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Segundo os dados do último Inventário Florestal Nacional (IFN6 – 2010), a floresta representa 35% da ocupação do solo de Portugal Continental. O eucalipto é a principal ocupação florestal do Continente seguindo-se o sobreiro e o pinheiro bravo. A área total de pinheiro bravo tem vindo a diminuir por contraste ao aumento da área de eucalipto, uma espécie exótica. A ocorrência dos incêndios florestais tem tido uma influência muito importante na dinâmica anterior. Daí a análise dos padrões da paisagem e dos vetores de mudança serem essenciais para efeitos da conservação/promoção da biodiversidade e da mitigação do perigo de incêndio os quais devem ser incorporados nos programas de gestão florestal. Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm vindo a ser extensivamente usados em Silvicultura para apoiar a gestão florestal, quer ao nível do inventário e monitorização de recursos mas também na análise, modelação e simulação para o apoio à tomada de decisão. Visto que os SIG têm a possibilidade de incorporar a componente espacial no planeamento do uso do solo e nos modelos de simulação, o desenvolvimento de ligações entre os modelos florestais e o SIG proporciona aos gestores florestais uma maior flexibilidade na determinação da produtividade das espécies e das suas exigências, e permite aos decisores políticos uma oportunidade acrescida para avaliar os efeitos de critérios de gestão alternativos da floresta. Pretende-se com este trabalho apresentar dois estudos de caso de aplicações SIG desenvolvidas respetivamente, no âmbito dos cursos de mestrado em SIG e em Tecnologias da Sustentabilidade dos Sistemas Florestais do IPCB, cujos resultados constituem elementos de suporte fundamentais para a gestão sustentável dos espaços florestais. Assim, apresentam-se as cartas de aptidão para quatro espécies e a carta de potencialidade produtiva para o pinheiro bravo desenvolvidas em ambiente SIG para uma área de estudo dominantemente ocupada por florestas e de elevado perigo de incêndio. A cartografia de aptidão das espécies recomendadas para a área de estudo em conjugação com a cartografia da potencialidade produtiva do pinheiro bravo permite suportar a planificação do uso do solo segundo as funções identificadas nos Planos Regionais de Ordenamento Florestal: produção; proteção; conservação dos habitats, de espécies de fauna e da flora e de geomonumentos; silvopastorícia, caça e pesca em águas interiores; e recreio, enquadramento e estética paisagem. Nas áreas com função produção permitirá implementar um plano de gestão florestal sustentável por forma a aumentar a produtividade da floresta de pinheiro bravo. Em projetos futuros pretende-se desenvolver aplicações SIG para a simulação ou o processamento de modelos, sabendo porém que esta é uma das áreas mais desafiadoras em SIG. Perspetiva-se porém, que se venham a observar futuros desenvolvimentos nesta área à medida que a investigação e as ferramentas para apoiar este tipo de aplicação se tornem mais frequentes.
A melancia sem semente é uma alternativa cultural e um fruto a incentivar para os consumidores portugueses, mas a sua produção terá que ser de elevada qualidade e rentável para os produtores. A campina de Idanha-a-Nova apresenta excelentes características para a produção de culturas regadas em particular a melancia com semente, sendo já conhecida como uma região de excelência pela qualidade da produção neste fruto. Este trabalho resulta de um ensaio de produção de melancia sem semente ao ar livre, em camalhões, com cobertura de solo e rega gota a gota, utilizando a cultivar Romalinda (cv. sem semente, triplóide) consociada em dois distintos compassos de plantação com a cultivar Augusta (cv. polinizadora, diplóide). As modalidades consistiram de 2 repetições para camalhões de 4 linhas em que na Mod. I. a cv Romalinda e a cv Augusta se encontravam na proporção de 2:1 na linha (50 plantas da cv. Romalinda e 25 plantas da cv. Augusta) e na Mod II. cada camalhão era constituído por uma linha da cv. Augusta intercalada com 2 linhas da cv. Romalinda (50 plantas da cv. Romalinda e 50 plantas da cv. Augusta) por camalhão. A análise da produção foi realizada escalonadamente, em três datas de colheita de julho a agosto, com 15 dias de intervalo. O ensaio foi realizado desde a sementeira à colheita e foram analisados os seguintes parâmetros produtivos: número de frutos; produtividade; peso dos frutos; espessura da casca; perímetro do fruto; altura e largura do fruto e grau brix;. A adaptação da cv. sem semente foi excelente. Não se registaram diferenças significativas entre os parâmetros analisados e os compassos de plantação das modalidades ensaiadas. As plantas tiveram uma produção média de 3-4 frutos por planta; pesos médios entre 3,70kg e 4,20kg. O teor em açúcar foi aumentando da primeira para a última colheita atingindo valores médios de 11,53. Conclui-se que a cv. Romalinda exibiu melhores características de produção quantitativa e qualitativa do que a cv. Augusta sendo promissora como uma alternativa de produção tardia na região.
O Design de Calçado tem vindo a inovar em Portugal e a sua evolução tem sido exponencial. As marcas portuguesas de calçado têm investido sobre diferentes conceitos nesta área. Destaca-se a marca Guava como sendo uma marca que estuda as formas geométricas no Calçado e reflete esta evolução, tendo sempre em conta, a anatomia do pé para um bom conforto e qualidade do produto, sem esquecer o seu lado ecológico, inerente à marca. Tomando como premissa a questão, Como se desenvolve uma coleção para uma marca de Calçado existente em contexto real de trabalho? O método adaptado consiste numa metodologia mista obtida através de investigação/ação. Esta metodologia dinâmica funciona como um ciclo de planeamento, onde a ação remete para a comprovação de fatos através do desenvolvimento de uma coleção de Calçado, onde a análise e a reconceptualização do problema é implementado e avaliado através da marca Guava.
Em O Ódio (1995), Mathieu Kassovitz traça um retrato de um subúrbio parisiense em “estado de sítio”. Fá-lo com recurso a um guião sólido e uma componente narrativa elaborada mas, porventura, o que mais salta à vista é um filme / uma história muito forte que, em conjunto com uma estética peculiar, faz com que, ao falar do filme, recordemos imagens / planos específicos. Pedindo à sociologia bases para um enquadramento genérico do plot, tentaremos entender de que forma as técnicas audiovisuais empregues por Kassovitz e a sua equipa resultam num retrato sólido e consistente em termos de ilustração e caracterização da realidade suburbana, dos seus intervenientes e da forma como estes se enquadram na sociedade.
O presente artigo expõe o projeto de índole curricular em desenvolvimento e tem como finalidade demonstrar que o vestuário profissional (fardamento) representa um canal de difusão da imagem de uma instituição e pode ser promotor da sua identidade visual. Cada vez mais e nas diversificadas situações, o fardamento tem problemas que um designer de vestuário e têxtil pode solucionar. Conhecedores de algumas necessidades ao nível do fardamento, os responsáveis do Departamento de Comunicação e Marketing do Centro Hospitalar Cova da Beira (C.H.C.B.), comunicaram o seu interesse na possibilidade de reavaliação do caráter visual do vestuário profissional ao nível de front office, solicitando a apresentação de soluções práticas para a inexistência de vestuário profissional uniformizado. Desta forma, delineou-se como objetivo geral para o projeto, a Criação de uma proposta de fardamento e acessórios para os profissionais das unidades de atendimento (front office) do C.H.C.B. com base numa nova Identidade Visual Corporativa, garantindo o conforto no desempenho das várias atividades e funções. É certo que a imagem de uma instituição perante a perceção do público, nasce de uma quantidade de elementos que refletem os seus valores, a sua atividade e o seu profissionalismo. Hoje em dia, essa identidade não aparece só nos estacionários mas também, e cada vez mais frequente, no fardamento que os colaboradores vestem e exibem.