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Organização, administração e gestão de empresas ou explorações agrícolas
Com o objectivo de estudar o efeito da supressão de uma das sete refeições semanais de alimento lácteo, ao domingo a partir do segundo fim de semana de vida, no desenvolvimento, ingestão de alimento e de água e no índice de conversão de vitelos Holstein Friesian durante os 28 dias de aleitamento e nos 14 primeiros dias após o desmame, foram constituídos dois grupo com 6 vitelos cada um, provenientes do efectivo bovino leiteiro da ESACB, homogéneos em relação ao peso ao nascimento, sexo e número de parto da mãe. Os vitelos do Grupo 1 (G1) tiveram um regime alimentar normal enquanto os vitelos do Grupo 2 (G2) apenas receberam alimento lácteo 6 dias por semana. Em ambos os grupos os animais ingeriram, como alimento lácteo substituto do leite materno, colostro fermentado naturalmente à temperatura ambiente de Outono/Inverno. Devido à supressão de uma refeição de colostro, o consumo diário de matéria seca (IMS) do colostro foi maior (P<0.05) nos vitelos do G1 (344.20 g/dia±1.06) do que nos vitelos do G2 (302.17 g/dia±13.29). No entanto a IMS total foi semelhante nos dois grupos sendo para o G1 e G2 respectivamente de 823.43 (±113.62) e 838.04 g/dia (±150.43) (P>0.05), o que indica ter havido uma substituição da IMS do colostro por IMS do concentrado. Como seria de esperar os vitelos do G2, no dia da interrupção na distribuição de colostro, beberam significativamente mais água (P<0.05) (4.38 Kg/dia±0.27) do que os vitelos do G1 (2.63 Kg/dia±0.32) no mesmo dia. A supressão da refeição de colostro parece não ter afectado o crescimento dos vitelos uma vez que os animais dos dois grupos tiveram, durante o aleitamento, ganhos de peso diário (GPD) semelhante (P>0.05) sendo de 0.438 Kg/d (±0.142) para G1 e de 0.420 Kg/d (±0.099) para o G2. Nos primeiros 14 dias após o desmame o GPD foi ligeiramente superior (P>0.05) no G2 (0.899 Kg/d ±0.171) quando comparado com o G1 (0.833 Kg/d±0.220). O índice de conversão alimentar (IC) foi igual durante o aleitamento sendo para o G1 e G2, respectivamente de 1932.56 (±507.13) e de 1966.24 gMS/Kg de peso ganho (±268.39) (P>0.05). No entanto, após o desmame, o IC foi favorável ao G2 em relação ao G1 sendo respectivamente de 1899.35 (±312.67) e de 2311.85 gMS/Kg de peso ganho (±792.13) (P>0.05). Ao fazermos o estudo económico dos dois sistemas de aleitamento verificamos uma redução de 9% nas despesas com o aleitamento dos vitelos do G2. A ser implementada esta técnica permitiria diminuir a mão-de-obra ao domingo, numa exploração de bovinos de leite.
Foi realizada uma experiência com o objectivo de testar a hipótese do anestro pósparto ser superior em vacas de carne em baixa condição corporal (CC) devida a uma reduzida libertação de LH. Vacas Blue—grey (Shorthorn x Galloway) parindo quer em baixa CC (grupo B constituído por 24 animais, CC média de 2,07 (s.e.±0,05) quer em alta CC (grupo A constituído por 12 animais, CC média de 2,81 (s.e. ±0.08)) foram alimentadas de modo a manterem a CC após o parto. Das 5 às 7 semanas pósparto, metade das vacas do grupo B foram submetidas a uma infusão com 2 µg de GnRH em 2 ml de uma solução salina (G) cada 2 horas, tendo-se conseguido induzir ovulação em 10 das 12 vacas. Todas as outras vacas foram submetidas a uma infusão só com uma solução salina (S) durante o mesmo período e a ovulação foi induzida somente em 1 das 12 vacas em alta CC e em uma das 11 vacas em baixa CC. Os perfis de libertação de gonadotrofinas, a frequência e a amplitude da libertação de LH, não foram afectados, quer pela infusão com GnRH, quer pela CC. O número de folículos pequenos (3-7,9 mm de diâmetro) e grandes (> 8mm de diâmetro) presentes à 7.ª semana pósparto, o número de receptores para a LH na teca e na granulosa e de FSH na granulosa, bem como o número de células da granulosa presentes nos folículos grandes à 7.ª semana pósparto, não evidenciam diferenças significativas (P>0,05). As concentrações intrafoliculares de estradiol, testosterona e de IGF-I nos folículos grandes, à 7.ª semana pósparto, não foram significativamente afectados, nem pela infusão de GnRH, nem pela CC. Contudo, observou-se uma tendência para elevadas concentrações de estradiol em vacas em alta CC quando comparada com vacas em baixa CC. Os resultados sugerem que a infusão de GnRH acelerou o processo de desenvolvimento folicular nas vacas em baixa CC ; outros factores além da CC poderão estar envolvidos do desenvolvimento folicular.