível insuficiente, N2 com nível considerado suficiente e N3 com nível excessivo. Em Novembro de 2003 procedeu-se à inoculação das plantas com P. amygdali. A avaliação da susceptibilidade foi quantificada através da medição da área de cancro desenvolvido nos locais da infecção, realizada entre Janeiro e Março de 2004. Os resultados alcançados permitem concluir que há um efeito da fertilização azotada quer ao nível do vigor das plantas, quer ao nível da produção e da susceptibilidade ao cancro, verificando-se maior susceptibilidade na testemunha que não difere significativamente da modalidade N3.
Estaquinhas sub-apicais com três nós, obtidas a partir de ramos do ano, foram forçadas, com e sem folhas, em câmaras de crescimento a 20°C, ou armazenadas a 5°C antes do período de forçagem, com o objectivo de determinar o papel das folhas na entrada e quebra da dormência dos gomos da oliveira. Os resultados dos ensaios realizados com estaquinhas forçadas imediatamente após a sua colheita no campo mostram um efeito inibidor das folhas no abrolhamento dos gomos localizados nas respectivas axilas (paradormência) até meados de Fevereiro, com algumas diferenças entre as árvores com (safra) e sem (contra-safra) frutos. Nas árvores sem frutos, o abrolhamento dos gomos axilares das estacas sem folhas vai diminuindo progressivamente ao longo do período outonal, enquanto nas árvores com frutos o abrolhamento é irregular, mas mais uniforme durante todo o período de observação. Em meados de Fevereiro, nas estacas colhidas nas árvores sem frutos no ano anterior, as folhas perdem o seu efeito inibidor, justamente no momento em que todos os gomos abrolhados passam a dar origem a inflorescências. Os resultados dos ensaios com armazenamento prévio a 5°C das estacas colhidas em árvores sem frutos confinam o papel inibidor das folhas sobre o abrolhamento, quer o momento da desfoliacao tenha sido antes ou depois do armazenamento. Contudo, apenas nas estacas armazenadas com folhas se notou uma redução no abrolhamento dos gomos axilares e a produção de inflorescências. Estes resultados sugerem um importante papel das folhas na imposição progressiva de um certo estado de dormência dos gomos reprodutivos da oliveira e que esse papel se mantém até à completa satisfação das necessidades em frio.
Com o objectivo de desenvolver metodologias de micropropagação de Lavandula luisieri, foram realizados um conjunto de ensaios tendo como material vegetal explantes provenientes de germinação de sementes in vitro. Os ensaios de multiplicação estabelecidos com explantes secundários provenientes das plantas in vitro da população stock mostraram que a 6- benzilaminopurina se mostrou mais eficaz, comparativamente com a cinetina, na promoção e desenvolvimento dos rebentos tendo na concentração de 0.44 µM sido obtidos uma média de 2.2 rebentos com taxa de multiplicação de 3 e comprimentos de 20.9 mm. Contudo a utilização de concentrações mais elevadas de 6-benzilaminopurina são susceptíveis de promoverem elevadas taxa de vitrificação (35%) com consequente perda das culturas. Durante esta fase de multiplicação registou-se a formação de raízes nos rebentos tendo as percentagens de enraizamento sido maiores nos meios com cinetina, 57.5% com 0.46 µM, e no controlo. A aclimatização destas plantas foi feita com 100% de sobrevivência o que indicia o bom estado fisiológico das plantas regeneradas in vitro.
Integrado no Programa Agro, Medida 8.1, Projecto nº 800, foram elaborados estudos de distribuição e propagação da espécie Thymus mastichina L., existentes espontaneamente na Beira Interior. Foram avaliadas seis zonas ecológicas distintas denominadas Vale do Tejo, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Beira Interior Norte, Serra da Estrela e Serra da Gardunha. Durante dois anos fez-se prospecção no campo em cada zona ecológica e recolheu-se material vegetal. Realizaram-se ensaios de germinação em laboratório em condições de temperatura alterna 10º/20ºC (dia) e temperatura constante 23ºC (dia), com fotoperíodo de 8 e 16 horas/dia, respectivamente. Testou-se ainda a capacidade germinativa em estufa, na Primavera e efectuaram-se ensaios de enraizamento, com estacas terminais, em condições de Outono/Inverno e Primavera/Verão. Na Beira Interior foram encontrados 36 locais onde se verificou a ocorrência de Thymus mastichina. Em cada zona ecológica onde foram encontrados indivíduos da espécie em estudo, foi seleccionado um local para recolha de 20 plantas-mãe, que foram posteriormente instaladas no campo de caracterização/demonstração da ESACB. Nos ensaios de germinação verificaram-se taxas entre os 80% e 94% em laboratório e entre os 76% e 84%, em viveiro. Nos ensaios de propagação vegetativa de estacas terminais obtiveram-se taxas de enraizamento entre os 20% e 100%.
Esta comunicação insere-se no âmbito do projecto Agro nº 800 “ Rede Nacional para a Conservação e Utilização de Plantas Aromáticas e Medicinais” e pretende analisar a fileira PAM em Portugal, com o objectivo de conhecer os agentes intervenientes, as operações técnicas realizadas, o grau de integração entre agentes, a organização interna da fileira e suas articulações com o exterior. Neste sentido foram efectuados inquéritos a produtores, transformadores e distribuidores de PAM e seus derivados. Aqui serão abordados, exclusivamente, os dados referentes à distribuição e comercialização. Os dados recolhidos mostram uma desarticulação quase total da fileira. Apesar de se verificarem alguns casos de integração vertical, de modo geral, o grau de integração entre a produção e os sectores de transformação e distribuição é muito ténue e as relações comerciais caracterizam-se por uma ausência de vínculo contratual. A produção nacional sofre uma forte concorrência externa, patente na disparidade de preços das matérias-primas de origem nacional e estrangeira. Assim sendo, verifica-se que a indústria transformadora praticamente não utiliza matéria-prima de origem nacional o que constitui um estrangulamento à produção de PAM. O sector da distribuição é o elemento mais dinâmico da fileira e o que mais contribui para a geração de valor.
Esta comunicação insere-se no âmbito do projecto Agro nº800 “ Rede Nacional para a Conservação e Utilização de Plantas Aromáticas e Medicinais “ e pretende analisar a fileira PAM em Portugal com o objectivo de conhecer os agentes intervenientes nesta fileira, as operações técnicas realizadas, o grau de integração entre agentes, a organização interna e articulação com o exterior. Neste sentido foram efectuados inquéritos a produtores, distribuidores e transformadores de PAM e seus derivados. Relativamente aos produtores interessou-nos saber que espécies produziam, qual o peso da produção PAM na produção total, preços praticados e modalidades de escoamento da produção, nomeadamente a existência de vínculos contratuais a juzante. No sector da distribuição tentou-se analisar as quantidades e preços dos produtos transaccionados bem como as operações físicas e tecnológicas desenvolvidas por este sector e, ainda, a organização dos sistemas de comercialização e distribuição. Com o inquérito aos transformadores pretendia-se obter informações sobre a facilidade de abastecimento em matéria prima, as quantidades e preços das matérias primas e dos produtos transformados e circuitos de comercialização de produtos transformados. O tratamento da informação obtida por inquérito veio corroborar algumas das ideias pré-existentes nomeadamente a fraca organização e profissionalização da fileira PAM e fornecer elementos importantes para o conhecimento e melhoria da fileira PAM em Portugal.
O objectivo do presente trabalho foi estudar a influência de microtalco natural no rendimento e na qualidade do azeite virgem. Efectuaram-se ensaios em sistema laboratorial Abencor e em lagar industrial. Vários parâmetros foram estudados na azeitona e nos azeites virgens. A adição de microtalco, independentemente da dose utilizada, aumentou a quantidade de azeite extraído. Em sistema Abencor verificou-se maior extractabilidade quando se adicionou 1,5% de microtalco. Os azeites extraídos nos ensaios em lagar industrial com aplicação de microtalco apresentaram critérios de qualidade muito idênticos ao controlo. A adição de microtalco no início da termobatedura favoreceu o aumento de biofenóis totais.
Se ha comparado la brotación de estaquillas de un nudo recogidas desde mitad de noviembre hasta marzo y procedentes de árboles en carga y en descarga de ‘Manzanilla de Sevilla’ cuando fueron forzadas en cámaras de crecimiento a 30°C y 100% HR. Las yemas defoliadas han brotado rápidamente y a niveles próximos al 100%, mientras que las no defoliadas han mostrado una brotación más lenta, baja e irregular a lo largo del invierno. Solo a partir de comienzos de febrero o de marzo las estacas no defoliadas procedentes respectivamente de árboles en descarga y en carga han igualado la brotación de las defoliadas. Hasta mediados de enero no se observaron diferencias significativas en brotación entre estacas (defoliadas o no) de árboles en carga y en descarga, que fue siempre de naturaleza vegetativa. A partir de esta fecha, la brotación de yemas reproductivas aumentó progresivamente hasta alcanzar un máximo próximo al 100% en los árboles en descarga a mediados de febrero. Por contra, en las estacas de los árboles en carga, el porcentaje de yemas reproductivas brotadas fue siempre bajo. Los resultados de estos ensayos sugieren la necesidad de frío invernal para completar la inducción floral del olivo. No obstante, las diferencias entre árboles en carga y en descarga indican que la naturaleza vegetativa o reproductiva de las yemas queda determinada, en primer lugar, por la presencia o ausencia de frutos el año precedente.
Neste trabalho avalia-se a eficácia e aplicabilidade de garrafas mosqueiras Olipe na captura em massa de mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae) em olivais em agricultura biológica na Beira Interior. Em 2004, foi instalado um ensaio em dois olivais, com a duração de três anos (2004-2006). Em cada olival instalou-se uma parcela com uma armadilha Olipe por árvore e uma parcela sem armadilhas Olipe (testemunha). Em todas as parcelas foram instaladas armadilhas alimentares McPhail e armadilhas cromotrópicas amarelas com feromona, para monitorização da população da mosca-da-azeitona. Semanalmente foram contadas as capturas de B. oleae nos três tipos de armadilhas. Para a avaliação da incidência do ataque foram colhidas amostras de azeitonas em dois momentos, durante o período de maturação. Neste trabalho são apresentados resultados relativos aos 3 anos em que decorreu o ensaio (2004-2006) quanto à eficácia das garrafas mosqueiras Olipe, avaliada através da incidência dos ataques de mosca-da-azeitona e do número de moscas capturadas nas armadilhas.
Realizaram-se ensaios de modelação e otimização das condições operatórias de extração de azeite, utilizando a metodologia das superfícies de resposta, segundo uma matriz central compósita rotativa, em função da concentração adicionada de adjuvantes na termobatedura – preparação enzimática Endozym Olea AS (0,04-0,24%) e microtalco FC8 (0,12-0,68%) – a um lote de azeitona Cobrançosa com um índice de maturação de 3,05. Os ensaios de extração foram efetuados em equipamento Abencor, calculando o rendimento pelo índice de extratabilidade e o teor de gordura dos bagaços. Os resultados obtidos mostram que o rendimento da extração depende do teor de talco, mas é independente da concentração de enzima adicionada, nos valores testados. Nem os pigmentos clorofilinos nem os critérios de qualidade do azeite foram afetados pela presença de adjuvantes.
No presente trabalho são determinados os biofenóis em azeites ‘Galega’ e ‘Azeiteira’ obtidos em duas épocas de colheita dos frutos e olivais em produção integrada. A separação da fracção fenólica foi feita por extracção líquido-líquido (ELL) e a análise dos compostos fenólicos obtida por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC) com detecção por díodos (DAD). São também determinados: os tocoferóis por HPLC e fluorescência (FLD); os biofenóis totais por espectroscopia VIS; e a intensidade do sabor amargo (K225) por espectroscopia UV. Os azeites ‘Galega’ e ‘Azeiteira’ apresentam teores mais elevados de antioxidantes na colheita mais temporã indicando que – do ponto de vista nutricional, sensorial e da estabilidade deste alimento – não é benéfico retardar a época de colheita. O hidroxitirosol e a luteolina decrescem acentuadamente na segunda data de colheita para os azeites de cultivar ‘Azeiteira’. Os azeites ‘Galega’ apresentam teores mais elevados de α-tocoferol e ϒ-tocoferol.
No presente trabalho estudaram-se três métodos de avaliação do estado de Maturação da azeitona, baseados na coloração dos frutos das cultivares ‘Cobrançosa’ e ‘Galega Vulgar’ em estados precoces de maturação, bem como a sua relação com a acumulação de gordura. Os métodos estudados foram: IM – índice de maturação de Jaén (com 8 grupos de cor); IMS – índice de maturação simplificado com apenas três classes de cor; CI – índice de cor (Colour Index) utilizando o Sistema CIE de cor L*a*b*. Os resultados obtidos revelaram que os índices de maturação baseados na cor dos frutos são úteis para caracterizar a evolução do teor em gordura durante a maturação da azeitona. O método simplificado apresentou uma elevada correlação com o índice de Jaén, sendo bastante mais rápido e de mais fácil utilização pelo olivicultor.
Cistus ladanifer L. (Cistaceae) is an endemic and abundant resource in the Iberian Peninsula and North Africa. This plant exudes an aromatic resin nowadays valued in the perfumery and fragrance industry. Traditional processes for the extraction and isolation of such resin use boiling water or alkaline water followed by acidic precipitation. However, a concern arises about the effluents resulting from these extraction processes. To overcome this concern, labdanum resin was extracted with Na2CO3 solution (25 g/L) at 60 oC and precipitated with sulphuric acid (5 M). The residual water was evaluated regarding total phenolic content, suspended solids, electric conductivity, and sulphate, sodium, magnesium, and calcium content. The effluent was characterized by a total phenolic content of 1245 ± 455 mgGAeq/L, 1338 ± 101 mg/L of suspended solids, pH of approximately 2, electric conductivity of 34.8 ± 0.7 mS/cm, 22284 ± 710 mg/L of sulphate, 9696 ± 1072 mg/L of sodium, 3.97 ± 0.24 mg/L of magnesium, 3.52 ± 0.80 mg/L of calcium, and a Sodium Adsorption Ratio of 876 ± 112. Because the values were far from the limit values set by Portugal decree-law 236/98 for residual waters discharged and irrigation waters, it was concluded that efforts should be made to optimize the extraction process. In that regard, a factorial designed experiment was done to evaluate the effect of Na2CO3 concentration (0; 2.5; and 25 g/L), extraction temperature (60 and 100 oC) and acidification extent (pH 2, neutralization, and no acidification) on the residual water quality and on the yield of labdanum resin extraction. Alkalinization and acidification are important to obtain high resin extraction yields (Andalusian vs. Zamorean process), but mostly alkalinization may be reduced to meet sulphate criteria for discharge without significantly affecting resin extraction yields. Despite that, to meet salinity criteria for irrigation waters a higher reduction in alkalinization is needed for Andalusian processes. Phenolic content, although lower for extractions done at 60 oC, was far from the limit values for discharge, regardless experimental conditions. Given the high phenolic content the residual water from labdanum extraction by both traditional processes must be treated before discharge. If separated, phenolic compounds may be valorized as a by-product.
Com o presente trabalho pretendeu-se estudar a possibilidade de utilização do composto urbano na formulação de substratos agrícolas, para avaliar o seu efeito nas suas características físico-químicas e testar a acção dos mesmos sobre o crescimento e a produção de uma planta da espécie Pelagornium peltatum, procurando identificar potenciais factores que possam condicionar essa utilização.
The cork oak (Quercus suber L.) has remarkable ecological, social and economic value in the Mediterranean region. Due to the growing economic interest in cork, human intervention in the plant production and renewal of this species is crucial. Thus, the optimization of the propagation methodologies to produce selected and improved trees for high quality cork production is a key factor in the species improvement program. Rooting and survival of cuttings are greatly affected by several external and internal factors. To circumvent this problem, experiments were made using young seedlings as a source of cork oak cuttings for two consecutive years. We studied the influence of the application of synthetic auxins, indole-3-butyric acid (IBA) and α-naphthalene acetic acid (NAA), the IBA concentration and the basal bark removal in rooting and survival of cork oak cuttings. The IBA improved the rooting, the survival and the mean length of the longest root per rooted cutting, but not the mean number of primary roots produced. The basal bark removal associated with 0.5% of IBA gave the highest percent of rooting and plant survival (60% and 54%, respectively). The application of 0.1% of NAA, the origin of the cutting (whether basal or apical) had no significant influence on the rooting and survival. Thus, it is possible to draw the conclusion that wounding along with 0.5 % IBA produced the highest percentage of rooting and survival with cuttings planted in April, however complementary studies involving different physical and chemical conditions are required.
A refrigeração é uma das principais estratégias utilizadas para prolongar a vida útil do pêssego. Contudo, se as condições de conservação não forem corretamente definidas, podem surgir danos nos frutos que diminuem a sua qualidade. Este trabalho estudou a evolução de diversos parâmetros de qualidade, assim como da incidência de podridões e de danos por frio em pêssegos da cv. 'Royal Summer' armazenados em 3 câmaras de refrigeração distintas localizadas na região da Beira Interior, Portugal. A avaliação foi semanal, ao longo de um período de 5 semanas, sendo realizada à saída das câmaras e após 2 dias à temperatura ambiente. As condições de temperatura e humidade encontradas foram bastante distintas entre as 3 câmaras o que permitiu resultados distintos na incidência de podridões e de danos por frio. Globalmente verificou-se uma diminuição do peso, da dureza e da acidez dos frutos ao longo do período de conservação, sendo maior a incidência de danos por frio após 2 dias à temperatura ambiente.
A refrigeração é uma das principais estratégias utilizadas para prolongar a vida útil do pêssego. Contudo, se as condições de conservação não forem corretamente definidas, podem surgir danos nos frutos que diminuem a sua qualidade. Este trabalho estudou a evolução de diversos parâmetros de qualidade, assim como da incidência de podridões e de danos por frio em pêssegos da cv. ‘Royal Summer’ armazenados em três câmaras de refrigeração distintas localizadas na região da Beira Interior, Portugal. A avaliação foi semanal, ao longo de um período de 5 semanas, sendo realizada à saída das câmaras e após 2 dias à temperatura ambiente. As condições de temperatura encontradas foram bastante distintas entre as três câmaras (médias de 8,5 ºC, 5,5 ºC e 0,8 ºC), o que permitiu resultados distintos na incidência de podridões e de danos por frio. Globalmente verificou-se uma diminuição do peso, da dureza e da acidez dos frutos ao longo do período de conservação, sendo maior a incidência de danos por frio após 2 dias à temperatura ambiente.