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O presente trabalho foi realizado com o objectivo de contribuir para a avaliação do sistema de produção de produção dos bovinos de raça Preta. Para o efeito, e com a colaboração da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Preta (ACBRP), foram realizados, no período entre Setembro de Dezembro de 2001 e através de entrevista directa, inquéritos a 47% dos criadores inscritos na ACBRP. Foi apurada uma área média de exploração de 432.4 ha (± 279.6) sendo esta, na sua maioria, dedicada a culturas forrageiras. O número médio de fêmeas reprodutora de raça Preta por exploração é de 87.18 animais (± 37.3), com um encabeçamento por superfície forrageira de 0.38 CN/ha (± 0.15) com uma relação touro/vaca de 1/38. Para a caracterização dos parâmetros reprodutivos e produtivos da raça, verificamos que a idade ao primeiro parto é de 32.59 meses (± 3.14), a idade das vacas ao refugo é de 13.14 anos (± 1.42) e a idade ao refugo dos touros é de 8.27 anos (± 0.98). A taxa de fertilidade obtida foi de 81.28% (± 9.42), sendo a época de verão a época de partos mais representativa. A taxa de mortalidade dos adultos é de 1.97% (± 1.68) e a taxa de mortalidade total dos vitelos é de 4.61% (± 2.29). O desmame é feito aos 6.84 meses (± 0.62) de idade, a altura em que grande parte dos animais são vendidos. Só em 41% das explorações se faz a recria e o acabamento dos novilhos, para serem vendidos aos 18 meses.
O objectivo deste trabalho foi o de avaliar os efeitos ambientais decorrentes da produção de suínos ao ar livre, através da evolução das propriedades químicas do solo e da caracterização das águas de drenagem interna. O trabalho foi desenvolvido na unidade experimental de produção de suínos parqueados ao ar livre da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Estabeleceu-se um plano de monitorização das propriedades do solo com base em colheitas com uma periodicidade bi-mensal. Analisaram-se os parâmetros: pH, C.E., Co, P, K, bases de troca, Cu e Zn. A área de cada parque foi dividida em duas zonas, uma considerada mais suja que corresponde à área onde estão os comedouros e locais de dejecção, e outra mais limpa na restante área. O trabalho iniciou-se em Janeiro de 2005 e em Maio de 2006 efectuou-se uma amostragem georreferenciada ao solo em toda a área da unidade experimental. Instalaram-se cápsulas de recolha de lixiviados para caracterização química das águas de drenagem interna. Analisaram-se os parâmetros: pH, C.E., N-mineral, P total, Cu e Zn. Os resultados obtidos após o primeiro ano levam a concluir que devido ao maneio e ao comportamento Produção de suínos ao ar livre: avaliação de efeitos ambientais Maria do Carmo Horta1 dos suínos existe uma elevada heterogeneidade nas propriedades do solo. Verificou-se uma acumulação no solo de todos os elementos analisados, havendo zonas preferenciais de acumulação de nutrientes. Nestas zonas, a capacidade de retenção do solo é excedida e o transporte de nutrientes nas águas de drenagem interna, nomeadamente N e P, em quantidades por vezes superior ao que é ambientalmente admissível acontece. Aconselha-se uma alteração no maneio dos suínos e a continuação da monitorização da área no sentido de avaliar a eficácia das sugestões propostas.
O objectivo deste trabalho é estudar todas as comunidades seminaturais existentes na Quinta da Cruz - Viseu, por forma a elaborar uma proposta de gestão e conservação do espaço da Quinta, com uma vertente de educação Ambiental (EA). Deste modo, realizaram-se inventários florísticos para caracterizar as comunidades vegetais, baseadas na composição florística e na abundância/dominância das espécies. Foi também elaborada a carta de ocupação do solo, em ambiente ArcView, baseada na fotointerpretação e posterior verificação no campo. Com base em tudo isto, foi possível fazer uma proposta de gestão do Património Natural e Arquitectónico da Quinta da Cruz.
Numa economia global cada vez mais competitiva, ganham as regiões que possam oferecer produtos com características diferenciadas. Têm sido tentadas diferentes estratégias de combate a doenças da pereira na região do Oeste, nomeadamente contra o pedrado (Venturia pirina Aderh.), o que revela bem a importância da investigação científica aplicada como motor de progresso regional. Com as diferentes estratégias de combate ao pedrado constatou-se ser possível obter um novo produto que, mantendo o aspecto anterior, apresenta baixo teor em resíduos fungicidas. É também possível optimizar a data do tratamento por forma a reduzir a incidência da doença em cada período de infecção.
Actividade profissional dos diplomados pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco.
A Escola Superior Agrária de Castelo Branco e o Programa CIÊNCIA.
Indicadores de limitações ao funcionamento de perímetros de rega.
Política de qualidade e competitividade dos produtos agrícolas portugueses.
A utilização de estruturas de segurança em tractores agrícolas.
Unidade Técnico Funcional – Prestação de serviços : Formação Profissional de 2011 a junho de 2015.
Laboratórios Unidades de Apoio Tecnológico : Tecnologia Alimentar, Análise Sensorial, Química e Bioquímica, Instrumentação Analítica.
Laboratório de SIG e CAD, Unidade Técnico Científica - Recursos Naturais e Desenvolvimento Sustentável.
Chamaeleon V1.0B - proposta de ferramenta para a melhoria do processo de vectorização manual de dados geográficos.
Biocombustíveis em Portugal - desafios e oportunidades : enquadramento.
Este texto resulta dos conhecimentos que foram sendo consolidados no decorrer do Projecto PAMAF 6006 "Optimização das operações de pós colheita par um aumento da rentabilidade na comercialização de Cerejas". Este Projecto reúne colaboradores do ISA (DAIAT e DPAA), do IST (DEM e DEQ), da ESACB (Fitotecnia), da DRAEDM e da DRATM. Os seus principais objectivos são: 1. Aumentar o tempo de vida útil da cereja: Melhorar procedimentos na colheita para minimizar os danos mecânicos e térmicos nos frutos; Utilização de frio de forma eficaz (pré arrefecimento e conservação a temperatura baixa). 2. Introdução de mais valias na comercialização de cerejas: Calibragem; Embalagem; Desenvolvimento de produtos para uso do refugo das operações de selecção e calibragem. Este texto irá incidir na discussão de alguns aspectos a considerar na marcação da data de colheita e na conservação de cereja para o mercado de frescos.
Perspectiva de enquadramento da variedade Bravo de Esmolfe numa óptica de protecção e/ou produção integrada.
Estação GPS de referência na Escola Superior Agrária de Castelo Branco.
Actividade profissional dos diplomados pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco.
Erosão acelerada do solo, um problema actual em Portugal e na região da Beira Baixa.
A direcção do vento é um importante factor meteorológico a ter em conta na agricultura (localização e orientação de culturas, barreiras corta-vento, na disposição e orientação de estufas, etc), na localização das unidades de conversão de energia eólica e em estudos de impacto social e ambiental de diversas obras de engenharia civil. Este fenómeno meteorológico é uma variável nitidamente direccional, cuja análise estatística requer uma metodologia específica. No presente trabalho são apresentadas algumas metodologias de análise estatística de dados direccionais, bem como a função de distribuição de probabilidades de von Mises, típica deste género de dados estatísticos.
Este estudo teve como objectivo verificar a influência da intensidade luminosa durante a aclimatização de rebentos de castanheiro (Castanea sativa x Castanea crenata) regenerados in vitro, tendo sido submetidos a dois tratamentos de luz, de 250 m mol m-2s-1 e 150 m mol m-2s-1. Para a análise dos tratamentos foram quantificados parâmetros de análise de crescimento.Verificou-se que as plantas que foram sujeitas a uma irradiância de 250 m mol m-2s-1 apresentaram maior crescimento e consequentemente maior quantidade de biomassa, desenvolvendo assim sistemas radiculares e aéreos com maior potencial, que os desenvolvidos nas plantas sujeitas a uma irradiância de 150 m mol m-2s-1.
Tutorias na Escola Superior Agrária de Castelo Branco.
O CERAS (Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco) está localizado na Escola Superior Agrária de Castelo Branco e tem como principais objectivos a recuperação e o estudo da fauna selvagem, através da recuperação, programas de reprodução em cativeiro, estudos para a protecção da fauna e dos seus habitats. Com este artigo pretendemos mostrar os primeiros resultados obtidos no centro de recuperação de fauna durante os 3 primeiros anos de funcionamento, 1999 a 2001, no qual deram entrada 157 animais, e destes 50% foram devolvidos à natureza. As principais causas de ingresso dos animais são a pilhagem/cativeiro ilegal, seguido de órfãos, atropelamentos e tiro. Existe uma variação anual na entrada de animais no centro que está relacionada com o final da época de nidificação e o começo da actividade cinegética.
A inseminação artificial em abelhas é uma técnica muito delicada e específica. Foram necessários muitos anos de pesquisa e investigação para conseguir ultrapassar as barreiras que lhe foram surgindo, até chegar a nós. A inseminação artificial é fundamental para a selecção e melhoria genética a abelha, uma vez que supõe controlo da ascendência. Não é difícil o controlo da linha mãe, mas sim o da linha pai, pois o acasalamento realiza-se durante o voo e cada rainha acasala com vários zângãos. O conhecimento da anatomia e da genética da abelha, combinado com o desenvolvimento dos equipamentos, técnica e cuidados a ter durante e após a inseminação, oferecem um excitante futuro no que diz respeito às abelhas.
Transmissible spongiform encephalopathies (TSE ou encefalopatias espongiformes transmissíveis) são doenças que atacam animais e seres humanos em várias formas. Este grupo de doenças está relacionado com a degeneração do sistema neurológico devido à acumulação de uma proteína conhecida como prion (prião), que é a forma abreviada para o termo inglês proteinaceous infections particles. Várias tentativas de controle daquelas patologias têm sido votadas ao fracasso devido ao longo período de incubação da doença. Nos animais, as formas mais conhecidas daquele grupo de doenças são: a bovine spongiform encephalopathy (BSE ou encefalopatia espongiforme de bovinos) que afecta os bovinos de uma forma geral e que é conhecida como a doença das vacas loucas; a scrapie que afecta os ovinos e caprinos; a chronic wasting disease (CWD) que ocorre em cervos e alces selvagens; a transmissible mink encephalopathy (TME) característica de martas e outros animais utilizados para produção de peles; a feline spongiform encephalopathy (FSE) que aparece no gato doméstico. No ser humano, as formas encontradas são a Creutzfeldt-Jakob disease (CJD), a new variant Creutzfeldt-Jakob disease (nvCJD), que pode estar ligada à BSE, a Gerstmann-Sträussler-Scheinker syndrome (GSS), a fatal familial insomnia (FFI) e a doença de kurú, uma forma de TSE encontrada em tribos indígenas da Papua Nova Guiné que praticam canibalismo. Em Inglaterra, a BSE provocou a morte de várias vacas leiteiras e possui uma provável, mas não demonstrada, ligação com a doença nvCJD em seres humanos. Existe uma elevada possibilidade de que outras doenças com grande importância para o homem como a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson e a esclerose amiotrópica lateral (ALS) tenham origem semelhante aos da CJD e BSE, ou seja, todas causadas pela acumulação de uma determinada proteína, numa forma não reconhecida pelo organismo humano, que acaba por afectar o tecido nervoso, principalmente o cérebro.
O progressivo aumento de volume de pêra Rocha exportado anualmente para países da Europa e fora da Europa é prova evidente de que se trata na realidade de um produto detentor de um elevado valor económico para o país, merecedor da atenção dos vários operadores que integram a fileira que se inicia no produtor e termina no consumidor. Os frutos possuem excelentes características organolépticas e uma boa aptidão para a conservação e transporte. A respectiva qualidade final depende em larga medida das técnicas aplicadas em cada uma das etapas da vida do fruto. Este trabalho tem como principal objectivo, fazer uma abordagem sucinta à problemática da conservação frigorífica da pêra Rocha, aos factores nela envolvidos, às principais alterações fisiológicas a que é vulnerável. Serão ainda apresentados alguns dos resultados mais recentes, obtidos no âmbito da investigação desenvolvida na ENFVN (Alcobaça).
Os antibióticos têm sido utilizados na produção animal com fins terapêuticos, profilácticos e ainda como aditivos, para melhorarem índices produtivos como: ganho médio diário (G.M.D.) e índice de conversão (I.C.). Verificou-se que o resultado da sua administração em baixas concentrações na ração como aditivos, pode ser uma das razões do aparecimento de resistência a agentes antimicrobianos químicos, em microrganismos. A resistência a antibióticos, pode ser adquirida por microrganismos patogénicos através de mecanismos genéticos (Levy, 1998), como é o caso da transferência de plasmídeo in vivo (Morelli et al., 1988). A existência de genes que conferem resistência, pode dar origem a enzimas que degradam ou inactivam os antibióticos (Levy, 1998). As estirpes microbianas resistentes a antibióticos, podem ser transmitidas dos animais ao homem, pela cadeia alimentar. Tal facto, constitui um problema de saúde pública, existindo actualmente casos clínicos graves em medicina humana, como é o caso da tuberculose resistente à terapêutica antibiótica (Levy, 1998). Restrições ao uso de antibióticos promotores de crescimento (APC) em produção animal, por parte da União Europeia, conduziu a uma procura de alternativas, que mantenham a eficiência zootécnica da produtividade animal, sem que haja prejuízo na segurança sanitária dos alimentos.
O cânhamo, uma das plantas utilizadas na produção de fibras celulósicas para a indústria têxtil e papeleira é originário da Ásia central e repartiu-se por todo o mundo devido à sua facilidade de adaptação climática. Apesar da Itália ser o país produtor de fibras de melhor qualidade, Portugal também se destacou neste domínio sobretudo nas regiões de Moncorvo e Ribatejo. Neste trabalho pretendemos caracterizar as fibras de cânhamo, começando por definir a sua localização na planta e os seus aspectos morfológico, biométrico e químico. Estabelecemos comparações entre estas fibras não lenhosas e as fibras de madeira utilizadas hoje em dia no fabrico de papel. Deste modo, foi possível sistematizar as suas propriedades e compreender as aplicações papeleiras relevantes.
As lamas celulósicas primárias constituem-se como um resíduo produzido em grandes quantidades cm Portugal. Este subproduto é caracterizado por apresentar um teor elevado de matéria orgânica (M.O.) e, se não utilizado, pode constituir focos de poluição em determinados locais. Com o objectivo de avaliar a influência da aplicação de diferentes níveis de lamas celulósicas (30, 60, 90 e 120 t.ha-1) e/ou estrume de aviário (2, 4 e 6 t.ha-1), no teor de M.O. de um solo Pg (pardo litólico não húmico de granito) ácido e pobre em M.O., efectuaram-se dois ensaios: um em vasos, com a cultura de azevém, e outro de incubação de terras, em estufa de ambiente controlado. Os resultados obtidos mostram haver aumentos significativos do teor de matéria orgânica no solo perante adições de doses crescentes de lamas, tendo-se podido observar, a partir do ensaio de incubação, não terem surgido alterações evidentes nos níveis atingidos, até pelo menos seis meses após a incorporação dos resíduos.
O abandono de uma mina conduz a uma série de implicações, entre as quais se destaca a afectação do meio ambiente. Os problemas ambientais existentes no Alentejo relacionados com antigas explorações mineiras, resultaram da cessação da actividade mineira sem que tivessem sido adoptadas, ou sequer previstas, quaisquer medidas mitigadoras dos seus impactes. Esta realidade prende-se com o facto de que o "mineiro" possuía outro tipo de preocupações, relacionadas com problemas de segurança e produtividade, que o levaram a relegar para um plano secundário a fase do abandono, que só era encarada, salvo raras excepções, no período final e mais crítico da operação mineira, quando as restrições económicas eram mais graves e, em muitos casos, já se haviam atingido situações ecológicas quase irreversíveis. Acresce ainda, que é bastante recente a sensibilidade para este tipo de problemas, sentindo actualmente os responsáveis por empreendimentos mineiros necessidade de abordar a fundo o abandono racional de uma mina. Igualmente a administração pública tem vindo a tomar consciência progressivamente, deste problema. As principais consequências ambientais deste tipo de problema, relacionam-se com a degradação da qualidade dos solos e do meio hídrico superficial e subterrâneo, afectando a fauna e flora aquáticas e terrestres, animais domésticos e, indirectamente, consumidores humanos.
Expõem-se algumas considerações acerca do papal da Ecologia da Paisagem, uma disciplina científica relativamente recente, na análise e diagnóstico ecológico do território, abordando-se os seus princípios base e relacionando estes com as problemáticas da conservação da natureza e do planeamento. Alude-se à emergência das redes ecológicas e ao entusiasmo que o seu desenvolvimento tem suscitado num contexto global de destruição e isolamento de habitats naturais e recursos biológicos. Faz-se uma caracterização sintética de algumas redes ecológicas já implementadas ou de concepção recente, reflectindo-se sobre as suas valências não só na promoção da diversidade biológica mas também em alguns processos ecológicos fundamentais à integridade do sistema biofísico.
Pretende-se com esta comunicação realizar uma abordagem breve à questão dos conceitos de degradação e recuperação ambiental, de forma a melhor enquadrar a perspectiva técnica da gestão e intervenção construtiva no território.
No momento actual, em que cada vez mais os industriais se empenham na redução ou mitigação dos impactes ambientais da sua empresa, é imprescindível a reflexão sobre quais os objectivos primordiais para a definição de uma verdadeira política ambiental para o sector das pedras naturais. A estratégia apresentada pela ASSIMAGRA e pelo CEVALOR, passa pela concentração de esforços sob o ponto de vista técnico, no sentido de procurar soluções exequíveis na perspectiva do presente panorama do sector das pedras naturais, procurando a definição estratégica de directivas ambientais necessárias à coerência do processo. Tal concentração de esforços, foi já posta em prática com a formação do GAPN (Gestão Ambiental de Pedras Naturais). Surgem assim várias medidas imprescindíveis, que dizem respeito quer à reformulação da legislação existente (que em muitos casos não tem capacidade de responder aos problemas específicos que individualizam uma ou mesmo um conjunto de empresas), quer à mudança de atitude relativamente às questões ligadas ao ordenamento biofísico. Relativamente à legislação, é importante referir o papel preponderante do Acordo Voluntário Sectorial assinado por: ASSIMAGRA, AIPGN, MARN E MIE. Um outro ponto fulcral a ter em conta será a complementaridade entre a indústria e as plataformas de apoio ao sector, contribuindo de forma inequívoca para o processo de tomada de decisão em matéria ambiental. Tal apoio deverá ser feito em meios técnicos de aplicação à especificidade de caso, ou ainda no apoio a estudos regionais de ordenamento e na sua aplicação prática.
Neste artigo iremos falar das operações necessárias à inseminação artificial, desde a colheita de esperma, à preparação da rainha e à inseminação propriamente dita. Apenas os zangãos sexualmente maduros são utilizados na inseminação. É necessário induzir a eversão do endófalo e consequente ejaculação. Cada zangão fornece em média 1 mm3 de esperma, embora sejam necessários 8 mm3 para assegurar a vida reprodutiva da rainha. A rainha sexualmente madura é colocada no suporte de contenção e anestesiada. O ponto mais importante é fazer a injecção do esperma nos oviductos, por detrás da válvula vaginal.
A diversidade linguística é uma realidade europeia de cerca de 500 milhões de pessoas com diversas origens étnicas, culturais e linguísticas e, desde Janeiro 2007, o multilinguismo está na agenda da União Europeia (UE) (Comissão das Comunidades Europeias 2008; Comissão Europeia, Press Release, 2007; Commission of the European Communities 2007; Eurobarometer 243 Special. 2006). O conhecimento de uma ou mais línguas estrangeiras torna-se extremamente relevante para qualquer cidadão europeu, quer seja durante o período de estudos universitários, quer para os cidadãos que ingressam no mercado de trabalho ou profissionais no activo. É também uma ferramenta que poderá ajudar a vencer alguns dos novos desafios económicos na UE pois, como refere um recente estudo sobre os efeitos da escassez de competências em línguas estrangeiras para diversas empresas (ELAN, 2006), as pequenas e médias empresas têm vindo a perder reais oportunidades de negócio em consequência das barreiras linguísticas e culturais, uma vez que têm competências reduzidas em línguas estrangeiras e também têm pouco conhecimento das diferenças culturais. Poder comunicar em línguas estrangeiras poderá ser uma mais valia em todos os sectores das empresas, e não apenas no sector de vendas e marketing, pois o processo de comunicação poderá tomar-se mais célere e eficaz se colaboradores de todos os sectores de uma empresa forem capazes de usar uma língua estrangeira. O inquérito Europeans and their Languages (Eurobarometer 243 Special, 2006) confirma esta necessidade ao referir que 44% dos inquiridos nos vários países europeus admitem que apenas falam a sua língua materna, sendo que em Portugal a percentagem é ainda mais elevada (58%). Assim, os sistemas educativos e profissionais dos vários países europeus desempenham, cada vez mais, um papel essencial na promoção do multilinguismo. Neste artigo apresentamos o projecto "A Comunicação em Contextos Multilinguísticos e as Empresas: consciencialização e desenvolvimento de competências linguísticas académicas e profissionais para estudantes em mobilidade" - CMC_E (Communicating in Multilingual Contexts meets the Enterprises: awareness and development of academic and professional language skills for mobility students) que procura encorajar o desenvolvimento de competências linguísticas em seis línguas da UE, algumas das quais menos estudadas. Apresentamos em primeiro lugar, brevemente, o projecto, as instituições parceiras e os objectivos. De seguida, descrevemos a metodologia usada. Em terceiro lugar, apresentamos a análise de necessidades em competências em línguas estrangeiras resultantes de um questionário feito a um grupo de empresas das regiões onde as instituições parceiras do ensino superior se inserem; finalmente, damos exemplos dos materiais produzidos e referimos brevemen¬te a pilotagem dos materiais.
As mudanças que se estão a verificar nas zonas rurais como consequência da aplicação dos novos conceitos definidos pela Política Agrícola Comum (PAC) estão a originar que as cooperativas vitivinícolas enveredem por actividades complementares, tais como o turismo enológico. No presente trabalho apresentamos os primeiros resultados de um projecto de investigação onde se procura avaliar o potencial económico da introdução da actividade do enoturismo em três áreas geográficas (Montilla-Moriles e Alicante em Espanha, e Beira Interior em Portugal), baseada na qualidade do produto que oferecem e acordo com a sua classificação de Denominação de Origem. Para tal analisamos como se está a definir um movimento associativo que, tendo como base as tradicionais cooperativas vitivinícolas da região, está a possibilitar a criação de novos segmentos de mercado para dar resposta à procura originada por esta incipiente actividade turística.
A Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB) compreende nos seus limites um espaço que foi usado como lixeira durante muitos anos. Depois de uma avaliação do local, a Direcção, na pessoa do Prof. Vergílio A. Pinto de Andrade, decidiu reunir uma equipa técnica e levar a cabo um projecto de implementação de um Jardim Botânico naquele espaço. Segundo o projecto inicial (ESACB, 1988), foram plantadas cerca de 70 espécies diferentes, entre as quais árvores e arbustos. Todavia, num trabalho recente foram contabilizadas 97 espécies diferentes (Pereira, 2004). Foi também criado um Viveiro florestal para dar apoio aos trabalhos de implementação do Parque. Passados 24 anos após os primeiros trabalhos, o Parque e o viveiro são uma realidade e constituem instrumentos pedagógicos utilizados habitualmente nos cursos leccionados pela ESACB. Verificou-se que, apesar de haver muitas árvores no Parque e em outros locais da ESACB que já produzem semente, o viveiro não tinha por habito usá-las. Por este motivo, procedeu-se ao estudo da viabilidade dessas sementes para posterior utilização no viveiro. Pretende-se da conta desse estudo efectuado e apresentar os resultados obtidos. Serão descritos os procedimentos usados e que se consideraram ser os mais adequados em função das limitações de tempo e recursos. Contudo, não é objectivo deste artigo fazer uma descrição exaustiva de todos os procedimentos a ter quando se procede à recolha, processamento e conservação de sementes. Tais procedimentos são importantes e devem ser tidos em conta quando se pretende usar as sementes para comercialização, investigação ou conservação. Para o leitor interessado em saber mais, sugere-se a leitura da bibliografia consultada.
S. Jorge é uma ilha do arquipélago açoriano, cuja economia se baseia na produção animal, mais propriamente na produção de bovinos leiteiros e que, por condicionalismos vários, tem utilizado espécies arbustivas na alimentação desses mesmos animais, principalmente nas épocas de escassez de erva. Neste trabalho pretendemos analisar a utilização destas forragens alternativas na alimentação de bovinos leiteiros e saber qual o papel que podem desempenhar na produção animal Jorgense.
Tem vindo a aumentar o nível de consciencialização da nossa sociedade em relação à vital importância do recurso água, e aos problemas relacionados com a sua heterogénea distribuição no tempo e no espaço. A necessidade de água numa área de regadio é determinada por factores como a superfície regada e regável, as espécies e variedades cultivadas com distintas necessidades bioclimáticas, as características do solo, o nível de infra-estruturas de distribuição da água e as técnicas de rega utilizadas (Vera, 1990). O déficit hídrico e as suas consequências imediatas, especialmente infradotação das culturas, é o principal factor limitante do desenvolvimento das áreas deficitárias, dado que se repercute directamente no rendimento e produtividade das culturas e afecta negativamente a estrutura dos custos da exploração. Neste contexto têm especial relevância as estratégias destinadas a um melhor e mais eficiente uso da água consumida no regadio, como sejam as estratégias de rega deficitária capazes de reduzir a quantidade de água aplicada, com o menor impacto possível na produção. Algumas estratégias de rega deficitária, denominadas regas deficitárias de alta frequência, consistem em regar durante todo o ciclo da cultura com dotações abaixo das suas necessidades, mas praticando uma frequência de regas suficientemente alta para evitar o aparecimento de déficits hídricos transcendentes. Fereres et al . (1978) concluíram que estas estratégias se deviam restringir a culturas que sombreassem completamente o solo, mantendo neste um determinado nível mínimo de água. Esta estratégia, podendo constituir uma alternativa ante determinadas circunstâncias, apresenta o inconveniente importante de não considerar que o déficit hídrico pode resultar mais ou menos transcendente em função do momento fenológico das culturas. Por esta razão, nos últimos anos têm adquirido especial relevância abordagens mais fisiológicas da questão, prestando uma especial atenção tanto à fenologia das culturas como à sua capacidade de resistir a situações de déficit hídrico. Desta maneira surge o conceito de Rega Deficitária Controlada (RDC) (Mitchell et al., 1984), baseado na ideia de reduzir os aportes hídricos nos períodos fenológicos em que um déficit hídrico controlado não afecta sensivelmente a produção e qualidade da colheita, e cobrir plenamente as necessidades hídricas durante o resto do ciclo das culturas.
Em Portugal o consumo de fruta per capita é superior ao de muitos países da Europa. A procura de ameixa em 1998 foi sempre superior à oferta. Assim, para satisfazer as necessidades, a oferta nacional é complementada com o mercado importador, cujo principal fornecedor continua a ser a Espanha, com um peso de cerca de 81% do total das importações, tendo este país reforçado a sua posição em 1998 em relação ao ano anterior. Os principais destinos de exportação para a ameixa fresca nacional, são em primeiro lugar, o Reino Unido. Seguido do Brasil, da Espanha e da Irlanda, com pesos de 33%, 24%, 23% e 17%, respectivamente (Gama, 2000). Em Portugal, os pomares de ameixeira (doméstica e japonesa) encontram-se espalhadas por todo o país, contribuindo, a nível nacional, a região Ribatejo e Oeste com cerca de 56% para a superfície e 58% para a produção (Gama, 2000). Na Beira Interior a expansão da ameixeira encontra-se em declínio devido, em parte, à dificuldade de escoamento do produto. A cultura de ameixeira distribui-se essencialmente pelos concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão (Gama, 2000). Embora a cultura da ameixeira represente uma fracção relativamente pequena no sector frutícola nacional pode, no entanto, constituir-se como alternativa no aumento da diversidade frutícola. Nesse sentido, para uma mais consciente opção por parte dos agricultores foram instalados diversos ensaios com ameixeiras em Portugal. O presente artigo tem como objectivo principal a publicação de resultados referentes a um desses ensaios.
O ensino, a formação profissional e a informação são essenciais para qualquer sector económico. Em Portugal, a Horticultura Ornamental, englobando os sectores da floricultura (flor e folhagem de corte, órgãos de propagação), plantas ornamentais envasadas (de interior e de exterior) e jardinagem, exibe fraca competitividade nas áreas de produção e dificuldade de inovar e criar nichos produtivos concorrenciais a nível nacional e europeu. Hoje as áreas com maiores expectativas de inovação, competitividade e empregabilidade têm sido a jardinagem e os espaços verdes, dando origem, à nova geração de emprego verde, em que se impõe a formação ambiental e a conservação da natureza. Daí que a denominação utilizada pela Associação Portuguesa de Horticultura (APH) para designar o sector a nível nacional, tenha sido alterada de forma a acompanhar esta evolução, razão pela qual o mesmo já foi apelidado de Floricultura, Plantas Ornamentais e, já neste ano, aprovada a designação de Horticultura Ornamental (Ambiental). O ensino em Portugal, nesta área, teve fugazes tentativas de implementação a nível da formação de professores do ensino básico e secundário pela reforma educativa implementada na Primeira República em 1911, em que constaram matérias diferenciadas para o sexo feminino de jardinagem e de horticultura e para o sexo masculino de trabalhos agrícolas. Esta reforma, teve início a 30 de Março de 1911 e foi suspensa a 16 de Dezembro do mesmo ano, não tendo com certeza tido grande impacte a nível do ensino destas matérias. As reformas seguintes ainda na Primeira República (1910 a 1926) englobaram sempre uma formação ao nível agrícola, mas nada específico sobre a floricultura e jardinagem. A escola no Estado Novo (1926 a 1974) foi considerada a instituição para a formação do Homem “submisso” e, a formação dos professores fora do âmbito dos assuntos ligados a “Deus, Pátria, Família” sofre uma enorme recessão tendo as taxas de analfabetismo subido para níveis superiores aos 50%. Após os anos 70 as reformas educativas criam para os professores necessidades de progressão através de cursos e especializações, o que leva a que se iniciem pequenos cursos de 40 horas com áreas específicas ligadas à Jardinagem e Hortas Pedagógicas implementando também nas disciplinas de Ciências Naturais, cada vez mais, o contacto dos alunos com a natureza. Esta corrente, teve início com o despertar de consciências para as questões ambientais, tendo gerado alguma motivação para o desenvolvimento desta área a partir dos anos 80 do século passado. Desde a instituição do ensino agrícola em Portugal, em 1852 (reinado de D. Maria II) que à parte de se ter criado, a partir de 1855, o Instituto Agrícola, as Escolas Regionais de Agricultura e o ensino técnico agrícola, só em 1911 é criado o Instituto Superior de Agronomia (ISA) e o curso de Engenharia Agronómica, que para além do arranjo de espaços verdes da Tapada Real, tinha agregado para instrução de alunos, técnicos e agricultores o Jardim Botânico da Ajuda. O ensino da Arquitectura Paisagista só teve início, como curso livre, no mesmo Instituto em 1943, abordando aspectos de paisagismo e de espécies ornamentais a integrar nos espaços verdes. Em 1966, pelo DR 26/66, Série I, o Ministério do Ultramar - Direcção Geral do Ensino, aprovou os programas dos cursos secundários agrícolas nas províncias ultramarinas onde foram incluídas as primeiras disciplinas de Jardinagem. O curso de Regentes Agrícolas foi só aprovado em 1931 e são os seus diplomados que em 1977 e em 1979 adquirem equivalência formativa nas então criadas Escolas Superiores Agrárias. O ensino iniciou-se nesta altura, nestas escolas, com uma disciplina nos curricula dos cursos de Produção Agrícola denominada por Floricultura e Jardinagem. É ao nível da formação profissional que o sistema educativo e formativo público inicia a formação específica nestas áreas de cursos profissionais, tendo iniciado a formação em 1997 com o Curso Profissional de Técnico de Gestão e Recuperação dos Espaços Verdes, sendo substituído pelo Curso Profissional de Técnico de Jardinagem de Espaços Verdes (Dec. Lei nº74/2004 de 26 de Maio). São cursos que podem ser frequentados por jovens a partir dos 18 anos ao nível do ensino secundário com formação ao nível do 10º, 11º e 12º anos. Ao nível do sector agrícola, a necessidade de formação é tanto mais importante se atendermos ao baixo nível de habilitações literárias e de qualificação profissional dos nossos activos agrícolas, condições que são totalmente desfavoráveis para a competitividade do sector. Esta formação não tem sido relevante ao nível da Horticultura Ornamental, destacando-se algumas intervenções ao nível da Beira Litoral, Ribatejo e Oeste e Algarve, notando-se que os floricultores e viveiristas nacionais procuram formação na Europa, Estados Unidos, África do Sul e até Austrália (para sectores de produção mais específicos). A investigação também não acompanha as crescentes solicitações dos nossos produtores e os alicerces para a criação de novas empresas nestas áreas não tem crescido da ligação Investigação-Produção, tão necessária para a inovação de produtos num país. Terá que partir das Instituições de ensino, investigação e desenvolvimento experimental, as medidas de instrução, formação e divulgação das tecnologias de produção, alternativas produtivas e de integração ambiental, quer seja ao nível do ensino académico como ao nível da formação profissional. Iremos agora abordar as áreas do Ensino, Formação e Investigação das Plantas Ornamentais para se tecerem depois algumas considerações sobre a melhoria da dinâmica do sector.
A agricultura de regadio tem uma importância indiscutível na estrutura da produção final agrária, já que permite fazer culturas com maior valor acrescentado que as tradicionais culturas de sequeiro. Actualmente os 271.4 milhões de hectares de regadio existentes a nível mundial, representam unicamente 5% da superfície agrícola e contribuem com 35% da produção agrária total (estatísticas da FAO). Aumentar a produtividade agrícola com a rega é um objectivo que produz importantes efeitos positivos, mas também comporta uma série de efeitos negativos que têm que ser considerados responsavelmente, para evitar a sobreexploração e degradação dos recursos naturais de que depende a agricultura de regadio. A compatibilidade ambiental desta actividade começa a ser questionada devido ao aparecimento de problemas tais como a erosão, a salinização e por consequência a degradação dos solos, e por outro lado a diminuição da qualidade das águas superficiais e subterrâneas e a perda de diversidade biológica. O problema ambiental dos regadios é particularmente sério em áreas onde as práticas agrícolas intensivas se combinaram com estruturas de propriedade baseadas em grandes unidades de exploração, cuja gestão se faz de forma homogénea e sem a suficiente precisão. O excesso de fertilizantes e outros agroquímicos, pode interferir com os sistemas circundantes e ameaçar a própria sustentabilidade dos regadios. Os fluxos de retorno das zonas de regadio, quando acumulados ao longo de uma bacia hidrográfica, podem deteriorar a qualidade da água até ao ponto de as tornar inutilizáveis. Nos países em desenvolvimento, às elevadas perdas na rede e sistemas de rega, há que juntar os problemas de salinização, de saúde pública (pelos múltiplos usos que tem a água de rega), e a escassa participação dos usuários na gestão da água (Villalobos et al., 2002).
Referem-se alguns dos aspectos históricos que mais contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento na área da cultura de tecidos vegetais, bem como a grande diversidade de aplicações e utilização destas metodologias, desde os estudos fisiológicos, interacções substâncias/planta, produção de metabolitos secundários, manipulação genética e melhoramento até à sua utilização como uma poderosa metodologia na multiplicação de plantas, quer por rebentamento adventício, axilar quer por embriogénese somática. Faz-se uma descrição sucinta dos aspectos que maior impacto têm vindo a ter com a utilização destas metodologias nos diferentes grupos de culturas vegetais, nomeadamente nas culturas extensivas, hortícolas, ornamentais, fruteiras e florestais.
A aplicação dos processos de conversão termoquímica (combustão, gaseificação e pirólise) da biomassa para a produção de energia a partir de recursos biomássicos, apresenta-se actualmente do ponto de vista técnico e económico bastante interessante. Destes processos, para a combustão directa e a gaseificação com ar, dispõe-se de tecnologias em comercialização pelo sector industrial, enquanto que, para a produção de gás de médio poder calorífico (gaseificação com oxigénio ou vapor), o desenvolvimento atingiu a fase de demonstração. No que respeita à obtenção de combustíveis líquidos pelo processo de pirólise, este apresenta-se com potencialidades de mercado mas necessita ainda de mais investigação e de uma maior dinamização e valorização dos combustíveis obtidos. A valorização da biomassa como fonte de energia através de processos termoquímicos é também atractiva do ponto de vista ambiental, uma vez que os combustíveis alternativos produzidos não contêm enxofre nem azoto, minimizando assim os níveis de emissões de SO2 e NO2. Além disso é possível consumir quantidades significativas de hidrocarbonetos sem aumento significativo de CO2, em termos de balanço no ciclo do carbono, minimizando assim também o impacto em termos de efeito de estufa (LNETI, 1994). Do ponto de vista histórico, ainda não há muito tempo que a actividade agrícola assegurava todas as necessidades energéticas exclusivamente pelos seus próprios recursos. Estima-se que 30 a 40% da terra agrícola era utilizada para cobrir as necessidades da energia para tracção, mão-de-obra e aquecimento das casas. Desde o fim da 2ª Guerra Mundial até 1973, ano da 1ª crise petrolífera, o combustível mais utilizado foi o thich-fuel-oil e só nos casos em que existiam, numa indústria, resíduos lenhosos resultantes do processo fabril, é que se utilizavam esses resíduos como combustível. O excesso da produção de produtos alimentares à escala mundial ou regional, em conjunto com o peso excessivo para a economia nacional representado pelas importações de energia leva à necessidade de repensar os sistemas tradicionais de aprovisionamento de energia ao mais alto nível: neste caso, a agricultura pode funcionar como um produtor activo e efectivo da energia para a economia nacional. Quando se atingir este objectivo, o sector agrícola ganha emprego (postos de trabalho) e meios financeiros que tem perdido pelo decréscimo das vendas como produtor de alimentos. Atendendo ao estado actual de desenvolvimento da tecnologia utilizada para a gaseificação de biomassa e apresentando-se a palha como um produto (combustível) abundante e subaproveitado, pareceu-nos ser interessante efectuar um conjunto de ensaios utilizando esta tecnologia para a realização da sua valorização energética. São pois as principais conclusões desses ensaios experimentais que apresentamos neste trabalho.
Las enfermedades bacterianas y víricas de la abeja han perdido en los últimos años parte de su protagonismo en la Patologia Apícola, debido al auge de parasitosis como la Varroasis y de micosis como la Ascosferosis. Sin embargo, no han desaparecido de nuestros colmenares, y pese a las mejoras en el manejo, en las prácticas higiénicas y a la eficacia de los tratamientos, las loques siguen amenazando a la cria, y las virosis ven aumentar su incidencia vehiculadas por Varroa.
A oliveira atravessa hoje em dia, tal como os restantes sectores da agricultura nacional, uma gravíssima crise em resultado de um abaixamento do rendimento dos olivais, a que nem as actuais ajudas comunitárias têm obstado. Esse abaixamento dos rendimentos deve-se à conjunção de diversos factores negativos, entre os quais salientaremos os seguintes: • elevada idade dos olivais; • baixas densidades; • árvores de grande porte; • localização em zonas marginais e/ou de difícil acesso; • baixo índice de mecanização da colheita; • baixa frequência de regas, fertilizações e tratamentos fitossanitários; • concorrência com os outros óleos vegetais (que se deve apenas ao seu baixo preço e não a uma melhor qualidade do produto). Estes factores são ainda agravados por uma indústria transformadora de carácter sazonal, tradicional e, em muitos casos, com equipamento obsoleto e uma organização comercial deficiente, com pouca ou nenhuma intervenção dos produtores. Para enfrentar este desafio, ou seja, ultrapassar a crise instalada no sector, são necessárias, concerteza, medidas político-administrativas, nomeadamente de: • certificação e demarcação de zonas características de reconhecida especificidade e qualidade; • controlo qualitativo dos azeites importados; • promoção ao consumo e exportação, baseada na qualidade de um produto natural e uma das gorduras mais saudáveis na alimentação humana. Para além destas medidas, o desafio de fazer sair o sector da crise passará também pela tomada de consciência dos próprios olivicultores de que é necessária uma maior aplicação dos conhecimentos técnico-científicos disponíveis e pôr de lado certos princípios tradicionais da exploração do olival errados, pois vão contra os hábitos de frutificação e a fisiologia da oliveira. Uma das técnicas culturais em que mais se evidencia esse facto é a poda do olival. A alteração da poda tradicional para um sistema de poda que respeite os hábitos e a fisiologia da oliveira nem sequer significa um acréscimo dos custos dessa operação, muito pelo contrário. Claro que os problemas do sector não se resolverão só com a mudança do tipo de poda, dado que alguns olivais idosos, dispersos, marginais e de difícil acesso continuarão a ser úteis, mas apenas no embelezamento da paisagem e como coberto em sistemas de pastoreio. Mesmo nos olivais "recuperáveis", a mecanização da colheita. as fertilizações e, eventualmente. a rega, a reconversão varietal (por reenxertia) e os tratamentos fitossanitários serão também decisivos para alterar a tendência negativa actual. Por outro lado, as novas plantações, ainda demasiado jovens para que possam ter um papel imediato na melhoria do sector, têm já compassos mais apertados, cultivares mais adequadas, rega, fertilizações e os restantes cuidados culturais comuns a generalidade da exploração das espécies fruteiras. Contudo, mesmo após a sua entrada em plena produção serão insuficientes para que possamos descurar os olivais existentes, apesar das suas reconhecidas limitações. É nesse sentido que surge este trabalho que, baseando-se na proposta de alteração da poda tradicional para um sistema de poda mais "racional", pude dar um contributo positivo na melhoria desses olivais, permitindo aplicar neles alguns conhecimentos técnico-científicos que os ajudem na sua recuperação física e económica.
En relación con una serie de cambios acontecidos en los modelos tradicionales de explotación, durante estos últimos años ha venido presentándose una serie de patologías que afectan principalmente a los rumiantes neonatos. Dentro de estos procesos, cabe señalar el síndrome de mortalidad neonatal de los pequeños rumiantes, conocido popularmente como «borrachera de los cabritos». Es este un síndrome que afecta a los pequeños rumiantes, y de forma especialmente grave a los cabritos durante los 10 primeros días de vida, caracterizado clínicamente por el desarrollo de un importante cuadro septicémico y/o toxémico, acompañado o no de diarrea, que los conduce a la muerte en un corto periodo de tiempo. Este proceso, considerado en un principio de etiología sencilla, ha venido a presentarse con el tiempo más complejo de lo que cabría suponer, mostrando en muchos de los casos etiologías multifactoriales con múltiples interrelaciones entre los elementos que las determinan. Dentro los factores que pueden estar involucrados en la aparición de la enfermedad, se encuentran alteraciones de índole alimenticio, inmunita¬ria, o higiénico, y secundariamente, factores de tipo microbiológico o parasitario. Con el objeto de contribuir en la medida de lo posible al mejor conocimiento del proceso, hemos planteado los siguientes objetivos en el transcurso de nuestro trabajo: 1 - cuantificar económicamente las pérdidas anuales producidas en Extremadura por la enfermedad. 2 - evidenciar la relación existente entre la instauración del síndrome y las distintas formas de explotación y manejo presentes en Extremadura. 3 -caracterizar clínica y lesionalmente el proceso. 4 -identificar los distintos agentes etiológicos implicados.
O efeito da doença "sooty blotch ou black blotch", causado pelo fungo Cymadothea trifolii Wolf (est:ado conidial: Polythrincium trifolii Kunze), na produtividade, foi investigado em quatro espécies de trevo: trevo morango (Trifolium fragiferam L. cv. palestine), trevo dos prados (Trifolium pratense L. cv. quinquelt), trevo branco (Trifolium repens L.) e Trifolium glomeratum L. Foi encontrada variação significativa no trevo dos prados e trevo morango; baixa variação no trevo branco e nenhuma variação na produtividade no T. glomeratum L.
A adulteração de leite de ovelha por leite de vaca é uma prática relativamente comum. Ela surge como consequência das flutuações sazonais na produção do leite ovino e também por motivos económicos, pois o leite bovino é mais barato. Certamente que o leite de ovelha falsificado vai ter alteradas as propriedades organolépticas do respectivo coágulo conduzindo à formação de queijos de inferior qualidade (Aranda et al., 1988). O desenvolvimento de métodos analíticos para a detecção de fraudes na mistura de leites e nos respectivos queijos tem grande interesse para os países que produzem ou importam queijo de ovelha. Entre os procedimentos de análise já propostos, baseados na composição lipídica ou proteica contam-se os métodos electroforéticos, cromatográficos e imunológicos (Ramos e Juarez, 1984). O grande número de publicações relacionadas com o assunto justifica uma revisão bibliográfica crítica como seguimento e complemento ao último estudo efectuado (Ramos e Juarez, 1984). Com esse objectivo pretendo discutir somente os métodos imunológicos utilizados nos últimos anos, na detecção das fraudes em leites e queijos, chamando a atenção para os aspectos fundamentais dos ensaios (imunogénio utilizado, objectivo técnico do método, natureza das amostras utilizadas, carácter qualitativo ou quantitativo, sensibilidade e duração da análise). Os pormenores técnicos não serão considerados, pois podem ser examinados nas próprias publicações citadas e também em obras especializadas, como por exemplo o manual "Imunologia" (Ivan Roit, Jonathan Brostoff e David Male, 1989, Editora Manole, São Paulo, SP, Brasil).
Referem-se alguns dos aspectos históricos que mais contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento na área da cultura de tecidos vegetais, bem como a grande diversidade de aplicações e utilização destas metodologias, desde os estudos fisiológicos, interacções substâncias/planta, produção de metabolitos secundários, manipulação genética e melhoramento até à sua utilização como uma poderosa metodologia na multiplicação de plantas, quer por rebentamento adventício, axilar e embriogénese somática. Faz-se uma descrição sucinta dos aspectos que maior impacto têm vindo a ter com a utilização destas metodologias nos diferentes grupos de culturas vegetais, nomeadamente nas culturas extensivas, hortícolas, ornamentais, fruteiras e florestais.
As metodologias normalmente utilizadas para distinguir e caracterizar o material vegetal baseiam-se, fundamentalmente, nas diferenças fenotípicas observadas nas variedades e nas cultivares estudadas. Apesar deste tipo de avaliação fenotípica ser muito importante, é difícil fazer a interpretação dos dados ao nível genético já que a maioria das características estudadas são de natureza poligénica, além da sua expressão ser marcadamente mediada por interacções com o ambiente. Pode-se tentar realizar a distinção de genótipos pela comparação dos seus cromatogramas quando se separam moléculas como flavonóides e antocianinas. Contudo, na cromatografia, à semelhança do que acontece nos descritores morfológicos, é difícil estabelecer uma relação directa entre fenótipo e genótipo pois a maioria desses compostos resulta de complexos processos metabólicos. De entre os métodos bioquímicos, a electroforese de isoenzimas constitui um instrumento analítico de grande eficácia e precisão, constituindo estas óptimos "marcadores moleculares" em estudos de identificação e caracterização de genótipos. As diferenças existentes entre os genes que codificam para os polipéptidos traduzem-se, na electroforese, por variações na mobilidade das enzimas, permitindo o estudo destas o estabelecimento de unia directa relação entre fenótipo e genótipo.
A utilização de programas de desenvolvimento regional como instrumentos de política económica acentuou-se após a data da adesão de Portugal à União Europeia, tendo-se assistido à progressiva implementação de programas específicos sectoriais e regionais. A recente reforma dos fundos estruturais e a criação do fundo de coesão, principais fontes de financiamento destes programas, veio obrigar a uma maior concentração das dotações orçamentais nas zonas mais deprimidas e à sua utilização mais racional, de modo a aumentar a eficácia da sua intervenção. A atenuação dos desiquilíbrios regionais (principal objectivo da política regional da União Europeia) vai implicar uma coordenação das políticas e instrumentos financeiros, nacionais e comunitários. Assim, os financiamentos serão canalizados, prioritariamente, para acções integradas em programas de desenvolvimento regional. A concretização de uma estratégia de desenvolvimento é feita através da implementação de projectos, que se enquadrem no referencial subjacente ao modelo de desenvolvimento adoptado. A existência de projectos alternativos visando o mesmo fim, aliada à escassez de recursos produtivos, implica a adopção de uma técnica de apoio à decisão que permita seleccionar a opção mais adequada à consecução dos objectivos de desenvolvimento pré-definidos. A multiplicidade de objectivos a atender no planeamento regional, "a natureza, por vezes conflitual das suas inter-relações" (Avillez, 1984) e as imprecisões na definição dos custos e benefícios sociais de um projecto, dificulta, senão impossibilita, o estabelecimento de uma metodologia de avaliação objectiva e de aplicação universal. "Como consequência surgiram, na prática, uma multiplicidade de métodos e critérios de avaliação, que correspondem a formas diferentes de tentar superar as insuficiências da teoria" (Barata, 1987). Seguidamente iremos abordar as principais metodologias utilizadas.
Desta análise depreende-se que, geralmente as obras tradicionais procuram minimizar os efeitos de determinados fenómenos, Não através da resolução das causas, mas sim através de obras cujos resultados só localmente se revelam satisfatórios, não evitando, por isso, a contínua degradação das zonas a montante e a jusante. Nas últimas décadas tem-se efectuado, nos países mais desenvolvidos, muitos estudos de investigação sabre os efeitos ecológicos e morfológicos das obras tradicionais de engenharia fluvial, tendo-se verificado que podem ser nefastas para o ambiente e mesmo contraproducentes do ponto de vista hidráulico. Compreendeu¬-se, ainda, que os cursos de água constituem sistemas dinâmicos e ecologicamente ricos, sendo necessário fazer uma gestão cuidada em que as técnicas de engenharia integrem aspectos ambientais. Desse modo, em países como o Reino Unido, os Estados Unidos ou a Alemanha, onde o grau de artificialização dos rios ainda é, apesar disso, extremamente elevado, iniciaram-se acções concretas de reabilitação e protecção de cursos de água. Assim, começou-se a recorrer à construção e promoção de configurações ambientalmente aceitáveis, implementando e protegendo traçados curvos (meandros e curvas), empoçamentos laterais, rápidos e fundões, mouchões e pequenas ilhas, esporões, travessões, etc., associados à promoção e manutenção de vegetação do leito menor e/ou do leito de cheia. Verifica-se que estas técnicas são ecológica e hidrauli¬camente funcionais, permitindo, desse modo, conjugar os objectivos de defesa das actividades humanas e de preservação ambiental. Os resultados destas acções são muito positivos, podendo ocorrer recolonizações por fauna e flora autóctones, que entretanto tenham regredido ou desaparecido devido às obras tradicionais. Em Portugal, infelizmente, ainda existe um relativo desconhecimento das técnicas de engenharia fluvial ambientalmente aceitáveis, não se verificando cumulativamente uma significativa sensibilidade dos agentes de decisão e dos diferentes técnicos em relação à preservação do ambiente fluvial. Neste artigo procurar-se-á, referir os principais tipos de obras tradicionais, apontando as principais vantagens e desvantagens, bem como abordar algumas medidas de minimização de impactes e descrever algumas das principais, e mais bem sucedidas, configurações e obras fluviais ambientalmente aceitáveis.
Continuação do artigo publicado em : RÉFEGA, A. (1997) - Desertificacao : realidade ou mito?. Agroforum : Revista da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. ISSN 0872-2617. Ano 6:12, p. 23-28.
Dentro da diversidade das áreas rurais europeias, a tão frequentemente referida marginalização rural cobre na realidade uma grande variedade de processos, ocorrendo a escalas diferentes, muitas vezes com diferentes causas e diferentes consequências. Como noutras mudanças que têm lugar no mundo rural, os principais actores são os agricultores, visto que são eles que tomam as decisões sabre o use do solo. O projecto que se apresenta neste artigo foi concebido justamente com o fim de compreender o processo de marginalização nas suas variadas facetas e de detectar os factores de marginalização e identificar as estratégias dos agricultores. Além disso, pretende-se seleccionar indicadores que permitam detectar e gerir as mudanças que ocorrem no mundo rural e, consequentemente, na utilização do solo e na paisagem. A análise baseia-se no estudo de áreas exemplo na Bélgica, na Dinamarca e em Portugal e, fundamentalmente, em entrevistas pormenorizadas realizadas a cada um dos agricultores dentro de cada uma das áreas.
Numa perspectiva de melhor gestão do recurso água usado na agricultura, é fundamental a caracterização e avaliação dos processos de rega, assim coma a sua regular monitorização. Torna-se por isso necessário o estabelecimento de esquemas experimentais, que permitam por em prática várias técnicas para recolha de dados de campo, muitas vezes condicionadas pelas condições existentes. O aperfeiçoamento das técnicas usadas é deveras importante para o rigor das avaliações de campo, para que os erros de observação não sejam propagados e acumulados na avaliação dos processos de rega.
O sector florestal em Portugal Continental assume uma grande importância no meio agrário nacional uma vez que cerca de um terço do continente se encontra ocupado por floresta. A floresta deve ser entendida como um factor beneficiador da qualidade do ambiente e protector e melhorador dos solos em que se encontra implantada. Além destas vantagens que por serem difíceis de contabilizar são por vezes menosprezadas, a floresta é sem dúvida um factor de desenvolvimento económico pelos produtos que dela se extraem. Estes produtos através dos diversos ramos da fileira florestal contribuem para o desenvolvimento económico das regiões em particular e do país em geral. Contudo, a floresta portuguesa apresenta algumas particularidades que lhe são inerentes, a grande maior parte da floresta é privada e encontra-se fragmentada em propriedades de pequena dimensão, cujos donos .na sua maioria se consideram descapitalizados e como tal pouco dispostos a intervir na floresta. É a estas características que normalmente é atribuída a responsabilidade do estado da floresta portuguesa, considerada subaproveitada, com baixos rendimentos e isenta de qualquer tipo de ordenamento florestal (DGF, 1994; DGF, 1992). Com a perspectiva de integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia, foi definida para a fase de adesão, o Programa Específico para o Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa (PEDAP) o qual incluía um subprograma afecto à floresta, o Programa de Acção Florestal (PAF). Para o PAF foram definidas, de acordo com as diferentes regiões, as espécies a fomentar, as áreas disponíveis, o tipo de intervenção a desenvolver em áreas já florestadas e as frentes de trabalho prioritário tendo sido fixados os seguintes objectivos: - arborização de novas áreas e rearborização de áreas ardidas; - beneficiação de áreas florestais já existentes; - construção e ampliação da rede de infra-estruturas correspondentes (Teixeira, 1994). Uma vez terminado o PAF, (período de execução entre 1987 e 1993) importa tentar-se fazer a sua avaliação, não ficando apenas pelos números que foram divulgados pelo Instituto Florestal, admitindo ao mesmo tempo o sucesso do programa apresentado como resultados alcançados: - Aumento e melhoria da superfície florestal; - Criação de empregos e novas empresas no sector florestal prestação de serviços; - Contribuição para a prevenção e combate aos fogos florestais; - Contribuição para a melhoria da protecção ambiental. O objectivo deste trabalho reside na caracterização da forma como o PAF decorreu na Zona do Pinhal Sul e fazer algumas reflexões sobre as principais limitações encontradas durante a implementação dos projectos PAF. A Zona do Pinhal Sul é constituída pelas áreas dos conselhos de Sertã, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Oleiros e Mação, abrangendo uma área de cerca 190.679 ha. O interesse do estudo reside fundamentalmente, no facto de a Zona do Pinhal constituir uma região com características específicas, dada ser a maior mancha contínua de pinhal da Europa e, no facto que através do conhecimento detalhado da informação sobre a forma como decorreu a implementação do PAF, poderá constituir-se uma base de reflexão que apoie a procura de soluções para os problemas encontrados. Podendo-se, assim, vir a conseguir melhor aproveitamento dos novos programas de intervenção na floresta que se irão implementar no futuro, como sejam nomeadamente o PDF e o Regulamento 2080/92. Dado que ainda há projectos em curso não é possível uma análise qualitativa e quantitativa sobre a implementação dos projectos na sua totalidade. Contudo, pensamos que a análise e a reflexão sobre os dados relativos à execução material e financeira, que é a única possível no momento, revelar-se-á de grande interesse de onde se podem extrair alguma aprendizagem da experiência com a implementação dos PAF, donde poderão ser retiradas algumas considerações que deverão merecer alguma atenção aquando da implementação de novos programas. Em termos metodológicos, este estudo baseia-se numa pesquisa documental a todos os projectos PAF aprovados e implementados na Zona do Pinhal. Assim, os dados que apresentamos sem referência à sua origem, reportam-se a valores por nós determinados no decurso da referida pesquisa.
Uma das técnicas culturais imprescindíveis na cultura do morangueiro é a cobertura de solo ou "paillage". O polietileno preto (PEP) foi nos últimos anos o mais utilizado, tendo sido mais recentemente introduzido o polietileno castanho (PEC), colocados no solo antes, durante ou após a plantação. Os estudos efectuados incidiram ao nível da caracterização da cv. Oso Grande em termos de fenologia, precocidade, qualidade e homogeneidade produtiva, com a utilização de PEP e PEC em cobertura do solo, de forma a encontrar aquele que originava melhores condições em termos de temperaturas óptimas de produção. Os ensaios foram efectuados em estufa, no concelho de Odemira, na época de Outono/Inverno. O PEC mostrou-se vantajoso na maioria dos aspectos observados: precocidade de produção, n° de frutos colhidos, produção total e produção comercial.
A utilização intensiva, em agricultura, de produtos químicos, principalmente fertilizantes e pesticidas, foi até há pouco tempo a melhor solução à necessidade constante do aumento da produção agrícola. Foi, porém, só a partir dos finais do séc. XIX que se intensificou a aplicação de produtos químicos na luta contra pragas e doenças (HEITZ, 1987). Durante a Segunda Guerra Mundial verifica-se uma grande evolução da síntese química, incrementando¬-se, a partir daí, a produção de pesticidas sintéticos (hidrocarbonetos clorados, compostos organofosforados e carbamatos, para citar os mais importantes). O uso continuado e crescente destes produtos tem originado sérios problemas de toxicidade, contaminação de águas, persistência no meio ambiente, resíduos em alimentos, acumulação nos tecidos adiposos dos animais e do homem e resistência dos parasitas aos próprios pesticidas, originando sérios desequilíbrios ecológicos. O panorama actual não é, ainda, promissor para o total abandono da utilização de compostos químicos nas práticas agrícolas, nomeadamente no controlo de infestantes ou no combate a pragas e doenças. A tentativa de controlo destes agentes patogénicos com base em técnicas biológicas, como a agricultura biológica, a proteção integrada ou a biotecnologia, tem levado ao desenvolvimento de linhas de investigação dentro destas áreas, interrelacionando-as ou associando¬-as à utilização de compostos naturais ou dos seus análogos de síntese biologicamente activos (WHITEHEAD et al., 1988). Surgem assim, como promissores, os pesticidas naturais pelo facto de serem compostos por substâncias que apresentam acção selectiva, sendo, em geral, tóxicos somente para os organismos-alvo, actuando em quantidades muito reduzidas e sendo facilmente degradáveis. São exemplos já em utilização corrente os pesticidas a base de piretrinas e alcalóides. BAJAJ (1989) apurou que ocorrem frequentemente nas plantas superiores compostos naturais, biologicamente activos, que podem vir a ser utilizados como novos agentes de protecção das culturas (Tabelas 1 e 2). O conhecimento do metabolismo, processos biossintéticos, mecanismos de acção e regulação e outros aspectos da bioquímica das plantas, dos insectos e microrganismos, são fundamentais para a compreensão do modo de acção deste tipo de pesticidas. Recentemente, tem sido objecto de investigação substâncias bioactivas, em alguns casos fazendo parte dos mecanismos de defesa dessas plantas contra organismos indesejáveis, substâncias estas, cuja acção pesticida decorre da absorção da luz solar, designadas por fotopesticidas (DELGADO,1993). Os fotopesticidas possuem uma acção específica, são eficazes a concentrações muito baixas, muito inferiores as usadas nos pesticidas tradicionais, são pouco persistentes no meio ambiente e são degradados pela própria luz (HEITZ,1987). O seu modo de acção baseia-se na captação de fotões tendo como intermediário o oxigénio, originando na maior parte dos casos radicais de oxigénio altamente energéticos e perigosos para as células dos agentes patogénicos. Foi a partir de estudos efectuados nos Estados Unidos (REBEIZ,1988) em herbicidas fotodinâmicos, também conhecidos por herbicidas laser, tendo como base de actuação a inibição da síntese da clorofila nas plantas a destruir, que estes trabalhos tiveram sequência em termos de investigação, levando o estudo a campos que envolvem acções insecticida, fungicida, bactericida, antiviral, anti-leveduras e nematodicida. No nosso País existem algumas equipas interligadas, que estudam compostos desta natureza, efectuando-se, a posteriori, modificações das estruturas dos compostos naturais de forma a optimizar o seu modo de acção. Um dos compostos com interesse como fotofungicida foi obtido por nós do extracto de folhas de coentro. Foi identificado como sendo uma isocumarina e é designado por coriandrina. Possui uma acção fotodinâmica ao nível de 0,35g/mm2 de gota aplicada em placa de sílica gel onde se pulverizaram os esporos dos fungos a testar. A sua acção foi evidenciada em Cladosporium cucumerinum, fungo polivalente mas característico da família Cucurbitaceae e em Fusarium culmorum fungo característico da família Graminae (Fig.1). A diversidade de compostos fotoactivos isolados de plantas, fungos e bactérias leva-nos a admitir que são frequentes na natureza. Porém, é muito provável que mais de uma centena destes constituintes se encontrem ainda por identificar. Muito trabalho terá ainda de ser realizado, de modo a conhecer melhor estes compostos e os seus mecanismos de acção, uma vez que estudos sobre a sua importância em termos ecológicos se encontram também em fase inicial de investigação (DELGAD0,1993).
O presente artigo diz respeito à classificação dos documentos na Biblioteca da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (BESACB). Algumas referências são também feitas ao processo de indexação na medida em que classificar um documento é também indexá-lo. Finalmente dá-se uma breve explicação sobre qual o objectivo de aplicação de duas classificações distintas a um mesmo fundo documental.
Com o objectivo de avaliar o possível interesse da utilização de água residual (A.R.) na rega, foi efectuado um ensaio em vasos com azevém (Lolium multiflorum Lam.) cultivado num solo Pg (pardo litólico não húmico de granito), ácido e pobre em matéria orgânica (M.O.). A água residual utilizada na rega provinha da Estacão de Tratamento de Águas Residuais de Beirolas - Lisboa, onde foi sujeita a um tratamento de nível secundário pelo processo das lamas activadas. Verificou¬-se que a rega com A.R. conduziu a aumentos significativos na produção do azevém sem afectar sensivelmente a sua qualidade, mas a sua aplicação não dispensou a adubação NPK nem a calagem. Quanto às características do solo avaliadas após o ensaio sobressaiem, como parecendo susceptíveis de apresentar mais interesse para a sua fertilidade o facto de a rega com A.R. ter provocado aumentos de condutividade. eléctrica, no teor em nitratos, boro e sódio de troca e ter diminuído o teor em potássio "assimilável". A diluição da A.R. conduziu a um decréscimo no nível de M.O. do solo bem como de sódio de troca.
A qualidade da cortiça natural (cortiça de reprodução em bruto, preparada ou trabalhada por simples talha) baseia-se, fundamentalmente, no rendimento de rolhas de boa qualidade. Uma rolha de boa qualidade é aquela que apresenta um mínimo de porosidade, cor clara e uniformidade, ausência de incrustações estranhas e elasticidade regular para que seja perfeitamente estanque. Para além da porosidade e da elasticidade, a resistência de uma rolha à torção é uma característica importante para o seu uso, uma vez que, o rolhamento e desenrolhamento de uma garrafa exige por parte da rolha um elevado esforço de torção. Neste contexto e no seguimento de um trabalho anteriormente realizado sobre a determinação da porosidade, pareceu justificar-se uma breve análise a esta característica, bem como a sua possível correlação com estes parâmetros.
Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martinez (Rivas-Martinez,1979), uma espécie endémica do sudoeste da Península Ibérica está incluída na família Lamiaceae (=Labiatae). E uma espécie característica da classe Cisto-Lavanduletae. Esta classe compreende espécies produtoras de compostos aromáticos, as quais caracterizam os matos do oeste mediterrâneo nos andares termo a supramediterrâneo seco e semiárido a sub-húmido (Rivas-Martinez et al. 2002). É uma espécie pioneira em áreas recentemente ardidas, reproduzindo-se, essencialmente, por semente (Upson & Andrews, 2004). As designações referidas por diferentes autores, para L. luisieri, são: Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira (Guinea in Tutin et al., 1981); Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez (Franco, 1984); Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira (Valdés et al. 1987) Lavandula stoechas L. subsp. luisieri (Rozeira) Rozeira (Morales, 2010). Franco (1984) considerou a inexistência de L. stoechas para Portugal pelo que menciona 5 espécies portuguesas de Lavandula: Lavandula luisieri (Rozeira) Rivas-Martínez; L. pedunculata (Miller) Cav.; L. viridis L’Hér.; L. latifólia Medicus e L. multifida L. A espécie Lavandula luisieri é referida por Upson & Andrews (2004) como sendo utilizada medicinalmente em áreas rurais. Na região da Beira Interior é valorizada como espécie melífera, condimentar e medicinal, sendo mencionada em estudos etnobotânicos, com indicações para constipações, tosse, digestões difíceis, urticária e dores de cabeça (Silva, 2003). A espécie não é, no entanto, atualmente, valorizada economicamente. Neste trabalho apresenta-se a inventariação da espécie na Beira Interior. Após definida a área de ocorrência da espécie, selecionaram-se 4 locais distintos, em que dois integram Sítios de Importância Comunitária (Parque do Tejo Internacional e Reserva Natural da Serra da Malcata), efectuando a sua localização e caracterização geoclimatológica e ecológica. Na ausência de bibliografia para L. luisieri desenvolveu-se uma ficha de caracterização morfológica baseada nas normas internacionais do International Plant Genetic Resources Institute (IPGRI) para L. angustifolia. A referida ficha, foi testada e os resultados de análise de plantas in situ e ex situ apresentados em Delgado (2010), assim como estudos preliminares de caracterização genética de indivíduos das 4 populações, baseadas na técnica de AFLP (Amplified Fragment Length Polymorphism). Os parâmetros morfológicos, genéticos e ecológicos que contribuem para a melhor caracterização da espécie foram avaliados e quantificados em quatro populações da Beira Interior, permitindo a sua caracterização através dos parâmetros distintivos das mesmas.
No início de Maio de 2010, efectuou-se um ensaio de germinação de pinheiro manso, no viveiro da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB). Utilizou-se semente recolhida no Parque Botânico. Pretendeu-se comparar a produção de plantas em contentor em dois substratos, na proporção de 2:1 v/v, de turfa com areia e turfa com superlite. A percentagem de germinação foi anotada no final de Maio, após o que se efectuaram mais quatro observações, com intervalos de uma semana entre cada uma. No final, em meados de Julho, foi anotada a altura de cada planta germinada. A percentagem de germinação foi melhor no substrato com turfa e areia. A germinação de pinheiro manso no substrato com turfa e superlite foi mais irregular. Relativamente à altura média por planta, o melhor resultado foi o obtido com o substrato com turfa e superlite.
O objectivo deste trabalho foi explorar a tecnologia WebSIG ou Web-Mapping e mostrar todos os processos necessários à instalação e utilização do software ArcIMS. Entre estes processos estão referidos: a forma de criar serviços de visualização, extração de informação e edição on-line. Também foram abordados aspectos relativos ao visualizador Java utilizado e formas de personalização do mesmo. Foi também efectuada uma comparação entre a tecnologia “open source” e a tecnologia comercial da ESRI. Todo este trabalho culminou na criaçào de um WebSIG que integrou dados referentes ao Plano de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Idanha-a-Nova (PDFCI), com um objectivo futuro de disponibilizar essa informação geográfica na internet às entidades competentes de forma a constituir uma ferramenta de apoio à tomada de decisão, contribuindo para o auxílio dos vários agentes que se debatem com a tarefa de prevenir e combater incêndios florestais.
A paisagem actual da Bacia do Mediterrâneo não se assemelha minimamente à sua identidade primitiva. Durante o Mioceno, o clima da região era mais temperado e húmido, e a transição entre estações mais suave, favorecendo a vegetação Laurisilva. Após as glaciações, grande parte das espécies são forçadas a procurar refúgio ao abrigo das copas de formações arbóreas caducifólias (Antunes & Ribeiro, 2007), encontrando aí uma maior afinidade climática. Após esta evolução, os estados mais desenvolvidos das sucessões ecológicas da paisagem mediterrânica passam a ser dominados pelas espécies esclerófilas. Até à Revolução Neolítica, a floresta então dominada por quercíneas permaneceu mais ou menos indiferente à acanhada alteração humana. Com a sedentarização das populações, inicia-se a progressão das práticas agrícolas e pecuárias e do irretornável processo de desflorestação. O crescendo populacional, decorrente da maior disponibilidade de alimento, e o constante esgotamento da fertilidade do solo, conduzem à procura de novos espaços que respondam às necessidades de cultivo, pastagens, e lenha (Récio, 1989). Surge um sistema de exploração baseado na roça e no pousio, com uso recorrente do fogo, através do qual se faz regressar o bosque a uma etapa anterior da sucessão ecológica, o maquis, composto por formações arbustivas altas e fechadas. A continuidade da intervenção humana leva a um novo estádio de degradação, a garrigue, caracterizada por vegetação esparsa e baixa. São estas duas formações vegetais que dominam hoje a paisagem mediterrânica, completadas por espaços mais ou menos humanizados e resquícios de bosques primitivos, que apenas por obra do acaso lograram chegar às etapas clímax (Massoud, 1992). Neste contexto de paisagem mediterrânica profundamente alterada pelas actividades humanas, onde os ecossistemas nativos estão já consideravelmente fragilizados, importa relacioná-la com os cenários de mudança global previstos. A intenção deste artigo é, pois, reflectir sobre estes temas, procurando ainda contribuir para a divulgação da temática das invasões biológicas e realçar a importância da biodiversidade na bacia do Mediterrâneo.
Com este trabalho foi possível implementar na ESACB a técnica de biologia molecular Amplified Fragment Length Polymorphisms (AFLP), com vista à tipagem molecular de culturas de Listeria monocytogenes e outras Listeria spp., as quais tinham sido isoladas maioritariamente de queijo, leite cru e ambiente de uma queijaria. A técnica apresentou uma boa reprodutibilidade e poder discriminatório para Listeria monocytogenes e L. innocua. Relativamente à espécie L. ivanovii, obtiveram-se perfis com um reduzido número de bandas. Verificou-se a presença de uma banda com aproximadamente 850 pb, comum às amostras estudadas de L. monocytogenes e L. innocua.
Since the end of the 20th century, the European ma¬rkets and particularly the one of the North of Europe have a growing demand of medicinal and aromatic plants (MAP). The consumers' interest for polifontional species has been a reality in growth. A same species or genera of this group of plants can possess a series of uses: to feed, perfume, ornamental, cosmetics and pharmaceutical. The growing search of products of natural origin as al¬ternative to the use of synthesis products easy to obtain but with a semi craft labour, it has constituted a hard incentive for the development of larger produced volumes and ma¬rketed of aromatic and medicinal plants as well as a de¬mand in new ways vegetables of bioactive products. These last ones they are used so much in the domain of the health as in other sectors where are used that respect the ambient like phytopharmaceutical products. There are literally hundreds of medicinal and aromatic plants used in European herbal industry. The French pharma¬copoeia, for example, lists 421 plants that it considers as va¬lued sources of herbal medicine. As a consequence, the safety and quality of herbal medicines have become increasingly im¬portant concerns for health authorities and public alike. One in each five patients consume medicinal plants, 60-70% of the patients don't reveal to the doctor / pharmacist because: consider natural product as innocuous and have fear. The figure 1 shows the increasing in the world market of products to the base of Plants. The largest market is Europe, being responsible for 38% of the world market. The European country with the largest consumption sli¬ce is Germany, being responsible for 50% of the European market, following for France, England and Italy. The trade is above all driven through Germany, where they are most of the great companies importers. In Europe more than 2000 species are used with com¬mercial ends; The species more cultivated are: lavender, pity-opium and fennel. The larger cultivations in CE: are in France, Hungary, Germany and Spain. In no CE countries the greater cultivations are in Bulgaria and Albania. European German companies, dominate the global medicinal and aromatic plant sector. There are about 20 major wholesalers of MAPs and seven agents. There is an increasing interest in organic certified MAPs and about half of the importers and wholesalers also deal in organic plant material *although the quantities are small compa¬red to conventional products. Only very few importers and processors deal only in organic MAPs and spices.
A new report from the Food and Agriculture Organization of the United Nations (Steinfield et al., 2006) considers lives¬tock production as one of the major causes of the world's most pressing environmental problems. To optimize the rumen mi¬crobial system, feeds must be characterized according to their ingestive and degradation behaviour in the rumen (Tammin¬ga, 1996). Improving the efficiency of feed nitrogen (N) uti¬lization is the most effective means to reduce nutrient losses (Jonker et al., 2002). The challenge is to establish the minimal amount of protein required by dairy cows to achieve optimal, but not necessarily maximal, milk production. This study was designed to investigate the minimal request of N for normal microbial growth using in vitro gas produc¬tion technique, in different feedstuffs. As well as, the effects of different levels of N on the in vitro fermentation kinetics.
Cada vez mais as zonas interiores de Portugal necessitam de um olhar atento que conduza a politicas especificas e de uma estratégia multidisciplinar que possa sustentar um conjunto de acções que contribuam definitivamente e de uma forma clara para o desenvolvimento dessas mesmas áreas, devendo essa estratégia multidisciplinar abordar áreas como o Ordenamento do Território, a Ocupação do Solo, a Evolução da Paisagem, a Conservação da Natureza e o Desenvolvimento Rural. Assim, no âmbito do Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza, Universidade dos Açores, Edição Castelo Branco 2006/2007, procedeu-se a um estudo acerca dos efeitos das Politicas de Conservação da Natureza e Agro-Florestais, durante o período 1986–2007, na Evolução da Paisagem e Desenvolvimento Rural das freguesias de Monforte da Beira e Malpica do Tejo - Concelho de Castelo Branco, correspondendo esse estudo à tese do referido Mestrado. Este trabalho consistiu numa abordagem que tenta integrar as vertentes atrás referidas com o objectivo de conseguir chegar a um conjunto de considerações e/ou propostas que possam contribuir efectivamente para o apoio à decisão no delinear de uma estratégia que vise potenciar o desenvolvimento rural da área em estudo, tentando sempre atingir a harmonia entre as actividades humanas e a gestão e conservação da natureza e dos recursos naturais. No que diz respeito às conclusões do trabalho, percebe-se que é urgente que a politica de ordenamento do território, e sobretudo a ocupação dos solos e a gestão e conservação da natureza, sejam instrumentos fundamentais e que devem estar sempre bem presentes na definição de estratégias futuras que visem o desenvolvimento rural da área em estudo, pois só assim se conseguirá inverter a actual tendência de abandono do território rural existente nesta zona.
O presente trabalho tem como principal objectivo estabe¬lecer uma análise comparativa do processo de classificação supervisionada em três softwares distintos. Utilizando ima¬gens de satélite provenientes do Landsat 7 - sensor Enhanced Thematic Mapper Plus, foram elaborados três testes para a área de estudo correspondente à folha n° 331 da carta militar de Portugal, utilizando o primeiro três bandas e oito classes de ocupação do solo, o segundo três bandas e seis classes e o último seis bandas e seis classes. Os testes foram realizados em Idrisi Kilimanjaro, Envi + IDL v4.4 e PCI Geomatica v10.0, tendo sido os resultados posteriormente comparados recorrendo à estatística do Kappa de Cohen. Da análise da estatística Kappa conclui-se que os sof¬twares em análise produzem resultados bastante seme¬lhantes, tendo-se registado o valor de KHAT mais elevado (0.52) no teste 3 utilizando seis bandas e seis classes de ocupação solo. Os dados obtidos permitem ainda concluir que a redução do número de classes de ocupação do solo no algoritmo influencia positivamente o valor de KHAT, tal como a utilização de um maior número de bandas.
No ano 2012 os 25 docentes que integram a UTCCVA, para além da docência normal em diversos graus de ensino, deram continuidade ao desenvolvimento de ações conducentes à melhoria da sua formação académica e participaram em diversas atividades de investigação, experimentação e desenvolvimento em colaboração, ou não, com outras instituições, em prol dos seus alunos, da região e da comunidade em geral.