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OBJECTIVOS: Avaliar o impacto da dor lombar na capacidade funcional e qualidade de vida relacionada com a saúde nos educadores de infância do distrito de Évora. RELEVÂNCIA: Constatamos que os educadores de infância procuram frequentemente cuidados de fisioterapia com queixas de lombalgias e que na sua actividade assumem frequentemente posturas de risco para a coluna lombar. Não temos conhecimento de estudos em Portugal que investiguem o impacto da dor lombar neste grupo profissional. AMOSTRA: De uma população de 312 educadores, 207 participaram no estudo, ficando a amostra constituída por 185, após aplicados os critérios de exclusão. METODOLOGIA: Estudo de levantamento, transversal, exploratório e de natureza epidemiológica, realizado entre Fevereiro e Junho de 2007. Cada educador preencheu um questionário de dados sócio-demográficos (para caracterização da amostra), o Roland-Morris Disability Questionnaire (para avaliar o impacto da dor lombar na capacidade funcional), o SF12 (para avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde) e declaração de consentimento informado. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Foram utilizados testes paramétricos na análise descritiva e o Coeficiente de Correlação de Pearson na análise da associação entre as variáveis (versão Windows do SPSS 14.0). RESULTADOS/DISCUSSÃO: Dos educadores (com média de 38 anos de idade e 14 anos e meio de profissão), 73,5% apresentaram algum grau de incapacidade por dor lombar, sendo este em média de 3,15, e percepcionaram ter uma qualidade de vida relacionada com a saúde física de 45,07 e com a saúde mental de 44,74. À medida que a incapacidade funcional por dor lombar aumenta, estes percepcionam ter menor qualidade de vida relacionada com a saúde física (p=0,000 e r=-0,686) e mental (p=0.012 e r=-0,184). CONCLUSÃO: A dor lombar nos educadores de infância do distrito de Évora tem um fraco impacto na sua capacidade funcional e estes percepcionam ter um nível médio de qualidade de vida relacionada com a sua saúde.
OBJECTIVOS: Analisar a relação entre medidas clínicas convencionais da fisioterapia, testes funcionais e medidas genéricas e de condição específica do estado de saúde, bem como examinar o poder preditivo das medidas clínicas convencionais e dos testes funcionais nas medidas genéricas e de condição específica do estado de saúde, em indivíduos com osteoartrose (OA) do joelho. RELEVÂNCIA: Os resultados dos cuidados de fisioterapia prestados a indivíduos com OA do joelho são vulgarmente medidos através de medidas clínicas convencionais e testes funcionais, embora não se conheça claramente a adequação destas medidas para estimar a percepção global do indivíduo face ao seu estado de saúde. AMOSTRA: Participaram 37 pessoas (sexo: 25 mulheres, 12 homens; idade: 67,6±9,05 anos; estatura:161,3±6,8 cm; peso: 77,3±13.1 kg com OA do joelho. METODOLOGIA: as medidas clínicas avaliadas foram o teste muscular, a goniometria, a medição do ângulo Q. Foram administrados os testes funcionais de subir e descer escadas e o Timed Up & Go Test. O estado de saúde foi medido com os questionários MOS SF-36 e WOMAC. ANÁLISE ESTATÍSTICA: O coeficiente r de Pearson foi utilizado para analisar as relações entre as diferentes medidas de resultados. A análise de regressão (forward stepwise regression) foi utilizada para identificar as medidas clínicas convencionais da fisioterapia e os testes funcionais com poder preditivo sobre as medidas genéricas e de condição específica do estado de saúde. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O Timed Up & Go Test combinado com o teste de subir escadas explicou 36% na percepção do WOMAC função, o teste de subir e descer escada combinado com a estatura explicaram 34,2% do MOS-SF-36 na dimensão desempenho físico. CONCLUSÃO: Das medidas de resultados abordadas, o Timed Up & Go Test o teste de descer escadas foram os que melhor estimaram a percepção da função do joelho. É recomendada a utilização destes testes na investigação dos resultados em fisioterapia em OA joelho.
OBJECTIVOS: Adaptar cultural e linguisticamente o OKS e avaliar as propriedades psicométricas. RELEVÂNCIA: Necessidade de um questionário simples e validado que permita perceber a opinião do paciente e identificar factores que influenciam os resultados da colocação de prótese no joelho. AMOSTRA: 30 indivíduos adultos com prótese total no joelho. METADOLOGIA: A adaptação cultural e linguística incluiu traduções, retroversões, revisão pelo painel de peritos e pré-teste. A versão portuguesa do OKS foi então administrada em duas ocasiões separadas com um intervalo de 2 a 4 dias. Na primeira ocasião, foi ainda administrado o Medical Outcome Study-Item Short Form Health (MOS SF-36), o Knee Injury and Osteoartritis Outcome Score (KOOS), a escala Visual Análoga (EVA) e um questionário de dados sócio-demográficos e clínicos. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Foram utilizados o coeficiente de alfa de Cronbach (coerência interna), a correlação de Spearman (Reprodutibilidade teste-reteste), as percentagens dos efeitos de chão e tecto (validade de conteúdo), o teste de Mann-Whitney do OKS com outras variáveis clínicas (validade de construção), e o coeficiente r de Spearman do OKS com o MOS SF-36 e com o KOOS (validade de critério). RESULTADOS/DISCUSSÃO: A versão portuguesa revelou equivalência conceptual e semântica. A Coerência interna foi elevada (a=0,903), assim como a reprodutibilidade teste-reteste (r=0,951). Não foi detectado efeito chão, nem efeito tecto. A validade de construção foi evidenciada através da correlação do OKS com a intensidade da dor no joelho (r=0,605), a incapacidade por causa do joelho (r=0,570), de desconforto a caminhar (r=0,544) e duração da prótese total no joelho (r=-0,408). A validade de critério foi demonstrada através da correlação negativa com quase todas as dimensões do MOS SF-36 e com o KOOS. CONCLUSÃO: A versão portuguesa do OKS é conceptual e semanticamente equivalente à original e exibe propriedades psicométricas apropriadas.
OBJECTIVOS: Contribuir para a validação da versão portuguesa KOOS para uma população de desportistas com lesão do joelho, avaliando as suas propriedades psicométricas. RELEVÂNCIA: O KOOS é um questionário auto-administrado desenvolvido para pacientes mais jovens e/ou mais activos com lesão e/ou osteoartrose no joelho introduzindo as dimensões funcionalidade no desporto e lazer e qualidade de vida relacionada com o joelho. AMOSTRA: No estudo participaram 42 desportistas, (sexo: 10 mulheres, 32 homens; idade: 26,38±8,79 anos) que sofreram lesões no joelho e que se encontravam a receber cuidados de fisioterapia. METODOLOGIA: O KOOS foi administrado em três ocasiões separadas, com um intervalo de 48 horas e de 4 semanas. Na primeira e terceira ocasiões foram ainda administrados o Medical Outcome Study-36 item Short-Form Survey (MOS SF-36) e o Lysholm Knee Scale (LKS). ANÁLISE ESTATÍSTICA: O coeficiente alfa de Cronbach foi utilizado para testar a coerência interna. O coeficiente r de Pearson foi utilizado para testar a reprodutibilidade teste-reteste e a relação entre o KOOS e os MOS SF-36 e LKS (validade de critério). A percentagem de efeitos chão e tecto foi utilizada para testar a validade do conteúdo. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para testar variáveis clínicas (validade de construção). O poder de resposta foi analisado através do teste de t student para amostras emparelhadas, pela dimensão estandardizada de resultados e pela média estandardizada de resposta. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A coerência interna foi elevada alfa de Cronbach > 0,701), assim como a reprodutibilidade teste-reteste (r> 0,70 em 5 das 4 dimensões do KOOS). A quase totalidade das dimensões apresentou efeitos de chão e tecto não significativos. A validade de construção foi evidenciada com a obtenção de diferenças estatisticamente significativas, relativas às pontuações do KOOS, de acordo com o grau de incapacidade provocado pelo joelho, com o grau de desconforto a caminhar e com a utilização de auxiliar de marcha. A validade de critério foi demonstrada através da correlação de várias dimensões do KOOS com várias dimensões do MOS SF-36 e algumas do LKS. Em relação ao poder de resposta, obtiveram-se diferenças significativas, nas 5 dimensões do KOOS, relativamente ao início dos tratamentos com a situação após 4 semanas e valores de “effect size” bastante significativos, entre 0, 62 e 0,86. CONCLUSÃO: A versão portuguesa do KOOS, quando aplicada a desportistas com lesão no joelho, mostrou ser um instrumento de medida válido, fiável e com poder de resposta.