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Aguiar Américo Monteiro padre
Proveniente do fundo do ex-CDE existente no IPCB
Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Ciências Económicas, apresentada à Universidade da Beira Interior
Literatura portuguesa
Proveniente do fundo do ex-CDE existente no IPCB
Apresenta-se uma proposta didáctica para uma saída de campo realizada na área da cidade de Castelo Branco com vista ao estudo contextualizado do tema das rochas, com alunos do 5º ano de escolaridade.
Relata-se a implementação de um Projeto de cariz CTS cujo tema central são os bordados de Castelo Branco. Evidenciam-se aspectos que conduzem a um melhor conhecimento do património cultural da cidade, centrando-nos nas cores e nos processos experimentais de obtenção dos corantes antigos e dos atuais.
Neste texto, propomo-nos evidenciar alguma da geometria subjacente ao trabalho do canteiro tradicional, quer ao nível das ferramentas e técnicas utilizadas, quer ao nível da simetria dos padrões produzidos.
Casimiro Freire (1843-1918) foi um comerciante, industrial, filantropo e um apóstolo devotado pela instrução, no combate ao flagelo social do analfabetismo do povo. Foi dos primeiros propagandistas em Portugal do método do poeta João de Deus, do qual era admirador. Fiel simpatizante dos ideais republicanos, dedicou-se à causa da educação popular, suportando financeiramente diversas iniciativas de alfabetização, principalmente as da ‘Associação de Escolas Móveis pelo Método João de Deus - Bibliotecas Ambulantes e Jardins-Escolas’ (1908), liderada por João de Deus Ramos, filho do poeta da ‘Cartilha Maternal’. Casimiro Freire foi um filantropo defensor da instrução do povo (educação popular), no combate ao analfabetismo existente, na implementação das bibliotecas móveis públicas e pela criação da Associação das Escolas Móveis pelo Método João de Deus em instruir as crianças e promovendo a abertura de jardins-de infância pelo país.
A peregrinação de António Nunes Ribeiro Sanches (1699-1782) por grandes centros intelectuais da Europa e as suas influências estão bem evidentes nos seus escritos. Ribeiro Sanches considerava que a mocidade não era preparada para ser boa, nem para ser útil à Pátria e, por isso, divulga nas ‘Cartas para a Educação da Mocidade’ um conjunto de conhecimentos e uma civilidade (secularização), vinculada às intenções do Estado da época, com pressupostos filosóficos e científicos modernos, que fossem a base do ensino laico. Estes propósitos seriam propagados, tendo no subsídio literário (cobrança impostos) o modo de pagar aos professores e de modernizar o método de ensino baseado na lógica cartesiana. Em suma, há uma ressonância das ideias de Ribeiro Sanches com as várias iniciativas pombalinas, revelando que as ideias e as ações circulavam e se entrelaçavam na época e, daí a criação do Real Colégio dos Nobres (1766), da Real Escola Náutica do Porto (1762), da Real Mesa Censória (1768), organismo que superintendia o Diretor dos Estudos e, ainda, a criação da Junta de Providência Literária (1770). Para o médico pedagogo, as escolas deviam ser abertas e controladas pelo Estado, particularmente as de primeiras letras, onde se elaborasse um ‘catecismo da vida civil’ para ensinar às crianças as obrigações, valores, conhecimentos e condutas (havia castigos e prémios), através de livrinhos em português. Ou seja, o livro escolar servia para instruir comportamentos e ações para com os outros na vida social.
O Padre Manuel Antunes foi, sem dúvida, uma referência na Cultura portuguesa do seu tempo, um europeísta convicto, impregnado de um otimismo exacerbado no progresso que Portugal poderia ter nessa União europeia, ou seja, um pedagogo democrático que acreditava no poder da educação para esses avatares e na formação dos cidadãos. Os seus escritos, apresentam uma polissemia temática alargada ao integrar questões de Ética, Filosofia, Teologia, pluralismo político, crítica literária, Psicologia e Ciências da Educação (uma atenção especial para a reforma do ensino superior e para a educação permanente ou contínua). Analisou alguns problemas do europeísmo, do cosmopolitismo global, dos impactos da globalização na educação e na socialização das pessoas. O seu pensamento deu a possibilidade de que muitas gerações pudessem ver neste jesuíta um homem cheio de fé na melhoria do país e no elemento fulcral da educação, como geradora de consciências para uma sociedade cívica e solidária.
D. João Mª Pereira do Amaral e Pimentel (Oleiros, 1815; Angra 1889) foi um prelado renovador do ensino dos seminários, um homem de profunda sabedoria e delicado espírito científico e pedagógico, para além de ser caritativo com os mais desprotegidos e um grande apreciador das belas artes, pois essa sensibilidade transmitia-se nos seus tempos livres a plantar no seu jardim flores e a tratá-las com esmero. Em termos pedagógicos considera importante na formação do educando a educação intelectual (desenvolver a memória, a inteligência e o rigor no raciocínio), a educação moral (as virtudes e os valores humanos) e a educação física. Preocupa-se pela relação da educação com a civilização, considerando necessário nos seminários haver escolas normais de educação para que os padres, após o curso regular e superior, de modo a poderem aprender do mundo (pastoral social), como pessoas civilizadas e tendo igualmente a missão de educar para os valores e a cidadania. Na introdução da sua obra ‘Memorias da Villa de Oleiros e do seu concelho’ (Pimentel, 1881) cita a Virgílio na Eneida, dizendo: ’É provável que nos tempos vindouros seja agradável recordar estas coisas’ Deve-lhe a Diocese algumas iniciativas importantes, entre as quais a criação do Boletim Eclesiástico dos Açores, órgão oficial diocesano e primeiro do género no país, publicado pela primeira vez em setembro de 1872, hoje o mais antigo periódico com publicação ininterrupta nos Açores.
D. João de Oliveira Matos (1879-1962), bispo auxiliar da Guarda e em processo diocesano da Causa de Beatificação (Processo entregue em Roma, na Congregação da Causa dos Santos, em 1998), fundador da Liga dos Servos de Jesus (1924), que além fazer que os seus membros vivessem com generosidade e em ambiente familiar, dando-lhes formação, foi um prelado com grande espiritualidade que se dedicou aos pobres e desfavorecidos, como um ‘apostolo’ das causas sociais constituindo-se numa das grandes figuras da Igreja Diocesana Egitaniense. Fundou com Dr. Alberto Dinis da Fonseca o Instituto de S. Miguel no Outeiro onde acolheu, assistiu e deu formação (educação primária e aprendizagem oficinal) a muitas crianças e jovens de famílias numerosas e desfavorecidas economicamente. Em termos histórico-educativos a figura de D. João de Oliveira Matos é imensamente rica no âmbito da História da Assistência à Infância Abandonada e da pedagogia/educação social portuguesa, quer pelas suas iniciativas institucionais de acolhimento, assistência e educação, quer pelas ações sociais e socioeducativas em prol da juventude e na criação de Lares-escolas, quer na proteção de raparigas transviadas, quer numa pedagogia assistencial e terapêutica para os mais necessitados, na formação a auxiliares de serviço social na Liga. Uma das suas ações educativas de grande interesse historiográfico para a educação foi a obra Escola dos Gaiatos da Guarda, onde se forma(va)m pessoal e profissionalmente futuros homens válidos para a vida. A Obra dos Gaiatos destinada à recuperação moral dos rapazes pobres, órfãos, abandonados, vadios e indisciplinados tem um grande prestígio de tal modo que os seus ex-alunos formam hoje uma Associação que mantém os seus vínculos à Casa-mãe. O lema da sua obra social e educativa está na divisa - “É preciso que Jesus reine”, impregnou toda a sua obra realizada. Este Servo de Jesus, bispo, profeta e educador (social) dos mais desfavorecidos, esforçou-se por olhar para as realidades invisíveis, já que as realidade visíveis e terrenas eram para ele efémeras.
Se clarificarmos os termos à volta da reflexão filosófica sobre a educação aparece-nos, por exemplo, o termo 'filosofia de educação', em que o 'de' é um 'genitivo objetivo', que o faz emergir na filosofia, movimentando-o no âmbito das reflexões filosóficas concretas, desde uma perspetiva histórica, metodológica e sistemática. O seu objetivo é o de conhecer os aspetos filosóficos da educação, complementando o horizonte do saber filosófico-pedagógico e o da formação humana. Se entendermos o 'de' como um 'genitivo subjetivo' enveredamos por um tipo de ciência aplicada (técnica e arte de educar), em que a metodologia obriga a entrar no campo descritivo e empírico. O termo 'Filosofia educacional' pretende construir uma área das ciências da educação, com o objetivo de descobrir as caraterísticas científico-filosóficas de uma determinada conceção educativa. Há, pois interesse em esclarecer a existência de várias filosofias da educação, admitindo que essa diversidade, na ausência de clarificação conceptual sobre o núcleo da atividade prática que é a 'educação'. Nortearemos essa ausência de identidade da filosofia da educação em tr~es aspetos: realização de atividades inteletuais e de investigação dos filósofos da educação em âmbitos científicos diversificados; a identificação (conteúdos) dos âmbitos científicos epistemológicos sobre a educação, que nos faz orientar em termos do saber fazer para a teoria da educação e daí as diferenças entre 'filosofia da educação' e 'teoria da educação'; movimento generalizado de afirmação da ci~encia pedagógica atual com a vertente científico-tecnológica, em que se questiona o papel da filosofia da educação (recus), já que o saber da educação é um saber 'para' ao vincular-se na 'praxis'.
A Modernidade apresentou o pensamento, as formas de vida, as manifestações éticas e estéticas, propostas culturais, etc. do liberalismo (económico) e sociedade burguesa, não sendo mais que uma estratégia do antigo regime para estar vigente. Neste sentido iremos refletir sobre a modernidade, desde do contexto da dita 'Pós-modernidade', relativamente à situação da filosofia (crise?) e a sua relação com as outras formas de interpretar a realidade (social, educativa) nas sociedades democráticas, em especial os problemas éticos. esta análise hermenêutica e analógica assenta em três aspetos: da 'ética da certeza e dever ser' à ética da incerteza e do relativismo, tendo em conta a 'genealogia moral' de Nietzche e a posição tomista da Enciclica de Leão XIII - Aeterni Patris; as mudanças no âmbito educativo e cultural produzidas pela globalização, mundialização e novas economias -sociedades avançadas, que ao gerarem novos fenómenos implicam novas estruturas sistémicas e uma nova cultura; o aumento do investimento científico-tecnológico e a crítica à modernidade com o aparecimento das novas tecnologias e a sua repercussão na educação e formação.
Assistimos a um momento histórico-educativo em que há necessidade de rever/reanalisar os instrumentos e os discursos pelos quais conhecemos e descrevemos/explicamos o 'educativo' ou a realidade educativa e/ou pedagógica, nos seus contextos, já que desde a ciência da complexidade existe uma conexão com a complexidade social. A teoria sociológica contemporânea analisou a realidade social desde perspetivas opostas (sistema; mundo de vida) originaram conceções, relações e argumentos (pré)predicativos. Acreditamos na educação como charneira do desenvolviemnto e da inovação para a formação do capital humano, produção de conhecimento e investimento no(s) saber(es). Hermenêuticamente assentamos os nossos argumentos (epistemológicos) nos novos referentes que surgiram e que implicam uma complexidade educativa (e social), fruto dos novos fenómenos, da identificação de novos atores e sujeitos coletivos, da diversidade cultural e étnica, da articulação do público e do privado, da irrupção do educativo fora do contexto formal, novas metodologias de análise nas ciências da educação, na mudança de paradigmas, dos impactos das novas tecnologias, etc. Asi, o nosso quadro conceptual norteia-se pela visão de N. Luhmann, das teorias dos sistemas sociais, da ciência da complexidade (E. Morin, Rosnay, Bhom) e da contingência e do enfoque sistémico da educação.
Este capítulo aborda o pensamento de J. Habermas, no contexto das Ciências Sociais e Humanas relativamente aos problemas centrais da Humanidade. A nossa análsie assenta em três ideias fundamentais sobre Habermas: A teoria da ação comunicativa - o agir comunicacional no ser humano; a defesa da exist~encia de uma esfera pública, na qual os cidadãos, livres do domínio político, podem expor e discutir as ideias - reflexão filosófica participativa; apreciação à ideia de qua as ciências naturais seguem uma lógica objetiva, enquanto as ciências humanas seguem uma lógica interpretativa. Em síntese o núcleo da nossa análise filosófica reside nos interesses do conhecimento, tendo em conta o conceito de 'interesses' do filósofo de Frankfurt.
É nossa intenção indagar sobre algumas questões educativas e pedagógicas existentes no contexto atual da globalização, da relação 'ciências-tecnologias-educação', da complexidade e incertezas sobre o educar do ser humano na base da função economicista e tecnológica em detrimento da vertente formativa humanista, axiológica e ética (convivência). Assim, o nosso argumento reflexivo norteia-se pela seguinte pergunta de partida: Que tipo de saber é o educativo? Esta questão insere-se no questionamento sobre o saber educativo 'dado' nas escolas, em que as bases teórico-prático em que construímos o conhecimento educativo e/ou pedagógico deve ser revista e/ou criticada, face às incertezes, complexidade, contingências e desordens das ideias na educação no âmbito da sociedade do conhecimento e globalização. Partimos a nossa análise hermenêutica na reconstrução (paradigma emergente) das ideias e teorias pedagógicas existentes, dando-lhe uma nova ordem adaptativa às exig~encias das situações de prática educativa/pedagógica e da formação humana (bildung).